A Submissão de Thiago- Parte 8.1- Dia da libertação

Um conto erótico de Rafa Porto
Categoria: Gay
Contém 1972 palavras
Data: 03/06/2025 15:53:27

Continuação da saga do Thiago! Como o conto ficou longo, dividi em duas partes. Espero que curtam!

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Assim que deitei naquela cama, de conchinha com o Yuri, caí em um sono profundo. Caralho, fazia tempo que não dormia tão bem! Quando acordei, me sentia renovado, leve, tranquilo, como há tempos não me sentia. Enfim, toda aquela tensão tremenda pela qual tinha passado durante os últimos 30 dias tinha me abandonado.

“Nossa, 30 dias!”, pensei, ainda de bruços na cama. Finalmente, o dia da minha “libertação” tinha chegado. Meu “eu” de poucos dias antes tinha bolado altos planos para esse momento de glória. Primeiro, tinha que dar alguma satisfação pra Amandinha, que lá da Espanha já estava reclamando do sumiço do “Thiagão”.Outra coisa seria voltar a tomar banho no vestiário depois dos treinos de fut. Tinha que mostrar praqueles calouros babacas o que era um homem de verdade! E óbvio, também iria curtir a primeira festa que a Atlética do nosso curso ia fazer no semestre. Com discrição, claro, para que nenhuma notícia chegasse até a Amandinha lá na gringa!

Mas poxa, por que deitado ali, no silêncio do porão do Yuri, eu não conseguia estar animado de pensar tudo que iria aprontar com meu amigão de volta?

Depois de uma boa enrolação na cama, decidi me levantar. O Yuri já tinha acordado fazia tempo. Lembro de, meio dormindo, ter me dado conta que ele tinha ido embora, deixando um vazio do meu lado. Até então, nunca tinha dormido abraçado com outro cara antes. Nunca tinha tido a sensação de ser envolvido por um corpão peludo e forte, ouvindo o som da respiração pesada de um macho no meu cangote. Sentindo a vara dele, ainda dentro de mim, amolecer aos poucos enquanto pegávamos no sono.

Eu já estava com saudade do calor do corpo do Yuri, da barba dele roçando na minha nuca, daquelas mãos enormes descansando na minha bunda. Tudo o que eu queria era ouvir voz grave do Yuri sussurrando no meu ouvido, para me acordar com um:

— Bom dia…gos-to-sa!

Enquanto pensava nessas safadezas, resolvi procurar meu calção de fut. Mas, ao bater o olho no espelho, foi como se meu reflexo tivesse me enfetiçado. Tirei a camisa. É, eu estava ficando “monstrão”, como a galera costuma dizer! Bíceps marcados, peito estufado, os gominhos do abdômen bem esculpidos, o V da barriga já bem formado.Tudo crescendo!

Bom, com exceção de uma parte bem importante do meu corpo…

Passei a mão no meu pau preso. Lá estava ele, guardadinho entre as paredes da jaulinha de metal. Com os dedos, senti o pequeno cadeado que ficava perto da base. O peso da gaiola, para ser bem sincero, já nem me incomodava tanto. Nem mesmo quando eu corria durante os jogos de fut, ou quando treinava na academia. Até a mijar sentado, que no começo tinha sido algo tão humilhante pra mim, eu já tinha passado a fazer automaticamente. Ficava besta de ver como eu enrolava o papel higiênico e limpava a gaiola com a maior naturalidade, como se sempre tivesse feito assim. Mesmo na facul eu já tinha perdido o medo mesmo de mijar sentado!

Confesso que naquele momento, me admirando em frente ao espelho, foi a primeira vez em que tive tesão em me ver de castidade. Em que me senti gostoso, desejado, não apesar de, mas POR CAUSA do cinto! Foi a primeira vez que passou pela minha cabeça:

“E se você ficasse assim pra sempre, Thiago?”

“O QUÊ?”. Desviei os olhos do espelho, assustado com o que tinha acabado de pensar. Que viagem! Não, não era possível que aquela experiência estivesse mexendo tanto assim comigo! Me sentia como se estivesse sob o efeito de uma droga forte. Não, eu tinha que volta pra realidade, pra minha vida como ela era antes daquela enrascada em que eu tinha me metido pra salvar o Bernardo!

“Tu tem que dar no pé logo, Thiago”, pensei, enquanto vestia de novo minha camisa. Mas para isso, precisava achar o resto das minhas roupas. Ah, se pelo menos aquela porra de porão não fosse tão escuro! Decidi então tatear a parede onde a cama estava encostada, tentando encontrar um interruptor. Logo encontrei um. A luz fraca se acendeu bem acima de uma espécie de cômoda antiga, encostada na parede.

Mano, que doideira era aquele lugar para onde o Yuri tinha me levado! Quem seria o cara com a mente depravada para ter imaginado uma parada assim? Minha curiosidade falou mais alto, e decidi xeretar um pouco o lugar, começando pela cômoda. Encontrei de tudo: vendas, chicotes, algemas, coleiras… mano, os caras tinham montado um verdadeiro arsenal BDSM!

Mas, ao meter a mão na última gaveta, encontrei algo que me deixou muito mais impactado do que todos aqueles objetos…

Reconheci na hora. Era uma revista. Na verdade, um catálogo de uma loja de materiais esportivos. Mas não de qualquer loja. Era justo da que o meu tio tinha, lá em São Paulo. Quando o comércio dele abriu, um pouco depois do meu aniversário de 18 anos, acabei posando como um dos modelos da seção de uniformes de fut. Nunca tive interesse nessas coisas de moda, mas quando o fotógrafo me viu uma vez passando por lá, ele disse que eu era “perfeito” para o trabalho. E bom, como eu tava precisando de uma graninha extra, como todo estudante, pensei: por que não?

Na época, até achei um trampo divertido de fazer. Se bem que fiquei um pouco desconfortável com o jeito que o fotógrafo olhava pra mim quando eu ficava só de cueca, entre as trocas de roupa…

“Não, isso não pode ser real!”. Folheei o catálogo feito um doido, até chegar nas páginas da seção de futebol. E não é que encontrei mesmo as minhas fotos? Lá estava o Thiago de dois anos atrás, posando com os uniformes de vários times: São Paulo, Boca Juniors, Manchester United, além da famosa amarelinha da CBF. O fotógrafo me dizia para eu ficar com a cara séria, ou cruzando os braços, como os jogadores fazem na escalação da TV. “Thiago, você é um modelo nato! Segue as ordens direitinho…”, ele me dizia entre os “clics” da sessão de fotos, com um sorrisinho no rosto.

A galera da facul já sabia dessas fotos desde o primeiro ano. Também, com as redes sociais e tudo mais, não foi muito difícil descobrir. No começo fiquei envergonhado, a rapaziada do fut me zoava pacas, me chamando de “modelinho” e coisas do tipo. Agora, as meninas….puta que pariu, elas se amarraram naquilo! Certeza que essa história toda ajudou a fazer minha fama de galã se espalhar pelo campus logo quando entrei…até por conta do “volume” que eu exibia nas fotos de calção!

De fato, aquele ensaio tinha ficado bem da hora. Admito que me sentia vaidoso em ver como tinha mandado bem como modelo. Mas naquele momento, vendo as fotos anos depois, algo novo me chamou atenção. O fotógrafo tinha me pedido que eu tirasse algumas fotos de costas, para mostrar a parte de trás do uniforme. Assim que meus olhos bateram nessas fotos em especial, reparei em algo que nunca tinha notado antes.

“Mano, Thiago, a tua bunda tá enorme!” Talvez fosse paranoia minha, mas em algumas das fotos cheguei a achar que os calções que me botaram pra vestir eram um número abaixo do que eu usava, de tão justos que tinham ficado. Em uma delas, com o uniforme do Real Madrid, o calção tava tão apertado que ficou até um pouco atolado no meio da bunda. Além disso, notei como as fotos valorizavam minhas pernas, destacando as coxas grossas e o músculo da panturrilha. “Que filho da puta tarado!”, pensei, me lembrando do fotógrafo.

Minha cabeça começou a latejar com tantas perguntas. Primeira coisa: o que aquele catálogo tava fazendo numa gaveta no porão da república do Yuri? Será que isso significava que ele já estava de olho em mim fazia tempo? Que me fazer usar um cinto de castidade por um mês não foi só uma forma de me humilhar... mas parte de um plano maior para me conquistar?

— Acordou, Bela Adormecida? — Os pelos da minha nuca se arrepiaram quando ouvi a voz do Yuri atrás de mim, bem no pé do ouvido. — Bom dia... gos-to-sa!

Caralho, como o Yuri conseguia chegar assim, de fininho, feito um gato? E, porra, que covardia ele chegar dizendo exatamente o que eu tinha imaginado que ele diria, sussurrando “gos-to-sa” daquele jeito sem vergonha. Ele então começou a beijar meu pescoço por trás, me pegando pela cintura. Senti aquele peito peludo roçar nas minhas costas, enquanto as mãos do meu antigo rival desciam sorrateiras até a minha bunda. Confesso que me enchia de tesão o jeito como o Yuri passava a mão no meu rabo na hora que bem entendesse, sem nem pensar e. pedir permissão.

— Procurando teu calção, Thi Thi? Deixei ele do teu lado da cama pra você ver, tonto — o Yuri disse, enquanto me envolvia em um abraço e espiava por cima do meu ombro — o que tu tá vendo aí, meu bem?

— Yuri…o que é isso? — perguntei em voz baixa, me desvencilhando dos braços dele e me virando de frente. Meus olhos focaram na bendita chave pendurada no seu peito.

Pela primeira vez na vida, o Yuri, aquele cara que parecia sempre estar no controle de tudo, pareceu ficar sem reação. Com a cara amarrada e um olhar desconfiado, ele me respondeu, tentando manter a pose:

— Ué Thiago, sei lá, parece um catálogo de loja — ele cruzou os braços, desconfortável- que foi, nunca viu um, não?

— Sim, Yuri, eu sei…mas esse não é qualquer catálogo, né? — abri o exemplar na páginas em que minhas fotos apareciam — mano, como é tu conseguiu essa porra?

Mesmo na escuridão do porão, vi o brilho de demônio nos olhos do Yuri. Ele deu um sorriso maroto ao pegar o catálogo nas mãos:

— Hmmm, olha só o que temos aqui... o senhor todo bonitão, pagando de modelo! — ele folheava o catálogo com gosto, parecendo ter recuperado a confiança de sempre — São Paulo, Boca Juniors, Manchester... só fotão! Mas vou te dizer, essa do Real...

E mordendo o lábio, cerrando os olhos, ele me disse com um jeitão de macho escroto:

— Tu tá tão gostosa que dá até pra pendurar na parede de mecânica.

Mano, como o Yuri tinha a ousadia de me falar uma coisa daquelas? Por muito menos eu já tinha quebrado o nariz de outros caras! Mas nossa... aquele olhar safado, a mordida no lábio, o jeito escrachado que ele falava de mim, mexiam comigo de um jeito que me assustava. Foi mais forte do que eu. Quando vi, um fio grosso de pré-gozo escapou da jaulinha e caiu no chão.

— É, meu irmão! — o Yuri olhou por cima do catálogo — o grelinho nunca mente!

Ah, nunca tive tanta vontade de dar um soco em um cara como naquele momento! Mas, ao mesmo tempo, também nunca tive tanto desejo por alguém. Não sabia se saía no tapa com o Yuri. Ou se me jogava nos braços dele.

— Vai, Yuri, fala sério! — gritei, enquanto tentava esconder minha pica presa babona, puxando a camisa pra baixo — tu não acha bizarro ter essa merda aqui na tua casa? Vai, fala, como é que tu conseguiu isso?

— Calma, Thi Thi... — ele tentou me acalmar, colocando o catálogo em cima do móvel. Respirou fundo antes de continuar — Ok, já que tu quer mesmo saber, vou abrir o jogo contigo. Quer mesmo ouvir?

— Óbvio! Vai, Yuri, desembucha!

— Beleza…mas pra isso, chega mais perto —ele então voltou a me pegar pela cintura, começando a contar aquela história pela qual eu tanto esperava…

Continua…

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Não devo demorar muito para postar a sequência! Quem curtiu, já sabe: curta, comente e dê estrelas :)

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Comentários

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Ahhh!! Você adora torturar seus leitores, né, Rafa?? Hahaha!

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É agora que saberemos a real participação do Bê nessa história? Hahahaha

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Excelente! Volte logo mesmo, também estamos ansiosos para saber o que vem por aí.

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Amo esse casal!! Estou ansioso pela reviravolta!

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