O Segredo de Laura

Um conto erótico de Farsante Sincero
Categoria: Heterossexual
Contém 852 palavras
Data: 19/06/2025 15:07:30

Capítulo 4 – O Segredo de Laura

O silêncio que veio depois do último beijo parecia um intervalo necessário. O tipo de pausa onde o corpo ainda pulsa, mas a mente tenta recuperar o controle. Laura respirava com dificuldade, o rosto corado, os olhos ainda marejados de desejo. Foi então que ela baixou a cabeça, os dedos brincando nervosamente com o guardanapo sobre a mesa. A voz saiu baixa, quase num sussurro de confissão:

"Na verdade… eu tenho namorado."

Houve uma pausa breve. Ela respirou fundo, encarando o copo à sua frente como se buscasse ali alguma coragem escondida. Depois continuou:

"Meu primeiro e único, na verdade. Namoramos desde o início da faculdade. Não sei exatamente por que continuo com ele. Aquele clichê de aluno de Direito: mimado, seguro de si diante do mundo e absolutamente perdido quando se trata de mim. Mesmo sabendo tudo isso, ainda não encontrei a coragem para terminar."

Havia uma hesitação na voz dela. Um misto de vergonha e alívio por finalmente dizer aquilo em voz alta. Eu apenas a observei, sem interromper. O narrador dentro de mim já conhecia aquele roteiro: as meninas certas, presas a caras errados, repetindo os mesmos ciclos de insatisfação.

Laura prosseguiu, os olhos ainda fixos no fundo do copo:

"Ele é imaturo... inseguro... paranoico com a ideia de que eu engravide. Mesmo eu tomando anticoncepcional desde os dezesseis, ele nunca teve coragem de se entregar sem preservativo. Sempre o mesmo medo infantil... sempre aquele sexo apressado, sem emoção. Quando acontece... é mecânico. Dois minutos de movimentos repetitivos, previsíveis, e ele já chega ao fim. Fico lá, com expressão neutra, fingindo que foi incrível, enquanto ele corre para o banheiro, satisfeito com a própria performance ridícula."

Ela respirou outra vez, como quem se livrava de um peso antigo. Depois me olhou com um sorriso enviesado, um brilho levemente malicioso no canto da boca:

"Parte de mim só queria saber como é... de verdade."

O subtexto estava todo ali. Não precisava de tradução. Por dentro, sorri. O jogo tinha acabado de mudar de fase.

Ela suspirou, olhou ao redor como se só agora percebesse que estávamos num espaço público, e então se voltou para mim com uma franqueza que até então ela vinha evitando:

"Eu não sei o que estou fazendo aqui com você... Mas ao mesmo tempo... sei exatamente. Passei os últimos meses imaginando como seria sentir alguma coisa de verdade. Não esse sexo automático, sem cheiro, sem gosto... Eu queria sentir o cheiro de pele de verdade. A barba arranhando. As mãos fortes segurando de um jeito que eu não precise pedir. Eu queria que alguém me fizesse perder o controle... que me deixasse com a perna tremendo depois... com o corpo inteiro latejando."

Laura continuou, a presença do desejo agora escancarada, sem mais volta. Ela precisava extravasar anos de tesão contido naquele corpo delicado que tremia à minha frente.

"Parece que eu sentia no meu corpo cada palavra obscena sua... Mais que isso... você colocou em palavras o que vive na minha cabeça... em imagens confusas... em sonhos que me fazem acordar sem ar... pingando de suor... com o lençol molhado... Eu quero isso... Eu preciso disso."

A voz dela tremia, mas os olhos estavam firmes, como se cada palavra dita fosse mais um tijolo derrubado daquele muro que ela própria construiu.

Ela começou a descrever, com detalhes constrangedores e deliciosos, suas noites solitárias no quarto que dividia com uma amiga de faculdade. Um apartamento pequeno, compartilhado com outras meninas da universidade. Contou como, por várias vezes, acordava no meio da noite, ensopada, depois de sonhar com um homem que a possuía com uma fome que ela nunca conheceu na vida real. Disse que, nesses sonhos, ela quase podia sentir o gosto dele na boca, a porra quente escorrendo garganta abaixo, antes de ser deitada de novo e preenchida por ele, de um jeito que a fazia acordar ofegante, com as pernas tremendo e a calcinha encharcada.

Ela desviava o olhar enquanto contava, como se a vergonha fosse suficiente pra interromper a história. Por um instante, achei que ela fosse parar. Levantou a taça, tomou um gole generoso de vinho, como quem precisava de coragem líquida, e por um segundo ficou ali, imóvel, como se estivesse sentindo de novo na boca o gosto do que acabara de descrever. O olhar meio perdido, o rosto corado, o corpo inquieto na cadeira. Eu, do outro lado da mesa, precisei ajeitar a posição, discretamente, antes que o volume no meio das minhas pernas denunciasse o efeito imediato de cada confissão.

E então ela continuou, com a voz mais baixa, quase como uma prece pecaminosa:

"Nessas horas… eu só consigo voltar a dormir se… se eu me toco..."

Fez uma pausa, respirou fundo, riu de nervoso e completou:

"Mesmo assim… é sempre um gozo meio frustrado... rápido... contido... pra não acordar minha colega de quarto..."

Naquele instante, vendo Laura desfiar suas fantasias mais íntimas, senti o prazer sujo e inegável de ser o gatilho daquilo tudo. Ver uma mulher se contorcendo de desejo só com palavras... não há vício maior que esse.

farsantesincero@gmail.com

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