Família Fodida - Parte 10: Eu e Meu Pai Entupimos Minha Tia de Porra

Da série Família Fodida
Um conto erótico de Allan Grey
Categoria: Heterossexual
Contém 6798 palavras
Data: 03/06/2025 22:27:28

O sangue parecia zunir nos meus ouvidos. Minha mão tremia, não sei se de tesão, nervoso ou puro colapso mental. Eu me posicionava, meio que no automático, enquanto meu pai, desgraçado, não calava a boca.

— Vai, porra... não me decepciona, não. Mostra que não puxou aquele banana do teu tio. Aqui, a gente faz direito. — disparou, com aquele sorriso de quem se diverte vendo os outros derreterem.

Patrícia tentou rir — mesmo com a boca completamente entupida — e aquele som abafado, vibrando contra aquele pau, foi como um estalo dentro da minha cabeça. Quase me fez perder o equilíbrio.

O jeito como ela me olhava, mesmo com a boca cheia... Meu Deus. Era um olhar que dizia sem dizer: “Anda, me fode. Me usa. Me mostra que você não é só um moleque olhando.”

E eu fui. Sem pensar. Sem freio. Me abaixei atrás dela, puxei o biquíni pro lado, e meu pau entrou praticamente sozinho.

— Isso... isso, caralho... — rosnei, segurando tão forte os quadris dela que meus dedos ficaram brancos. — É isso que você queria, né? Fala pra mim, porra.

Ela arqueou inteira, o corpo tremendo, gemendo com a boca ocupada, mas os olhos cravados nos meus. Um olhar de rendição total. Um olhar sujo. Um olhar que dizia: “Sim... era exatamente isso. Me arrebenta.”

O calor. O aperto. A sensação dela me sugando pra dentro como se quisesse me desmontar, me desmanchar ali mesmo. Perdi qualquer traço de sanidade.

Meu pai soltou uma risada baixa — aquela risada que perfura. Que humilha. Que te deixa menor e mais desesperado ao mesmo tempo. Bateu de leve na bochecha dela, com aquele tom nojento de quem comenta um espetáculo.

— Olha essa cena... — balançou a cabeça, sorrindo. — O moleque tá pegando gosto. Tá vendo, Patrícia? Eu falei que esse garoto tinha mais testosterona no pau do que seu marido tem no corpo inteiro. Tá aprendendo direitinho.

Ele ajeitou o quadril, empurrou mais pra frente, enfiando fundo na garganta dela, até ela engasgar feio, babar, tossir, e mesmo assim não desgrudar aquele olhar miserável dos meus olhos.

— E pensar... — ele continuou, me encarando com aquele olhar cortante. — Que ela vivia me choramingando que aquele corno não dava conta. Olha aí, agora tem dois. Tá reclamando, Patrícia? — bateu de novo no rosto dela, de leve, como quem doma um bichinho. — Não, né? Tá era feliz. Olha só essa boca. Olha esse rabo empinado. Tá no paraíso.

Ela tentou rir. Tentou. Mas aquele som abafado, com a boca afogada, só me deixou mais transtornado. Era quase humilhante. Quase cruel. E, puta que pariu, como isso me fazia perder qualquer noção de limite.

Apertei mais forte os quadris dela, quase arranhando a pele, sentindo o quanto aquele aperto me fazia vacilar, perder a linha, querer meter até não sobrar ar.

Meu pai segurou mais firme a cabeça dela, forçando, afundando mais. O som do engasgo, da baba escorrendo, do estalo dos corpos... parecia ecoar dentro do meu crânio, como se não existisse mais nada no mundo.

E mesmo assim ela não parou. Como se aquilo... fosse exatamente onde ela deveria estar.

— Isso... Isso, porra... — grunhi, batendo forte, quase rosnando. — Toma. Toma essa porra toda... é isso que você queria, não é?

Meus dedos afundaram na carne dela. Puxei com força, espalmando aquela bunda como se fosse minha. O estalo da pele batendo foi tão alto, tão obsceno, que pareceu explodir dentro da minha cabeça. Alto. Sujo. Delicioso.

Claro... ele não ia deixar barato.

— Ô, ô… pega leve aí, campeão. — riu, mas com aquele tom meio cínico, meio sério, meio te testando. — Quer deixar o número do teu RG tatuado na bunda dela, é?

Senti meu rosto queimar na mesma hora. Vermelho até a raiz. As mãos tremendo, o corpo duro, e um riso nervoso escapou antes que eu conseguisse pensar.

— Ué... o marido dela não sabe? — soltei, na defensiva, tentando parecer mais seguro do que realmente tava.

Ele revirou os olhos, impaciente, como quem explica coisa óbvia pra quem não entende.

— Saber, ele sabe. — deu aquele puxão leve nos cabelos dela, só pra marcar presença. — Mas, porra... esqueceu que amanhã ela vai tá de biquíni na praia? — balançou a cabeça, sorrindo torto, carregado de deboche. — E aí? Como é que tua tia vai explicar pra tua mãe a bunda dela toda marcada, hein? Me diz.

Foi aí. Aquele segundo. Aquele olhar.

Ela levantou os olhos. Boca completamente cheia. Olhar absolutamente sujo. Cheio de malícia. De desafio.

— Ah... deixa o Miguel aproveitar, vai... — a voz dela escapou arrastada, rouca, atravessando o espaço entre as pausas do que fazia com ele. — Eu gosto assim... depois eu me viro. Eu sei disfarçar.

E arqueou. Como se dissesse “Toma... é teu. Faz direito.” A bunda empinada, jogada pra mim como um presente proibido. Como se ela me desafiasse a não segurar o tranco.

Meu corpo respondeu no mesmo segundo. Meu quadril bateu com mais força, mais seco, mais fundo. Uma fome que não tinha nome.

Ela segurava minha coxa com uma mão, apertando como quem se ancora, e com a outra puxava meu pai, como se ela mesma comandasse aquele circo de insanidade.

E quando ela me lançou aquele sorriso torto... aquele sorriso indecente, carregado de deboche, como se dissesse “Olha o que você tá fazendo comigo... olha onde você tá metido”, eu simplesmente perdi qualquer rastro de controle.

Respirei fundo. Tentei segurar. Mas sabia. Sabia que aquele momento não era só físico. Não era só meter. Era uma guerra invisível. Uma batalha de vontades. De posse. De domínio.

Ou eu me afirmava ali... ou me perdia pra sempre.

Ela apertou minha mão com força. Um aviso. Um comando. Um “Vai.”

O corpo dela queimava. O calor dela me puxava. O sabor da boca, da pele, da carne... tudo me jogava pra dentro daquele fogo.

— Vai, Miguel... — o sussurro dela arranhou meu ouvido, rouco, urgente, sujo. — Me mostra... me mostra do que você é capaz.

Acabou. Me entreguei. Solto. Selvagem. Sem medo. Sem trava. Sem freio.

E era força. E era raiva. E era prazer. Tudo junto. Misturado. No limite do proibido. No absurdo.

Os quadris dela se chocavam nos meus. Forte. Rápido. Desesperado.

Cada movimento era uma provocação. Um grito mudo dizendo “Me fode mais. Me quebra. Me leva.”

E ela, desgraçada... ainda chutava meu pai. O olhar brilhando, selvagem, sujo, faminto. Me puxando. Me apertando. Me levando pro fundo junto com ela.

E ele... ele não calava. Não deixava passar.

— Tá vendo, moleque? — a voz rouca, suja, pesada de malícia. — Essa bocetinha aqui... isso aqui é fogo puro, irmão. Gruda em dois e não cansa. — riu, balançando a cabeça, cheio de escárnio. — O corno? Coitado... tá lá, roxo de raiva... e a gente aqui... fazendo a festa no que era dele.

Engoli em seco. Meu pau pulsava. Inchado. Duro. Firme. Ela me apertava tanto que parecia que ia sugar até minha alma. A respiração disparada. O suor escorrendo. O cheiro dela impregnado em mim. O gosto dela ainda na minha boca.

Era insanidade. Era vício. Era doença. E eu não queria sair disso.

— Aguenta, Patrícia? — ele perguntou, e não era carinho. Era provocação. Era humilhação. — Porque essa é tua vida agora, mulher. Ser fodida. Até não aguentar mais. Até entender que é isso que você merece... depois de anos reclamando do corno, olha onde veio parar.

Ela soltou aquele suspiro longo. O corpo inteiro se arqueando, pedindo mais, pedindo tudo.

— Aguento, sim. — a voz dela saiu rouca, rasgada, quase um gemido. — Eu quero. Quero mais.

O som da nossa respiração, os gemidos dela, os comentários sujos dele... tudo misturado. Tudo pulsando no mesmo ritmo.

E eu... eu já não pensava. Eu era só corpo. Só instinto. Só fome.

Cada puxão. Cada soco de quadril. Cada tapa. Cada mordida.

Pedro me olhou de lado. Aquele sorriso. Aquele olhar.

— Vai, moleque... mostra que é homem. Mostra pra ela. Não deixa essa boceta esperando, não... senão ela corre pro meu pau de novo. — e deu aquela risada. Aquela risada que não era só deboche. Era um aviso. Uma ameaça velada. Uma lembrança de que o jogo nunca foi meu.

Fechei os olhos. Respirei fundo. Deixei o fogo me consumir inteiro.

Ela tava curvada no sofá. Boca cheia — e não era força de expressão.

Chupava ele como quem mama vida, como quem não quer largar nunca.

E eu... eu metia nela. Por trás. Firme. Fundo. Forte.

Segurava aquela bunda absurda, sentindo cada centímetro da boceta abrir pra mim. Quente. Molhada. Apertada. Me engolindo.

Deus. Eu tava no limite. No fio da navalha entre “goza logo, caralho” e “segura mais um segundo, miserável.”

Foi aí que, sem aviso, meu pai puxou ela pela raiz dos cabelos. A boca dela se soltou do pau dele com um estalo molhado — aquele tipo de som que, juro por Deus, vai me perseguir pro resto da vida. Ele deu dois tapinhas no rosto dela. Nem fortes, nem carinhosos. Precisos. Feitos pra lembrar quem é que manda.

— Tá bom, querida — a voz dele veio arrastada, cheia de escárnio. — Agora é minha vez de te arrebentar.

O olhar dele virou pra mim. Frio. Cirúrgico. Quase dava pra ouvir o estalar imaginário dos dedos dele me chamando.

— Senta aí, Miguel. No sofá. — Um sorriso torto se abriu no rosto dele. — Agora é tua vez de ser montado.

Nem pensei em discutir. Só fui. As pernas meio bambas, o peito disparado, o pau latejando como se fosse explodir. Quando me joguei no sofá, percebi que meu short já tinha sumido em algum universo paralelo — e meu pau saltou pra fora, grosso, pulsando, com aquela veia inchada que parecia querer rasgar a própria pele.

E o jeito que ela me olhou… puta que me pariu. Aquilo não tem vídeo pornô no planeta que chegue perto. Era um olhar que dizia “você é meu agora”, mas também “e nem pense que controla isso”.

Meu pai segurou ela pela cintura, virou-a de frente pra mim, e lançou aquele sorriso que só canalha experiente sabe dar — uma mistura de deboche e promessas sujas.

— Vai, sobe nele. — E completou, olhando pra mim como se jogasse gasolina na fogueira. — Fica aí quieto. Eu ainda tô bolando um negócio especial… pra vocês dois.

Ela nem piscou. Segurou meu ombro, jogou uma perna de cada lado, e foi descendo — lenta, absurdamente lenta. A mão dela guiava meu pau como quem encaixa uma chave numa fechadura proibida. E quando a cabeça entrou... meu corpo inteiro tremeu. Ela desceu mais, até me engolir inteiro. Apertada. Quente. Molhada de um jeito quase criminoso. Como se meu pau tivesse sido moldado exatamente pra ela.

O gemido dela subiu rouco, grave, cortando o ar pesado daquele cômodo. Cabeça jogada pra trás, olhos semicerrados, boca entreaberta. Uma visão que podia muito bem me enterrar ali mesmo.

— Caralho... — escapou da minha boca, rouco, quase sem ar.

Ela riu. Aquele riso sujo, que vem junto com uma mordida no lábio inferior e um olhar que te atravessa. Segurou meu rosto com uma mão firme, apertando minhas bochechas, me obrigando a olhar direto nos olhos dela enquanto começava a cavalgar. Lento. Insistente. Como quem quer me quebrar por dentro.

— Você gosta, né? — a voz veio baixa, rouca, com aquele tom entre deboche e promessa. — Gosta de me ver assim... — Desceu até o final, esmagando meu pau lá dentro, e subiu de novo, torturando. — ...montada em você... sendo tua. Mas sabendo que nunca vai ser só tua.

A respiração dela queimava na minha pele. As unhas cravavam nos meus ombros. E cada descida dela fazia meu corpo inteiro gritar entre o prazer bruto e uma urgência que beirava o desespero.

E ali, entre ela e meu pai, percebi... eu não tava só transando. Eu tava sendo moldado. Destroçado e remontado por eles. E, por Deus, eu queria mais.

Meu pai não só assistia. Nem fodendo. Ele tava ali, em pé, atrás dela, segurando firme a própria base, como quem escolhe onde vai começar a destruir primeiro. O olhar dele... era fome, era posse, era pura selvageria prestes a vazar pela pele.

— Gostosa, né? — rosnou, ajeitando-se, a voz seca, arranhada. — Quentinha... bem molhada... e, olha... nem começamos de verdade ainda.

E, por Deus... eu acreditava nele. Acreditava com cada célula do meu corpo. Porque bastou ela começar a rebolar na ponta — bem na ponta — girando o quadril devagar, apertando minhas coxas com aquela bunda absurda, que eu soube, sem sombra de dúvida, que tava completamente ferrado. E, puta que pariu... feliz por isso.

O som dos estalos — pele contra pele, carne contra carne — já parecia fazer parte da mobília, do oxigênio, da estrutura da casa inteira. Aquilo não era mais só sexo. Era um ritual. Era profanação.

Afundado no sofá, eu só conseguia apertar as coxas dela, quase cravando os dedos na carne, olhando — não, venerando — aquele corpo absurdo se movimentando sobre mim. Patrícia. Minha tia. A mesma mulher que, segundos antes, parecia tão inalcançável... agora tava ali, montada em mim, os seios balançando na minha cara, os cabelos grudando na testa, a boca meio aberta, as sobrancelhas levemente franzidas — como quem mistura tesão com raiva, com fome... com alguma coisa que nem sei nomear.

— Olha só... — A voz do meu pai veio cortando o ar, seca, baixa, rouca, feito uma lâmina arranhando ferro. — Se não é a putinha da família... mostrando serviço.

Ele tava ali, de pé, uma mão enroscada nos cabelos dela, puxando de leve, a outra passeando preguiçosamente pela própria virilha, batendo de leve na própria base, como quem avalia o próprio troféu, decidindo por onde começar a destruir.

— E você, moleque? — cutucou meu ombro, sorriso torto, olhar de predador. — Tá gostando, né? Tá vendo como é que se doma uma mulher de verdade?

Respondi com um som rouco, meio gemido, meio risada cínica, enquanto sentia as unhas dela apertarem ainda mais minhas coxas. Ela descia até o talo, afundando, me espremendo inteiro dentro, e subia de novo, me arrancando qualquer sanidade.

— Aham... — arquejei, com um sorriso torto, sujo, suando frio. — Acho que... aprendi direitinho.

— Aprendeu, é? — Ele riu curto. Um som baixo. Perigoso. — Então mostra. — E puxou a cabeça dela pra trás, forçando-a a me encarar. — Mostra pra ela como homem de verdade faz.

Ela cravou as unhas no meu peito, jogou o cabelo pro lado e desceu com tudo. Pesado. Brutal. Um gemido grave, arranhado, escapou da garganta dela, junto com um morder descontrolado no próprio lábio.

— Isso... — arfou, com aquele olhar que parecia me atravessar. — Me mostra...

E aquele olhar... aquele olhar me destruiu. Era desespero. Era fome. E era mais. Era indecente. Era rendição e desafio no mesmo olhar. Como se dissesse: “Me destrói... se você for capaz.”

Meu pai riu baixo. Um riso cheio de veneno, caminhando lentamente ao redor de nós, como uma sombra prestes a morder.

— Coitado do corno... — balançou a cabeça, debochado, batendo o pau contra a própria mão, fazendo aquele som seco, sujo. — Achou que teria que dividir essa bucetinha só comigo... Mal sabe que o meu filhão aqui também entrou no jogo.

Ela gargalhou. Gargalhou engolindo o próprio gemido, apertando meu rosto com as duas mãos, me obrigando a olhar pra ela, como se quisesse me tatuar na íris.

— É... — arfou, quase mordendo as palavras. — E vocês acham que eu não mereço? — o quadril dela desceu, girando, me esmagando dentro dela — Depois de anos ouvindo “tô cansado”, “hoje não”, “amanhã a gente vê”...

— Merece. — Pedro rosnou, afundando os dedos nos cabelos dela, puxando firme, forçando-a a arquear as costas. — E vai ter. — Olhou pra mim, sorriso cínico, olhar pesado. — Vai ter até aprender... a não abrir mais essa boca pra reclamar.

Ela cavalgava como quem queria me quebrar no meio. Rápido. Fundo. Girando aquele quadril absurdo como se estivesse me desenroscando de dentro pra fora. Meus dedos escorregavam nas curvas dela — coxas, cintura, quadris — apertando, puxando, segurando qualquer pedaço, qualquer âncora, qualquer chance de não desabar. Mas não tinha salvação. Tava me levando pro abismo e sorrindo enquanto fazia isso.

— E aí... — a voz do meu pai desceu grave, suja, quase debochada, tão perto que parecia que ele falava direto com meu pau e não comigo. — Tá aguentando, moleque? Porque essa putinha aqui... — ele passou a mão na bunda dela, dando aquele tapa que não é bem tapa, é mais um aviso — ...não tem fundo, não.

— Descobrindo isso agora... — rosnei, quase sem ar, quase sem controle, cada músculo implorando pra não gozar ali, daquele jeito, naquela cena que parecia arrancada do inferno.

Ela gargalhou, suja, maldita, mordendo os próprios lábios, os olhos brilhando como quem sabia exatamente o efeito que tinha sobre mim — sobre nós.

— Isso... — arfou, jogando a cabeça pra trás, o pescoço esticado, os seios balançando, suados, hipnotizantes. — Me usa, garoto... Me mostra que você também é homem...

Pedro deu mais um tapa, mais forte, e puxou ela pela cintura, quase me enterrando ainda mais nela. — Bora, porra. Vamos mostrar pra ela.

Minhas mãos cravaram nas coxas dela, na carne macia e quente que escapava entre meus dedos, tentando, sei lá, segurar o mundo que tava desmoronando na minha cara. Ela não dava trégua. Subia, descia, girava, apertava, esmagava, como se quisesse me arrancar pela raiz. Eu não sabia mais se respirava, se arfava, se gemia ou se ria da própria desgraça.

E ele, claro...

Ele tava lá. Atrás. De pé. Uma mão no pau, cuspindo na própria mão como quem afia uma ferramenta. A outra... passeava na bunda dela. Avaliando. Medindo. Escolhendo onde e como fazer o estrago.

— Segura firme, meu garoto — a voz dele desceu, cínica, quase paternal, quase carinhosa, como quem ensina a amarrar um cadarço. — Isso aqui... — estalou um tapa seco, forte, que fez a bunda dela tremer — ...é aula prática.

O som da saliva escorrendo na mão dele me fez estremecer. Eu sabia. Sabia o que vinha. E o pior? Parte de mim queria. Queria ver. Queria sentir. Queria viver aquele erro até o fim.

Ele passou a mão cuspida entre as nádegas dela, pressionando, espalhando, preparando. — Abre espaço aí, garoto — rosnou, sem pedir. Era ordem. — A brincadeira tá boa... mas agora vai ficar melhor.

Ela entendeu antes de mim. Sempre entendeu.

Apoiou-se nos meus ombros, arqueou as costas, empinou mais, e abriu aquele sorriso indecente. Sujo. Quase desumano.

— Vai mesmo, né...? — arfou, mordendo o lábio, tremendo, excitada e apavorada na mesma medida.

— Vai. — A voz dele veio seca, sem nem espaço pra dúvida. As mãos seguraram firme na cintura dela, puxando pra frente, me enfiando até o talo nela, esmagando nossos corpos. A outra mão... desceu. Pra aquele outro lugar. Sem dó.

— Ah... — Patrícia engasgou no próprio gemido, os olhos arregalados, as unhas cavando meu peito. — Cês... tão... de brincadeira...

— Brincadeira, não... — Meu pai sorriu torto, deslizando devagar, metódico, cruel, abrindo espaço. — Isso aqui... — apertou mais, empurrou — ...é pra você aprender a parar de reclamar.

Cuspiu na mão de novo. Lubrificou os próprios dedos, deslizou ali, forçando, circulando, empurrando, fazendo ela abrir. E, puta merda... ela tremia. Inteira. As pernas vibrando, o abdômen pulando, os gemidos saindo entrecortados, desesperados, uma mistura suja de dor, tesão e entrega.

— Relaxa, cunhadinha... — ele rosnou, baixo, quente no ouvido dela. — Você aguenta... sempre aguentou.

Senti quando ele encaixou. Devagar. Pressionando. Abrindo. Tomando espaço. Tomando posse. Ela se arqueou toda, um grito engasgado na garganta, tremendo tanto que parecia que ia desabar — se não fosse pelas minhas mãos segurando e pelas dele segurando mais ainda.

— Relaxa, vadia... — ele murmurou, empurrando mais, fundo, forçando mais abertura. — Já tá bem treinada. Sabe direitinho como faz.

Ela só conseguiu gemer, arfando, apertando meu peito, as pernas tremendo, o corpo todo em espasmos.

— Aaaah... caralho... assim... assim... Isso... me arrebenta... — arfou, a voz falhando, sumindo, rachando entre dor e prazer.

Senti cada músculo dela contraindo, pulsando, sugando. Cada maldito milímetro do meu pau era esmagado como se o corpo dela quisesse me engolir, me devorar, me arrancar de dentro pra fora. Era quente. Absurdo. Molhado de um jeito quase pornográfico. Um aperto que beirava o impossível. E, mesmo assim, não era nem metade do que ainda vinha.

As unhas dela cravaram nos meus ombros, rasgando pele, deixando marcas, como se o corpo todo precisasse de algum ponto pra se ancorar, pra não desabar. E foi aí que senti. A pressão diferente. Ele começou a forçar. Por trás. Lento. Milímetro por milímetro. Como se ela tivesse sido feita pra isso. Ou pra ser destruída assim.

Os gemidos dela se misturaram aos meus. Porque, meu amigo… quando senti ela me apertando ainda mais — de um jeito quase sobrenatural — eu quase perdi tudo. Tesão, razão, vergonha, lucidez. Tudo.

— Aguenta... — meu pai rosnou, segurando ela pela cintura como quem doma uma égua selvagem. — Cê vivia dizendo que queria... Pois então, segura agora, vadia.

Ela riu. Uma risada torta. Nervosa. Desesperada. Suja.

— Hah... eu... eu mereço... — arfou. — Mereço... mereço isso...

E, quando ele finalmente entrou... inteiro... cara... o grito que ela deu… aquilo não era som de prazer. Nem de dor. Era uma porra de exorcismo. O corpo dela gritando: “É isso. É exatamente isso que eu sou. Isso que eu precisava. Isso que eu sempre fui.”

Eu olhei pra ele. Depois pra ela. E — juro — uma parte de mim soube, na mesma hora, que eu tava condenado. Que não tinha volta. Que esse era o inferno.

A outra parte?

A outra queria morrer ali. Dentro dela. Sendo sugado. Esmagado. Destruído.

— Caralho... — murmurei, segurando ela pelos quadris, sentindo aquele aperto absurdo, sufocante, molhado, que parecia querer me arrancar junto.

— Isso... — ri, sem saber se era desespero ou êxtase. — Isso é coisa de doente...

Meu pai soltou aquela risada baixa, grave, debochada. Uma risada de homem que não tem mais volta. Que já atravessou qualquer linha possível.

— Bem-vindo ao clube, moleque.

— Isso... — ela começou a se mexer. Devagar. Deslizando. Apertando. — Isso aqui... é o que eu precisava faz tempo...

Ele riu. Curto. Áspero. — Mostra pra ele, Patrícia. Mostra o que você é de verdade. O que você sempre precisou. O que aquele corno nunca te deu. — Balançou a cabeça. — Achava que era homem... — riu. — Mal sabia que você precisava de dois.

Ela tremia inteira. Os gemidos dela pareciam não caber mais na garganta. Segurava nas minhas coxas como quem se segura na beira de um abismo, enquanto ele socava nela por trás. Firme. Cruel. Como se quisesse quebrar a cintura dela no meio.

— Isso, sua vadia... — ele rosnava, a voz rouca, cavernosa, carregada de uma arrogância que me deixava tonto. — Quem te vê assim... acha que é mulher direita... — deu um tapa tão seco na bunda dela que o estalo ecoou pelo cômodo. — Mas olha isso... olha o que você é... uma porra de uma puta. Uma vagabunda.

Ele olhou pra mim. E, cara... aquele olhar... — Olha, moleque. Olha como ela aperta. Como tá sugando nós dois. Como se quisesse rasgar, espremer, arrancar até a alma.

E, juro... não era exagero. Eu sentia cada músculo dela esmagando a gente. Sugando. Cada tremor, cada contração absurda. Como se o corpo dela tivesse sido feito pra isso. Pra ser destruída. Pra ser devorada.

— Ahn... vocês... vocês não prestam... — ela arfava, rindo, jogando a cabeça pra trás, os cabelos colando no rosto suado, no meu peito, na minha boca. — Olha o que vocês tão fazendo comigo...

— Fazendo não. — Segurei o queixo dela, puxei forte, obrigando ela a me encarar. O olhar dela tava perdido. Vazio de moral. Cheio de fogo. — Você quis. Tá aqui porque pediu. Porque implorou. Porque nasceu pra isso.

Empurrei mais forte. Ela mordeu o lábio até quase sangrar, gemendo alto, arfando, tremendo inteira.

Pedro riu. Aquele riso que parece cuspir na cara do mundo. — Tá se saindo bem, moleque... — balançou a cabeça, ainda metendo forte, sem dó, sem pausa. — Tá me orgulhando.

E eu? Eu não sabia se queria socar ele. Ou agradecer. Ou morrer ali.

— Isso... isso... enche... me arrebenta... — ela gemia, jogando a cabeça pra trás, os cabelos chicoteando meu rosto, me cegando, me marcando.

O sofá tremia, rangia, gemia junto. Nossas respirações enchiam o cômodo. O cheiro de suor, de sexo, de pele quente, parecia entrar pelos meus poros. E cada vez que ele socava nela, ela me esmagava mais. E cada vez que ela rebolava em mim, o som molhado, obsceno, parecia rasgar o ar.

— Caralho... — ele arfou. — Olha essa visão... Ela toda cheia... toda aberta... Isso, vadia... sente. Sente cada centímetro... sente rasgar...

— É... — puxei ela pelos cabelos, forçando a olhar pra mim. — E olha só... — puxei mais forte — ela aguenta. Aguenta fácil. Nasceu pra isso.

Ela se contorcia. Mordia meu ombro. Arranhava meu peito. Me chupava. Me apertava. Me sugava. — Mais... — arfava, rouca, com a voz quebrada. — Mais... não para... não... não para...!

E, por Deus...

A gente não parou.

Os movimentos eram simplesmente desumanos. Selvagens. Quase cruéis. Patrícia, ali no meio, sendo aberta, preenchida, dilacerada dos dois lados — arfando, gemendo, tremendo tanto que parecia que ia se desmontar a qualquer segundo. O som dos nossos corpos se chocando era tão molhado, tão imoral, que parecia que o próprio ambiente tava gozando junto. Pele batendo em pele. Suor escorrendo. Gemidos embolados. Cheiro de sexo saturando o ar até quase se tornar sólido, palpável.

— Fala, Patrícia... — meu pai rosnou, cravando os dedos na cintura dela como quem segura um animal tentando fugir — Fala pro moleque... fala o que você precisava... fala que você precisava ser comida assim... por dois... do jeito que só uma putinha merece...

Ela quase rasgou meus ombros com as unhas. As mãos tremiam, agarradas em mim como se eu fosse o último pedaço de sanidade dela — que, sejamos honestos, já tinha ido pro caralho fazia tempo. O lábio inferior dela tava branco de tanto que ela mordia, segurando... nem sei. O grito? A vergonha? Ou o último fiapo de dignidade que ainda teimava em existir ali no meio daquela surra de prazer?

O olhar dela me atravessou como uma facada quente. Uma mistura insana. Luxúria. Desespero. Vergonha. Prazer bruto. Rendição total. E uma pontinha, mínima, quase sádica... de poder.

— Eu... — arfou, a voz falhando, arranhada — Eu precisava... precisava muito... — jogou a cabeça pra trás e gritou. Não gemeu. Não arfou. Gritou. Um som sujo, rasgado, indecente. — Porra... vocês... vocês tão me destruindo... me deixando louca... me fazendo virar... virar uma porra de uma vagabunda!

Dali, jogado no sofá, com ela encaixada em mim, descabelada, suada, completamente desmontada, eu olhei pra frente... e vi. Vi. E aquilo... aquilo me destruiu por dentro. Porque não era só sexo. Não era só tesão. Era outra coisa. Um negócio que mexe com a sua cabeça. Que gruda na tua alma feito mancha de óleo, e nunca mais sai.

Meus olhos subiram, meio sem querer, meio atraídos por uma força que eu nem sabia que existia... e encontrei aquele rosto. O rosto dele. Maxilar travado. Olhos semicerrados. Boca entreaberta, respirando pesado, como um predador em transe. A expressão de quem não tá só metendo. Tá marcando território. Deixando cicatriz. Deixando aviso. Tipo: “Aqui quem manda sou eu.”

E aí, logo abaixo, o rosto dela.

Cara... aquilo não era só tesão. Era uma cena de guerra. Boca semiaberta, arfando, gemendo. A testa franzida, os olhos apertados, quase apertando lágrimas. E dava pra ver, nitidamente, aquela linha tênue... aquele fio maldito entre o prazer e o colapso. Era gozo, sim. Era luxúria escorrendo. Mas também tinha dor. Desconforto. Aquele tipo de desconforto que só vem quando você quer tanto, tanto, que aceita ser rasgada, fodida até o limite do que o corpo aguenta.

Ela mordia o lábio como quem tenta segurar... sei lá... mais um orgasmo? Um grito? Um pedido de socorro disfarçado de mais prazer?

O contraste me dava nó no cérebro. Ele, o predador absoluto. A força. A brutalidade encarnada, socando até as entranhas dela com uma fúria que beirava o sadismo. E ela... a presa. Mas não uma presa qualquer. Uma presa que, de algum jeito torto, queria. Precisava. Implorava. Mesmo tremendo, mesmo quase desabando, ela pedia mais. Pedia pra ser comida, tomada, aberta. Pedia pra ser despedaçada em cada estocada.

Minhas mãos apertaram ainda mais aquela cintura fina, suada, escorregadia, como se eu pudesse fundir ela em mim. E ao mesmo tempo, percebi. Tarde demais, talvez. Eu tava perdido. Mergulhado. Afogado naquela cena. Naquele teatro imundo, proibido, violento, sujo... e, meu Deus, perfeito. Perfeito.

E se você acha, por um segundo, que algum dia eu vou esquecer aquele exato instante — aquele retrato gravado no fundo mais escuro da minha cabeça, entre gemidos, pele, suor, tapas, cheiro, gosto, respiração e aquele som obsceno do corpo dela sendo destruído pela gente... — então esquece. Porque aquilo não some. Nunca. Nem que eu queira.

E ficou pior. Muito pior. Ou melhor. Vai saber. Depende de que tipo de doente mental você é.

Os movimentos... cara... eles simplesmente se alinharam. Sincronizados. Perfeitos. Meu pai socando por trás, com força, com raiva, com aquela brutalidade de quem quer deixar hematoma na alma. E eu... por baixo... enterrando tudo, metendo fundo, vendo aquela boceta gulosa engolir e sugar até a raiz, como se quisesse me espremer até a última gota da minha existência.

Patrícia no meio. Destruída. Desfigurada. Gemendo tão alto, tão desesperada, tão fodidamente entregue, que eu tive certeza: se alguém naquele prédio ainda não sabia o nome dela... agora sabia. Sabia, e provavelmente tava batendo punheta ou enfiando os dedos na buceta só de ouvir.

O som? Pele. Carne. Estalo. Pancada. Molhado. Imundo. Era indecente. Um barulho pegajoso, quase nojento. Misturado com aquele cheiro... meu Deus, aquele cheiro. Sexo, suor, porra, gozo, desejo. Desejo bruto. Selvagem. Primitivo. Animal.

Aquilo não era mais pornografia. Pornografia é pouco. Pornografia é limpo perto daquilo. Aquilo era vício. Decadência. Um mergulho de cabeça no que há de mais podre, mais proibido, mais visceral no ser humano.

O corpo dela tremia inteiro. Espasmos. Pernas fraquejando, quase dobrando. As unhas cavavam minha pele, como garras. E meu pai... meu pai parecia possuído. Não dava trégua. Socava. Socava. Socava. Até perder a mão. Até perder a noção.

— Isso... isso, porra! — ele rosnava, cuspindo as palavras entre dentes cerrados. — Aperta... Isso... Mostra, vadia... Mostra como nasceu pra isso... Como nasceu pra ser comida...

Ela arfou. Se arqueou toda. As mãos esmagando meus ombros como se tentasse arrancar pedaço. Olhos arregalados, perdidos, vidrados. O corpo inteiro travando, contraindo, tremendo.

— Eu... eu vou... — A voz falhou. Rasgada. Desesperada. — Porra... Eu vou... CARALHO... EU VOU GOZAR...!

E quando veio... meu Deus do céu... quando veio... parecia que ela tava tendo uma convulsão. Gritou. Berrou. Gemeu. Apertou a gente com tanta força, mas com TANTA força, que parecia que ia sugar nossas almas pra dentro daquela boceta ensandecida. O corpo dela espremia, travava, sugava, tremia... parecia que tava quebrando por dentro.

Era um gozo absurdo. Doentio. Descontrolado. Sem fim. Uma porra de um orgasmo que parecia que ia arrebentar os ossos dela. E os nossos.

— Bora, moleque... — ele grunhiu, socando com ainda mais força, com mais violência. — Bora encher essa delícia juntos... Vamos deixar ela vazando porra até amanhã...

— Tô... tô quase... — respondi, sem nem saber como. Gaguejando. Implorando. Arfando. Perdido. Quebrado. Louco.

E então... fomos.

Porra, fomos. Juntos. Travados. Enterrados até o último centímetro. O corpo inteiro em colapso. Os músculos se contraindo como se estivessem tomando choque. O coração batendo tão forte, tão rápido, que parecia que ia explodir no peito.

E aí veio. O gozo.

Violento. Sujo. Animal. Quente. Espesso. Espirrando, jorrando, enchendo, transbordando. Misturando tudo. Carne, suor, saliva, desejo, insanidade, porra. Muita porra.

E por alguns segundos... silêncio.

Silêncio absoluto. Só o som da nossa respiração descompassada. Dos corpos desabando, desmoronando, colapsando um em cima do outro. Suados. Molhados. Destruídos.

Eu olhei pro teto. Sem piscar. Sem conseguir me mexer. E só consegui pensar uma coisa:

Fudeu. Fudeu muito. Nunca mais. Nunca mais na vida eu vou ser uma pessoa normal depois disso. Nunca.

O silêncio que se seguiu era daquele tipo estranho... pesado, cúmplice. Três corpos largados no sofá, suados, exaustos — e completamente satisfeitos. Patrícia se deixou cair no meio, daquele jeito despretensioso de quem acabou de fazer todos os pecados do catecismo e ainda acha que pode sorrir pra Deus.

Ela abriu as pernas, escorada, olhando pra baixo como quem observa a bagunça que a gente fez. E, bom... não vou mentir — a cena falava por si só. Entre as coxas dela, os vestígios da nossa insanidade estavam escancarados. E eu? Eu só sabia que, mesmo depois de gozar, estava absurdamente excitado. Porra, essa merda tinha um efeito viciante.

— Meu Deus... — ela soltou, meio rindo, meio fingindo indignação — Vocês dois, viu... Olha só isso. Do jeito que vocês são, eu saio daqui grávida.

Pedro virou o rosto na hora, sério demais pro clima, e disparou:

— Nem brinca com isso, mulher.

Ela gargalhou. Alto, debochado, jogando o cabelo pra trás, nua e sem vergonha nenhuma.

— Ah, não quer que eu engravide... — cruzou os braços, arqueando uma sobrancelha — Mas também não quer usar camisinha, né, bonitão?

Pedro tragou fundo, olhou de lado, com aquele meio sorriso torto que eu já tinha decorado — o mesmo que anuncia que vem uma daquelas verdades que ninguém admite:

— Ah, para... Vai me dizer que você não prefere assim? No pelo. Sem filtro. Que não gosta de sentir quando eu te encho todinha?

O olhar dela mudou. Saiu do deboche e foi direto praquela confissão muda, que só quem está entregue consegue dar. Mordeu o lábio. Baixou os olhos por meio segundo — tempo suficiente pra dizer tudo:

— É... — deu de ombros, fingindo que aquilo era detalhe — Talvez. Talvez eu goste mesmo.

Pedro soltou uma risada seca, curta:

— Talvez uma ova. Você adora.

Ele olhou pra mim, aquele meio sorriso torto que só os verdadeiros cúmplices compartilham, e largou, como se fosse conversa de bar:

— Sua tia é muito safada...

Fez uma pausa, passando a mão na boca, ainda rindo:

— Adora quando eu gozo na boca dela.

Me pegou de surpresa, não vou mentir. Mas sabe aquela surpresa que vem acompanhada de um orgulho sujo? Pois é.

— Tô sabendo — soltei, seco, cruzando os braços.

Meu pai arqueou a sobrancelha, descrente:

— Ah é...? E como exatamente você tá sabendo?

Dei de ombros. Olhei de canto pra Patrícia, que já segurava o riso, abanando o rosto com a toalha como se fosse uma conversa qualquer.

— Um dia ela me chupou lá em casa... — respondi, encarando meu pai pra medir a cara de pau dele.

O silêncio durou meio segundo, até Patrícia soltar, naquela voz debochada que ela domina:

— Uai... ia sujar a cozinha da minha irmã?

A gargalhada veio dos dois. Alta. Sincera. Suja. Descarada.

Pedro bateu na minha perna, como quem confirma o filho mais safado do pedaço:

— Esse é meu garoto...

Virou pra ela, meio reprovação, meio tesão:

— E você, Patrícia... puta merda... é muita piranha. Isso você nunca me contou, né?

Ela fingiu pensar, mordendo o lábio, ajeitando o cabelo bagunçado:

— Ué... você nunca perguntou.

Ele riu, balançando a cabeça, bufando, meio indignado, meio excitado de novo — como se aquilo fosse um mistério impossível:

— Desgraçada...

Ela deu aquele sorriso torto, malicioso, levantando-se meio torta, segurando o sofá pra se equilibrar:

— Tá... chega. Senão daqui a pouco começa tudo de novo.

Pegou a toalha, ajeitando no corpo, sem se preocupar em cobrir muito.

— Vou pro banho, antes que alguém me arraste de novo pra esse sofá.

— Tá... tá... Vou tomar um banho antes que vocês inventem mais alguma maluquice — ele avisou.

Ela saiu, andando torta, rindo da própria situação. Bunda balançando, coxas trêmulas, a marca da insanidade estampada em cada movimento.

Ficamos olhando. Eu e ele. Aquele silêncio que não precisava de tradução.

A porta do banheiro bateu. O chuveiro ligou.

Ficamos ali, só ouvindo a água cair e o coração desacelerar, tentando voltar ao modo civilizado — ou pelo menos tentar.

Pedro foi o primeiro a se mexer. Pegou a bermuda jogada no sofá, vestiu com aquela calma despretensiosa de quem só foi trocar uma lâmpada — nem parecia que tinha acabado de foder até perder as forças.

— Se veste aí, moleque — jogou meu short na minha cara — vai que o corno resolve voltar antes da hora.

Obedeci. Não porque ele mandou — tá, talvez um pouco —, mas porque eu não tinha nem energia pra discutir ou fingir que controlava algo.

Enquanto puxava o zíper, ele acendeu um cigarro, tragou fundo, cruzou os braços e olhou pra mim com aquele meio sorriso carregado de deboche e superioridade.

— E outra coisa... — soltou a fumaça devagar, dosando as palavras — boca calada, hein?

Levantei uma sobrancelha, meio zonzo:

— Achou que vou sair contando por aí? — ironizei, ajeitando a camiseta.

— Relaxa... — ele riu, aquela risada seca, rouca, cúmplice.

— Ótimo. Porque quem come quieto... — estendeu o dedo indicador, balançando no ar — come mais de uma vez.

Nem precisei responder. Só concordei, meio rindo, meio incrédulo que aquilo tinha mesmo acontecido.

Parte de mim ainda achava que estava preso num devaneio sujo, daqueles que a gente tem no banho — mas não. Era real.

A água parou.

A porta abriu.

Patrícia apareceu, enrolada numa toalha branca, curta demais pra qualquer padrão moral.

E aquele sorriso... aquele maldito sorriso sacana que deixava claro: isso estava longe, muito longe, de acabar.

Nem deu tempo da gente respirar direito. O barulho do portão — estalando alto — foi um balde de água gelada descendo pela minha espinha. A vida real batendo na porta. Literalmente. Aquele momento clássico de “se vira nos 30” pra ajeitar cabelo, roupa, cara, alma — se é que ainda sobrava alguma coisa.

Patrícia sumiu corredor adentro, com uma naturalidade que eu invejei — aquela leveza de quem sabe o que faz e não deve nada a ninguém. Se alguém olhasse, jamais imaginaria que, meia hora antes, ela estava... melhor nem lembrar.

Tive que ir lá destrancar, meio sem jeito, fingindo que nada havia acontecido ali. Enquanto destrancava, eu ouvia as vozes do lado de fora. Risadas, passos.

A portão se abriu.

— Miguel! — Minha mãe apareceu primeiro, aliviada. — Eu tava preocupada, menino. Achei que você ia voltar pra praia.

Engoli seco, puxei aquele sorriso automático de bom filho que ninguém acredita.

— Ia mesmo... — dei de ombros — Mas acabei vindo direto pra cá.

Por último, entrou ele. O corno. Camiseta polo, bermuda bege, chinelo. O retrato da mediocridade feliz — e ainda sorrindo.

— Cadê a Patrícia? — perguntou, olhando em volta, tão inocente que dava até pena.

Pedro, largado no sofá com aquela perna cruzada de macho alfa, respondeu antes que eu tivesse tempo de processar:

— Tá no quarto.

Seco. Na lata. Sem espaço pra perguntas.

O corno fez aquela cara de quem não sabe se chora ou se aceita o destino — expressão que, pelo que entendi, é a padrão dele. Assentiu.

As mulheres sumiram na cozinha, falando de qualquer coisa irrelevante — compras, fofoca, sei lá. Ficamos nós três sufocados na sala.

E foi aí que Pedro não se aguentou.

Se ajeitou, descruzou a perna, deu aquele tapinha nas coxas e, com o olhar mais cínico que eu já vi na vida, largou:

— Relaxa, cunhadinho.

A voz dele pingava deboche.

— Tá tudo certo. Eu e o Miguel... cuidamos da sua esposa direitinho.

O silêncio que veio depois da provocação durou uns dois segundos. Dois segundos que pareceram uma eternidade atravessando aquele espaço apertado da sala.

O corno fingiu rir. Sabe aquele riso que não chega nos olhos? Então. Só balançou a cabeça, meio sem saber onde enfiar a dignidade.

E eu ali, cruzando os braços, me afundando no sofá, lutando pra não rir.

Porque, meu amigo, a situação era surreal.

O olhar dele cruzou com o meu de novo.

Não precisou palavra. Tava tudo dito:

“Sério que até você, moleque?”

Dei de ombros.

Sorriso de canto. Insolente. Provocador. Aquele sorriso torto, meio “é... foi mal aí”.

O corno bufou. Desviou o olhar, cruzou os braços, fingindo que tudo aquilo era uma brincadeira.

E, honestamente? Talvez fosse a única opção que ele tinha pra não surtar de vez.

O silêncio ficou mais pesado que ressaca em segunda-feira.

O corno apertava os lábios, olhando pro nada, como quem tenta engolir um sapo — um sapo enorme, gordo, vivo.

Coçou a nuca, olhou pra porta do quarto, olhou pra gente, respirou fundo e... fingiu.

Simplesmente fingiu que nada tinha acontecido.

— É... acho que vou ver como Patrícia está.

Levantou, meio duro, meio torto, caminhando até o quarto.

Eu dei um sorriso torto, olhando direto nos olhos do meu pai:

— Isso que eu chamo de homem resiliente, hein?

Meu pai riu, rebateu na hora:

— Ou muito corno...

Troquei um olhar cúmplice com ele e, num gesto rápido, batemos as mãos.

Foi nesse momento que eu percebi que a definição de “família” tinha ficado pra lá de distorcida.

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Comentários

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Muito bom esse conto, esperando ansioso por mas continuação.

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