O restaurante era um oásis de sofisticação, com luzes suaves refletindo nos lustres de cristal e o murmúrio discreto das conversas pairando no ar. As mesas, cobertas por toalhas de linho impecáveis, exibiam talheres de prata que reluziam como joias. Eu a observava do outro lado da mesa, seus olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e antecipação. Clara estava deslumbrante, o vestido preto justo abraçando suas curvas, o decote sutil deixando apenas o suficiente para a imaginação.
Naquela manhã, eu havia entregado a ela uma pequena caixa preta, embrulhada com uma fita vermelha. "Quero que use isso no nosso encontro hoje à noite," eu disse, meu tom carregado de promessa. Ela abriu a caixa e encontrou o pequeno vibrador bullet, elegante, preto fosco, com um controle remoto que eu poderia operar pelo celular. Seus lábios se curvaram em um sorriso travesso, e ela apenas assentiu, sem dizer uma palavra.
Agora, ali no restaurante, o jogo já havia começado. Enquanto o garçom descrevia o menu com uma voz monocórdia, eu deslizei a mão para o bolso, onde meu celular repousava. Clara percebeu o movimento e endireitou a postura, seus olhos encontrando os meus por um breve segundo. Ativei o aplicativo, e o vibrador ganhou vida com uma vibração suave, quase imperceptível. Ela mordeu o lábio inferior, disfarçando com um gole de vinho. "Interessante, conte mais sobre o prato," ela disse ao garçom, a voz firme, mas com um leve tremor que só eu poderia notar.
Aumentei a intensidade, apenas um grau. Seu garfo parou a meio caminho da boca, e ela respirou fundo, as bochechas ganhando um tom rosado. "Tudo bem, amor?" perguntei, minha voz doce, como se eu não estivesse orquestrando cada onda de prazer que a atravessava. Ela me lançou um olhar que era ao mesmo tempo um aviso e uma súplica, mas respondeu com um sorriso forçado: "Perfeito."
O garçom se afastou, e eu aproveitei para intensificar o jogo. Antes de chegarmos, no carro, eu havia pedido que ela tirasse a calcinha. "Confie em mim," sussurrei, e ela obedeceu, deslizando a peça de renda preta pelo banco de couro com um olhar desafiador. Agora, sem nenhuma barreira, o bullet trabalhava diretamente contra ela, e eu podia imaginar o quanto ela estava sensível, vulnerável ao meu controle.
A vibração subiu mais um nível, agora um pulsar rítmico. Clara apertou a borda da mesa, os dedos branqueando contra o linho. "Você está tão quieta hoje," comentei, inclinando-me para frente, como se estivesse apenas interessado em sua expressão. Ela tentou responder, mas sua voz falhou, transformando-se em um suspiro abafado. "É... só apreciando a comida," conseguiu dizer, mas seus olhos estavam vidrados, as pupilas dilatadas.
Eu brincava com o aplicativo, alternando entre vibrações contínuas e pulsos rápidos, observando cada reação dela. Uma gota de suor escorreu pelo pescoço dela, desaparecendo no decote. O restaurante continuava alheio, os outros clientes absortos em suas próprias conversas, o tilintar de taças e talheres preenchendo o ambiente. Mas ali, entre nós, havia um segredo pulsante, uma dança de poder e prazer.
"Você está se saindo bem," murmurei, minha voz baixa, quase um ronronar. "Mas acho que podemos ir um pouco além." Aumentei a intensidade para o máximo, e Clara deixou escapar um gemido baixo, rapidamente disfarçado por uma tossida. Ela cruzou as pernas com força, o corpo tenso, os lábios entreabertos. "Por favor," ela sussurrou, tão baixo que quase não ouvi. Mas seus olhos diziam tudo: ela estava à beira do abismo, e eu era quem decidia quando ela cairia.
Eu me inclinei para trás, saboreando o momento, meu próprio corpo respondendo ao controle que eu exercia. Cada respiração dela, cada movimento sutil, me incendiava. Eu também estava no limite, o desejo crescendo enquanto a via lutar para manter a compostura. "Quero que você goze," sussurrei, meus olhos fixos nos dela. "Agora."
A vibração tornou-se implacável, e Clara fechou os olhos por um instante, o corpo tremendo levemente. Ela agarrou a taça de vinho, como se fosse sua âncora, e então, com um suspiro longo e controlado, eu soube que ela havia chegado lá. Seus ombros relaxaram, o rosto suavizou, e um sorriso quase imperceptível curvou seus lábios. Desliguei o vibrador, deixando-a flutuar na onda de alívio e êxtase.
Mas eu ainda não havia terminado. Meu próprio desejo estava insuportável, e a visão dela, tão vulnerável e poderosa ao mesmo tempo, me levou ao limite. Enquanto o garçom se aproximava com a sobremesa, eu senti o calor explodir dentro de mim, um clímax silencioso que me fez cerrar os dentes para não trair o momento. Clara percebeu, seus olhos brilhando com uma mistura de satisfação e provocação. Ela sabia o que havia feito comigo, mesmo sem tocar.
Quando saímos do restaurante, o ar fresco da noite nos envolveu. Clara caminhava ao meu lado, o corpo ainda vibrando com a memória do que havia acontecido. No estacionamento, puxei-a para mim, minhas mãos firmes em sua cintura. "Você foi incrível," murmurei contra seus lábios, antes de beijá-la com uma fome que não escondia. Ela respondeu com a mesma intensidade, as mãos em meu pescoço, o corpo colado ao meu.
"Quero mais," ela sussurrou, a voz rouca. Abri a porta do carro, e ela deslizou para o banco traseiro, puxando-me com ela. O bullet ainda estava lá, mas agora era apenas um acessório. No escuro, com as janelas embaçando, nós nos entregamos um ao outro, sem controles, sem jogos, apenas a urgência de nos consumirmos. Cada toque, cada gemido abafado, era uma continuação do que havia começado no restaurante, mas agora sem restrições, sem testemunhas.
Quando finalmente nos separamos, ofegantes, Clara riu baixo, a cabeça apoiada em meu peito. "Você é perigoso," ela disse, brincando com a ponta da minha gravata. "E eu adoro isso."
Eu sorri, sabendo que aquele era apenas o começo.
"Você achou que o jogo acabou?" ela perguntou, a voz um sussurro provocador, enquanto seus dedos encontravam o zíper da minha calça. Meu coração acelerou, o desejo que já queimava em mim agora uma chama incontrolável. "Clara..." comecei, mas ela me silenciou com um olhar, aquele misto de desafio e promessa que me deixava à mercê dela.Ela se inclinou, o vestido subindo levemente pelas coxas, e seus lábios encontraram minha pele, quentes e confiantes. O mundo lá fora desapareceu. Cada movimento dela era preciso, uma mistura de suavidade e intensidade que me fazia agarrar o couro do banco, tentando manter o controle que, ironicamente, eu havia imposto a ela minutos antes. Sua língua traçava caminhos que me levavam à loucura, e o som abafado dos seus movimentos era o único ruído no silêncio do carro.Eu podia sentir o prazer crescendo, uma onda que se formava rápido demais, alimentada pela visão dela, pelo calor da sua boca, pela memória do que havíamos feito no restaurante. "Clara," murmurei, minha voz rouca, quase um aviso. Ela apenas intensificou, seus olhos erguendo-se para encontrar os meus, brilhando com uma satisfação quase predatória. Ela sabia exatamente o que estava fazendo.Quando o clímax chegou, foi avassalador, um relâmpago que me fez arquear contra o banco, um gemido baixo escapando dos meus lábios. Clara não recuou, recebendo tudo com uma calma deliberada, seus lábios ainda contra mim enquanto eu tremia, rendido. Quando finalmente se afastou, lambeu os lábios com um sorriso lento, quase triunfante. "Agora estamos quites," ela disse, a voz suave, mas carregada de provocação.Eu ri, ainda ofegante, puxando-a para um beijo que misturava gratidão e desejo. "Você é impossível," murmurei contra sua boca. Ela apenas sorriu, aninhando-se contra meu peito, enquanto o carro permanecia nosso refúgio secreto na noite. "E você adora isso," ela retrucou, ecoando suas palavras de antes.O motor ainda estava desligado, mas sabíamos que o jogo entre nós estava longe de terminar....