Caralho, acho que tava ficando louco mesmo. Cinco meses. Cinco meses de puro inferno, vigiando cada passo, cada olhar, cada risada entre Clara e Lucas. Eu vivia com um nó na garganta, esperando o momento em que ia pegá-los, provar que minha mulher tava me traindo com meu próprio filho. Mas nada. Absolutamente porra nenhuma. Beijinhos no rosto, abraços demorados, piadas na cozinha tudo normal, tudo como sempre foi. Mãe e filho, grudados, mas sem nenhum sinal de algo além. Minha cabeça, que antes via traição em cada sombra, finalmente começou a ceder. Tá na hora de deixar essa merda pra trás, Otávio.
Não foi de uma hora pra outra. No começo, a dúvida era uma faca cravada no peito. Cada noite, deitado ao lado de Clara, o calor do corpo dela contra o meu, o perfume floral me envolvendo, eu imaginava ela com ele. A buceta molhada, os gemidos que eu inventava, o jeito que ela poderia se entregar pra ele. E, pior, uma parte de mim uma parte doente, que eu odiava queria que fosse verdade. O tesão de pensar naquele pecado, naquele proibido, me deixava duro, mesmo com a culpa me esmagando. Mas, depois de meses sem nada, sem flagras, sem provas, comecei a acreditar: era o estresse. O trabalho na construtora, as noites em claro, a pressão de ser o provedor. Eu tava vendo coisa onde não tinha.
Tentei mudar. Chegava mais cedo do trabalho, levava Clara pra jantar, fodia ela com uma fome que não sentia há anos. Ela gemia pra mim, “Porra, Otávio, me fode assim”, as unhas cravando nas minhas costas, e eu me perdia no calor dela, tentando apagar Lucas da cabeça. Ele ainda me irritava, com aquele sorriso torto e o jeito de orbitar ela, mas eu engolia. Era meu filho. Minha mulher. Minha família. Tava na hora de voltar ao normal.
Era uma quinta-feira, cinco meses depois de toda aquela paranoia. Avisei Clara que ia chegar tarde, uma reunião com um cliente mala que queria rediscutir um contrato de obra. “Tá bom, amor, se cuida”, ela disse pelo telefone, a voz doce, com aquele tom que ainda me fazia querer arrancar o vestido dela. Mas, em cima da hora, o cara desmarcou. Um e-mail seco, “Otávio, remarcamos pra semana que vem”. Fiquei puto o cliente era um babaca, mas também aliviado. Foda-se, vou pra casa.
Cheguei na mansão por volta das sete, o céu escuro, o cansaço pesando nos ombros como um saco de cimento. Estacionei na garagem, a cabeça no automático, sem pensar em vigiar, em flagrar, em nada. Só queria um uísque, um banho quente, e talvez meter em Clara até esquecer o dia. Entrei pela porta da frente, o silêncio da casa cortado por vozes abafadas vindo do andar de cima. Clara e Lucas, no nosso quarto. Normal, pensei. Ela vivia chamando ele pra conversar, mostrar alguma roupa nova, sei lá. O som era baixo, quase um murmúrio, mas tinha algo... diferente. Uma intimidade que fez meu estômago embrulhar.
Subi as escadas, a bolsa no ombro, os sapatos rangendo no piso de madeira. O cansaço me deixava lento, mas quando cheguei na porta do quarto, entreaberta, parei. A voz de Clara, suave, melíflua, cortou o ar. “Você tá ficando cada vez mais lindo, meu amor”, ela disse, e ouvi o som de um toque, como se ela tivesse passado a mão no rosto dele. “Tô tentando, mãe”, Lucas respondeu, a voz grave, com um toque de provocação. “Quero te impressionar.”
Meu coração deu um pulo. Que porra é essa? Fiquei parado, a mão na maçaneta, o corpo travado. O cheiro do perfume dela, aquele floral com um toque de baunilha, vazava pela porta, misturado com algo mais pesado, mais cru o calor dos corpos, talvez. “Você sempre me impressiona”, ela disse, rindo baixo, e ouvi o som de um estalo, como se ela tivesse dado um beijo leve, talvez na bochecha. Ou não. “Sério, Lucas, tava morrendo de saudade de ficar assim com você.”
“Saudade, é?”, ele retrucou, a voz mais baixa, mais rouca. “Achei que meu pai nunca ia te largar, mãe. Ele tava grudado esses meses. Ele tem te comido?” Ouvi um suspiro dela, seguido de um risinho. “É, ele tá tentando, né? Mas você... você é diferente, meu menino.” Outro som, um roçar de tecido, como se ela tivesse se aproximado, o colchão rangendo levemente. “Me diz, o que você quer hoje?”, ela perguntou, a voz carregada, quase um sussurro.
Porra, não. Meu pau tava duro, pulsando na calça, contra toda lógica. Eu devia abrir a porta, ver o que tava acontecendo, mas meus pés tavam grudados no chão. A bolsa escorregou do ombro, quase caindo, “Quero você, mãe. Como sempre. Tem certeza que hoje é seguro?” E então, o som que me fez tremer: beijos. Molhados, urgentes, o estalo de lábios se encontrando, um suspiro abafado dela, como se ela tivesse se entregado.
“Tenho sim meu amor, ela gemeu entre os beijos, a voz tremendo de tesão. “Tava com tanta saudade da tua boca.” Outro beijo, mais profundo, seguido do som de roupa sendo tirada o farfalhar da seda, o estalo de um cinto batendo no chão. “Você é tão perfeito, meu amor”, ela sussurrou, e ouvi o som de pele contra pele, um gemido baixo dela, “Toca aqui, vai.” Ele grunhiu, “Porra, mãe, você tá molhada pra caralho.” O som molhado, rítmico, de dedos ou algo mais, encheu o ar, junto com o cheiro de sexo que agora pesava, misturado com o suor e o perfume dela.
Eu tava em choque, o coração disparado, o estômago embrulhado. Eles tão fodendo. Na minha cama. Minha mulher e meu filho. Devia ter escancarado a porta, gritado, acabado com tudo. Mas, caralho, o tesão era mais forte. Minha mão foi pra calça, abrindo o zíper, o pau duro implorando. Encostei na parede do corredor, o papel de parede áspero contra as costas, e comecei a me masturbar, lento, enquanto ouvia.
“Me fode, Filho, por favor”, Clara gemeu, a voz doce, desesperada. O som do colchão rangendo, os estalos de pele, o ritmo acelerando. “Você é minha, mãe, sempre foi”, ele disse, a voz grave, quase possessiva, seguida de um tapa leve, talvez na bunda dela. Ela riu, um riso sujo, “Isso, meu menino, bate na tua mãe.” Imaginava ela de quatro, a camisola jogada no canto, a bunda empinada, a buceta brilhando de tão molhada. Lucas atrás, o pau duro metendo fundo, as mãos grandes apertando as coxas dela, o suor pingando do peito dele. O cheiro de sexo enchia o quarto, o calor dos corpos, os lençóis suados embolados.
“Mais forte, meu amor”, ela pediu, e ouvi o som molhado ficando mais rápido, os gemidos dela subindo, “Porra, você me enche tão bem.” Ele grunhiu, “Goza pra mim, mãe, mostra que é minha.” Minha mão tava frenética no pau, o coração na garganta, a culpa me rasgando. Otávio, você tá deixando eles foderem e tá gozando com isso. Imaginava os peitos dela balançando, os mamilos duros, o mel escorrendo no colchão, o olhar dela perdido no tesão. “Eu te amo, Lucas”, ela gritou, a voz quebrando, e ele respondeu, “Te amo, mãe, goza pra mim.” O som de um orgasmo, os dois gemendo juntos, me levou ao limite. Gozei na mão, o corpo tremendo, o corredor escuro girando, o suor escorrendo pela nuca.
O silêncio caiu, só respiração pesada agora, um murmúrio baixo. “Você é tudo pra mim”, ela disse, tão baixo que quase não peguei. Ele riu, “E você pra mim, mãe.” Minha cabeça tava um caos. Raiva, tesão, culpa tudo misturado. Queria entrar, confrontar, mas e se... e se eu tivesse imaginado de novo? Não. Eu ouvi. Os beijos, os gemidos, as palavras. Era real. Ou era?
Peguei a bolsa, desci as escadas em silêncio, os joelhos fracos. Saí pra garagem, o ar frio da noite batendo no rosto, o cheiro de couro do carro misturado com meu próprio suor. Sentei no banco, o pau ainda meia-bomba, a cabeça girando. E agora? Podia voltar, fingir que cheguei agora, confrontar ela. Ou podia deixar, fingir que não sei, e continuar nesse jogo doentio. Uma coisa eu sabia: o que ouvi atrás daquela porta mudou tudo. E, caralho, uma parte de mim queria ouvir de novo.