O Chefe da minha esposa destruiu minha vida - 6

Um conto erótico de Mais Um Autor
Categoria: Heterossexual
Contém 1374 palavras
Data: 02/05/2025 17:11:47
Última revisão: 02/05/2025 17:23:36

À medida que a tarde avançava e o álcool fazia efeito. O clima de descontração da festa ainda existia, mas, para mim, tudo estava filtrado por um único detalhe: o namorado de Carla.

Ele estava confortável demais ao lado dela.

Tocava sua cintura sempre que falava algo ao pé do ouvido, ria de qualquer coisa que ela dissesse, e ela, por sua vez, retribuía com sorrisos casuais.

Pequenos gestos que para qualquer outra pessoa passariam despercebidos, mas que para mim eram um incômodo constante.

Renato apareceu com um taco de sinuca na mão, batendo a ponta contra o feltro da mesa, chamando a atenção.

— Quem aí vai ter coragem de me enfrentar? — perguntou, com aquele tom provocador de sempre.

O namorado de Carla se animou na hora.

— Jogo desde pequeno. Meu pai tem uma mesa em casa — disse, girando o taco com destreza entre os dedos.

Ele olhou para Carla ao dizer isso, como se aquilo fosse algo que o tornasse superior. Ela riu de leve e assentiu, claramente se divertindo.

Isso foi o suficiente para que minha paciência acabasse.

Peguei um taco, fingindo despreocupação.

— Ah, então já tem experiência? Bom saber. Pode deixar, Renato, eu e o namoradinho da Carla vamos jogar.

Os dois me encararam, estranhando o tom agressivo da minha voz, mas devem ter atribuído tudo ao efeito da bebida.

O jogo começou.

Ele abriu com uma tacada forte e precisa, espalhando as bolas pela mesa. Depois, fez questão de se virar para Carla e dizer algo baixo, perto o suficiente para que ela sentisse sua respiração.

Meu sangue ferveu.

Minha vez. Me inclinei sobre a mesa e mirei com calma. Sabia que ele estava me observando, esperando para ver se eu erraria. Fiz questão de acertar minha tacada com precisão cirúrgica. A bola deslizou e caiu na caçapa.

— Nada mal, né? — comentei, casual, pegando minha cerveja.

O namorado de Carla manteve o sorriso, mas algo nele mudou.

Se antes ele parecia apenas animado para jogar, agora estava diferente. Ele começava a me olhar de outro jeito, mais atento, mais calculista. Não era só um jogo de sinuca. Era uma disputa silenciosa, uma medição de forças.

A cada rodada, o clima ficava mais tenso.

O namorado de Carla tentava impressioná-la com jogadas cada vez mais exageradas, se esticava sobre a mesa de um jeito teatral, fazia comentários sobre como "tinha aprendido com os melhores".

Ele estava se exibindo, mas, ao mesmo tempo, não deixava de me lançar olhares desconfiados, tentando me desconcentrar.

Até que, em um momento, depois de errar um lance simples, ele soltou um riso curto e pegou sua cerveja, balançando a cabeça.

— Sabe como é, né? Depois de algumas, a mira já começa a ficar ruim.

— É, imagino que seja difícil manter as coisas sólidas depois de um tempo. — retruquei, bebendo um gole e olhando para Carla.

Ela percebeu o que eu quis dizer. E ele também.

Vi sua expressão endurecer por um breve instante, mas ele disfarçou rápido. Só que, a partir dali, sua postura mudou. Não estava mais se exibindo. Agora, estava jogando sério contra mim.

A disputa foi apertada. Mas no fim, fui eu quem encaçapou a bola oito.

Soltei o taco sobre a mesa e, sem pensar, levantei os braços em triunfo, soltando um grito de comemoração. Abracei quem estava por perto, puxando Carla para junto de mim sem hesitação. Bem na frente do namorado, envolvi sua cintura, ergui-a ligeiramente do chão e a girei no ar, rindo como se tivesse acabado de conquistar um troféu.

O namorado de Carla apertou os lábios, desconfortável. Por um instante, achei que ele fosse pedir outra rodada ou me bater, mas ele fez pior.

— Amor, tô cansado. Vamos para cama? — disse, estendendo a mão para Carla.

Ela entrelaçou os dedos nos dele e saiu ao seu lado, lançando um sorriso rápido e indecifrável para mim antes de desaparecer para dentro da casa.

Esse era o trunfo dele. Não importava o resultado da sinuca, mesmo ganhando a partida, quem ia dormir com a princesa era o vilão.

Fiquei ali, parado ao lado da mesa de bilhar, girando a garrafa de cerveja entre os dedos. Meu corpo ainda estava quente, não pelo álcool, mas pela raiva e o ciúme.

Sem pensar muito, virei a garrafa e bebi tudo de uma vez, sentindo o líquido gelado escorrer direto para o estômago vazio. Peguei outra. E outra. Não conversava mais com ninguém, não me importava com o que acontecia ao redor. Só tinha uma coisa na minha mente.

Não ia aceitar aquela merda.

Ela não podia simplesmente sair de mãos dadas com ele e ir para a cama como se eu não existisse. Eu ia tirar Carla daquele quarto, nem que fosse à força.

O álcool afogou a última gota de juízo que me restava. Antes que percebesse, meus pés já me levavam para dentro da casa.

Parei diante da porta do quarto deles. A maçaneta fria na minha mão, a mente embaralhada entre impulsividade e dúvida.

E então, abri.

A porta rangeu levemente, mas eles não notaram. Carla estava deitada na cama, de costas para o namorado, o corpo coberto parcialmente pelo lençol. Ele estava atrás dela, sem camisa, colado ao seu corpo, o rosto próximo ao seu pescoço.

— Vem cá… — ele murmurou, passando a mão em sua cintura, tentando puxá-la para mais perto.

Carla se moveu minimamente, como se quisesse se esquivar de forma sutil.

— Tô cansada… — sussurrou.

Mas ele não recuou.

Ele deslizou os lábios pelo pescoço dela, beijando devagar, pressionando seu corpo contra o dela.

Do lado de fora, meus dedos se fecharam em punhos ao ver sua mão deslizar lentamente pela barriga de Carla, subindo até seu peito. Eu travei. Sem saber se eu continuava meu plano, ou voltava para meu quarto e dormia.

— Só um pouquinho… — ele insistiu, num tom quase manhoso.

Ela suspirou, como se estivesse cedendo mais por conveniência do que por desejo. Então, devagar, virou-se para encará-lo.

Foi aí que meu peito apertou.

Ela não o empurrou, não fez cara de nojo, não tentou escapar. Pelo contrário, quando ele colou a boca na dela, Carla retribuiu.

Ele subiu sobre ela, encaixando-se entre suas pernas. O quarto estava silencioso, exceto pelo som abafado dos beijos e dos lençóis se remexendo com os movimentos dele.

E eu assistia.

Sem entrar, sem interromper, sem gritar ou fazer escândalo. Só assistia, com os punhos cerrados e os dentes trincados, sentindo cada segundo daquela cena me corroer.

Os movimentos ficaram mais ritmados. Até que ele ergueu o tronco, apoiando-se nos braços enquanto olhava para Carla. Seus dedos deslizaram pelo pescoço dela, envolvendo sua garganta com força.

Meu corpo todo enrijeceu com a visão. Por um segundo, pensei em agir. Em invadir o quarto, arrancá-lo de cima dela e acabar com aquela cena.

Mas antes que pudesse mover um músculo, Carla soltou um gemido suave, um som arrastado que fez minha raiva se tornar confusão.

— Eu não resisto quando você faz isso… — ela murmurou.

Eu deveria ter desistido e parado de olhar naquele momento. Mas não consegui.

O namorado manteve a mão ali, pressionando enquanto continuava se movendo contra ela. Carla arqueou as costas, cravando os dedos nos lençóis, o rosto tomado por um prazer que eu nunca quis testemunhar.

Eles ficaram assim por alguns segundos, imersos um no outro, até que, de repente, Carla estremeceu e um novo gemido escapou de sua boca. Meu estômago revirou ao perceber o que tinha acabado de acontecer.

O namorado continuou por mais alguns instantes, ofegante, até que seu ritmo se tornou errático. Ele soltou um grunhido baixo, enterrando o rosto no pescoço dela, enquanto seu corpo tremia com o clímax.

Silêncio.

Ele caiu ao lado dela, exausto, puxando-a para uma conchinha.

Fechei a porta devagar e fui para o meu quarto. Deitei-me na cama, o corpo cansado, a mente um caos. Pela primeira vez, entendi o que realmente sentia por Carla. E isso tornava tudo ainda pior.

Eu não queria só foder Carla. Eu queria que ela fosse minha.

<Continua>

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