O Silencio X

Da série O silêncio
Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 948 palavras
Data: 23/06/2025 01:30:05

— Além do brinquedo... tive que usar outro incentivo também — e apontou para o chinelo. — A bundinha dele sentiu...

Ana fez uma pausa, olhou nos olhos de Lourdes e, com um sorriso provocativo, perguntou:

— Essa noite seria sua folga... mas você quer ver?

Lourdes respondeu com um brilho nos olhos:

— Eu adoraria...

Ana inclinou-se ligeiramente e completou:

— Eu vou deixar a porta fechada... olhe pela fechadura.

A conversa cessou, deixando uma nova cumplicidade suspensa entre elas.

Naquela noite, ao colocarem o bebê para dormir, Ana passou o braço por Marcos e o levou novamente para o quarto. Lourdes já se recolhera, e o andar de cima estava mergulhado em silêncio.

No corredor, Lourdes permaneceu imóvel por alguns segundos. Aproximou-se da porta do quarto de Ana e, com delicadeza, inclinou-se até alinhar o olho à fechadura. Mas assim que viu o que se passava no interior do quarto, Lourdes paralisou. O susto foi imediato — não por repulsa, mas por intensidade. Um misto de medo, excitação e fascínio a percorreu como um choque silencioso.

Dentro do quarto, Ana sorriu ao perceber a sombra discreta do outro lado. Apoiou o dedo sobre os lábios de Marcos e sussurrou:

— Não diga nada. Ela está olhando.

— Hoje você dorme de novo comigo — disse Ana. — Mas só depois de fazer algo por mim.

Ela retirou do armário a fantasia da noite anterior, agora com alguns ajustes. O espartilho havia sido apertado, a saia um pouco mais encurtada. Entregou tudo nas mãos de Marcos.

— Vista-se para mim, com calma. E sem esconder o que sente.

Enquanto Marcos se trocava, Ana pegou o batom e aproximou-se dele mais uma vez. Segurou seu rosto e aplicou com precisão a cor forte sobre seus lábios. Ele tentou conter a emoção, mas os olhos úmidos o traíam.

— Você é belo quando se entrega — sussurrou Ana.

Em seguida, ajoelhou-se à frente dele, como fizera antes. Pegou dois brinquedos da gaveta — um prendeu na cintura de Marcos, o outro prendeu em si mesma com gestos suaves e firmes. Marcos, imerso em um torpor emocional, apenas assentiu.

Com gestos lentos, Ana explorou os contornos do corpo dele, enquanto sua outra mão alcançava o chinelo ao lado da cama. Ela o levantou e, num ritmo simbólico, começou a marcar a pele de Marcos com toques firmes e cadenciados — não como punição, mas como parte de um rito de escuta e entrega.

Marcos, de olhos fechados, acolheu o gesto sem resistência. O silêncio entre eles era absoluto, preenchido apenas pelo som ritmado e suave de algo novo sendo construído no espaço entre o desejo, o afeto e a entrega.

Ana, sentindo o calor do momento, começou lentamente a acariciar-se diante de Marcos, os olhos fixos nos dele. Cada movimento seu era também um convite silencioso, um reflexo da liberdade que ela agora reivindicava para si e para ele.

Então, com um sorriso tranquilo, Ana fez Marcos deitar-se de costas na cama. Subiu sobre ele com lentidão cerimonial, mantendo os olhos fixos na porta. Seus quadris moviam-se com firmeza, mas era o olhar — quase desafiador, quase cúmplice — que parecia sussurrar algo a quem estivesse do outro lado da fechadura. E, assim que chegou ao seu próprio clímax, Ana se deixou cair suavemente sobre o peito de Marcos, a respiração entrecortada dissolvendo-se no silêncio do quarto.

Após se recuperar, Ana fez Marcos se virar de bruços. Sentou-se sobre ele e acariciou suas costas com as pontas dos dedos, deslizando a palma em movimentos lentos. Em silêncio, deitou-se sobre suas costas, encaixando seus corpos com calma e peso.

Em seguida, ela se levantou, caminhou com passos lentos até a porta do quarto. Parou diante dela por um instante, repousando a mão na maçaneta, e lançou um breve olhar à sombra que ainda espreitava pela fechadura.

Lourdes ficou em pânico...

Ana abriu a porta, levantou Lourdes e a puxou pela mão...

Lourdes, com os passos travados, foi entrando no quarto...

Mesmo com passos hesitantes, Ana não encontrou resistência de Lourdes...

Com delicadeza, Ana levou Lourdes até a beira da cama. Havia algo cerimonial no modo como a guiava, como se cada gesto carregasse significado e intenção. Chegando ali, ela parou por um momento, observando o corpo de Marcos ainda entregue sobre os lençóis.

Então, Ana se aproximou da cama, pegou objeto que até então guardava como um instrumento de domínio e intimidade. Com um leve sorriso nos lábios, virou-se para Lourdes e, segurando o brinquedo com naturalidade, perguntou:

— Quer experimentar?

Lourdes arregalou os olhos, surpresa. Seus lábios se entreabriram, mas nenhuma palavra saiu de imediato. Ela olhou para Ana, depois para Marcos, que permanecia em silêncio, os ombros relaxados, o corpo inteiro envolto em uma quietude quase ritualística.

— Mas... ele parece tão... — Lourdes hesitou — dolorido...

Ana, com ternura e firmeza, colocou a mão sobre o ombro dela e disse:

— Ele está onde precisa estar. Ele me pertence esta semana... e na próxima, ele será seu.

Lourdes sentiu o corpo arrepiar. A frase não foi dita como brincadeira. Era uma promessa sussurrada entre as frestas do desejo e da confiança, um convite que não se ouvia — se sentia. Ela olhou para Marcos, que agora a fitava com olhos calmos, sem resistência.

— Só se você quiser — completou Ana, estendendo o brinquedo como quem oferece um cetro simbólico.

Lourdes estendeu a mão, hesitante, e tocou o objeto. Sentiu seu peso, sua textura, mas principalmente, o peso invisível da decisão que estava prestes a tomar. Ana assentiu em silêncio, como quem dava sua benção.

Naquele instante, algo mudou. Não havia mais apenas um jogo de poder, mas uma teia de confiança e entrega que começava a incluir mais uma presença. Um novo elo estava sendo forjado — não por impulsos, mas por reconhecimento mútuo.

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