Flávia não sabia explicar o que sentiu naquele instante. Tudo parecia trivial: uma tarde abafada, o carro rodando pela cidade apressada, e ela, dirigindo em silêncio com um rapaz ao lado, quase um menino.
Marcelo, 20 anos recém-completos, era filho de uma amiga antiga do seu marido, Fábio. Tinha vindo ajudar com os preparativos da festa de aniversário surpresa que ela mesma havia idealizado. Um corpo alto, forte de academia, cabelos castanhos meio bagunçados, e um jeito de quem ainda descobria o próprio poder.
O marido, atarefado com os últimos ajustes no salão, pediu de última hora:
— Amor, leva o Marcelo em casa pra ele se arrumar? Quando voltar, a gente já começa a montar a recepção com calma.
Ela nem pensou. Pegou a chave do carro e chamou o rapaz.
No caminho, o silêncio foi breve. Marcelo era simpático e educado, mas havia algo nos olhos dele. Talvez fosse apenas coisa da cabeça dela, mas em mais de um momento sentiu aquele olhar deslizando do seu rosto para os ombros, dos ombros para as coxas expostas no vestido leve de verão. Uma ousadia velada. Disfarçada.
Quando pararam no semáforo, ela se virou para comentar algo banal, mas os olhos dele estavam baixos, fixos. No volume. O shorts leve denunciava mais do que ele talvez quisesse. Flávia ficou alguns segundos sem saber o que fazer.
Sentiu o corpo responder. Uma pontada quente no ventre. O coração acelerado. Um desejo bruto e inusitado. Quis parar o carro ali mesmo e testar aquele volume com a boca. Quis senti-lo invadir seu corpo com aquele vigor juvenil.
Mas conteve-se. Respirou fundo. Era casada, sim — mas num casamento onde o sexo não era tabu. Já tinham experimentado de tudo: brinquedos, lugares públicos, e até uma vez um ménage com um entregador de aplicativo que flertava demais. Só que ali era diferente. Era Marcelo. O filho da amiga do marido. O novinho mais proibido que já imaginara.
Durante a festa, olhava de longe e tentava não corar cada vez que ele cruzava o salão. O marido nem notava. E à noite, quando estavam na cama, Fábio a provocou:
— Hoje você tava diferente... parecia que tava com tesão o dia inteiro.
— Coisa da sua cabeça...
Mas ele percebeu o sorriso no canto da boca.
Durante o sexo, ela deixou-se levar. Gemeu como há muito não gemia. Imaginava Marcelo nu. Imaginava os dois homens em sua cama. E quando Fábio, num sussurro, perguntou:
— Você gostou do Marcelo, né? Acha que ele tem o pau grosso?
Ela mordeu os lábios. Imaginou. Imaginou um pau branco, com a glande vermelha e veias saltadas. Forte, quente.
Arfou no ouvido do marido:
— Você acha que ele meteria fundo em mim, amor? Enquanto você assiste?
Fábio gozou segundos depois, com ela por baixo, se contorcendo no prazer e na culpa.
Os dias passaram, mas Marcelo ficou. Ficou nos pensamentos de Flávia, no cheiro da juventude que ficou no banco do carro, no brilho meio displicente do olhar dele. Começou a abrir o Instagram e stalkeando o perfil de Marcelo. Era quase um ritual secreto. Os stories dele na academia, o sorriso suado depois de um treino.
Ela começou a curtir. Curtidas espaçadas, como quem diz “te notei, mas posso fingir que foi por acaso”. Talvez fosse só coisa da cabeça dela — provavelmente era — mas achava que, depois das curtidas, ele começou a postar mais fotos sem camisa, mais vídeos de treino, mais olhares diretos para a câmera.
À noite, o fetiche se materializava. Com Fábio, ela transava com mais frequência. Chegava molhada à cama, e o marido notava.
Em uma dessas noites, ela se deixou levar. Gozou duas vezes, gemendo mais alto do que deveria. E, na respiração ofegante, Fábio a provocou:
— Tá pensando em outro, né?
— Marcelo...
Ele ficou em silêncio por um segundo. Depois disse:
— O novinho... Acha que ele meteria com força?
Ela respondeu:
— Acho... Acho que ele meteria me segurando pelos cabelos... com aquele pau grosso, branco, cabeça rosada, cheio de veias... e você assistindo.
Aquilo virou costume. Em toda transa, ele aparecia. Em toda gozada, ele estava ali.
Mas fora da cama, a realidade era outra. Flávia sabia que Marcelo era filho da Marisa. Marisa, amiga de anos. Qualquer deslize poderia destruir tudo.
Até que o destino resolveu brincar com ela. Matriculou-se numa academia. No segundo dia, viu Marcelo. Na esteira. Camiseta colada, suado, sorriso atrevido:
— E aí, dona Flávia... tá fit agora?
Ela riu:
— Tentando não envelhecer, né?
Ele a encarou:
— Você já é gata. Agora vai ficar perigosa.
Ela se surpreendia com o quanto estava disposta a ser notada. Pequenos toques, elogios ousados, olhares demorados. Tudo crescendo, latejando. Até que um dia, após um treino intenso, Marcelo a convidou para uma água de coco. Sentaram-se num quiosque.
— Desde aquele dia da carona, eu senti. Você ficou sem jeito. Eu percebi o volume, né? Fiquei muito excitado.
Ela respondeu:
— Meu marido... gosta quando fico excitada por outros.
— Tipo casal liberal?
— Sim. Mas com algumas regras.
— E se... a gente fizesse isso?
— Preciso ver que você realmente me deseja.
— Se você me chamar, eu vou — ele disse.
Naquela noite, Fábio ouviu tudo. Pegou duas taças de vinho, e ao ouvir dela os detalhes, apenas disse:
— Chama ele. Só quero estar lá pra ver.
A mensagem foi simples:
> “Marcelo, preciso que você venha aqui. Amanhã, final da tarde. O Fábio vai estar.”
A resposta veio rápida:
> “Me passa o endereço. Já tava esperando esse convite.”
Ela preparou-se como quem se prepara para um ritual: banho, lingerie nova, vestido leve. Quando ele chegou, Fábio já o esperava com dois drinks.
Sem rodeios, Marcelo disse:
— É agora que você vai realizar seu fetiche?
Ela respondeu:
— Levanta.
Fez com que ele tirasse a camisa. Tocou o peito dele, depois desceu e ajoelhou-se. Chupou com fome, enquanto Fábio se aproximava. Ela se deitou. Marcelo a penetrou com força, e Fábio, excitado, foi para trás. Tocou-a. Entrou devagar. Ela estava completamente preenchida. Dois paus. Um na buceta, outro no cu. Gemidos, suor, prazer.
— Isso, meus amores... me fodam... os dois... mais... mais...
Marcelo a possuía com força, os quadris ritmados como uma máquina a vapor. O som das peles se encontrando, os gemidos dela, tudo preenchia o ambiente. Flávia se contorcia, a boca aberta, os olhos revirados, os seios saltando a cada estocada profunda.
Fábio, sentado na poltrona, se masturbava sem tirar os olhos da cena. A mulher que amava estava ali, sendo fodida como sempre sonhara — por um novinho com sede e potência. Aquela imagem alimentava todas as suas fantasias de dominação compartilhada.
Marcelo pressionava cada vez mais forte, e Flávia sentia o orgasmo vindo como uma onda incontrolável. A mão dela agarrou o sofá com força, o corpo inteiro tremia.
— Isso... isso... goza dentro... goza comigo, Marcelo...
Ele gemeu, os músculos tensionados, os olhos cerrados. Gozou forte, enterrado fundo, o pau latejando dentro dela.
Ela arqueou o corpo, gritou o nome dele e sentiu-se explodir. Gozou forte, molhada, quente, sentindo o gozo dele escorrer dentro.
Fábio, com o pau brilhando de lubrificante e desejo, se levantou. Os olhos estavam vermelhos de tesão.
— Agora é comigo.
Ele a pegou pela cintura. Flávia ainda arfava quando foi puxada por ele, montando no pau do marido com a buceta ainda cheia de Marcelo.
— Me fode, amor... eu sou tua puta...
Ele meteu com vontade. As estocadas eram profundas, possessivas. E então ele sussurrou:
— Vira... quero você de quatro.
Ela obedeceu. O marido posicionou-se por trás, encaixou-se com força no cu ainda intocado da noite.
— Assim... minha vadia... bem cheia...
Ela gemeu alto. O prazer era bruto, total. E ele a ofereceu de volta:
— Vem, Marcelo... mete na frente de novo.
Marcelo se aproximou, o pau rijo de novo. Flávia se abriu, faminta, e o encaixou na buceta com as mãos. O corpo dela foi tomado de novo. Dois paus. Um no cu. Um na buceta. Dupla penetração. Ritmados. Intensos.
— Isso... fodam essa vadia... a vadia de vocês...
Eles metiam juntos, com sincronia. Os corpos colados, o suor escorrendo. Flávia não conseguia mais falar. Só gritar, só gemer, só gozar.
Até que os dois saíram ao mesmo tempo.
Ela se ajoelhou entre eles, os olhos brilhando, os seios suados, o peito arfando.
— Acabem em mim... me marquem...
Fábio foi o primeiro a gozar. Jatos quentes no peito, respingando no pescoço e no rosto. Marcelo veio em seguida, forte, espesso, cobrindo os seios e a boca dela. Alguns respingos nos cabelos.
Ela abriu a boca e recebeu um último fio na língua. Sorria, ofegante, lambuzada, marcada.
Ali, no chão, ajoelhada entre dois machos satisfeitos, Flávia sentia-se inteira. Era a puta que sempre sonhara ser. E não havia mais volta.