Sou casada há sete anos com Júlio. Temos uma vida sexual extremamente ativa e satisfatória. Fazemos amor em média uma vez por dia, do mais simples papai e mamãe até uma coisa selvagem e pornográfica. Com o passar dos anos a nossa química na cama e fora dela só potencializou nosso amor. Chegamos a um ponto da relação e dos sentimentos que sentimos profundamente a ausência um do outro, como se faltasse algo quando estamos separados — tanto aquela angústia causada pela saudade como a aflição da falta do corpo do outro intimamente. Experimentamos uma onda de sentimentos prazerosos na reciprocidade. Conheci Júlio quando eu era professora de educação física de uma escola pública, professora substituta iniciando o estágio. Júlio era professor de matemática — e ainda o é. Vi pela primeira vez quando bateu na porta da sala de aula pedindo um apagador emprestado — um homem magro e alto, mas com um porte austero e presença, com rosto ossudo, barba rala, cabelos negros penteados para trás com gel. À frente de seus olhos, um óculos de grau ao estilo aviador. Sexy, com trejeitos controlados. Tinha um charme todo único. Um belo rapaz. Encantei-me com Júlio desde a primeira vez que o vi.
Às vezes nos intervalos trombávamos e batíamos um breve papo. Inteligente, simpático e melhor ainda, tinha um delicioso senso de humor. E que boca! Lábios carnudos com dentes perfeitamente alinhados, quando sorria, formavam covas em suas bochechas — aquilo me deixava louca. Uma das coisas que me encantava nele era o cheiro de homem, usava um perfume amadeirado extremamente refrescante, daqueles que não enjoam, podemos ficar uma eternidade cheirando. E toda essa aura de jeitos e odores em um homem desses, instiga o imaginário feminino. Eu percebia seus olhares sobre mim, sabia que o atraia. Nessa época com vinte anos — três a menos que meu marido —corpo em forma, todo durinho e magra, era uma mulher que atraia os olhares masculinos. Cabelos longos e pretos, presos num rabo de cavalo com xuxinha. Peitinhos pequenos e bunda redonda, mas nada extravagante. Tivemos nosso primeiro encontro em um show acústico do ultraje a rigor. Ele descobriu que eu gostava e conseguiu dois ingressos. O show foi espetacular! Divertimo-nos à beça. E nessa mesma madrugada tivemos nossa primeira transa. Foi uma química surreal que incendiaram os lençóis. Tudo se encaixou perfeitamente — beijos, toques, movimentos, parecia que nos conhecíamos há séculos. Nunca tinha experimentado algo tão forte com outra pessoa como foi com Júlio. Um homem completo — com pegada, apaixonado por mulher e sabe o que fazer quando está com uma. Não daqueles que dizem que gosta, mas não sabem que há mais coisas do que só a vagina no corpo feminino. O professor aproveitava cada pedacinho, cada ínfimo toque. Sabendo onde tocar, beijar, apertar, chupar e a intensidade de executar, — e amava tudo isso. Na primeira noite íntima nossa, me chupou magistralmente, me deixando de pernas trêmulas, tendo um orgasmo com sua boca em minha vagina. Mais de sete anos depois ainda é o mesmo homem daquela noite, com as mesmas paixões. Os sentimentos afloraram e em poucos meses já estávamos namorando e exatos oito meses já fomos morar juntos. Nunca ficamos tantos dias separados em sete anos como nesse último mês. Júlio recebeu um convite de intercâmbio de vinte dias à Alemanha, não podia recusar. Não queria ir, mas insisti que não poderia perder essa oportunidade. Chorei à sua partida. Como despedida, fizemos um intenso amor. Pura selvageria no sofá da sala. Onde me pegou feito um cachorro de quatro, gemendo toda manhosa para meu amado marido. Gozamos juntos no chão do carpete, no papai e mamãe. Foi espetacular. E ficamos ali, juntinhos, nos beijando e amando até seu pênis voltar à forma flácida e nossos líquidos seminais escorrerem de mim e molharem minhas nádegas. E mais tarde já estava dentro do avião indo à Europa.
Primeira noite sem sua presença foi estranho, passar a mão no lado que costumava dormir e não encontrar seu corpo, apenas seu cheiro. Aquele vazio deixava a sensação da cama mais fria, triste. Dormi abraçada com seu travesseiro, ainda com o cheiro do seu shampoo. Todos os dias nos falávamos por mensagens, mas não era a mesma coisa. Em poucos dias a saudade já batia a porta, deixando aquela angústia no peito. Não entendo quem diz que saudade é bom para o casal — diz quem nunca amou de verdade. Diz quem nunca teve algo verdadeiro por alguém. Nós sentíamos cada dia sem um ao outro, como punhaladas no peito. Tentava esquecê-lo quando focava nas aulas dos alunos e na grade escolar que montava para eles. Agora que sou professora fixa, tenho algumas atividades para ocupar a mente. Mas isso ocorreu bem por nove dias até o tesão se juntar a saudade. Trocávamos mensagens calientes, para dar uma abrandada, mas tinha o efeito contrário. Me mandava fotos de seu membro e eu em poses picantes. Antes de dormir, lembrava da gente, de seu pau em mim, do sabor, da barba e ficava vendo suas fotos — o pênis rígido, com a glande avermelhada com a fenda no meio — que pau lindo, com tamanho e grossura perfeitos. Na parte de baixo de seu pênis, veias azuladas cruzam até o talo, quando duro, elas estufam o deixando ainda mais grosso. Adormecia e sonhava com esse homem. Acordava toda melada, com a virilha babada e um fogo me consumia. Em uma dessas manhãs, cheia de tesão, tentei me masturbar. Primeiro, alisando os grandes e pequenos lábios e o clitóris, já úmidos, à entrada da vagina dilatada, à espera do membro. Meus dedos longos e finos adentraram nela, anelar e o dedo médio até o fundo enquanto com a outra mão massageava o clitóris. Com o auxílio da imaginação, me tocava sussurrando o nome de meu marido, tentando evocá-lo. Numa frenética masturbação, senti algo que não me agradou, não me proporcionou tesão nenhum– só piorou a situação. Que agonia aquilo! Isso não é para mim, não me dá prazer. — nunca deu. E não seria agora que daria. Acostumei-me de uma maneira com o pau desse homem que já faz parte do meu ser, como um órgão vital. Sou totalmente dependente de homem — fico abismada quando escuto mulheres dizendo que está há meses sem macho, apenas sentando em pinto de borracha — eu não consigo. E os toques, cheiros, a pegada, a presença do ser ali lhe abraçando, beijando intensamente e você toda entregue? Tentei o prazer solo e fracassei. Os dias se passavam e o estresse começou a tomar conta de mim. Por qualquer coisa já me enraivecia, ficava com ódio puro, até minha aparência começou a mudar — no rosto espinhas apareceram. Que horror. Não foi só dessa vez que tentei me masturbar na ausência de Júlio. Em uma noite que tinha acabado de chegar da escola, toda estressada e quente de vontade não saciada, tomei um banho, jantei enquanto ouvia um pouquinho de Lana Del Ray e fui dobrar umas roupas que estavam no quarto de solteiro que temos. Sentei na cama e comecei a dobrar peça por peça até achar uma das cuecas. Era uma cueca vermelha box, tamanho g. A levei ao nariz na esperança de ainda ter o cheiro de seu membro, mas só de imaginar que seu pênis tinha estado ali no tecido, me excitei. Inspirei e expirei profundamente, soltando um gemidinho suave. Sentia meus mamilos enrijecidos, mordia os lábios passeando a mão pelo meu corpo, chupava meus dedos, lembrando de quando fazia sexo oral, o membro na minha boca, rígido, babado, suas veias sendo abraçadas pela minha língua e o jato de sêmen explodindo em todo interior, até seu sabor se juntar ao paladar e descer mormo pela minha garganta. Ah, que tesão! Abri os olhos e pela primeira vez notei que a cama de solteiro, o braço da cabeceira de madeira lisa, tinha um formato cilíndrico: na ponta era arredondado e descendo engrossava um pouco, tendo uns quinze centímetros, parecendo um plug anal. Nunca tinha reparado. Fiquei a olhá-lo até levar minha mão e acariciá-lo, como se fosse um pênis. De cima a baixo o tocava, masturbando-o. A madeira fria entrou em contato com o calor do meu rosto; nariz, lábios e língua; meus dentes raspavam levemente, abocanhava boa parte da madeira, pincelando a língua até escorrer saliva pelos meus dedos e untar a superfície do verniz. Ficava em uma altura que conseguia sentar, esfregando a vagina em movimentos leves na ponta, lentamente invadindo meu interior. Quando passou da parte arredondada e fina e engrossou, senti preencher todo meu canal vaginal. Apalpava meus seios por baixo da camisa enquanto era penetrada, deslizando até a pressão ser exercida sobre a parede do útero e subir, repetindo o movimento e gemendo cheia de volúpia. — mas não gozei. Sai de cima e me limpei. Mas não tive orgasmo. E ali mesmo fiquei deitada sobre as roupas agarrada a cueca até adormecer. Passaram-se dezoito dias, faltava apenas dois para tê-lo em meus braços novamente. Estava ansiosa para sua volta que até meus ânimos e estresse passaram — as espinhas sumiram e voltei ao normal, como era antes, apenas com a ideia de sua volta. Dois dias antes de seu regresso, Júlio foi roubado e levaram seu passaporte. Cristo! Fiquei apavorada quando me contou. Como que voltaria agora? Foi até a embaixada brasileira e conseguiria um provisório em quinze dias. Mais quinze dias! Chorei a noite toda. Não cabia tanta saudade mais em meu peito — nem tesão em minha carne. Todos os males de sua ausência voltaram potencializados. Estresse, espinhas, insônia e um gigantesco ódio começaram a me consumir. Meus alunos — pobrezinhos — nem eles estavam aguentando minha chatice. Os dias duravam uma eternidade para passar, caminhavam feito coxos sem pressa. E assim fui sobrevivendo sem Júlio — dia após dia com uma tonelada de angústia no peito e quase subindo nas paredes de tanto fogo. E pela primeira vez em anos olhei para outro homem com olhos de mulher.
Uma de minhas amigas, Valéria, foi passar um final de semana em uma pousada e pediu para eu ir até sua casa alimentar sua cachorra. Seria apenas por dois dias, não teria problema. A cachorra, um lindo pastor alemão dócil, estava no cio e Valéria e seu marido queria por ela para procriar e já tinham até achado um pretendente para a cachorra, ou melhor, a Beyonce. Cheguei, alimentei ela, uma cadela linda, pelos pretos e dourados, super carinhosa com as pessoas. Nesse mesmo dia um rapaz traria o cão para passar a noite com a Beyonce. Aguardei até escutar a campainha gritar — era ele.
O homem estava de costas, falando ao celular, acompanhado de um pastor alemão. Só foi notar minha presença quando o cão veio correndo até mim, pulou em meu peito e cai com seu peso, me lambeu a cara toda.
— Sultão! Desculpe. Machucou?
— Não, tá tudo bem. Que susto!
Ajudou-me a levantar. Segurei em sua mão para sair do chão. Eram mãos fortes, calejadas, tinha um aperto firme. Fiquei perto de seu rosto. Era bonito, jovem, com um sorriso largo e másculo.
— Você está bem?
— Só foi o susto mesmo. — ri, arrumando o cabelo que bagunçou todo na queda.
— Você deve ser a Clarisse.
— Isso. Elder, certo? A Vanessa disse que você viria hoje.
— E esse nem preciso apesentar, hein Sultão?! O Sultão não pode ver uma moça bonita que fica assim. É um menino mau.
Corei.
— Tá tudo bem. Então ele vai adorar a Beyonce. — disse disfarçando.
— Com certeza. Ah, quase me esqueci, o Sultão trouxe até um presente para Beyonce.
Entregou uma sacolinha com um enorme osso.
— Obrigada, ela vai adorar. Muito cavalheiro o Sultão em trazer um presente no primeiro encontro.— ele riu. — Entra. A Beyonce está lá nos fundos.
Fomos até onde ficava a área dos fundos. Um portão separava o quintal da garagem. Assim que pisamos no quintal, Sultão já ficou inquieto, já sentindo o cheiro de Beyonce. Que belo cão — bem tratado, com pelos volumosos e macios, pretos com tons marrons, um cão grande. Sultão se aproximou sorrateiramente de Beyonce, houve uma estranheza entre eles. A cachorra em primeiro momento o rejeitou, sendo agressiva, mas sultão continuou a cheirá-la. Era uma situação meio estranha: eu sozinha com um estranho vendo dois cães copularem.
— Creio que eles devem estar tímidos com a gente olhando. — disse o rapaz.
— Provavelmente. É melhor a gente deixar eles sozinhos. Quer tomar algo?
Deixamos os animais a sós e fomos para a cozinha. Elder se serviu de um copo cheio de água e bebeu num gole só. Minha atenção focou nele— branco da pele bronzeada, cabelos pretos crespo, num corte militar. Tinha o corpo magro, mas com músculos, usava uma camisa social preta, que realçava sua musculatura. A água descendo pela sua garganta, deixava à mostra seu enorme pomo- de-adão em destaque. Seus lábios grossos, dentes grandes alinhados, com a barba bem feita. Vestia-se como se tivesse saído de uma reunião de negócios. Sua camisa estava aberta perto do colarinho, mostrando a tinta de uma tatuagem perto do pescoço. E seus olhos tinham aquele brilho que ilumina o olhar dos cafajestes. Entre uma frase e outra, pousava seus olhos em mim, sentia cada olhar dele pesar em meu corpo. Era do tipo que sabe ser atraente, controlando os gestos, falas, olhares, tudo fazia parte do seu jogo. Será que eu disse algo comprometedor para me tratar com interesse? Conversamos por alguns minutos; disse algumas coisas pessoais — sobre minha profissão, a viagem do meu marido, o estresse da escola. A respeito dele, descobri apenas que trabalhava no banco e estava de horário de intervalo, parecia muito fechado e ao mesmo tempo extremamente interessado no que eu dizia. As palavras saiam de sua boca como cortes cirúrgicos, sabia exatamente o que estava falando. O timbre grave de sua voz invadia meus tímpanos como músicas. E seu cheiro me deixava mole. Notei que estava tendo uma atração sexual ali entre nós, aquela fagulha estava surgindo, mas apaguei antes de virar uma chama. Disse para irmos ver os cães. Elder olhou em seu relógio de pulso e disse que tinha que voltar ao trabalho e deixaria o Sultão em minhas mãos. E deixou um cartão caso precisasse de algo. Acompanhei até o portão e nos despedimos, me deu um beijo na bochecha e partiu. E que amanhã à tarde voltaria pegar o cão. Ao fechar o portão, ainda sentia seus lábios no meu rosto, sua mão na minha cintura e seu perfume em meu olfato. Fui ao banheiro e lavei o rosto para esfriar os ânimos. Tentar esquecer o que houve. Mas fracassei. Naquela mesma tarde tirei um cochilo no sofá e sonhei com Elder. No sonho fazíamos amor na cozinha. Eu estava de camisola vermelha e batom sangue. Primeiro Elder me pegou na mesa de mármore, de quatro, me assolando por trás e eu gemia de prazer gritando seu nome. Depois deitada na mesa com as pernas abertas sobre seus ombros, sendo penetrada com brutalidade. E enfim terminávamos no carpete do chão, em um intenso papai e mamãe até eu ter um orgasmo. Acordei toda suada, desnorteada e cheia de fogo. Minha calcinha toda úmida, minha vagina gotejava e meus mamilos enrijecidos. Estava ficando louca já. Fui ao banheiro e me lavei. E nessa noite fiz algo que nunca pensei que faria na vida. Depois da janta, abri um vinho para acompanhar a leitura de um livro. Li algumas páginas até parar e ir dar ração aos cães. Pelo jeito sultão não teve êxito nas suas investidas. A vagina da cachorra estava inchada e com secreção que parecia com urina e sangue. O cão estava louco com o cheiro da cadela, ficava para lá e pra cá, mas era rejeitado. Notei algo avermelhado - rosado embaixo dele, grande e molhado. Aquilo me intrigou, nunca tinha visto um pênis de cão daquele tamanho — uns quinze centímetros, creio. Enchi suas vasilhas de ração e voltei ao livro. Minha mente seguia focada na narrativa até uma ideia vir a mim como um raio na tempestade. Tentei tirar essa vontade dos meus pensamentos, mas se tornou uma farpa em minha mente, impossível de tirar, cravando cada vez mais fundo quando a rejeitava. Larguei o livro e corri ao quarto pegar umas meias, achei as mais grossas que tinham, quatro ao todo. Voltei e fui ter com a Beyonce. Separei-a do cão e passei um pano em sua vagina. Chamei o cão macho, quando passou do portão, travei sua coleira com a corrente e levei à sala de estar. As meias coloquei em suas patas. Retirei a calcinha, passei o pano que tinha limpado a genitália inchada da cachorra e passei em minha virilha. Assim que cheguei perto do cão, ficou alvoroçado abanando o rabo me cheirando toda. Sentei no sofá com as pernas abertas, já sentindo o nariz gelado, as gotículas nasais e a respiração quente na minha vagina. Começou a lamber toda minha virilha, histericamente, sua língua áspera e grande percorrendo toda a região. Inicialmente foi estranho até eu me acostumar com o contato. Deu-me prazer aquilo. Relaxei meu corpo me deitando e separando grandes e pequenos lábios, deixando tudo exposto o máximo. Enquanto me lambia, eu alisava meus seios, gemendo baixinho de tesão. O cão enjoado daquela felação, começou a tentar subir em mim. Metia nas minhas pernas, coxas em tudo que podia. Seu pênis molhando minha pele. Levantei-me e fiquei de quatro no tapete no chão, o mais baixa que podia. Sultão veio pulando em cima, com as patas frontais em minhas costas. Fazia movimentos rápidos sem controle, tentando achar algum buraco. Direcionei seu membro na entrada da minha vagina até o membro viscoso e comprido entrar de uma vez só — Dei um grito. Assim que o animal sentiu que estava no lugar certo, desferiu suas estocadas, seus testículos batendo com força contra a vagina. Eram movimentos rápidos e fortes, com todo seu membro dentro, preenchendo meu interior. Provei de um prazer como não experimentava fazia vários dias. Aquilo me deixou excitadíssima! Comecei a arder de tesão, meus gemidos eram mais altos , estava prestes a explodir, entrar em erupção até vir o orgasmo. Gozei maravilhosamente! Toda essa cena não durou mais de dois minutos, mas foi o suficiente para eu ter prazer. O cão travou o pênis dentro, sentia inchar e jatos contra a parede vaginal. Sultão ficou unido a mim até ejacular tudo que tinha. E eu gemia baixinho sentindo as trovoadas que tremiam meu corpo, dissipava toda adrenalina liberada pelo clímax. Quando saiu de cima, o líquido viscoso escorreu para fora, passando pela minha coxa. Deitei-me com as pernas levemente trêmulas, como se estivesse em transe, levei a mão até a entrada da vagina, molhei meus dedos com o sêmen do animal e passei em meus lábios e língua, provando o sabor. O líquido tinha um gosto diferente do que sai dos homens, era mais ralo e com gosto e cheiro mais forte. O cão lambeu minhas nádegas e coxas. E durante toda a noite eu sentia os fluidos escorrerem para fora. Foi uma noite de sono pesado, como não tinha fazia alguns dias. Quando acordei, minha calcinha estava toda amarelada. Tudo que houve na noite anterior tinha mesmo acontecido, foi real, não uma alucinação ou sonho— eu fiz sexo com um cão. Ainda sentia os movimentos dentro do meu corpo, o cheiro, até o toque de seu esperma pousando no meu canal vaginal. Não me arrependo de ter feito isso. Eu precisava daquilo, era o único jeito de não fazer uma loucura maior, algo que eu me arrependeria para sempre. Toda vez que vou visitar Vanessa, sento no sofá e vejo eu e o cão ali juntos no chão copulando. Parece que até os odores da cena vem à minha memória e sinto até a respiração na orelha e o peso de seu corpo sobre o meu. Muitas dessas lembranças vem à tona nas formas mais vívidas possíveis, feito fantasmas de carne e osso. Mas não me torturo, fiz e sempre saberei que isso foi real. O importante é que não maculei meu casamento nem o amor que tenho pelo meu marido.