O barulho da corrente batendo já vinha de longe. A moto rangia feito cama de motel, e ela, com o capacete torto e o short colado, bufava de raiva. Parou na frente da oficina com um tranco seco, desligou
o motor e desceu sacudindo o cabelo suado. A motogirl estava de cara fechada, perna suada, sem sutiã por baixo da jaqueta e com a calcinha encharcada — de calor, e talvez de raiva.
— Ô, tem alguém vivo aí dentro? — gritou, empurrando a porta da oficina.
Lá de dentro surgiu ele: macacão aberto, barriga marcada de graxa, cigarro na boca e olhar preguiçoso. O tipo de homem que conserta motor com a mesma cara que enfia o dedo no cu da vida e gira.
— Que foi? Quebrou a relíquia?
— A corrente tá frouxa. E a marcha tá agarrando — ela respondeu, já tirando a luva com impaciência.
Ele se abaixou, deu uma olhada, passou a mão, mexeu no eixo com a naturalidade de quem mete sem pedir permissão.
— Vai ter que trocar o kit inteiro, e a embreagem tá no bico. O rolamento tá pra abrir no meio.
— Quanto? — ela perguntou, já sabendo que ia doer mais que a bunda depois de 100 km sem amortecedor.
— Quatrocentos e cinquenta.
Ela parou. A mão ainda no zíper da jaqueta. Quatrocentos e cinquenta era mais do que ela tinha ganhado em dois dias fazendo entrega sob o sol rachando o couro.
— Não tenho. Tô com oitenta conto no bolso. O resto é vale combustível.
Ele se levantou devagar, tirou o cigarro da boca, olhou pra ela de cima a baixo, como se já soubesse a resposta.
— Então vaza, baby.
Ela ficou um segundo parada. Depois respirou fundo, fechou a porta da oficina com o pé, e olhou bem dentro dos olhos dele.
— E se eu pagar de outro jeito?
Ele arqueou a sobrancelha.
— Pix emocional?
— Pix de xereca — ela respondeu, já abrindo a jaqueta.
Debaixo, só um top suado e o short enfiado no rego. Ela não usava calcinha. E quando virou de costas e abaixou a peça, ele viu a boceta molhada brilhar sob a luz da oficina.
— Isso aqui cobre a embreagem? — perguntou, empinando o rabo.
Ele nem respondeu. Só pegou ela pela cintura e a jogou contra a bancada. O metal frio encontrou a pele quente. Ela gemeu alto, já com os dedos enfiados entre os próprios lábios, molhada até o meio das
coxas.
Ele baixou o macacão, o pau saltou grosso, suado, nervoso. Sem nem tirar o top dela, enfiou com tudo, sem aviso. A boceta dela engoliu como fome, fazendo barulho, espirrando gozo na base do pau.
— Isso! Me mete, caralho! Eu quero é pagar com gemido! — ela gritou, segurando nas ferramentas pra não ser jogada longe.
Ele estocava forte, a bancada batia na parede, o som era de carne contra carne, de boca suja e oficina fechada.
Ela gozou primeiro. Depois de novo. Depois de quatro estocadas curtas e uma pegada de cabelo.
— Agora me vira. Mete por trás. Quero sentir esse pau socando o passado fora de mim.
Ele obedeceu. Empinou ela em cima da moto, com a perna no banco e a cara encostada no retrovisor. Enfiou de novo. A boceta já pingava. A pele ardia. Ela tremia como corrente frouxa em subida.
— Porra... tu tem uma xereca assassina... — ele gemia.
— Então morre dentro, filho da puta. E goza sem tirar.
E ele gozou. Forte, fundo, arfando. Ela sentiu o quente se espalhar lá dentro, escorrendo, escorrendo, e ela sorria, suada, com a cara amassada no banco da moto e a alma lambida de alívio.
Ficaram em silêncio por alguns segundos, só o som da respiração descompassada e o cheiro de gozo, graxa e vitória. O pau dele ainda escorava entre os lábios da boceta dela, semi-ereto, sujo de tudo o
que tinham acabado de fazer. Ela, com a cara enfiada no banco da própria moto, ainda sentia os espasmos leves no útero, como se o corpo ainda dissesse: "não acabou".
Ela virou de lado, os olhos meio fechados, a boca suja de risada, e passou a mão pela coxa melada.
— Tu vai me deixar sair assim? Com a boceta pingando e o pau já descansando? Isso é desfeita.
Ele a olhou com aquela cara de mecânico que já viu muita peça quebrada, mas nunca uma tão safada.
— Quer mais?
— Não. Quero tudo.
Ela se abaixou, se ajoelhou no chão da oficina — o cimento ainda morno do calor do dia — e pegou o pau dele com as duas mãos, melado, pesado, descansado. Enfiou direto na boca. Devagar. Como quem chama
de volta o que é dela.
Chupou com carinho sujo, lambendo toda a extensão, sugando o resto da própria gozada que ainda escorria ali.
— A porra ainda tem gosto de oficina — ela disse, rindo, com a língua passando pela cabeça do pau.
Ele gemeu e encostou na bancada, vendo aquela motogirl com graxa nos joelhos, o cabelo grudado na testa e a boca cheia de pau.
— Sobe aqui — ele mandou.
Ela obedeceu. Subiu na bancada de costas, abriu as pernas e se inclinou, apoiando os cotovelos no tampo de madeira. A boceta, escancarada, brilhando de novo.
— Mete outra vez, mas agora devagar. Quero sentir tu entrando como quem invade casa alheia.
Ele segurou ela pelos quadris, encaixou com calma, e foi entrando centímetro por centímetro. A boceta sugava. Apertava. Como se não quisesse deixar ele sair nunca mais.
— Isso... isso... mais... mais! — ela gemeu, rebolando devagar.
Ele começou a meter com ritmo firme. Nem rápido, nem lento. No ponto. Cada estocada fazia o corpo dela empurrar pra frente. Os gemidos agora vinham abafados, como se o prazer estivesse saindo direto da
garganta.
— Tu é pior que droga — ela sussurrou. — Me meteu uma vez e agora tô aqui te implorando com o cu tremendo.
Ele puxou o cabelo dela, mordeu a nuca, acelerou o ritmo. Ela gritou. Gozou de novo. Ele enfiava sem parar, fodendo com a concentração de um técnico e a raiva de um possuído.
De repente, ela virou, deitou de costas, levantou as pernas e apoiou os calcanhares nos ombros dele.
— Agora enfia até bater no pulmão.
Ele obedeceu. Entrou fundo. Mais fundo. A cabeça do pau batia no fundo da boceta, e ela delirava, a mão no próprio peito, os olhos revirando.
Gozou mais uma vez. Quase desmaiou. O corpo todo mole, a perna tremendo. Ele gozou junto, por cima, grunhindo, os quadris duros, o corpo colado no dela, o pau latejando lá dentro.
Dessa vez, ficaram deitados ali, suados, colados, a oficina inteira cheirando a foda malcriada.
— Agora sim — ela disse, com a voz rouca. — A corrente tá apertada, e eu também.
Ele riu, passou a mão na barriga dela suada, e respondeu:
— A tua manutenção vai ser semanal. Tá avisada.
Ela apenas mordeu o lábio e olhou pro teto, satisfeita como quem acabou de detonar o motor inteiro — e ainda quer pegar no tranco de novo. Ficou ali por alguns segundos, respirando fundo, os dedos passeando
preguiçosos entre as coxas, o cheiro de gozo e graxa grudado na pele como segunda roupa.
— Tá com a corrente frouxa mesmo — ele disse, rindo, com a calça ainda aberta. — Mas eu não falei qual das duas.
Ela riu com preguiça, escorou de lado na bancada e puxou o short, sem limpar porra nenhuma. Vestiu o top colado no peito, ajeitou os cabelos com a mão suja mesmo e ficou ali, de pé, nua por dentro, marcada
por fora.
— Tu ainda vai apertar a da moto, né?
— Claro. Serviço completo, eu falei. — Ele já tava com a chave na mão.
Enquanto ele mexia, ela acendia um cigarro e observava. O barulho de ferramentas batendo, dele xingando um parafuso travado, o tanque de gasolina sacudindo enquanto ele testava a embreagem. Tudo isso
soava como um segundo tipo de gozo. Mais frio. Mais certo.
Quando terminou, ele deu dois tapinhas no banco da moto.
— Pronta pra rodar. Corrente esticada, embreagem ajustada e rolamento lubrificado. Igual tu.
Ela subiu devagar, passou a perna por cima com a maestria de quem sabe exatamente onde tá melando. Ajeitou no banco com um rebolado extra, ligou o motor, sentiu o ronco vibrar no clitóris ainda acordado.
— Tá redondinha. Nem parece que tava toda fodida.
Ele acendeu um cigarro também, encostado na bancada, olhando ela vestir o capacete sem calcinha e com a porra seca colada na pele.
— Não vai nem dar um tchau?
Ela virou o rosto só o suficiente pra deixar escapar, por baixo do capacete:
— Semana que vem eu volto. Se a moto tiver boa, tu inventa um defeito. Mas me mete igualzinho.
Girou o punho, saiu devagar. O banco ainda quente, o cheiro dela grudado no couro, e o som da moto desaparecendo na rua enquanto ele olhava, parado, como quem sabe: aquela revisão ali não tem na tabela
FIPE.