**Capítulo 20 – Garanhões de Luxo**
Laura acordou com um sorriso de quem havia dormido sonhando com planos. Naquela manhã, enquanto Henrique ainda dormia encolhido aos seus pés, ela já sabia: o que havia vivido na noite anterior não era um momento isolado. Era o primeiro de uma série. A primeira sessão de ordenha bem-sucedida do seu garanhão.
Mas agora ela queria mais. Muito mais.
À tarde, Laura chamou Fernando para uma visita discreta. Ele chegou sem saber o que o aguardava, trajando calça jeans e camisa social, tentando manter uma aparência de normalidade — como se pudesse apagar da memória os momentos em que estivera ajoelhado com os olhos úmidos e o orgulho dissolvido em suspiros. Mal sabia ele que aquele dia traria novas definições.
Henrique já estava no quarto, nu e de quatro sobre a cama, com a coleira ajustada e a jaula aberta. Laura havia o lubrificado previamente, deixando-o pronto para o ato que ela mesma havia nomeado como “A Reafirmação”.
Quando Fernando entrou no cômodo, estacou. Seus olhos se arregalaram ao ver Henrique naquela posição e, mais ainda, ao ver Laura vestida apenas com um body preto cavado, cinta-liga e uma cinta carnal com o mesmo consolo usado na noite anterior — longo, firme e impiedoso.
— Entre, Fernando — disse ela, com a voz doce como veneno. — Hoje você vai aprender a diferença entre assistir e entender.
Laura posicionou-se atrás de Henrique, segurou-lhe os quadris com as duas mãos e o penetrou de uma vez, sem hesitação. Henrique soltou um gemido abafado, já entregue. Fernando ficou sem reação.
— Veja bem — disse Laura, entre estocadas firmes. — Isso aqui... isso é uma ordenha. Um ritual. Não precisa de afeto, só de obediência. Um garanhão precisa ser drenado para não ficar ansioso... ou arrogante.
Fernando tentou se mexer, constrangido, mas Laura apontou para uma poltrona.
— Sente-se. Observe. Você também será treinado.
Ela continuou, alternando o ritmo com humor sarcástico:
— É quase como tirar leite de vaca, sabe? Só que a vaca geme e balança a cintura. Mas no fundo... é só mais um animal de criação.
Henrique arqueava-se com cada investida, olhos fechados, a boca entreaberta, como se buscasse o orgasmo que não era dele. Laura sabia. Ele não gozaria. Não naquele momento. O prazer estava todo no ato de servir.
Depois de minutos intensos, Laura se afastou e virou-se para Fernando, ainda com a cinta ereta e reluzente.
— Você é casado com Bianca, certo? Ela já começou a amaciar suas ideias. Mas agora é hora de selar o entendimento. Vai vir aqui. Vai se ajoelhar. E vai me agradecer por mostrar o caminho.
Fernando hesitou. Laura cruzou os braços.
— Ou você aprende aqui... ou aprende com Vanessa. E aviso: ela usa esporas.
Ele caminhou lentamente até ela, ajoelhou-se e beijou a ponta do consolo, com olhos baixos.
Laura sorriu.
— Muito bem. Um bom garanhão começa pela língua. Mas em breve... você também terá seu dia de ordenha.
###
Mais tarde, no jardim, Laura se reuniu com Vanessa e Bianca, ainda rindo da expressão de Fernando.
— Está na hora de institucionalizar isso — disse Laura. — Criaremos um calendário de fertilidade. Uma sessão de ordenha mensal para manter os garanhões sob controle. E se alguma de nós decidir parir... saberemos exatamente o dia em que a semente foi coletada.
Vanessa gargalhou:
— Parece até programa de inseminação rural! Só que com salto alto e batom vermelho.
Bianca, com sua elegância afiada, completou:
— A diferença é que aqui... a vaca comanda o pasto. E os bois usam coleira.
As três brindaram com taças de vinho branco.
E no fundo da casa, Henrique, Ricardo e Fernando, enfileirados e ajoelhados, com cintas nos quadris e olhares submissos, aguardavam. Sabiam que a próxima colheita estava por vir.
E dessa vez... viriam em grupo.