Eu estava namorando uma pessoa que conheci recentemente pela internet. Foi tudo intenso desde o começo. A paixão pegou de jeito, rápido, como essas coisas modernas que nascem de uma conversa boba e, quando você percebe, já está fazendo planos com alguém que nunca viu pessoalmente.
Morávamos a alguns quilômetros de distância. Se encontrar exigia logística: viagem, hotel, agenda combinada. Por isso, mesmo depois de semanas trocando mensagens, ainda não havíamos nos visto de verdade. Mas a conexão era forte. Rara. Quase perfeita.
Quase.
Porque tinha algo muito errado nessa história. E não era com ela — era com a irmã dela.
Foi ainda na fase das conversas por texto que tudo começou. Um dia, casualmente, ela me apresentou à irmã. Disse que eram muito próximas, que ela queria me conhecer. Achei simpático. Familiar demais, talvez. Mas topei.
A estranheza veio rápido.d
Num chat era minha namorada. No outro, a irmã. E a diferença entre os tons era brutal. Enquanto uma falava comigo com carinho, planos, afeto, a outra… me chamava de cunhado com um sorriso invisível carregado de malícia. E foi além disso. As mensagens vinham com um ar de provocação descarada, íntima demais pro pouco tempo que nos conhecíamos. Coisas do tipo:
— E aí, cunhadinho… vai cuidar bem da minha irmã?
Na hora, pensei: “Ela deve ser só uma mulher desbocada, dessas que falam o que dá na telha. Ou talvez esteja me testando. Talvez a irmã tenha mandado…”
Optei por não alimentar aquilo. Me calei. Ignorei. Não queria começar um disse-me-disse com alguém que eu ainda nem tinha encontrado pessoalmente. Mas o incômodo ficou. Uma pulga atrás da orelha que crescia a cada nova mensagem da irmã.
Porque por mais que eu tentasse racionalizar, havia algo ali.
Na semana da minha viagem, estávamos em uma chamada de vídeo, os três. Tínhamos combinado de beber juntos, mesmo à distância, e a conversa rapidamente desandou para o tipo de bobagem que só o álcool autoriza. Risadas, provocações e um nível crescente de absurdos.
O assunto da vez era: gêmeos têm as partes íntimas iguais?
Minha namorada jurava que a dela era completamente diferente da da irmã. Já a irmã — mais nova, com uma língua solta e claramente mais bêbada — insistia que sim, que era tudo igualzinho pois ela viu a irmã mais velha, minha namorada dando para não sei quem.
As duas começaram a discutir aos risos, e eu ali, no meio daquela disputa íntima, só ria de nervoso.
— A minha é apertadinha ainda! — dizia minha namorada, segurando a taça com pose vitoriosa.
— Ah, para! Tu vive reclamando que não sente nada! A tua já foi mais rodada que o Uber do centro! — retrucou a irmã, gargalhando.
— Tu jura, né? Se a minha tá larga, a tua é uma vala!
— É igual, cunhadinho. Igual! A gente só não é espelho porque eu sou mais novinha e mais firme.
O riso era constante, mas no meio da brincadeira, eu sentia algo estranho. Uma tensão que não era só engraçada. A irmã dela falava comigo diretamente. Quando dizia “cunhadinho”, tinha um tom que descia pela espinha. E o olhar dela — mesmo pela tela — carregava uma provocação que ia além da piada.
As duas tinham uma diferença de uns cinco anos, só isso. Mas a mais nova falava como se fosse infinitamente mais jovem, mais inteira. Como se quisesse se destacar, como se tivesse algo a provar.
— Se tu não fosse tão velha, larga e acabada, talvez a gente ainda a gente fosse mais iguais do que já somos — soltou ela, de repente, num tom que atravessou o riso da mais velha.
A notificação apareceu discreta no canto da tela, enquanto a ligação em vídeo seguia com as duas rindo e discutindo. Uma mensagem particular. Da irmã dela.
Abri.
Era uma foto.
Mal enquadrada, tremida. Mas inconfundível.
Uma buceta.
Fechada, pelos mal aparados, rosa. Linda. Crua.
A imagem me pegou de cheio — não por ser explícita, mas por ser repentina. Pela ousadia. Pelo descaro.
Fiquei paralisado. Nenhuma reação imediata. Só olhei, tentando entender se aquilo era real.
Logo em seguida, ouvi a voz dela, ainda na chamada:
— Pronto, mandei a minha pra ele. Manda a sua agora. Ele já viu a sua?
Minha namorada ficou em silêncio por um segundo, tempo suficiente pra minha espinha gelar.
— Espera… você mandou uma foto da sua buceta pro meu namorado?
— Mandei. Ué. Ele vai ser o nosso juiz. Olha aí e não diz se é igual?
A naturalidade com que ela disse aquilo me fez duvidar se eu tinha ouvido certo.
Mas tinha.
Minha namorada riu. Riu. Não acreditando, ou não ligando. Eu esperava uma explosão, um corte, um “tá maluca?”. Mas nada. Ela achou graça.
— Você é ridícula. — disse entre risos. — Vai atender a pizza, louca.
E foi isso.
A conversa morreu ali. A entrega da pizza que as duas pediram encerrou o que poderia ter sido uma discussão séria. E eu fiquei com a imagem aberta na tela, de pau duro e a cabeça girando.
Eu só conseguia pensar no que tinha acontecido. A irmã dela tinha me mandado uma foto da própria buceta.
E o mais absurdo: ninguém parecia achar isso grave.
Nenhuma crise, nenhuma explicação, nenhuma conversa. Só o silêncio, como se nada demais tivesse ocorrido. E aquilo me deixava louco — pela ousadia, pela naturalidade, pela sensação de que eu estava no meio de algo muito maior do que parecia.
Os dias passaram. Finalmente o fim de semana chegou.
Eu tinha planejado uma viagem longa, de carro, sete dias inteiros naquela cidade onde, até então, só existia ela. A mulher com quem eu vinha trocando promessas, fantasias, palavras quentes, planos futuros. Estava ansioso, vidrado, imaginando como seria o encontro, o toque, a química.
E quando nos vimos pela primeira vez, foi ainda melhor do que eu esperava.
Insano.
Mágico.
O sexo… talvez o mais louco que eu já vivi. Ela se mostrou incrível, presente, generosa, quente. Tudo que eu tinha idealizado — e mais. E ali, naquela cama de hotel, com ela dormindo ao meu lado depois de me virar do avesso, eu já me pegava fazendo planos. Pensando em mudança. Em ficar.
Ela morava com os pais — e a irmã, claro. Mas esse era um assunto para depois. Por enquanto, eu ficaria no hotel. Ela tinha tirado uns dias de folga pra passar comigo, então estávamos aproveitando ao máximo cada minuto.
Conheci a cunhada no segundo dia.
Pessoalmente, ela era exatamente como nos vídeos. Brincalhona, solta, ousada. E confesso: eu cheguei a pensar que estava errado sobre ela. Que talvez aquele jeito fosse apenas… isso mesmo, um jeito.
Desinibida. Espontânea.
E não uma provocação direta.
Mas foi no terceiro dia que tudo mudou.
Recebi uma ligação logo pela manhã.
— Amor, eu não vou conseguir folgar hoje. Deu um problema no trabalho, e vou ter que ir. Mas é só hoje, juro. Assim que eu conseguir sair, vou direto aí. Tudo bem?
Claro que estava tudo bem. Essas coisas acontecem. Tentei barganhar um pouco de tempo, ainda assim.
— E se eu passar pra gente almoçar juntos?
— Não dá. Mas minha irmã vai aí. Vai te levar pra passear, distrair, qualquer coisa que você quiser fazer. Ela que vai te vigiar hoje… pra você não ficar olhando pra nenhuma vagabunda na rua, tá?
— A sua irmã vai me vigiar? Amor… você sabe que ela é a primeira a me atentar. Vai mesmo colocar a rata pra cuidar do queijo?
Ela riu do outro lado da linha. Um riso gostoso, leve, como quem não vê maldade em nada.
— Ela pode, se quiser. Eu confio nela.
Aquilo me pegou.
“Ela pode, se quiser?”
Não entendi a resposta. Não sabia se era uma piada, uma provocação ou um tipo de permissão indireta. Mas só respondi com um “tudo bem”, meio sem pensar.
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