O marido da minha amiga ficou curioso quando eu contei que gosto de dar a bunda

Um conto erótico de André Martins
Categoria: Gay
Contém 6736 palavras
Data: 25/06/2025 21:44:39
Última revisão: 26/06/2025 01:52:30

Alguma vez você ouviu o provérbio “a curiosidade matou o gato”? Tipo, o felino era tão esfomeado e curioso que um dia subiu no fogão, debruçou na panela e virou churrasquinho. A moral do ditado é ensinar sobre os limites da curiosidade e as consequências de ser enxerido em excesso, mas eu não sou fã de anedotas e prefiro contar nas minhas próprias palavras como foi que a curiosidade matou o bichano. Sendo assim, este é um relato pessoal explicando como o varão Eric Borges pulou na minha panela e morreu queimado.

Conheci Patrícia na época do terceiro ano do ensino médio, quando eu tinha 17 e ela havia acabado de completar 18. Eu já sentia muita atração pelos colegas de classe, mas evitava dar bandeira e ficava na minha pra não ser zoado, já que tudo pra eles acabava em gastação sem fim. A Paty, como o próprio apelido sugere, era uma patricinha loira do olho azul, morava em Botafogo com os pais e a família dela frequentava uma igreja evangélica famosinha naquele tempo, um templo que tinha bastante apelo jovem.

Nossas obrigações eram basicamente ter boas notas e passar pra alguma faculdade no ENEM, e o que fez eu me apegar à Patrícia é que a gente tava sempre estudando junto e fazendo os trabalhos em dupla, fora que ela me acolhia dos moleques babacas quando eles inventavam de implicar comigo. Você pode até pensar “ah, um gay e uma crente juntos?”, e eu vou responder que, querendo ou não, ela era a única na turma que andava comigo e me puxava pelo braço pra gente ficar junto no intervalo. E como éramos novos, a parte evangélica meio que passava batida pra mim. Eu praticamente não percebia os pequenos preconceitos disfarçados de opiniões inocentes nos discursos da minha amiga.

Outra coisa que eu não notava eram as incongruências, as distorções de realidade que a Paty vivia de vez em quando. Como na vez em que ela se apaixonou por um rapaz da turma da natação, ele ignorou as olhadas dela e a loira me arrastou pra um centro de umbanda que ficava duas quadras depois do colégio. A gente matou aula só pra ela ir na mãe de santo jogar os búzios e tentar fazer amarração pro garoto, pode isso? Numa hora era a varoa crente divertida, na outra recorria à crença que ela própria demonizava, e fazia isso no sigilo, ninguém podia saber.

Eu poderia dizer aqui que a vacilona da Patrícia contou pros amiguinhos sobre nossa ida à mãe de santo e que eles desgraçaram o último ano do meu ensino médio com piadas escrotas e racistas, mas vou me ater ao que interessa e relatar apenas o essencial. Lembro como se fosse ontem da loirinha chorando de soluçar e vindo me pedir desculpa, em frente à biblioteca. Passei um ano inteiro sem entender o porquê dos estudantes virarem a cara pra mim ou caçoarem, até que ela admitiu a merda que fez, me abraçou e jurou que nunca mais vacilaria outra vez.

Como eu disse, não tinha amigos no colégio, então aceitei o pedido de desculpas, tentei deixar pra trás o que passou e me apeguei ao fato de que eram nossas últimas semanas juntos antes do terceirão acabar. Fui cuzão, eu sei... Ao escolher o perdão, eu engoli meu orgulho e ele virou uma semente oculta dentro de mim, algo esquecido e que ficou anos dormente, esperando pra germinar.

Perto do fim do terceiro ano e próximo da data da formatura, os alunos organizaram um baile de despedida e foi nesse evento que eu finalmente me senti feliz pela primeira vez dentro daquele colégio, pois havia chegado ao fim e eu nunca mais teria que ver ninguém. Eu tava tão animado e empolgado que nem me importei com os olhares tortos e as piadinhas de canto de boca, só me joguei na pista, bebi o que pude e me soltei. Paty ficou interessada em outro atleta da educação física, me puxou e quis minha opinião.

- Vem cá, amigo. O que você acha daquele gostoso ali? – ela apontou pro outro lado do ginásio.

- O pretinho? Você tá maluca, Paty? Aquele é o Salomão, professor de Educação Fí-

- Não, garoto, o que tá do lado do professor.

- Que susto. Do lado do professor Salomão... Ah, sim. É o Eric, Eric Borges. Outro aluno da natação.

- Você conhece ele? Logo você, que não anda com ninguém? Mentira? – a loirinha morreu de inveja.

- Um dos poucos que eu conheço, Paty. Ele joga o mesmo RPG que eu, canso de ver esse cara on-line.

- Será que eu tenho chance?

- Acho que sim. A gente nunca conversou, mas ele é bom no jogo. Não parece ser má pessoa.

Falamos tanto do Eric que ela não sossegou até eu ir lá desenrolar papo com o cara. Ele tinha 18 anos, era branquinho, 1,76m, mais ou menos parrudo, do corpo recheado e majoritariamente liso. O moleque também era da igreja, eu fui lá falar da Patrícia pra ele e foi assim que os dois se conheceram pra nunca mais se desgrudarem. O fim do ensino médio foi marcado pelo início do relacionamento da Paty com o Eric e também pelo pedido inusitado que ele fez pra ela assim que a relação ficou séria.

- Pra gente namorar, você tem que se afastar do teu amigo viado. – o filho da puta pediu.

- Tudo bem. – a cretina aceitou. – A gente já não vai se ver mesmo...

Daí pra frente, nós passamos muitos anos sem contato, eu excluí minha ex-amiga de todas as redes sociais e prometi a mim mesmo que nunca mais entraria em contato com ela novamente, pois estava cansado de ser feito de chaveirinho e de ser tradado como descartável pela escrota da Paty. Enfim... O terceirão acabou, a gente se afastou de vez e só então eu percebi que temos liberdade pra escolher quem queremos ao nosso lado. Eu e Patrícia rompemos, o tempo correu e dez anos voaram como se fossem semanas.

Num dia você tem 17 anos e te obrigam a escolher uma profissão pra trabalhar pelo resto da vida, no outro tem 28 e acha que não entendeu direito as perguntas... É a tal da crise dos 20 e tantos. Eu tranquei as faculdades de Turismo e Hotelaria, era financeiramente estável trabalhando como técnico de enfermagem, mas não era exatamente feliz e sentia que podia fazer muito mais, o problema é que a área da saúde só funciona por indicação e via contatos, nas OS do Rio de Janeiro. Se você não conhece ninguém pra te colocar lá dentro, danou-se, então às vezes eu me sentia insatisfeito, não via prospecção profissional e chances de crescer. Odiava meu emprego? Sim. Queria sair dele? Não. Ruim nele, pior sem ele.

Era uma manhã abafada de sexta-feira quando o celular tocou e eu me intriguei com aquele número sem contato registrado. Algum neurônio meu ainda lembrava dos últimos dígitos e no fundo eu sabia quem era do outro lado da linha, senão não teria sentido a comichão que senti e a pontada de ansiedade que acertou a mente. Peguei o aparelho, atendi sem pensar duas vezes e minha voz quase não saiu.

- Alô?

- Ito?

- P-Paty? É você?

- Meu Deus, pensei que nunca mais ia ouvir sua voz, viado! Hahaha! Caramba, quanto tempo!

- Nossa, deve ter o que? Onze anos sem contato?

- Por aí, por aí. Bom te ouvir de novo, amigo. Vem cá, como você tá?

- Tô bem. Virei quem eu mais temia: o carioca suburbano que só sabe reclamar do trabalho e do patrão. Mas até que a vida de adulto é boa, porque eu vou onde eu quero e sem ter que pedir a ninguém. Hahahah! E você, Patrícia, como tá?

- Queria eu trabalhar, menino. Atualmente só vivo pra igreja. Sou ministra de uma congregação aqui perto de casa, o pastor arranca meu couro com as tarefas.

- Vish... Mas era a vida que você pediu a Deus, não era? Lembro que você adorava igreja.

- Eu gosto mesmo. Mas a vida de casada é um porre, Ito.

- Tá casada, amiga?

- Tô, casei cedo. Vem aqui um dia pra gente se ver, vai ser o maior barato te receber.

Algo dentro de mim ecoou após dez anos. Algo ruim, algo podre.

- Eu adoraria ir. Me passa o endereço e vamo marcar alguma coisa, sumida. Saudades. – dei um sorriso fino enquanto falava no celular.

- Tá certo, querido. Bom falar contigo. Vou mandar mensagem pra gente se falar.

- Ótimo. Fico no aguardo. Beijos, Paty.

Eu e minha ex-melhor amiga reatamos a amizade dez anos depois do fim do ensino médio. Fingi que não foi ela que me abandonou quando começou a namorar com o cara que eu mesmo desenrolei e aceitei o convite pra visitar a Patrícia no final de semana seguinte. Na tarde de domingo, por volta das 14h30, cheguei em Botafogo com uma bandeja de salgadinhos com refrigerante, toquei o interfone indicado e pulei de alegria quando fui recebido por uma loira barriguda e grávida de quatro meses.

- CARAMBA, ITO, COMO VOCÊ CRESCEU! TÁ FORTÃO!

- Olha quem fala! Hahahah! Se eu soubesse que você tá esperando um bebezão, teria trazido presentes.

- Bebezão não, bebezona.

- Mentira?! Parabéns, amiga! Saiu tudo do jeito que você queria, né? – dei um abraço apertado, ela também me apertou e a gente se cumprimentou na sala de estar.

A porta do corredor abriu, um sujeito sem blusa surgiu atrás da Patrícia e meus olhos automaticamente percorreram seu corpo, dos pés descalços à cabeça, quase que num instinto de sobrevivência que eu desenvolvi ainda na época do ensino médio. O cara tava só na calça de moletom, com o peitoral desenvolvido, aberto e peludo à mostra, pele clara e a barba super curta no rosto, contrastando com o bigode grosso e as sobrancelhas largas. Ombros definidos, braços malhados, antebraços peludos e cheios de veias, abdome duro e um senhor volume de pica dançando entre as pernas conforme ele andou pra perto de nós. Meu coração acelerou, eu recuei e hesitei o bastante pra fazer o sujeito me encarar.

- Ito... Você conhece o-

- Eric Borges... De quem foi a ideia de me convidar, da Paty ou sua? – meu lado ácido aflorou rápido, eu não consegui controlar a língua afiada.

- Boa tarde, Ito. – ele ignorou minha pergunta, apertou minha mão e se manteve sério.

- Tô perguntando porque, que eu me lembre, você quem pediu pra Patrícia se afastar de mim, não foi? E pensar que eu que apresentei vocêsNão, Ito, olha só, o Eric mudou. Ele tá diferente, aprendeu um monte de coisa na igreja e tá se preparando pra ser papai, confi-

- Desculpa. Por tudo, irmão. Eu era cuzão, não que ainda não seja... – Eric falou com sinceridade e sentou no sofá perto de nós.

Tirei seu corpão malhado de baixo a cima novamente, fingi que não manjei o malote dele, pensei por pouco tempo e respondi.

- Desculpas aceitas, cara. Fiz anos de terapia e ouvir esse pedido de desculpa me alivia.

- Me desculpa também, Ito. Vacilei várias vezes contigo e você sempre me perdoou. – a loira me abraçou.

- E vou perdoar sempre. Relaxa, garota.

Eric pôs os braços pra trás no encosto do sofá, revelou as axilas cabeludas e eu tive que me policiar pra não olhar pra mala toda hora, especialmente quando o macho coçava o saco e dava apertadas de leve no instrumento. Eu e Patrícia conversamos e colocamos nossas vidas em dia ao longo da tarde de domingo, comemos salgados, enchemos o cu de Coca-Cola e marcamos outros encontros pros próximos fins de semana, graças à nostalgia dos velhos tempos e das lembranças que tínhamos da época do colégio.

Lembro que teve uma hora que eu fui no banheiro mijar, avistei o par de meias amareladas jogadas no cesto, vi também a cueca suada e me controlei à beça, fiquei só observando os pentelhos presos na costura enquanto esvaziava a bexiga no vaso. Quando terminei e voltei pra sala, Eric já não estava mais no apartamento, Paty abriu um bom vinho rosé pra gente entornar e aí sim retomamos o papo de onde paramos dez anos atrás.

- Mas me conta. Eric tá melhor mesmo, amiga? – não resisti.

- Olha, Ito, não vou mentir. Ele ainda é chato pra algumas coisas e de vez em quando solta aquelas opiniões machistas e homofóbicas escrotas, sabe? Mas comparando com o passado, melhorou muito. Antes ele não gostava que eu andasse com você, lembra?

- Como esquecer? Patético.

- Pois é. Hoje em dia, já não liga. Se fosse antigamente, ele nem teria te cumprimentado.

- Muito menos se desculpado. Eu lembro. É... É uma evolução, apesar de ainda faltar muito.

- Mas não esquenta, não. Ele quase não para em casa, vive trabalhando.

Papo vai, papo vem, Patrícia achou que já éramos melhores amigos de novo, se empolgou com a terceira taça do rosé e aproveitou a ausência do maridão pra entrar em detalhes da vida íntima do casal. Ela contou que era mais feliz na igreja do que no casamento em si, que tinha uma ideia inicial apaixonada do Eric, mas que o matrimônio e a vida a dois mostraram quem ele era de verdade: um homem controlador, mandão, egocêntrico e que só pensava nele. Trabalhava com venda de automóveis em São Paulo, vivia viajando, dava poucas satisfações, tinha três celulares, às vezes passava semanas fora e sequer ligava pra saber como a esposa grávida estava.

Eric chegou aos 30 com o corpo mais desenvolvido do que nos tempos do ensino médio. Antes ele não era alto e sua pele era branca e lisinha, agora cresceu e se tornou maior, os braços ficaram fortes, o físico parrudo torneou e até a pele, que era pálida, ganhou um brilho dourado do sol. E os pelos? Cresceram, definitivamente explodiram em seu corpo sarado e atraente. Tomaram pernas, os antebraços, as axilas e o bigodão. Mas o principal: Eric se transformou num cara indiferente e apático no casamento, um marido que pouco se importava com Patrícia.

Segundo os muitos desabafos dela, a gravidez inesperada aconteceu até como uma maneira de tentar resgatar a paixão dos anos iniciais do casamento, mas nem a notícia da chegada da filha fez o marido amolecer ou se tornar mais presente dentro de casa. O que restou pra Paty foi a companhia do pastor Naldo, ombro amigo dela e alguém com quem ela admitiu já ter ido pra cama algumas vezes. Segundo a própria, “Naldo dava toda a atenção e afeto do mundo”.

- Sério que você deu pro pastor? Quem te viu e quem te vê, dona Patrícia. Hahahah! – tirei meu celular do bolso, como quem não queria nada. – Nem dá pra acreditar. A ficha só vai cair se eu ouvir da sua boca.

- Então escuta bem: eu traí meu marido e dei pro pastor. E olha que eu não me considero uma mulher de sexo, Ito.

- Não?

- Não. Sou mais de carinho, mas Eric não é nem um pouco carinhoso. Ele não demonstra que me ama, eu também não faço questão. – ela reclamou.

Posso ser bem sincero? Até aqui eu tava achando tudo um porre, nada na vida de uma crente do cu quente me interessava ou parecia atraente. Aí ela tomou a quinta taça do rosé e a boca ficou mole demais, a verdade não pôde ser contida por muito tempo.

- Mas sabe o que mais me irrita no Eric? É essa coisa de ele fingir que é varão.

- Fingir que é varão? Como assim?

- Ele diz que é evangélico, mas não vai na igreja, não frequenta culto, enche a cara de cerveja, xinga à beça. Já peguei ele fumando uma vez. Que varão é esse? Eu também bebo, mas é vinho e é pouco, ele não. Meu marido é um viciado. Cheio de vício.

- Vícios? Quais?

- Olha, Ito... – Paty abaixou o tom de voz, respirou duas vezes e pensou friamente antes de botar pra fora. – Meu marido é viciado em sexo anal.

Ela soltou a informação e meu cuzinho contraiu no sofá na mesma hora.

- Eric é viciado em anal, menino. Se deixar, ele pede pra comer meu cu todo santo dia.

- Viciado? Em anal?

- É. Mas por favor, sigilo absoluto. Segredo nosso. Tô contando intimidades da vida do meu marido, viu? Não conta pra ninguém.

- Relaxa, chérie. A gente é amigo de longa data, lembra? – eu sorri.

- Claro. Então... Olha que combinação podre: eu não sou chegada em sexo e casei com um cara que, se depender dele, só come cu. Qual é o casamento que dá certo assim, Ito? Não existe. Eu tenho certeza que o Eric tem amante lá em São Paulo, do jeito que ele é.

- É complicado. Mas vem cá, ele não dava sinais de ser assim antes do casamento?

- É aí que tá, amigo. A culpa de ele ser viciado em cu é minha. Ou melhor, dos meus pais.

- Meu Deus, Patrícia, não tô entendendo mais nada. Seu marido é viciado em cu e a culpa é dos seus pais. Explica logo, mulher. – fiquei nervoso.

- Você nunca ouviu falar das crentes que dão o cu pra casarem virgens?

Travei. Eu não sabia se gargalhava na cara dela ou se chorava de pena pelo estigma em cima do sexo, que é algo tão natural e humano.

- Você dava o cu pro Eric antes do casamento? Não creio.

- Dava. Eu não tinha opção, Ito, minha mãe me levava na ginecologista direto. Ela perguntava se eu era virgem e a doutora falava a verdade, eu não podia dar a pepeca. Se eu desse, ela e meu pai iam descobrir e eu ia virar a fofoca da família. Minha prima deu antes de casar e até de prostituta foi chamada. Isso naquela época, claro, hoje em dia as coisas estão diferentes– fiquei boquiaberto, eu não soube o que dizer.

- Doideira, né? Você tá com cara de incrédulo. Hahahaha!

- Cara... Na boa... Eu achava que isso de crente do cu quente era lenda urbana. Agora você tá contando tudo e eu tô... Sem palavras.

- Pois é. Passei anos dando só cuzinho pro Eric, só cuzinho, até casar.

- E casou virgem!? Mentira?!

- Casei! HAHAHAHA! Quase falhei várias vezes, mas casei virgem da pepeca. Aí casei e parei de dar o cu, nunca mais quis.

- Ué, parou? Passou anos dando, casou e parou?

- Eu só dava o cuzinho porque não podia dar a buceta, amigo. E aprendi que sexo anal é pecado. Sodomia, o nome disso. Homem de verdade não é sodomita, tá entendendo?

- Tipo o seu marido? – foi mais forte que eu, saiu sem querer.

- EXATAMENTE! Tá vendo como eu tô perdida no casamento? É uma bosta...

- Se você tá tão infeliz assim, por que não separa?

- Acho que no fundo eu ainda tenho esperança da nossa filha trazer o Eric de volta, sabe? – ela alisou a barriga e sorriu.

Parece coisa de filme, né? A mulher tentando formar a família tradicional evangélica perfeita, mas o marido tá ocupado no trabalho e provavelmente caçando puta pra comer cu em outra cidade. Mas calma que a coisa ainda piora, sempre dá pra piorar.

Visitar Patrícia em Botafogo virou um hábito quinzenal dos meus finais de semana, eu sempre aparecia lá com algo pra gente beber e comer enquanto conversava. Às vezes fazíamos sobremesa, tipo bolo de chocolate com brigadeiro, bebíamos vinho e fofocávamos sem ter hora pra acabar. No início, Eric nunca estava presente e nós ficávamos à vontade na sala. Depois de um tempo, não sei se por ciúmes, o maridão começou a dar as caras em casa e cansou de ouvir nossas conversas empolgadas sobre o passado no ensino médio e o presente.

Foi num desses encontros que o vinho fez efeito na Paty, ela ficou previsível demais e eu agi pra desvirtuar o rumo da conversa sem causar estranhamento.

- Acho que essa foi a maior vergonha que eu passei na praia, amigo. Tava com dor de barriga e corri pra casa, maior correria. Hahaha! – ela contou.

- Nossa, quero nem falar de praia. A pior vergonha que eu já passei em praia foi na areia. – falei.

- O que você aprontou?

- Ah, tem certeza que você quer ouvir? É meio pesado.

- Conta, tamo entre amigos. Quero saber, tô curiosa.

- Então, eu tava saindo com um rapaz... E a gente inventou de... Você sabe... Bebida, noite, areia da praia, beijo na boca...

- Você deu a bunda na praia, Ito!? HAHAHAHA! – a loira morreu de rir.

Eric parou de andar da sala pra cozinha, sentou no sofá à minha frente, cruzou os pés sobre a mesa de centro e eu tive o prazer de contemplar aquelas solas maciças, definidas e macias, nº 42. As unhas feitinhas e limpas, o dedão mais grosso que os outros dedos, os traços bem harmônicos e poucos pelos sobre os dedos. Que pezão bonito da porra, não dava pra negar. O que o macho tinha de escroto, tinha de gostoso e também de maludo, porque a montanha de mala que se formou entre as pernas dele foi de machucar os olhos de qualquer manja rola.

- Fala a verdade, Ito! Deu ou não deu na praia, seu safado?! Hahahaha!

- Não vou mentir: dei mesmo.

- EU SABIA! UAHAHA! Você é um sem vergonha!

- Foi mais forte que eu, amiga. E, assim, eu gosto de dar BEM dado, sabe? 100% limpinho, relaxado e à vontade, que aí eu posso brincar, fazer e acontecer sem me preocupar com nada. Comigo é sem frescurinha.

Silêncio na sala. Patrícia gargalhou, o marido dela fechou a cara pra mim, bebeu do vinho e seus olhos subiram dos meus pés ao meu rosto, ele não fez a menor questão de esconder a encarada que me deu. Sua mão buscou as dobras do moletom, apertaram a virilha e eu vi o momento exato no qual ele puxou a cueca e desafogou a saca de batatas amontoadas no meio das coxas. Era tanto piru que o Eric teve que erguer a perna por um momento e arranjar espaço entre elas pra acomodar aquela cordilheira de piroca sem passar aperto.

- E o que aconteceu, Ito?

- Aconteceu que o segurança pegou a gente na praia e eu não tive pra onde fugir.

- QUE ISSO! Ele te prendeu?

- Não, amiga. Ele gostou tanto do que viu que me deu parabéns.

- O segurança te viu trepando na praia e deu parabéns? Não acredito!

- Tô falando sério! Ele viu o tamanho do problema que eu tava aguentando e deu até um tapinha nas minhas costas pra me incentivar. Eu fiquei MORTO de vergonha, não soube onde esconder a cara.

- E continuou dando pro seu amigo?

- Lógico! Missão dada é missão cumprida, Patrícia! Só parei quando perdi as forças. Hahahaha! Não tenho culpa se eu só tenho a bunda pra dar, garota.

- UAHUAHA! Você é uma figura, viado, sem mais. Não te aguento, não.

E o maridão imóvel, só bebendo do rosé e me analisando, sem dizer nada. Parecia que tava me passando no crivo dele e avaliando se o que eu contei fazia jus à minha pessoa. É aqui que começa a ópera. Paty levanta pra ir ao banheiro, eu fico a sós com o marido dela parado de frente pra mim, ele me olha nos olhos e a gente se encara sem fugir um do outro. O filho da puta descruza as pernas de um lado, cruza do outro, ajeita novamente o piruzão entulhado na virilha, acomoda as bolas à vontade, lambe o vinho nos beiços e ergue uma sobrancelha. Levanto pra encher minha taça no bar da sala, nos olhamos outra vez, agora à distância, e eu dou o sorriso mais baixo e piranho que consigo. Eric também ri, volta a beber e lá vou eu sentar na frente dele de novo.

- Pergunta logo o que você quer perguntar. – não perdoei. – Sei que você tá se mordendo de curiosidade, seu olhar não mente.

- Tu deu a bunda com vontade mesmo ou inventou essa história pra chamar minha atenção?

- Depende. Tô com medo de ser sincero com o cara que mandou a namorada parar de falar comigo no ensino médio. Eu minto ou falo a verdade? Você vai me xingar ou vai achar engraçado? São muitas questões, Eric.

- Eu não sou o Eric do ensino médio, Ito. Cresci. – ele apertou a pica pra falar e tornou a me olhar.

- É real, eu dei na praia. Dei pra caralho, dei até cair. Só não contei a história completa porque a Paty tem estômago fraco e é puritana demais.

- Então conta pra mim. Conta a história completa, eu aguento.

- A verdade é que eu dei pro meu amigo na praia e sentei pro segurança também. Rebolei, quiquei no colo dos dois.

- E deixou eles gozarem dentro? – outra beliscada na vara e mais uma olhada torta pra mim, com direito aos lábios na borda da taça e o rosé descendo.

- Deixei, lógico. Não sou fraco. Comigo é dentro ou não tem assunto, se é isso que você quer saber.

O desgraçado ensaiou o início de uma bronha por cima do moletom, deixou claro que estava excitado com o rumo da conversa, mas escutou o barulho da mulher retornando do banheiro e disfarçou com a almofada no colo, escondendo o volumão armado. Até queria escrever aqui que senti nojo ao ver o homofóbico do meu ensino médio sentindo tesão com o meu relato, mas a verdade é que a cena do Eric se tocando me anestesiou, porque ele tava diferente, mais adulto, mais macho, cada vez mais perto de ser um verdadeiro paizão de família.

- “Esse traste deve trair a Paty até dentro de casa. Isso porque se diz varão, imagina se não fosse.” – pensei comigo.

Só eu sei o quanto meu cu piscou e como senti o fogo me consumir por dentro, foi tipo um êxtase ser notado por aquele sodomita e, mais ainda, notado apenas por causa do vício dele em sexo anal. Além do tesão, havia também um certo nervoso por ser o escroto do marido da Patrícia interagindo comigo, sendo que nem na época do ensino médio a gente se falava. A malícia do Eric subiu um frio na minha espinha que não desceu mais, eu fiquei impactado pela aura sexual daquele macho.

O melhor é que ele passou a estar presente quase todas as vezes que eu aparecia em Botafogo pra visitar a Paty. Sempre que ela ia no banheiro ou levantava pra mexer no telefone, o cafajeste me olhava daquele jeito sugestivo, molhava os beiços na taça de vinho e os lambia, sem deixar de me olhar. Meu cuzinho latia pra caralho, eu ficava aflito pra sentar e rebolar no colo do Eric, mas nunca contei pra ele, tampouco deixei o sem vergonha perceber, senão ele ia pensar que me tinha nas mãos e minha intenção era justamente o contrário. Eu que queria ter o macho na palma da mão.

- Que foi, tô de verde? – aproveitei que Patrícia não tava na sala e o provoquei.

- Tô aqui lembrando da tua história na praia.

- Do dia que eu dei a bunda? Eita, macho. Pelo visto, você gostou do que eu contei, hein?

- Não viaja, Ito. É só curiosidade.

- Toma cuidado, Eric. A curiosidade matou o gato.

- Para de enrolar e conta mais, antes que ela volte.

- Por que? Tá com medo de conversar esses assuntos na frente da esposa? Vocês, crentes, são complicados. – falei com deboche.

- Se não quiser contar, tudo bem.

- Eu já contei, te falei o que rolou.

- Conta mais. Tu tem cara de quem dá o cu direto, deve ter várias histórias.

- Quem te falou?

- Ué, tu não é viado? Não disse que só tem o cu pra dar? Aposto que dá pra caralho, distribui por aí. – foi a vez dele de me provocar.

- Dou mesmo. Ao contrário da sua amada, eu dou o cu até cair morto no chão. Só paro quando pinga leite fora do cuzinho, aí sim eu saio grávido. É isso que você quer ouvir?

Sabe o que é você olhar pro cara e ver o volume da pica dele endurecer e crescer sozinho na calça de moletom? O canalha nem usou as mãos pra engrossar a pica, ela subiu sem ajuda de ninguém. O efeito das minhas palavras esquentaram os neurônios do macho da Patrícia, só então ele enfiou a mão no caralho, deu vários apertões insistentes e teve que esconder com a almofada quando a loira voltou pra perto de nós.

- Do que vocês tão falando, posso saber? – ela perguntou, curiosa.

- Tô contando pro Ito como funciona o impedimento no futebol, amor. – o autoproclamado varão mentiu e mentiu na cara de pau, olhando nos meus olhos.

Era um pacto silencioso entre nós, porque ele mentiu, eu sabia da mentira e podia estourar a bolha ali mesmo, mas concordei, sorri pra Paty e depois acenei pro maridão exemplar que ela tinha em casa. Eric me observou, tomou vinho, ajeitou a almofada no colo e só levantou quando a rola voltou ao estado flácido, caso contrário ele com certeza teria chamado a atenção da Patrícia com aquele tumulto armado na calça de moletom. Meia hora depois, quando ela foi tomar banho, o macho guloso aproveitou que eu tava sozinho, voltou pra sala e não conteve a curiosidade. Ele teve que retomar o mesmo assunto de antes.

- Fala a verdade, Ito. Tu gosta mesmo de dar o cu? – me testou.

- Adoro. Amo, faço com gosto e bem feito. – não enrolei na resposta.

- Mas tu dá no talento? – ele afofou a pedreira na roupa.

- Quem comeu nunca reclamou. Inclusive, muitos repetiram o prato.

- E dá sem manha ou é desses que fica de frescura?

- Dou pra fazer o cuzinho de xota. Gosto quando o macho se abre em cima de mim e me deixa de perna bamba. Pra me fazer de fêmea, só paulada no cuzinho. É isso que você quer ouvir de mim?

A piroca dele deu um pulo quando eu falei. O cacetão ficou de pé no moletom, Eric olhou pro próprio colo e em seguida me encarou.

- E esse cuzinho aí é gostoso mesmo ou tu tá só vendendo teu peixe?

- Só tem um jeito de você descobrir... – joguei no ar.

Ele deu outras pulsadas, não se contentou e arrematou o papo.

- E será que tu aguenta tranco? – a pegada que o trintão deu dessa vez foi a mais prepotente de todas e ele fez pra me hipnotizar.

A cabeça da pica marcou no tecido de algodão, ele não conseguiu segurar ao redor da peça por culpa da largura exagerada, meu cuzinho latejou e eu quase sentei de lado, de tão piscante que fiquei.

- Você ainda pergunta se eu aguento tranco?

- Sei lá, porra. Tu é boiola, boiola é tudo fresco.

- Se é isso que você acha... Só lamento. O que importa é que eu sei que me garanto. Não sou essas paulistas ralés que você deve comer quando viaja. Elas dão o cu?

O filho da puta não respondeu, ficou com vergonha de dizer que não. Era um fodido, um morto de fome, um cara que se dizia varão, pagava de marido exemplar, mas passava a mulher pra trás só porque não controlava a carne que o pau comia. História de novela? Não, vida real mesmo. E não canso de lembrar: o mesmo desgraçado que implicou com a minha sexualidade na nossa adolescência e que mandou a namorada se afastar de mim. Tanto moralismo, tantos achismos e machismos, pra chegar na minha frente dez anos depois, morder a boca e ficar de rola em pé com os meus relatos sodomitas.

- Tô entendendo. Não tem cu em casa, não arranja cu na rua e precisa apelar pro amigo viado da mulher. O mesmo amigo viado que você odiava no passado. Como é ser escravo do vício e do tesão, Eric? Seu orgulho deve ser uma merda, pra ter que dar em cima de mim assim. – a semente de ressentimento plantada no meu estômago germinou.

- Olha a boca, Ito. Tu tá na minha casa, eu que mando aqui. Fala baixo.

- Seu negócio é mandar?

- Não é que é meu negócio, é que tu é bicha e eu sou hétero. Existe uma hierarquia clara entre nós: eu mando e tu obedece, entendeu? – seu jeito ditador e ao mesmo tempo pacato de dar ordens me seduziu.

- E você acha que vai mandar em mim igual manda na Paty?

- Eu não acho. Eu mando. Mandei tu contar que deu o cu e tu contou. Mandei minha mulher te chamar e ela chamou, tu veio. Tá aqui na minha frente agora. É assim que funciona, é assim que eu tô acostumado. Quer ver? – ele apoiou os cotovelos pra trás no sofá, cruzou as pernas na mesinha de centro e apontou pra cozinha. – Vai lá encher meu copo, tô com sede. Anda, bicha.

Meu cérebro disse não, mas o corpo acatou os desejos do maridão alfa, eu enchi a taça pra ele beber e o sem vergonha bebeu me olhando, rindo de orgulho por ter encontrado a cadela perfeita pra adestrar. Paty tomando banho, Eric me colocando de joelhos no chão da sala e jogando várias cuspidas cheias na minha boca, numa explícita demonstração da tal hierarquia na qual ele acreditava.

- Tá pensando que eu vou fazer tudo que você mandar? – fiz manha.

- Vai, claro que vai. Como dois e dois são quatro. Tu sabe que quer me obedecer, baitola. Aliás, tu vai fazer o seguinte...

O macho da varoa salvou meu contato no celular, avisou que ia me chamar dentro de alguns dias e eu senti muito tesão com a maneira sorrateira e sigilosa dele de pular a cerca. Pra ser sincero, às vezes eu parava pra pensar e nem acreditava que estava de conversinha fiada com o escroto do Eric, a ponto de ele me seguir no Instagram só pra curtir minhas fotos empinando o rabo e bronzeando o lombo na praia. O cara era adúltero de verdade, daqueles maridos infiéis que traem até quando a esposa tá grávida. O auge da falta de limites e do mau caráter.

Menos de uma semana depois, a mensagem dele chegou e eu cedi, fiz tudo conforme o combinado. Raspei a bunda, dei aquela limpeza geral pra ficar cheiroso e lisinho, vesti a fio dental vermelha e fininha socada no cu, depois destranquei o portão de casa, deixei a porta da sala encostada e apoiei o celular em cima da escrivaninha. Apaguei a luz do quarto, empinei de quatro na beira da cama, arreganhei a bunda e aguardei um minuto, dois,minutos, o tempo passando e nada, até que me senti idiota e cansei de esperar. Foi quando ouvi o barulho da porta rangendo e o som dos passos pesados no chão do quarto engatilhou meu cuzinho, botou minhas pregas pra piscar.

- Ainda não acredito que vou fazer isso. Dar pra você. – eu ri.

- Sssh. – ele calou minha boca com a mão. – Não fala, só sente.

Eu só sabia que era o Eric porque reconheci a voz e seu jeito clandestino de se portar. De quatro eu estava, de quatro permaneci, e essa posição aberta proporcionou um contato íntimo maior e mais intenso entre nós dois. Sabe o que é você dar o cuzinho sem nem chegar a ver o tamanho da piroca que tá dentro dele? Só com o macho da minha amiga eu poderia ter vivido uma experiência sexual dessas. O látex do preservativo pincelou nas pregas, o inchaço da caceta estacionou no meu cuzinho e o único trabalho do varão infiel foi o de arrastar a fio dental pro lado e jogar o peso do corpo sobre meu lombo.

- Mmmm... – gemi manhoso, mas a mão continuou me impedindo de falar.

- SSSSS! – ele também não verbalizou, apenas latejou o nervo no meu buraco.

Quando achei que já tinha ido tudo, o safado levantou um pouco, ajeitou o quadril e terminou de enterrar o resto do caralho furico adentro, disparando mil e uma fagulhas e arrepios por todo o meu corpo. A quentura do fogo subindo dos pés pra cabeça me fez suar no início da penetração, especialmente por causa da largura da piroca. Levando em conta o ardor que senti, Eric tinha um pau contido no comprimento, mas inescrupuloso na grossura e com a uretra de dimensões monstruosas. Não é à toa que eu tive que respirar fundo e me concentrar durante um bom tempo pra relaxar e abrir o caminho pra ele.

- Pisca o buraco pra eu entrar, pisca? – falou baixinho e calmo atrás de mim, nem parecia que tava me amassando na pica.

- Hmmm! – fiz o que ele mandou e fui empalado de fora pra dentro, praticamente revirado do avesso por uma caceta grossa de 17cm.

Depois que entrou, o trintão mexeu pros lados, terminou de me alargar no talo da jeba e mais uma vez despachou o peso do corpo em cima de mim, me cobrindo e se permitindo chegar cada vez mais longe com a piroca na minha bunda. Quando se deu conta de que eu aguentava tudo e mais um pouco, Eric travou os braços nos meus, enroscou as pernas nas minhas e me dominou de bruços, enquanto forçava a cintura e fazia a cama ranger.

- FFFFF! – seus grunhidos e rosnados sussurrados me instigaram e eu brinquei de massagear a marreta nas piscadas.

Quanto mais eu pensava que já tava recheado de piru, mais o pilantra arranjava pau pra socar em mim. E você acha que eu arreguei? Não mesmo, nunca. Vi nosso reflexo no espelho do armário, a imagem daquele maridão sodomita sorrindo no meu cangote me pegou e eu tremi dando a bunda, confesso. Não é todo dia que um valentão tirado a homofóbico deixa a imagem conservadora de lado e degusta um cuzinho de viado no sigilo, então eu relaxei, aliviei bastante o esfíncter e deixei ele livre pra macetar sem dó.

- AAAHNN! Rola grossa da porra! Soca, macho, acaba comigo! – consegui dizer.

- Mandei ficar calado, não escutou!? GRRR! – ele tornou a me calar e empurrou pra rasgar, furioso por eu ter desobedecido.

- Me obriga! – taquei fogo.

- O que foi que tu falou? – ele apertou minha nuca e achou que eu ia afrouxar, só que eu fui além.

- Perguntei se meu cuzinho tá mais quente que a xota da Patrícia. Será?

- TÁ MALUCO DE TOCAR NO NOME DA MINHA MULHER, SEU MERDA!? TU É UM MERDA! FILHO DA PUTA! – a mão me enforcou, ele investiu o quadril com ódio pra tentar machucar meu cuzinho, mas era exatamente disso que eu precisava.

- ATÉ QUE ENFIM! AGORA ESTAMOS FALANDO A MESMA LÍNGUA! ME DÁ SUA RAIVA, MACHO! SE FOSSE PRA GANHAR CARINHO, EU TRANSAVA COM A PATY, NÃO COM O HOMEM DELA! HAHAHAH!

- VAI TOMAR NO TEU CU, RAPÁ! TÁ PENSANDO QUE TÁ FALANDO COM QUEM!? – a velocidade cresceu, as molas da cama rangeram e eu quase afundei no colchão, tamanha a ira do Eric em querer desparafusar meu cu.

- TOMARA! TOMARA QUE EU TOME NO CU MESMO, É O QUE EU TÔ QUERENDO! ME RASGA, SEU CANALHA! CAFAJESTE! ADÚLTERO, TRAIDOR! É PRA FODER MEU CUZINHO, NÃO É PRA FAZER AMOR COMIGO, NÃO! AHAUHA! ISSO, DESGRAÇADO! MALDITO! SEU SUÍNO! NUNCA FUI COM A TUA CARA, SABIA!? EU SEMPRE SOUBE QUE VOCÊ NÃO VALE NADA!

- EU TAMBÉM NUNCA FUI COM TEUS CORNOS, VIADINHO! DETESTO BICHA, GOSTO NEM DE FICAR PERTO! OLHA O QUE ACONTECE QUANDO FICO MUITO TEMPO PERTO DE VIADO! OOORGH, SSSSS!

Ele enfiava tudo, me olhava transtornado e parecia que sua única solução possível pro nosso conflito era ver a piroca sumir no meu cuzinho. Vamos combinar que o sujeito tem que ser muito pilantra, muito desgraçado e vigarista pra dizer que é evangélico, largar a mulher grávida em casa e ir atrás de cu na rua, né? Como pode um fetiche sexual apodrecer uma família, uma história de vida? É que a carne é fraca. E quando o homem pensa com a cabeça de baixo, o resultado é...

- MINHA VONTADE É RASGAR A CAMISINHA E TE ENCHER DE LEITE, VIADO DO CARALHO! BICHONA! BAITOLA, CU QUENTE!

- ENTÃO TIRA, DUVIDO! VOCÊ NÃO É HOMEM A ESSE NÍVEL! – não respondi por mim daí pra frente.

Virei um poço de prazer, saí do meu corpo e me vi em terceira pessoa, de tão surreal a ebulição masculina naquele quarto. Eric não levou nem cinco segundos pra remover o preservativo, cuspir na cabeça da pica e me penetrar no pelo, do jeito que a luxúria pede. Só é pecado consumado se...

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