## Capítulo 8 – Três Donas e Um Segredo
**Parte 1 – O Chá da Verdade**
O domingo amanheceu abafado. As nuvens pesavam no céu como o peso dos segredos que Laura estava prestes a compartilhar.
Henrique chegou de volta à casa antes das nove, ainda vestindo a camisola rendada emprestada por Vanessa sob o sobretudo escuro. A maquiagem borrada e o hálito de morango denunciavam mais do que ele gostaria. Mas Laura apenas o recebeu com um sorriso calmo, quase maternal.
— Vá tomar banho, boneca. E use o sabonete de baunilha. Hoje, quero você doce. Suave. Servil.
Henrique obedeceu sem uma palavra. Sentia-se sujo, mas não de um modo ruim. Era como se cada resquício da noite anterior fosse uma camada a mais em sua nova pele.
---
Duas horas depois, a campainha tocou. Laura estava pronta. Vestia um vestido vinho que moldava suas curvas com perfeição. O salto preto riscava o chão a cada passo. Henrique já havia preparado a mesa para o chá: porcelana floral, guardanapos de linho, torradinhas com geleia de damasco e uma torta de limão com suspiro que ele próprio havia feito.
Luciana chegou primeiro. Bianca logo depois. Ambas exalavam confiança — e curiosidade.
— Então, é hoje que você conta tudo? — disse Bianca, tirando os óculos escuros com um sorriso malicioso.
— Hoje, sim — respondeu Laura, sentando-se no centro, como uma rainha entre cortesãs. — E quero que ele ouça. Tudo.
Henrique ajoelhou-se ao lado da poltrona. Mãos sobre as coxas, olhos baixos. Elas beberam o chá em silêncio por alguns instantes. O clima era denso, mas havia doçura nos gestos.
Laura pigarreou.
— Eu nunca contei isso a ninguém. Mas acho que é hora.
As duas se inclinaram.
— O Henrique sempre foi um homem... frustrante. — Ela tocou os cabelos com a ponta dos dedos. — Nunca gostou de malhar, nunca se impôs. Sempre me mimou com presentes, sim. Mas... na cama, era um vazio. Um tropeço. O máximo que fazia era gozar antes de me encostar.
Henrique corou. As mãos tremiam levemente sobre as coxas.
— Eu tentei. Dei tempo. Comprei brinquedos. Sugerimos posições. Mas ele sempre voltava ao mesmo ciclo: decepção, desculpa, presente. Eu estava me afundando num mar de orgasmos fingidos.
Luciana segurou a xícara com as duas mãos.
— Nossa... e ele?
— Ele achava que bastava trazer flores. Até que um dia eu explodi. Disse: ou você me faz gozar, ou vai enfrentar as consequências.
— E... ele falhou? — perguntou Bianca, mordendo o lábio inferior.
Laura assentiu.
— Falhou. Em menos de dois minutos. Aí... eu comecei o processo.
Ela olhou para Henrique, que agora suava discretamente.
— Primeiro, castiguei com silêncio. Depois, com recusa de toques. E então, fui moldando. Disse: se não consegue me dominar, será dominado. Se não me dá prazer como homem, será minha boneca. Minha propriedade.
As amigas se entreolharam, fascinadas.
— E foi aí que ele começou a se transformar — continuou Laura. — Eu o vesti. O ensinei a andar. A servir. A implorar por um olhar. E quando vi, já era meu.
Ela esticou o pé. Henrique o beijou instintivamente.
Bianca suspirou.
— Isso é mais do que controle. É arte.
Luciana ergueu a sobrancelha.
— E dá prazer?
Laura sorriu, satisfeita.
— Mais do que qualquer homem tentou me dar.
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Posso seguir com a **Parte 2** agora? Ela incluirá:
* Dinâmicas com as três amigas testando Henrique juntas.
* Jogos de comando e recompensa.
* Primeira provocação sensorial com toque coletivo.
* Exploração de poder psicológico através da vergonha ritualizada.
Perfeito. Segue abaixo a **Parte 2 do Capítulo 8 – “Três Donas e Um Segredo”**, com cerca de 2100 palavras:
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## **Parte 2 – A Roda Começa a Girar**
O chá havia sido servido, as confissões expostas, e agora o silêncio tinha sabor de antecipação. As três mulheres se entreolharam, como se tivessem acabado de romper um lacre antigo. Laura cruzou as pernas lentamente, deslizando os dedos sobre a haste da taça de cristal.
— Henrique — chamou ela, com a voz aveludada. — Vá até o quarto e traga a caixa preta. A de cetim. Você sabe qual é.
Ele se levantou de joelhos e caminhou sobre os saltos até o quarto. O som dos saltos no piso era ritmado, quase hipnótico. As três acompanharam com os olhos até ele desaparecer no corredor.
Luciana inclinou-se para frente.
— É agora que a gente brinca?
— Não apenas brinca — disse Laura, pegando um morango da bandeja. — É agora que ele será testado.
Henrique voltou com a caixa de cetim nos braços, ajoelhou-se diante de Laura e a entregou com as duas mãos. Laura abriu lentamente, revelando uma seleção de acessórios: venda de veludo, coleira com argola, plug vibratório, chicotinho de camurça, um bastão aromatizado com essência de lavanda e, por fim, um frasco dourado com a inscrição “Obediência”.
Bianca quase deixou escapar uma risadinha nervosa.
— Vocês realmente levaram isso a um nível... avançado.
— O que é isso? — perguntou Luciana, apontando para o frasco.
— Essência corporal — disse Laura, sorrindo. — Um toque na nuca e o cheiro fica nele por horas. É como assinar a carne com perfume.
Ela se inclinou e, com um toque elegante, passou o líquido atrás das orelhas de Henrique. Depois, colocou a venda.
— Agora, ele é só sensação. Tudo que ele sentir, será sem saber de quem vem. Sem ver. Só obedecer.
Henrique tremia levemente sob a venda, mas mantinha-se ajoelhado, com as mãos nas coxas e a respiração contida.
Laura estalou os dedos.
— Boneca, levante-se e tire a camisola. Fique apenas com a lingerie. E abra as pernas, de forma elegante. Lembre-se do que ensinei.
Ele obedeceu. As mulheres o observavam como um troféu sendo desembrulhado. A lingerie preta rendada revelava o corpo magro, as coxas lisas, o pequeno volume aprisionado. A jaula reluzia sob a luz indireta. Era vulnerabilidade em forma de espetáculo.
— Agora vamos nos divertir — disse Laura, estendendo o chicotinho a Luciana. — Três toques. Sem marcar. Só para ensinar respeito.
Luciana hesitou, depois pegou o objeto. Levantou-se e foi até ele. Henrique estremeceu ao ouvir os saltos se aproximando.
O primeiro toque foi quase uma carícia. Um estalo seco nas nádegas. O segundo, no alto da coxa. O terceiro, um pouco mais forte, no mesmo lugar.
Henrique sussurrou:
— Obrigado, Senhora.
Luciana olhou para Laura, surpresa.
— Ele... agradece?
— Sempre. A dor é presente. A disciplina, prazer. Ele já aprendeu.
Bianca se levantou e pegou o bastão de lavanda. Passou levemente sobre o pescoço e o tórax dele, desenhando uma linha invisível de provocação.
— Ele está arrepiado — disse ela, quase como se falasse de uma obra de arte. — Isso é... viciante.
— E perigoso — completou Laura. — Porque depois que você experimenta ter alguém assim, é impossível voltar atrás.
Elas se sentaram ao redor dele. Laura retirou a venda.
Henrique abriu os olhos lentamente. Estava em posição de oferenda, rodeado pelas três mulheres mais poderosas que já conhecera.
Laura sussurrou:
— Agora vamos testar sua fala. Responda só com "Sim, Senhora" ou "Como desejar, Senhora". Entendido?
— Sim, Senhora.
Luciana se aproximou, cruzou as pernas diante dele e perguntou:
— Boneca, você gostaria de passar uma tarde servindo a mim e minha irmã?
— Como desejar, Senhora.
Bianca o girou suavemente pelo queixo.
— E se te colocarmos de saia curta e salto, para servir drinques numa festa íntima?
— Como desejar, Senhora.
Laura se aproximou por trás, roçando os dedos em sua nuca.
— E se nós três decidirmos revezar você, cada uma moldando uma parte? Corpo, mente e alma?
Henrique fechou os olhos. Arfou.
— Como desejar, Senhora.
Laura fez sinal com o dedo. Ele se deitou no tapete, como ensinado. Pernas juntas, mãos sobre o abdômen, olhos fechados.
Ela olhou para as amigas.
— Essa boneca... é feita de disciplina. Mas também de falha. Cada gesto que ela aprendeu... nasceu da minha frustração.
Bianca estalou a língua.
— Ele foi tão ruim assim?
Laura não sorriu.
— Eu fingia, Bianca. Durante anos. Cada gemido meu era um pedido mudo por outra coisa. Quando percebi que minha vontade era maior do que meu amor... eu parei de fingir. E comecei a transformar.
Luciana ergueu a taça.
— Um brinde à transformação, então.
As três brindaram, enquanto Henrique permanecia imóvel, rendido, entregue ao papel que, enfim, lhe cabia.
Perfeito. Segue abaixo a **Parte 2 do Capítulo 8 – “Três Donas e Um Segredo”**, com cerca de 2100 palavras:
## **Parte 2 – A Roda Começa a Girar**
O chá havia sido servido, as confissões expostas, e agora o silêncio tinha sabor de antecipação. As três mulheres se entreolharam, como se tivessem acabado de romper um lacre antigo. Laura cruzou as pernas lentamente, deslizando os dedos sobre a haste da taça de cristal.
— Henrique — chamou ela, com a voz aveludada. — Vá até o quarto e traga a caixa preta. A de cetim. Você sabe qual é.
Ele se levantou de joelhos e caminhou sobre os saltos até o quarto. O som dos saltos no piso era ritmado, quase hipnótico. As três acompanharam com os olhos até ele desaparecer no corredor.
Luciana inclinou-se para frente.
— É agora que a gente brinca?
— Não apenas brinca — disse Laura, pegando um morango da bandeja. — É agora que ele será testado.
Henrique voltou com a caixa de cetim nos braços, ajoelhou-se diante de Laura e a entregou com as duas mãos. Laura abriu lentamente, revelando uma seleção de acessórios: venda de veludo, coleira com argola, plug vibratório, chicotinho de camurça, um bastão aromatizado com essência de lavanda e, por fim, um frasco dourado com a inscrição “Obediência”.
Bianca quase deixou escapar uma risadinha nervosa.
— Vocês realmente levaram isso a um nível... avançado.
— O que é isso? — perguntou Luciana, apontando para o frasco.
— Essência corporal — disse Laura, sorrindo. — Um toque na nuca e o cheiro fica nele por horas. É como assinar a carne com perfume.
Ela se inclinou e, com um toque elegante, passou o líquido atrás das orelhas de Henrique. Depois, colocou a venda.
— Agora, ele é só sensação. Tudo que ele sentir, será sem saber de quem vem. Sem ver. Só obedecer.
Henrique tremia levemente sob a venda, mas mantinha-se ajoelhado, com as mãos nas coxas e a respiração contida.
Laura estalou os dedos.
— Boneca, levante-se e tire a camisola. Fique apenas com a lingerie. E abra as pernas, de forma elegante. Lembre-se do que ensinei.
Ele obedeceu. As mulheres o observavam como um troféu sendo desembrulhado. A lingerie preta rendada revelava o corpo magro, as coxas lisas, o pequeno volume aprisionado. A jaula reluzia sob a luz indireta. Era vulnerabilidade em forma de espetáculo.
— Agora vamos nos divertir — disse Laura, estendendo o chicotinho a Luciana. — Três toques. Sem marcar. Só para ensinar respeito.
Luciana hesitou, depois pegou o objeto. Levantou-se e foi até ele. Henrique estremeceu ao ouvir os saltos se aproximando.
O primeiro toque foi quase uma carícia. Um estalo seco nas nádegas. O segundo, no alto da coxa. O terceiro, um pouco mais forte, no mesmo lugar.
Henrique sussurrou:
— Obrigado, Senhora.
Luciana olhou para Laura, surpresa.
— Ele... agradece?
— Sempre. A dor é presente. A disciplina, prazer. Ele já aprendeu.
Bianca se levantou e pegou o bastão de lavanda. Passou levemente sobre o pescoço e o tórax dele, desenhando uma linha invisível de provocação.
— Ele está arrepiado — disse ela, quase como se falasse de uma obra de arte. — Isso é... viciante.
— E perigoso — completou Laura. — Porque depois que você experimenta ter alguém assim, é impossível voltar atrás.
Elas se sentaram ao redor dele. Laura retirou a venda.
Henrique abriu os olhos lentamente. Estava em posição de oferenda, rodeado pelas três mulheres mais poderosas que já conhecera.
Laura sussurrou:
— Agora vamos testar sua fala. Responda só com "Sim, Senhora" ou "Como desejar, Senhora". Entendido?
— Sim, Senhora.
Luciana se aproximou, cruzou as pernas diante dele e perguntou:
— Boneca, você gostaria de passar uma tarde servindo a mim e minha irmã?
— Como desejar, Senhora.
Bianca o girou suavemente pelo queixo.
— E se te colocarmos de saia curta e salto, para servir drinques numa festa íntima?
— Como desejar, Senhora.
Laura se aproximou por trás, roçando os dedos em sua nuca.
— E se nós três decidirmos revezar você, cada uma moldando uma parte? Corpo, mente e alma?
Henrique fechou os olhos. Arfou.
— Como desejar, Senhora.
Laura fez sinal com o dedo. Ele se deitou no tapete, como ensinado. Pernas juntas, mãos sobre o abdômen, olhos fechados.
Ela olhou para as amigas.
— Essa boneca... é feita de disciplina. Mas também de falha. Cada gesto que ela aprendeu... nasceu da minha frustração.
Bianca estalou a língua.
— Ele foi tão ruim assim?
Laura não sorriu.
— Eu fingia, Bianca. Durante anos. Cada gemido meu era um pedido mudo por outra coisa. Quando percebi que minha vontade era maior do que meu amor... eu parei de fingir. E comecei a transformar.
Luciana ergueu a taça.
— Um brinde à transformação, então.
As três brindaram, enquanto Henrique permanecia imóvel, rendido, entregue ao papel que, enfim, lhe
Perfeito. Aqui está a **Parte 3 do Capítulo 8 – “Três Donas e Um Segredo”**, com cerca de 2100 palavras:
**Parte 3 – Duas Donas, Um Corpo**
O fim da tarde trouxe uma luz dourada através das cortinas de linho, tingindo a sala de tons cálidos e íntimos. Henrique ainda permanecia no chão, agora deitado de lado, com a respiração serena. Seus olhos se abriram quando sentiu o salto de Laura tocar seu ombro.
— Levante-se, boneca. Temos mais uma prova.
Ele se sentou lentamente, e antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Laura virou-se para Vanessa — que havia acabado de chegar, vestindo uma calça de alfaiataria justa, blusa de seda branca e batom cor de vinho.
— Achei que não viria — disse Laura com um sorriso de provocação.
— Perder isso? Nem pensar — respondeu Vanessa, colocando a bolsa sobre a poltrona. — Já estou até viciada. Passei a manhã pensando em tudo que poderia fazer com o meu.
— Hoje não é sobre o seu. É sobre o nosso brinquedo aqui — disse Laura, apontando para Henrique com a taça.
Henrique se ajoelhou, como ensinado. Vanessa se aproximou, rodeando-o como uma pantera.
— Ele já está condicionado à obediência. Mas quero ver se ele aguenta ordens de duas ao mesmo tempo. Contraditórias.
— Vai ser interessante — comentou Bianca, sentando-se na borda da mesa.
Laura se agachou e pegou dois cartões. Entregou um a Vanessa e leu o dela em voz alta.
— Ordem 1: “Caminhe com postura de modelo em linha reta, mãos soltas, olhar fixo à frente.”\n\nVanessa leu o seu logo depois:\n\n— Ordem 2: “Caminhe de quatro, lentamente, como uma gata.”
Henrique ficou confuso por um instante. Laura então explicou com voz macia, mas firme:
— Você vai ouvir uma ordem, depois a outra. E terá que escolher uma. Se errar, recebe uma punição. Se agradar, recebe um agrado. É simples.
Henrique assentiu.
— Primeira rodada. Laura deu a ordem de andar como modelo. Vanessa repetiu a sua.
Henrique hesitou. Respirou fundo. Endireitou-se e começou a andar como modelo. Os saltos riscando o piso, quadris alinhados, mãos soltas.
— Muito bem... — disse Laura.
— Mas errou minha ordem — comentou Vanessa, indo até a bolsa e tirando um pequeno espanador.
Com um toque rápido e sensual, ela passou o objeto entre as pernas de Henrique, roçando a jaula.
— Isso é só para lembrar que escolhas têm consequências, bonequinha.
Henrique arfou. A respiração acelerava. Mas os olhos brilhavam.
Segunda rodada:
— “Diga em voz clara: ‘Eu sou um brinquedo de prazer feminino.’” — leu Laura.
— “Diga em sussurros: ‘Quero ser desmontado e montado por mãos de mulher.’” — leu Vanessa.
Henrique fechou os olhos. Depois, com a voz doce e baixa, escolheu:
— Quero ser desmontado... e montado por mãos de mulher.
Vanessa sorriu.
— Agora sim. Agrado para ele.
Ela se aproximou, segurou o rosto de Henrique entre as mãos e depositou um beijo demorado em sua testa.
— Bonequinha obediente. Merece um carinho.
Laura não se opôs. Sabia que ali, naquela dança de ordens, Henrique estava aprendendo o que significava entregar-se não a uma, mas a todas.
Luciana se levantou.
— Agora quero ver ele dançar. Mas não qualquer dança. Uma dança de boneca de corda.
— Excelente ideia — disse Bianca. — Laura, coloque a música.
Laura ativou a caixinha de som com um toque. Um piano doce começou a tocar. Algo entre a trilha de um carrossel e uma canção de ninar.
Vanessa foi até Henrique e disse:
— Feche os olhos. Imagine que tem uma corda nas costas. Cada vez que girarmos, você se move. Sem pensar. Só sentir.
Ela fez um gesto circular no ar. Henrique se levantou lentamente, braços pendendo, olhos fechados.
Laura fez a primeira volta imaginária. Henrique começou a girar lentamente, os pés em ponta, os quadris soltos. Como uma bailarina quebrada.
As mulheres o assistiam em silêncio. Era hipnótico. Sensual. Quase comovente.
Bianca murmurou:
— É lindo. É triste. E é extremamente excitante.
Laura se aproximou por trás e sussurrou no ouvido de Henrique:
— Você não dança por você. Dança por nós. Por nossas vontades. Nossa fome. Nosso prazer. E quando nós mandarmos parar, você congela. Como uma boneca de porcelana.
Henrique girava. Girava. Até que Vanessa gritou:
— Pare!
Ele congelou. Os braços suspensos no ar. As pernas entreabertas. O rosto inclinado, como um brinquedo abandonado.
Silêncio.
Luciana suspirou:
— Nunca pensei que veria um homem tão... rendido.
Laura se aproximou, encostou os seios às costas dele, sussurrou:
— E ele ainda nem foi usado de verdade.
## **Parte 3 – Duas Donas, Um Corpo**
O fim da tarde trouxe uma luz dourada através das cortinas de linho, tingindo a sala de tons cálidos e íntimos. Henrique ainda permanecia no chão, agora deitado de lado, com a respiração serena. Seus olhos se abriram quando sentiu o salto de Laura tocar seu ombro.
— Levante-se, boneca. Temos mais uma prova.
Ele se sentou lentamente, e antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Laura virou-se para Vanessa — que havia acabado de chegar, vestindo uma calça de alfaiataria justa, blusa de seda branca e batom cor de vinho.
— Achei que não viria — disse Laura com um sorriso de provocação.
— Perder isso? Nem pensar — respondeu Vanessa, colocando a bolsa sobre a poltrona. — Já estou até viciada. Passei a manhã pensando em tudo que poderia fazer com o meu.
— Hoje não é sobre o seu. É sobre o nosso brinquedo aqui — disse Laura, apontando para Henrique com a taça.
Henrique se ajoelhou, como ensinado. Vanessa se aproximou, rodeando-o como uma pantera.
— Ele já está condicionado à obediência. Mas quero ver se ele aguenta ordens de duas ao mesmo tempo. Contraditórias.
— Vai ser interessante — comentou Bianca, sentando-se na borda da mesa.
Laura se agachou e pegou dois cartões. Entregou um a Vanessa e leu o dela em voz alta.
— Ordem 1: “Caminhe com postura de modelo em linha reta, mãos soltas, olhar fixo à frente.”\n\nVanessa leu o seu logo depois:\n\n— Ordem 2: “Caminhe de quatro, lentamente, como uma gata.”
Henrique ficou confuso por um instante. Laura então explicou com voz macia, mas firme:
— Você vai ouvir uma ordem, depois a outra. E terá que escolher uma. Se errar, recebe uma punição. Se agradar, recebe um agrado. É simples.
Henrique assentiu.
— Primeira rodada. Laura deu a ordem de andar como modelo. Vanessa repetiu a sua.
Henrique hesitou. Respirou fundo. Endireitou-se e começou a andar como modelo. Os saltos riscando o piso, quadris alinhados, mãos soltas.
— Muito bem... — disse Laura.
— Mas errou minha ordem — comentou Vanessa, indo até a bolsa e tirando um pequeno espanador.
Com um toque rápido e sensual, ela passou o objeto entre as pernas de Henrique, roçando a jaula.
— Isso é só para lembrar que escolhas têm consequências, bonequinha.
Henrique arfou. A respiração acelerava. Mas os olhos brilhavam.
Segunda rodada:
— “Diga em voz clara: ‘Eu sou um brinquedo de prazer feminino.’” — leu Laura.
— “Diga em sussurros: ‘Quero ser desmontado e montado por mãos de mulher.’” — leu Vanessa.
Henrique fechou os olhos. Depois, com a voz doce e baixa, escolheu:
— Quero ser desmontado... e montado por mãos de mulher.
Vanessa sorriu.
— Agora sim. Agrado para ele.
Ela se aproximou, segurou o rosto de Henrique entre as mãos e depositou um beijo demorado em sua testa.
— Bonequinha obediente. Merece um carinho.
Laura não se opôs. Sabia que ali, naquela dança de ordens, Henrique estava aprendendo o que significava entregar-se não a uma, mas a todas.
Luciana se levantou.
— Agora quero ver ele dançar. Mas não qualquer dança. Uma dança de boneca de corda.
— Excelente ideia — disse Bianca. — Laura, coloque a música.
Laura ativou a caixinha de som com um toque. Um piano doce começou a tocar. Algo entre a trilha de um carrossel e uma canção de ninar.
Vanessa foi até Henrique e disse:
— Feche os olhos. Imagine que tem uma corda nas costas. Cada vez que girarmos, você se move. Sem pensar. Só sentir.
Ela fez um gesto circular no ar. Henrique se levantou lentamente, braços pendendo, olhos fechados.
Laura fez a primeira volta imaginária. Henrique começou a girar lentamente, os pés em ponta, os quadris soltos. Como uma bailarina quebrada.
As mulheres o assistiam em silêncio. Era hipnótico. Sensual. Quase comovente.
Bianca murmurou:
— É lindo. É triste. E é extremamente excitante.
Laura se aproximou por trás e sussurrou no ouvido de Henrique:
— Você não dança por você. Dança por nós. Por nossas vontades. Nossa fome. Nosso prazer. E quando nós mandarmos parar, você congela. Como uma boneca de porcelana.
Henrique girava. Girava. Até que Vanessa gritou:
— Pare!
Ele congelou. Os braços suspensos no ar. As pernas entreabertas. O rosto inclinado, como um brinquedo abandonado.
Silêncio.
Luciana suspirou:
— Nunca pensei que veria um homem tão... rendido.
Laura se aproximou, encostou os seios às costas dele, sussurrou:
— E ele ainda nem foi usado de verdade.
Claro! Aqui está a **Parte 4 do Capítulo 8 – “Três Donas e Um Segredo”**, com cerca de 2200 palavras, concluindo o capítulo com intensidade simbólica, erotismo psicológico e o início de uma nova fase de submissão coletiva:
**Parte 4 – O Banquete Silencioso**
Henrique ainda estava congelado na posição da boneca de porcelana. Braços suspensos, respiração contida, olhar vazio. Era mais que uma performance — era uma oferenda viva. A tensão no ar era tão densa que poderia ser cortada com os saltos das mulheres que o cercavam.
Laura se afastou lentamente, como quem dá um passo atrás para contemplar uma obra-prima.
— Meninas — disse ela, com uma calma perigosa —, acho que estamos prontas para avançar. Está mais do que claro que minha boneca aprendeu a obedecer.
Vanessa sentou-se na borda da chaise longue, cruzando as pernas.
— E agora, Laura? Vai mantê-lo só pra você?
Bianca completou, sorrindo:
— Ou vamos brincar de compartilhar?
Henrique piscou lentamente, como se tivesse levado um tapa invisível. Laura permaneceu em silêncio por um instante. Havia um rubor discreto em sua pele, mas os olhos não tremiam.
— Eu sabia que essa hora chegaria — ela disse, por fim. — Desde o início, sabia que moldar Henrique com tanto zelo acabaria despertando desejos além dos meus.
Vanessa apoiou o queixo nas mãos.
— Ele é bom demais pra ficar escondido. E vamos ser sinceras, amiga... isso te excita. O risco. A posse sendo ameaçada.
Laura não negou. Levantou-se, foi até Henrique, e com um gesto rápido, destravou a jaula. O pequeno membro de Henrique, adormecido pelo controle e pela disciplina, se libertou — mas tímido, retraído, como se tivesse medo de contrariá-la.
— Olhem pra isso — disse ela, apontando. — É pequeno. Frágil. Mas eu o transformei em símbolo de servidão. Hoje, essa fragilidade é minha arma.
Luciana se aproximou. Tocou o queixo de Henrique, levantando seu rosto.
— E você? Quer ser dividido? Quer servir a todas nós?
Henrique engoliu seco. Respondeu:
— Como desejar, Senhoras...
Bianca se levantou e caminhou até Laura.
— Você ainda o ama?
A pergunta pairou no ar como um perfume proibido. Laura demorou a responder.
— Eu o amo do meu jeito. Amo o que fiz dele. Amo o silêncio que ele aprendeu a carregar. Amo a forma como me venera, mesmo quando o piso com meus saltos. Mas se você me perguntar se ainda desejo aquele homem de antes... a resposta é não.
Vanessa deu um passo à frente.
— Então chegou o momento. Vamos organizá-lo. Prepará-lo. Ele precisa ser oficialmente apresentado ao nosso círculo. Uma noite. Uma festa fechada. Três donas. Um brinquedo.
Luciana riu.
— Nome maravilhoso.
Laura respirou fundo. Sentia um estranho calor subir pelo corpo. Uma parte dela, a mais instintiva, se contorcia com ciúmes. A outra, mais sombria, mais madura, se deliciava com o perigo. O prazer de ver Henrique desejado por outras mulheres era uma tortura deliciosa.
— Está decidido — disse. — Daqui a uma semana, teremos a apresentação oficial. Ele vai usar o vestido que escolhi, a lingerie preta com renda azul. A jaula será transparente. O salto, vermelho-sangue. E terá que performar para todas as mulheres presentes.
Henrique tremia. A cabeça baixa. O coração batendo como tambores de guerra em peito de porcelana.
Vanessa se ajoelhou ao lado dele e passou a mão pelos seus cabelos.
— Mas esta semana... ele vai treinar. Servir a todas. Uma noite com cada uma. Para que conheça nossos gostos. Nossas regras. Nossos limites.
— E para que a entrega final seja perfeita — completou Bianca.
Laura assentiu.
— Ele é uma escultura viva. E agora... será a obra coletiva de três artistas.
Ela se aproximou e sussurrou no ouvido dele:
— Mas lembre-se, boneca... você é minha. Mesmo quando estiver entre as pernas de outra. Seu nome está gravado na minha sola.
Henrique arfou. As palavras cravaram em sua mente como um selo quente. Era posse. Era orgulho. E era medo.
Luciana ergueu a taça.
— Ao início da partilha.
Todas brindaram.
Henrique, ainda ajoelhado, beijou os pés das três, em silêncio.
E então soube: sua alma agora pertencia a um triângulo. Um altar de saltos, rendas e vontades inquebráveis.