Sou Edmara. Casada há 43 anos. Vida tranquila, rotina previsível. Mas nada me preparou para aquele homem que chegou para reformar o galpão do sítio. Alto, pele escura como o cacau mais puro, braços marcados pelo trabalho pesado e um olhar que me despiu desde o primeiro dia.
Tentei ser simpática, como sempre faço com quem presta serviço em casa. Mas ele… ele devolveu o sorriso com um jeito que me tirou o chão. Havia algo no seu jeito de andar, na maneira como segurava as ferramentas... e no volume evidente sob o jeans gasto.
Certo dia, levei-lhe um copo de água gelada. Estava sem camisa, o suor escorria pelos músculos definidos do peito e da barriga. Nossos olhos se cruzaram, e o silêncio que se fez dizia mais do que mil palavras.
— Dona Edmara… a senhora tem mesmo certeza de que quer que eu continue o serviço hoje? — perguntou com a voz grave, suja de insinuação.
Eu assenti. Mas ele largou as ferramentas, aproximou-se devagar, firme. Antes que eu pensasse em recuar, senti suas mãos calejadas na minha cintura. Não disse nada. Só me deixei ir.
Ali mesmo, encostada no batente da porta do galpão, ele me tomou com fome e força. Beijos quentes, mãos ousadas… o tempo parou. Fiz coisas que nunca imaginei fazer. Disse coisas que nunca imaginei dizer. E quando me vi de joelhos, com as mãos nele, compreendi que aquele homem estava ali para me redescobrir.
Aquela tarde quente parecia ferver dentro de mim. O corpo dele era puro fogo, e eu, feita cinza e desejo, deixei que me consumisse. As mãos dele exploravam-me com firmeza, sem pedir licença. Apertava-me como se soubesse exatamente o que fazer com uma mulher experiente e carente.
Minha blusa foi aberta com pressa, e os meus seios, que há anos não sentiam tamanha atenção, estavam agora nas mãos daquele homem bruto. Ele os beijava, mordia, lambia como se tivesse fome — e eu gemia, entregue, sem vergonha, sem pudor.
— A senhora é muito mais do que eu imaginava — disse ele, enquanto me virava de costas, com o corpo colado ao meu, duro e latejante contra mim.
A minha saia foi erguida com força. A calcinha, puxada de lado. E naquele momento, quando senti a dimensão dele pela primeira vez, soube que não voltaria a ser a mesma mulher.
Ele era grande. Exageradamente. Entrou em mim devagar, dominando, fazendo-me arquear as costas e agarrar na parede. Um gemido escapou alto. Eu não quis conter. Ele me preenchia inteira, fundo, com investidas que me faziam perder o fôlego e a razão.
Os meus quadris batiam contra os dele com força, num ritmo animalesco. Suor, pele, gemidos misturados. Eu dizia palavras que nunca pensei pronunciar — implorava por mais, por tudo. Ele atendia. Me virava, me pegava no colo, me deitava no chão do galpão… cada posição, uma nova explosão de prazer.
Ali, no meio da poeira, com o som dos pássaros ao longe, eu gritava o nome daquele homem como quem chama por redenção. Não era só tesão. Era libertação.
E quando terminou, exausto, com o corpo sobre o meu, olhou-me nos olhos e disse:
— Amanhã começo cedo, dona Edmara… mas hoje ainda não acabei com a senhora.
Sorri. E deixei que me levasse de novo, como se o mundo inteiro fosse só aquilo: eu, ele e o desejo que nos devorava.
Ali , soube o que ele quis dizer quando falou que não tinha acabado comigo. Aquele negro, desejou meu cuzinho, e eu não resisti a sua invasão, me levando ao êxtase. Gozei como nunca.