Uma Visão Proibida

Da série Putinho Vermelho
Um conto erótico de Tiago Campos
Categoria: Homossexual
Contém 1250 palavras
Data: 18/05/2025 05:37:42

Após o que pareceu uma eternidade de passos cautelosos, contornei um carvalho colossal e antigo que se erguia como um patriarca ou um guardião silencioso da floresta, seu tronco vasto e cheio de musgo bloqueando em parte a passagem. À beira de um riacho cintilante que serpenteava por entre as árvores, meus olhos avistaram uma figura inesperada e completamente desconhecida. A água do riacho refletia a pouca luz que chegava até ali, criando um brilho prateado que contrastava com o verde-escuro da mata. A figura anômala era a de um homem, completamente calvo, absorto em alguma atividade peculiar e inexplicável naquele lugar remoto.

O instinto falou mais alto do que a curiosidade ou o medo. Recuei instantaneamente, num movimento rápido e silencioso, procurando abrigo atrás do tronco maciço e protetor da árvore milenar. Dali, com o coração martelando nas costelas e a respiração presa na garganta, pude espiar a cena sem ser percebido, minha atenção totalmente focada no estranho. Ele vestia uma camisa de listras azuis e brancas, mas as cores pareciam desbotadas pelo tempo e pelo uso. As calças, jeans, eram rasgadas nos joelhos e na barra, parecendo ter a mesma tonalidade desbotada e gasta do tecido superior. Nos pés, botas de couro marrons, pesadas e surradas, marcadas por arranhões e cobertas pela poeira e barro da jornada, pareciam firmes no terreno irregular.

Com uma desenvoltura que beirava a indiferença, alheio a qualquer folha que pudesse ranger sob um pé furtivo ou a qualquer par de olhos espiando por entre a vegetação, o homem começou a despojar-se de suas vestes. Cada peça que caía ao chão, formando pequenos montículos de tecido displicente perto da margem do riacho, parecia um prelúdio deliberado, construindo a expectativa de uma forma quase insuportável. Meus pulmões prenderam o ar, congelando-o no peito, enquanto ele deslizava a camiseta sobre a cabeça, revelando ombros largos e braços definidos que pareciam esculpidos em alguma madeira nobre ou rocha polida.

Em seguida, foi a vez da calça. O tecido grosso escorregou pelas pernas musculosas, e a visão que se abria diante de mim me forçou a admitir, para meu próprio espanto e uma onda crescente de calor, que seu corpo era magnificamente escultural. Não somente forte, mas esteticamente perfeito. O peitoral parecia cinzelado, a pele esticada sobre músculos duros que contrastavam com a suavidade aparente, lembrando mármore frio e forte. E a barriga… ah, a barriga exibia um desenho de “tanquinho” tão nítido, tão perfeitamente delineado, que parecia pertencer a uma divindade ou a uma imagem de revista que eu jamais imaginei ver em carne e osso, sob a luz natural de uma floresta.

Meus olhos famintos seguiram cada movimento, cada contorção sutil do corpo enquanto ele se livrava dos últimos empecilhos. A atmosfera ao meu redor pareceu vibrar, carregada pela tensão da minha observação clandestina e pela beleza crua da cena. Fui cativado, completamente absorvido pela visão inesperada.

Quando ele removeu finalmente o último tecido, a cueca que persistia em cobrir a parte mais íntima e esperada do seu corpo, meu coração deu um salto vertiginoso que pareceu ecoar na quietude da floresta. Foi como se a respiração que eu prendia escapasse em um suspiro inaudível. Seu membro saltou para fora, livre, uma presença imponente e inegável. Fiquei mudo, paralisado por um puro assombro que transcendeu o simples choque. O tamanho daquela vara… era algo que superava qualquer fantasia, qualquer imagem construída na solidão dos meus pensamentos mais secretos. Era real, massivo, ali, a poucos metros de distância.

Enquanto ele se movia graciosamente em direção à água, entrando no riacho com calma, lavando o corpo com a água cristalina que parecia brilhar à luz que alcançava a superfície, uma onda de calor avassalador tomou conta de mim. Não era o calor gentil do sol filtrado pelas árvores, mas uma febre interna, alimentada pela excitação crua que borbulhava no meu ventre e corria por minhas veias como um veneno doce.

Sem sequer perceber conscientemente o que estava fazendo, minha mão encontrou o caminho até o meu próprio volume sob as roupas da minha camuflagem. Apertei minha ereção crescente, dolorosamente dura, a adrenalina bombeando descontroladamente, misturando-se à luxúria. O toque em mim mesmo era uma tentativa desesperada de aterrar a sensação, de liberar a tensão que me consumia, enquanto a imagem daquele corpo nu na água se gravava a fogo na minha memória.

Estar ali, escondido no coração úmido e sombrio da floresta proibida, testemunhando aquela cena tão explícita, tão vulnerável e crua, criava uma mistura inebriante de prazer clandestino e o pavor constante e gelado de ser descoberto a qualquer segundo. O risco tornava a visão ainda mais potente. Cada respiração, cada movimento do homem, cada batida do meu coração pareciam amplificadas pela consciência do perigo iminente e da transgressão que ambos, à sua maneira, estávamos cometendo.

O homem, ainda imerso na água translúcida que cobria seus quadris, fez um movimento que me fez prender a respiração de novo. Sua mão, antes somente descansando na superfície, moveu-se com uma nova intenção, descendo e começando a acariciar-se de forma mais deliberada, sem pressa, mas com uma certeza inabalável. Seus movimentos eram inequívocos, uma promessa silenciosa e potentemente erótica do que estava por vir.

Senti meus lábios se umedecerem involuntariamente, uma reação automática e incontrolável. A saliva grossa desceu pela garganta, seca apesar dos lábios molhados, e eu tive que engolir com dificuldade, o som quase audível no silêncio da tarde. Era impossível resistir àquele espetáculo íntimo que se desenrolava a poucos metros de distância; meu corpo parecia reagir por conta própria, impulsionado por uma força mais antiga e poderosa do que a minha própria vontade. Minha mente gritava para eu desviar o olhar, para me afastar, mas meus olhos estavam fixos nele, aprisionados pela cena.

Obedecendo a um impulso visceral, puramente primal, minha mão deslizou sob a barra da minha roupa, meus dedos explorando meu próprio corpo com uma urgência febril. Cada toque era um eco desesperado do que eu via; meus olhos fixos na figura masculina que se entregava ao próprio prazer, alheio — ou assim parecia — à minha presença furtiva.

Ele continuou, a confiança em seus gestos aumentando a cada segundo. Vi-o pegar punhados da água fria do riacho, deixando-a escorrer por seus dedos e espirrando-a sobre seu membro eretíssimo, que se destacava, brilhante e molhado. Ele o balançava levemente com uma naturalidade e uma segurança que me deixava completamente hipnotizado, uma mistura estranha de admiração e desejo queimando no meu ventre.

A sensação dentro de mim, alimentada pela visão e pelos meus próprios toques desesperados, explodiu numa onda avassaladora. Não foi um clímax suave, mas uma torrente furiosa, incontrolável. Gozei copiosamente, meu corpo se curvando involuntariamente, e um gemido alto, um soluço rouco de prazer e liberação, escapou dos meus lábios antes que eu pudesse fazer qualquer coisa para reprimi-lo.

O som pareceu ensurdecedor na quietude. Instantaneamente, o êxtase evaporou, substituído por um frio glacial de terror e pânico. Cobri a boca com a mão imediatamente, pressionando os dedos contra os lábios como se pudesse empurrar o som de volta garganta abaixo. Merda. A palavra explodiu na minha mente como um tiro. Que estupidez. Que descuido imperdoável! O peso da minha imprudência caiu sobre mim.

O silêncio, que há pouco era preenchido somente pelos sons da natureza e o suave borbulhar da água, foi quebrado bruscamente pela voz grave e profunda do homem. Ela cortou o ar como uma lâmina afiada.

“Tem alguém aí?”, perguntou ele, seu tom subitamente tenso, toda a despreocupação de momentos antes desaparecida.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive Dante9 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Adorei a história, parabéns pela escrita envolvente e continue assim qúe puder, por favor.

0 0
Foto de perfil de foxxy

❤Qual­­quer mulher aqui pode ser despida e vista sem rou­pas) Por favor, ava­­­lie ➤ Ilink.im/nudos

0 0