Nesse momento, uma moça de jaleco do SPA, muito bonita e sorridente, com um folder na mão, se aproxima da mesa.
—Oi, tudo bem? Vim trazer para vocês a promoção de hoje no SPA. Meu colega esqueceu de te dizer, mas os casais têm direito a uma massagem cada. Você realizou a sua de manhã com ele, e seu namorado pode vir hoje às 15h comigo.”
Ela ficou constrangida; fora pega na mentira!
—Achei que tinha ficado só no quarto.
—Sim, só fui na massagem e voltei. Isso que eu quis dizer.
O namorado não se ateve a essas sutilezas—ou simplesmente demonstrou não se importar. E manifestou entusiasmo com o presente:
—Que bom! 15h estarei lá com certeza!
Era muita coincidência, e ela ficou furiosa com isso. Sabia que era uma armação “daquele massagista insolente”. Mandou uma mensagem agressiva e cheia de ameaças para ele: “Quem você pensa que é para armar tudo isso? Vou denunciar você! Respeita o meu namoro, seu tarado ignorante!” Ele responde breve e direto: “15h, AP. 802”. Ela fica visivelmente incomodada e o namorado percebe.
—O que foi Amor? Não vai dizer que está com ciúmes?
Preferiu responder que sim, e até era, em parte, verdade. Ele foi compreensivo.
—Se você se incomoda, eu não vou.
Chega 14h50 e ela diz:
—Eu quero que você vá e aproveite ao máximo, você merece.
Ela tinha questões para resolver. Ele vai para o SPA; ela para o 802, furiosa, “em busca de satisfações”.
Chegando lá, ele já sem camisa, abre a porta antes que ela bata, mostrando uma irritante certeza de que ela estaria lá. Ela repete, áspera e exaltada, tudo o que havia escrito na mensagem:
—Quem você pensa que é...
E acrescenta novas ofensas:
—Idiota, grosso, estúpido!
Ele a olha de cima a baixo com cara de safado. Ela fica vermelha e tonta de ódio ao perceber que estava com o vestido soltinho que ele havia exigido.
—Entra! Coloca a bolsa na poltrona!
Dessa vez ela não hesita e responde:
—Não fala assim comigo, filho da puta!
Mas percebe ele totalmente invulnerável aos seus xingamentos, fica um silêncio estranho. Ele vira as costas e se afasta. Ela deixa escapar uma lágrima de silenciosa raiva, agora não mais dele, mas da situação, de si mesma, dos próprios desejos, das suas insistentes contradições. Olha as costas musculosas dele e entra! E coloca a bolsa na poltrona!
Ele vai devagar até a porta, sem olhar para ela, e tranca com a chave. Depois se vira para ela e diz com autoridade inquestionável:
—Feche aquela cortina!
Ela fica parada por alguns instantes. Olha os outros apartamentos pela janela e, lentamente, se dirige até a cortina. Precisa se esticar para conseguir fechar, deixando aparecer a polpa da bunda. Fica sem jeito; a cortina emperra, ela força.
—Vem aqui agora! Para na minha frente, de costas pra mim!
Ela vai até ele com medo do que poderia acontecer. Se posiciona, de pé, de costas, respira mil temores e expectativas, nada acontece. Ela dá minúsculos passos constrangidos para trás, sente o magnetismo, o calor do corpo dele muito de perto, mas sem encostar. Ele dá o passo, ela encosta. O encaixe dos corpos era perfeito, como polaridades de um imã, mantinham-se fortemente colados. Ela insinua disponibilidades dobrando a cabeça expondo sua vulnerabilidade no pescoço. Ele segura o pescoço dela pela frente, fazendo-a virar um pouco o rosto, aproximando a boca de seu ouvido. Ela se amolece na mão firme dele, fecha os olhos e deixa escapar um gemidinho...
Ele, com movimentos desafiadoramente lentos, abaixa a parte de cima do vestido dela. Os seios excitados, arrepiados, ficam à mostra, anunciando que ela não seria capaz de resistir a nenhuma das ordens. Ainda assim, foi assombrada por uma última e insuficiente ambivalência. Um homem retirando o seu vestido pela parte de cima era uma cena que se repetia inusitada demais. Duas vezes em tão pouco tempo, dois homens diferentes a realizar o gesto semelhante, mais uma coincidência, mais uma ponte conectando suas inusitadas experiências... Percebeu a obviedade da condição humana: uma vez flexibilizado o rigor moral, se torna perturbadoramente mais fácil ceder novamente aos apelos e aos prazeres que foram experimentados. Toda essa reflexão que ocorria em uma fração de segundos, recebia o protesto veemente de seu corpo: o calor, o arrepio, a lubrificação e as contrações desaforadas de sua intimidade, expurgavam todo resquício da ambivalência que veio lhe assombrar nessa última hesitação. Nesse momento ele a surpreende mudando para um tom mais cuidadoso e gentil, fazendo uma pergunta:
—Está gostando de obedecer, safada?
Ela deixa o corpo responder, faz que sim, timidamente, com a cabeça olhando para baixo, sem falar nada. Ele sussurra no ouvido dela:
—Abre um pouco as pernas!
Ela abre devagar. Ele a abraça por trás com o braço esquerdo e, com a mão direita, vai subindo pela parte interna da coxa, lentamente, até sentir o quanto ela já estava molhada e quente. Passa os dedos com cuidado por cima da calcinha. A mão esquerda desce, passa pelos seios sem se ater a eles, passa pelo braço e pela mão dela na lateral do corpo, passa pela bunda e, num gesto forte e preciso, com ajuda da mão direita, rasga a calcinha, deixando ela só com o vestido, de pernas abertas, toda molhada e seios arrepiados à mostra:
—Fica de quatro na cama agora, vagabunda!
Ela se amolece toda com o gesto forte, com a frase forte. Tímida e ousada, ela se posiciona de quatro na cama, puxando o vestido para cima mostrando tudo. Ele tira a bermuda e coloca a camisinha com calma. Ela esperando passiva e eufórica, totalmente entregue. Ele é muito duro, confiante, segura ela pelo quadril e a invade sem cerimônias; seu pau entra, deslizando sem resistências. Ela sente o calor e o descontrole de sua bucetinha, que vinha cada vez mais dominando suas decisões, encantando sua voz, abrindo caminhos para o compulsório transe, a absoluta entrega aos gemidos e à ânsia desesperada de viver. “Aaahhhhh”, ela estava amando ser comida novamente; era o segundo pau estranho que ela sentia lhe penetrar em menos de 24 horas. Pensava nisso e ficava cada vez mais à vontade, cada vez mais espontânea para fazer novas caras de puta safada. Ela coloca a cabeça no colchão, ficando com a bunda bem empinada, com o pescoço torcido para espiar aquele estranho que a dominava completamente.
—É isso que você precisa, vagabunda! Precisa ser fodida do jeito que merece! Puta! Vadia!”
Ela estava feliz, sentindo-se livre. E por que não poderia ser puta, vadia? Gostava muito disso. Nunca mais esconderia essa verdade de si mesma. Estava encharcada de tesão no pau daquele estranho, mal-educado e grosso, que a ofendia de todas as maneiras. Ele dá um tapa na bunda dela; ela responde aumentando os gemidos.
—Gosta de apanhar, cadela?
Ela sente o pau grande dele entrando e saindo; sente o impacto firme do quadril dele encontrando sua bunda macia e empinada. Entre os gemidos ela sussurra:
—Bate mais forte!
Ele bate, ela geme.
—Mais forte!
Ele bate, ela geme. Ela grita:
—Mais..!
Ela geme mais! Ele bateu com toda força na bunda dela, que já estava vermelha de apanhar. A cada tapa tudo ficava mais molhado, suavam juntos, deslizavam na loucura dos corpos cheios de ânsias catárticas. Ela estava fora de si, dizia muitas coisas, se contorcia... Ele então, com uma mão, prende, ela pelos pulsos, os segurando unidos sobre a lombar. Sem apoio, ela esfrega a cara no colchão e finge que tenta escapar... e consegue! Solta uma das mãos, depois a outra, aperta a própria bunda se abrindo toda. Nunca tinha feito sexo anal com o namorado, mas aquele estranho conseguiria comê-la inteira facilmente, era ele que decidiria tudo. Ele a segura pela nuca, se desequilibra um pouco na urgência de escorregar sua fúria para dentro dela.
Então ele diz:
—Vira puta!
Ela vira! Estava agora, de pernas abertas e seios para cima, amando “virar” puta, implorando por mais pau, se apaixonando pelo insano da promiscuidade.
—Me fode desgraçado! Quero pau! Me fode filho da puta!
Ele chupa os peitinhos delicados dela, sobe até o pescoço, mas não beija sua boca. Segura ela com a mão esquerda com força pelo pescoço, e enfia o pau num ritmo que faz ela se contorcer desajeitada de tanto tesão.
—Vadia assim tem que apanhar!
Com a mão direita, dá um tapa simbólico na cara dela. Ela olha desafiadoramente ele nos olhos e diz:
—Mais forte!
Ele aumenta a força.
—Mais!
Ele aumenta... Em seguida, passa sua mão pela testa dela, descendo até colocar dois dedos em sua boca; ela baba, revira os olhos, faz grunhidos descontrolados. Ela tenta xingar, mas só consegue gemer, mais e mais... Ele retira os dedos da boca e permite que ela morda a lateral da sua mão com força. Ela morde cada vez mais forte, o agarra desesperada com os dentes na ânsia de devorá-lo. Morde ele com o corpo todo; por cima, por baixo, com a força dos maxilares, com as contrações ferventes de sua bucetinha. Sente aumentar ainda mais o ritmo intenso do pau que a invadia, quente e escorregadio. Ele, então, segura ela com as duas mãos pelo pescoço, e aperta! Ele diminui o ritmo, mas aumenta a força no pescoço e o impacto das metidas firmes. Ela com dificuldades para respirar, sendo enforcada, goza intensamente, gritando alto sem se importar com mais nada. Sente a convulsão insana de seu corpo! Ele, então, afrouxa as mãos em seu pescoço e sobe, carinhoso, segurando com cuidado a nuca e os cabelos, deixando seu peso cair sobre ela: peito com peito, rosto com rosto. Ele sai cuidadosamente de cima dela, desencaixando seu pau ainda duro, deixando ela curtir alguns espasmos entorpecidos, em puro transe, se contorcendo na cama desconhecida do 802..
Ela olha pela fresta da cortina; entravam raios de luz, sentiu um bem-estar inédito. “Então é assim que é a liberdade!” Estava leve e feliz, com as pernas bambas. Amava não amar aquele estranho, idiota e gostoso que, ao seu lado, com o pau ainda ereto, a observava como um animal feroz observa sua presa e brinca com ela antes de devorá-la. Ele redireciona o transe dela com uma nova ordem:
—Levanta agora e abre toda a cortina!
Ela se levanta e tira o resto do vestido, que estava todo suado e enrolado no sutiã na sua cintura. Fica totalmente nua e só depois abre a cortina, sem nenhum constrangimento, queria mesmo que todos a vissem assim: nua e segura de si, convicta de suas escolhas. Ele, deitado, com o pau ainda muito duro e as mãos na nuca, observa tudo. Ainda louco de tesão, diz em tom debochado:
—Volta pra cama, vagabunda!
Ela surpreende com a resposta firme e direta:
—Cala boca idiota! Fica de pé aqui na frente da janela, que eu vou te chupar!
Ele hesita diante da escolha de dobrar a aposta com uma resposta mais agressiva, mas percebe que ela não estava mais brincando de ser dominada: estava falando sério e estava muito linda assim, tomada de ousadia. Ele, então, tira a camisinha e se para em frente à janela. Ela diz:
—Sobe em pé na cama, quero que todos vejam minha bunda toda marcada de apanhar, enquanto chupo você.
Ela começa olhando para cima; voraz, mas sem perder a elegância, esbanjando uma insana confiança. Usa as duas mãos para segurar o pau com muita vontade, mas também com cuidado. Gostava de sentir com sensibilidade na sua boca: as veias, a pulsação. Gostava de ver a cara de espanto dele dizendo com os olhos. “Safada! Tá me deixando louco!”.
Ele não demora, avisa:
—Vou gozar!
Ela aumenta a intensidade, sente o gozo dele vindo como um prêmio que ela conquistou. Deixa ele explodir em sua boca, em seu rosto, também nos cabelos, nos peitos, no chão. Ela chupa mais, como quem saboreia tudo: limpando, fazendo caretas, com sua risada safada interna lhe fazendo brilhar os olhos. Ele se deita, vencido, e se limita a dizer:
—O que foi isso?! Nossa! Amei você!
Ela sorri, se veste, limpa o rosto com o próprio vestido e sai imediatamente, sem se despedir