Minha mãe é uma esposa troféu 5

Um conto erótico de Anderline
Categoria: Heterossexual
Contém 4073 palavras
Data: 01/06/2025 11:02:34

Acordamos na suíte em São Sebastião com o sol já alto, o som do mar entrando pela janela entreaberta. Mariana tava deitada ao meu lado, o lençol cobrindo só metade do corpo, a pele morena brilhando na luz da manhã. Eu ainda tava meio grogue, o peso do incidente na Praia do Juquehy misturado com a memória do amor que fizemos na noite passada. Ela abriu os olhos, sorrindo, e me deu um beijo leve. “Bom dia, namorado,” disse, a voz rouca de sono.

“Bom dia, namorada,” respondi, puxando ela pra mais perto, mas ela escapou, rindo, e pulou da cama. “Nada disso, Gabi. Primeiro café, depois a gente vê.” Fomos pro restaurante do hotel, um espaço aberto com mesas de madeira e um buffet de café da manhã que cheirava a pão quente e café fresco. Comemos rápido, rindo enquanto ela roubava pedaços do meu pão de queijo, e decidimos passar o dia aproveitando o hotel e a praia.

De volta à suíte, Mariana foi se trocar pro dia na praia, e quando saiu do banheiro, quase caí pra trás. Ela tava usando um biquíni fio-dental branco, tão pequeno que era mais uma provocação do que uma roupa. O tecido mal cobria os seios, e a parte de baixo era só uma tira fina que desaparecia entre as curvas da bunda dela. A pele morena contrastava com o branco, e o cabelo cacheado caía solto, como uma moldura pra um quadro perfeito. “Meu Deus, o que é isso?” falei, a voz falhando, o pau já começando a reagir na bermuda.

Ela girou devagar, o sorriso travesso que me desmontava. “Hoje vou te provocar o dia todo, Gabi,” disse, caminhando até mim, os quadris balançando de propósito. “Mas você só vai poder me comer à noite.” Ela parou tão perto que eu sentia o calor do corpo dela, o perfume doce me envolvendo. “E se você se comportar, deixar eu te provocar sem avançar, vai ter uma recompensa.” Ela fez uma pausa, os olhos brilhando com malícia. “Você vai poder comer meu cuzinho.”

Eu engoli em seco, o desejo explodindo como uma bomba. “Você tá brincando, né?” falei, mas a voz saiu fraca, e ela riu, sabendo exatamente o efeito que tava causando.

“Nada de brincadeira,” ela disse, roçando a mão no meu peito antes de se afastar. “Seja um bom namorado, e à noite você vai ver.” E assim começou o dia mais torturante da minha vida.

Mariana cumpriu a promessa de me provocar sem piedade. Na praia, ela deitava na canga, o biquíni branco quase transparente quando molhado, e se esticava de um jeito que fazia cada curva do corpo dela gritar. Quando nadávamos, ela “acidentalmente” roçava o corpo no meu, a bunda dela esfregando contra meu pau, que tava duro o dia inteiro, preso na sunga. Na piscina do hotel, ela saía da água em câmera lenta, a água escorrendo pela pele, e me lançava olhares que eram pura provocação. Cada risada, cada toque, cada vez que ela ajustava o biquíni, era como uma facada de desejo. Eu me segurava, os dentes cerrados, sabendo que a recompensa valia o sofrimento, mas meu Deus, como era difícil.

“Você tá pálido, Gabi,” ela brincou à tarde, enquanto tomávamos uma cerveja na varanda do hotel. “Tá tudo bem?” O tom dela era inocente, mas o sorriso dizia que ela sabia exatamente o que tava fazendo.

“Você é cruel,” respondi, rindo apesar da tortura. “Mas eu vou aguentar. Só pra te provar.”

Ela se inclinou, o decote do biquíni me dando uma visão que quase me fez quebrar a promessa. “Boa sorte, namorado,” sussurrou, antes de me dar um beijo rápido e se levantar, rebolando enquanto caminhava pra piscina de novo.

Quando o sol começou a baixar, voltamos pra suíte. “Toma banho primeiro,” ela disse, já mexendo na mala. “E se comporte.” Entrei no chuveiro, a água fria fazendo pouco pra acalmar o fogo que queimava em mim. Saí com uma toalha na cintura, esperando por ela, e quando Mariana apareceu, quase desmaiei. Ela tava usando um microvestido branco, tão justo e curto que parecia uma segunda pele. O tecido era leve, quase transparente, e eu podia ver o contorno de uma lingerie branca por baixo, uma surpresa que ela claramente guardava pra depois. O vestido abraçava cada curva, os seios empinados, a cintura fina, a bunda que fazia qualquer um perder o juízo. O cabelo solto caía como uma cascata, e o batom vermelho era um convite pra loucura.

“Mariana…” falei, a voz falhando, o rosto pálido. Uma mistura de ciúme e excitação me acertou como um soco. Ela era uma deusa, um espetáculo, e eu sabia que todo mundo ia olhar pra ela, desejá-la. Parte de mim queria trancar a porta e não deixar ninguém ver, mas outra parte tava louca de orgulho por sair com ela, por saber que ela era minha, mesmo que só ali, naquele momento.

“Gostou?” ela perguntou, girando devagar, o vestido subindo um pouco, revelando a coxa. “Hoje eu sou toda sua, Gabi. Mas primeiro, jantar.”

Fomos pro restaurante do hotel, um espaço rústico com mesas de madeira e pratos brasileiros que cheiravam a casa de vó. Escolhemos uma moqueca de peixe pra dividir, com arroz, farofa e uma caipirinha pra cada. Mariana tava deslumbrante, uma musa, e as poucas pessoas no restaurante não disfarçavam os olhares. Um casal mais velho cochichava, a mulher dando cotoveladas no marido pra parar de olhar. Um garçom tropeçou com a bandeja, e eu juro que vi um cara na mesa do canto tirar uma foto disfarçada. Eu ria, mas por dentro o ciúme mordia — ela era minha, e eu queria gritar isso pro mundo.

Ela, claro, adorava a atenção. “Tá vendo, Gabi?” disse, tomando um gole da caipirinha, os lábios brilhando. “Você tem que se comportar, porque eu sou disputada.” Ela piscou, e eu ri, mesmo com o pau duro de novo, a tortura do dia ainda me matando.

“Você é impossível,” falei, mas meus olhos não saíam dela. A comida tava deliciosa, mas eu mal prestava atenção, perdido no jeito que ela sorria, no jeito que o vestido subia um pouco quando ela se mexia. Terminamos o jantar rápido, a tensão entre a gente tão forte que parecia que o ar ia pegar fogo.

De volta à suíte, a porta mal fechou antes que eu a puxasse pra mim. “Chega de provocar,” falei, a voz rouca, beijando ela com uma fome que guardei o dia todo. Ela riu contra minha boca, as mãos puxando minha camisa, e eu levantei o vestido, revelando a lingerie branca que ela escondia. Era de renda, quase transparente, o sutiã destacando os seios, a calcinha tão fina que mal cobria a bucetinha dela. “Você quer me matar,” murmurei, caindo de joelhos pra beijar a barriga dela, as mãos apertando a bunda.

“Você aguentou o dia, namorado,” ela disse, a voz cheia de malícia. “Agora vem buscar sua recompensa.” Ela pegou um tubo de KY na bolsa, jogando na cama, e meu coração disparou. “Quero você em mim… todo.”

Tirei o vestido dela, deixando ela só de lingerie, e ela tirou minha roupa com pressa, rindo quando viu o quanto eu tava duro. “Ansioso, hein?” brincou, mas os olhos dela brilhavam com o mesmo desejo. Deitei ela na cama, beijando o pescoço, descendo pros seios, chupando os mamilos por cima da renda antes de tirar o sutiã. Minha língua traçou a barriga, as coxas, e quando puxei a calcinha, a bucetinha dela tava molhada, pronta. Chupei o clitóris devagar, enfiando dois dedos, sentindo ela se contrair, gemendo alto. “Gabi, por favor,” ela pediu, e eu sabia o que ela queria.

Peguei o KY, espalhando o gel nos dedos, e comecei a preparar ela. Beijei a bunda dela, a língua explorando, enquanto um dedo entrava devagar no cuzinho, lubrificando, sentindo ela relaxar. “Vai devagar,” ela sussurrou, mas a voz era de desejo, não de medo. Enfiei outro dedo, movendo com cuidado, e ela gemia, o corpo se entregando. “Quero você agora,” ela disse, se posicionando de quatro, a bunda empinada, um convite que quase me fez gozar só de olhar.

Lubrifiquei meu pau, duro e pulsando, e me posicionei atrás dela. Entrei devagar, o cuzinho dela tão apertado que era uma tortura deliciosa. Ela gemeu, meio dor, meio prazer, e eu parei, deixando ela se acostumar. “Tá tudo bem?” perguntei, beijando as costas dela.

“Sim,” ela disse, a voz tremendo. “Continua.” Comecei a me mover, estocadas lentas, sentindo ela se abrir pra mim, os gemidos dela ficando mais altos. Minha mão foi pro clitóris, esfregando em círculos, e ela começou a se empurrar contra mim, querendo mais. “Mais forte,” ela pediu, e eu obedeci, as estocadas ficando mais rápidas, mais profundas, o prazer tão intenso que eu mal conseguia pensar.

Virei ela, querendo ver o rosto dela, e entrei de novo, agora com ela deitada de lado, uma perna levantada. Ela gemia meu nome, os olhos vidrados, e eu sentia ela gozar, o corpo tremendo, o cuzinho se apertando ainda mais. “Goza comigo,” ela sussurrou, e eu não aguentei — gozei dentro dela, um orgasmo que fez o mundo sumir, meu corpo colapsando contra o dela.

Desabamos na cama, suados, ofegantes, rindo baixo. “Você… é demais,” falei, beijando a testa dela. Ela se aninhou no meu peito, o corpo ainda quente e disse “Eu te amo Gabi” e dormimos abraçadinhos.

Os dias no litoral continuaram, cada noite trazendo um novo desejo. Sabíamos que a viagem ia acabar, mas enquanto estivéramos ali, éramos livres, e cada momento era uma prova de que nosso amor, por mais impossível que fosse, era real.

Então decidimos conhecer novos lugares. Acordamos quase de madrugada, o céu ainda escuro lá fora, mas o som do mar na suíte de São Sebastião nos lembrava onde estávamos. Mariana tava enrolada no lençol, o corpo quente contra o meu, e me acordou com um beijo leve no pescoço. “Gabi, vamos levantar,” sussurrou, a voz rouca de sono. “Quero ver o sol nascer na estrada.” Eu resmunguei, mas o sorriso dela, mesmo na penumbra, era o suficiente pra me tirar da cama.

Arrumamos as malas rápido, jogando tudo no Porsche, e pegamos a estrada antes das cinco da manhã. O destino era Paraty, uma cidade que Mariana mencionou no caminho, dizendo que sempre quis conhecer as ruas de pedra e o mar calmo. A viagem foi tranquila, a estrada vazia serpenteando pelo litoral, o céu passando de preto a roxo, depois explodindo em laranja quando o sol nasceu. Ela tava no banco do passageiro, de óculos escuros, uma blusa solta e um short jeans, cantando baixo com o rádio. Eu dirigia, a mão dela às vezes roçando a minha, e cada toque me lembrava das noites que passamos, do jeito que ela tava se abrindo, descobrindo a si mesma comigo.

Chegamos em Paraty perto do meio-dia, o calor do verão já pesando. Almoçamos numa pousada charmosa, com mesas ao ar livre e um prato de bobó de camarão que dividimos, rindo enquanto ela tentava pescar os camarões sem derrubar o molho. “Você é um desastre, namorada,” brinquei, e ela me deu um chute por baixo da mesa, o pé descalço roçando minha perna de propósito.

Nos hospedamos numa pousada boutique no centro histórico, um lugar com paredes brancas, portas de madeira coloridas e uma varanda que dava pras ruas de pedra. O quarto era pequeno, mas aconchegante, com uma cama de dossel e uma banheira que já me fez imaginar coisas. “Nada de ideias agora, Gabi,” Mariana disse, rindo, enquanto desfazia a mala. “Quero explorar a cidade.”

À tarde, alugamos uma lancha pra um passeio pelas ilhas. Trocamos de roupa — eu com uma sunga preta e uma camiseta, ela com um biquíni verde-água que abraçava o corpo como uma segunda pele, coberto por um vestido leve. O mar era um espelho, e a lancha cortava a água, parando em prainhas desertas onde nadávamos e nos beijávamos escondidos nas rochas. Numa dessas paradas, ela me puxou pra água, os braços envolvendo meu pescoço, e me beijou com uma fome que quase me fez esquecer o barqueiro. “Você tá perigosa,” falei, rindo, o pau já duros na sunga.

“Você que tá gostando,” ela retrucou, nadando de costas, o biquíni molhado deixando pouco pra imaginação. Voltamos pra pousada no fim da tarde, exaustos, mas felizes, a pele salgada e o cabelo dela bagunçado pelo vento.

À noite, nos trocamos pra jantar num restaurante famoso de Paraty. Eu coloquei uma camisa polo e uma calça leve, e Mariana apareceu com um vestido vermelho, justo na cintura, com um decote que destacava os seios e uma fenda que mostrava a coxa quando ela andava. “Você quer me matar, né?” falei, puxando ela pra um beijo antes de sairmos. Ela riu, o batom vermelho brilhando, e disse: “Só quero te manter interessado, namorado.”

O restaurante era um charme, com mesas de madeira, luzes de velas e uma banda ao vivo tocando MPB suave. Sentamos numa mesa perto do palco, pedimos cervejas geladas e um prato de camarões empanados como aperitivo. A comida era incrível, mas eu mal prestava atenção, perdido no jeito que Mariana sorria, no jeito que ela balançava a cabeça ao som da música, no jeito que os olhos dela brilhavam quando encontravam os meus. A cerveja deixava a gente solto, e ela ria alto das minhas piadas, a mão dela às vezes tocando a minha na mesa, um gesto que parecia dizer “você é meu”.

Entre uma cerveja e outra, a conversa ficou mais profunda, como se a música e o clima de Paraty tivessem aberto uma brecha. “Sabe, Gabi,” ela disse, girando a garrafa na mão, “eu nunca vim pra um lugar assim. Quando era criança, sonhava em viajar, conhecer o mundo. Mas aí… a vida aconteceu.” O tom dela era leve, mas tinha um peso escondido, e eu sabia que ela tava falando do que veio antes de mim.

Eu me inclinei pra frente, os cotovelos na mesa. “Conta mais,” pedi, suave. “Como era você antes… antes de tudo? Antes de mim, do meu pai, de tudo isso?”

Ela olhou pra mim, hesitando, como se decidisse o quanto dividir. Então suspirou, um sorriso triste curvando os lábios. “Eu era uma menina sonhadora, Gabi. Morava numa casa simples em São Paulo, com minha mãe e meu pai. A gente não tinha muito, mas era feliz. Eu adorava dançar — inventava coreografias no quintal, sonhando em ser bailarina ou sei lá, estrela de novela.” Ela riu, mas o riso morreu rápido. “Eu era novinha quando comecei a trabalhar como faxineira na empresa do seu pai, pra ajudar em casa. Achava que era o começo de algo grande, sabe? Que eu ia estudar, crescer, viajar. Mas aí… aconteceu.”

Ela fez uma pausa, tomando um gole de cerveja, e eu senti um aperto no peito, sabendo o que vinha. “Você já sabe,” ela continuou, a voz mais firme agora. Depois disso, tudo mudou. Eu parei de sonhar. Me sentia… quebrada. Minha mãe me dizia pra ser forte, que o casamento com seu pai era a saída, mas eu me sentia uma mercadoria, não uma pessoa. Quando você nasceu, Gabi, foi como se eu encontrasse um pedaço de mim de novo. Você era a única coisa que fazia sentido.”

Eu segurava a garrafa com força, a raiva do meu pai queimando em mim, mas também uma tristeza por ela, por tudo que perdeu. “Você merecia mais,” falei, a voz rouca. “Merecia o mundo, Mariana.”

Ela sorriu, os olhos brilhando com lágrimas que não caíram. “Você me dá o mundo, Gabi. Aqui, agora, com você, eu sinto aquela menina sonhadora de volta. Quando danço com você na praia, quando rio das suas piadas, quando…” Ela baixou a voz, olhando ao redor pra garantir que ninguém ouvia. “Quando você me toca, eu sinto que sou eu de novo. Não a esposa do Eduardo, não a mãe perfeita. Só eu.”

Eu peguei a mão dela por baixo da mesa, apertando forte. “Você é mais do que suficiente,” disse. “E eu quero te dar tudo que você perdeu. Cada sonho, cada dança, cada viagem.”

Ela riu, enxugando uma lágrima discreta. “Você é jovem, impulsivo, e eu amo isso. Mas por enquanto, me dá isso.” Ela levantou a cerveja, brindando. “Essa noite, essa cidade, você.”

Brindamos, e a música mudou pra algo mais animado, uma bossa nova que fez ela balançar os ombros. “Vem dançar, namorado,” ela disse, puxando minha mão. Dançamos ali, no meio do restaurante, ela girando no vestido vermelho, eu rindo enquanto tentava acompanhar. As pessoas olhavam, mas eu não ligava — ela era minha, e eu era dela, pelo menos ali, em Paraty.

Voltamos pra pousada tarde, a cerveja e a dança nos deixando leves. Na suíte, fizemos amor, lento e intenso, como se quiséssemos gravar as palavras dela na pele. Ela me contou mais enquanto estávamos deitados, pequenas coisas — como queria ser veterinária quando criança, como amava desenhar, como sonhava em ver o mar. Cada pedaço do passado dela me fazia amá-la mais, querer protegê-la, devolver tudo que a vida roubou.

Os dias em Paraty foram como viver dentro de um quadro, cada momento com Mariana pintado com cores que eu nunca quis que desbotassem. As ruas de pedra, os passeios de lancha, as noites dançando e fazendo amor — tudo parecia um mundo só nosso, onde as sombras do meu pai e da nossa vida em São Paulo não podiam nos alcançar. Mas a viagem tinha que acabar, e decidimos fechar com chave de ouro num resort de luxo perto de São Paulo, em Atibaia, a pouco mais de uma hora da cidade. Era uma forma de suavizar a volta, de segurar o sonho por mais alguns dias antes de encarar a realidade.

Saímos de Paraty numa manhã ensolarada, o Porsche ronronando pela Rio-Santos, com Mariana no banco do passageiro, os óculos escuros escondendo os olhos, mas o sorriso leve mostrando que ela tava tão relutante quanto eu pra deixar aquele mundo pra trás. A viagem foi tranquila, o rádio tocando bossa nova, e a gente conversava sobre coisas bobas — ela zoando meu jeito de dirigir, eu rindo da mania dela de roubar minhas batatas fritas em cada parada. Mas por baixo da leveza, eu sentia o peso do que vinha pela frente. A mansão, meu pai, vovó, a vida que nos esperava — tudo parecia uma corrente pronta pra nos puxar de volta.

Chegamos ao resort em Atibaia no fim da tarde. O lugar era um espetáculo: uma propriedade enorme cercada por montanhas, com piscinas de borda infinita, chalés de madeira com varandas privativas, e um spa que prometia apagar qualquer estresse. Nosso chalé era um ninho perfeito — uma cama king coberta de pétalas de rosa (coisa que eu pedi por telefone, só pra impressionar), uma banheira de hidromassagem com vista pras montanhas, e uma varanda com uma rede onde dava pra ver o pôr do sol. Mariana entrou, jogou a bolsa no chão e se jogou na cama, rindo. “Gabi, você tá exagerando,” disse, mas o jeito que ela me olhou, com aquele brilho nos olhos, dizia que ela amava cada detalhe.

“Quero que esses últimos dias sejam inesquecíveis, namorada,” falei, deitando ao lado dela, puxando ela pra um beijo. Ela correspondeu, as mãos deslizando pelo meu peito, mas havia uma sombra no rosto dela, como se ela também sentisse o fim se aproximando.

Passamos os primeiros dias no resort como se o tempo fosse nosso. Nadávamos na piscina aquecida, fazíamos trilhas pelas montanhas, e à noite, nos perdíamos um no outro. Uma tarde, enquanto tomávamos drinques na varanda, ela usou um biquíni preto que me fez esquecer como respirar. “Você tá tentando me matar de novo?” perguntei, e ela riu, subindo no meu colo, o corpo quente contra o meu. Fizemos amor ali mesmo, na rede, o pôr do sol pintando a pele dela de laranja, os gemidos dela abafados pelo som dos pássaros.

Mas à medida que os dias passavam, a realidade começava a se infiltrar. Eu via no jeito que ela olhava pro celular, nas mensagens de vovó que ela respondia rápido, no silêncio que caía às vezes, como se ela estivesse calculando o que vinha depois. Eu não aguentava mais ignorar. Na penúltima noite, enquanto jantávamos no restaurante do resort — um lugar elegante com mesas ao ar livre, luzes de velas, e um filé com risoto que dividimos —, decidi jogar tudo na mesa.

A banda tocava um jazz suave, e Mariana tava deslumbrante num vestido azul-escuro, o cabelo cacheado solto, um colar brilhando no pescoço. Eu tomei um gole de vinho, respirando fundo. “Mariana,” comecei, a voz mais séria do que eu queria, “e se a gente não voltasse? Se a gente fugisse de verdade? Pra outro país, sei lá, Argentina, México, qualquer lugar onde ninguém saiba quem a gente é. Eu posso trabalhar, a gente pode recomeçar. Só nós dois.”

Ela parou, o garfo no ar, os olhos me encarando com uma mistura de surpresa e tristeza. “Gabi…” disse, baixando o garfo, a voz suave, mas pesada. “Você tá falando sério?”

“Mais sério do que nunca,” respondi, me inclinando pra frente. “Você mesma disse que nunca foi feliz com ele. Que ele te machucou, te prendeu. Eu te amo, Mariana. Não como filho, não como brincadeira. Te amo como homem. E eu sei que você sente o mesmo. A gente pode fazer isso funcionar.”

Ela olhou pra baixo, os dedos brincando com a taça de vinho, e por um momento, achei que ela ia dizer sim. Mas então ela balançou a cabeça, um sorriso triste curvando os lábios. “Gabi, você é tudo que eu sempre quis. Esses dias com você… foram os primeiros em que eu me senti viva. Mas fugir? Isso não é tão simples. Seu pai tem poder, dinheiro, contatos. Ele nos encontraria. E mesmo que não encontrasse, o que a gente faria? Viver escondidos, olhando por cima do ombro? Eu tenho 33 anos, Gabi. Sei como o mundo é cruel com quem quebra as regras.”

“Que se dane o mundo!” falei, mais alto do que pretendia, fazendo o casal na mesa ao lado olhar. Baixei a voz, mas a urgência tava lá. “Eu não ligo pro dinheiro dele, pras regras, pra nada. Eu só quero você. Não é o suficiente?”

Ela pegou minha mão por baixo da mesa, apertando forte, os olhos brilhando com lágrimas que ela segurava. “É mais do que suficiente. Mas eu também penso em você. Se a gente fugir, seu pai pode te deserdar, te cortar de tudo. Você tá pronto pra perder isso? Sua herança, sua vida?”

“Eu não ligo pro dinheiro,” insisti. “E se ele me deserdar, que deserde. Você vale mais que tudo.”

Ela riu, um riso que era meio alívio, meio dor. “Você é impossível, Gabriel Almeida.” Então, o tom dela mudou, ficou mais firme, como se ela tivesse decidido algo. “Eu não vou me desculpar nunca se ele te deserdar. Esses dias com você foram os melhores da minha vida, e eu não me arrependo de nada. Mas a gente tem que voltar. Vamos nos falando, ver o que podemos fazer, mas temos que enfrentar a realidade. O que vivemos foi um sonho, Gabi. Um sonho lindo, mas um sonho.”

As palavras dela doeram como um soco, mas eu sabia que ela tava certa. A viagem, as praias, as noites — tudo era uma bolha, e a bolha tava prestes a estourar. “Então o que a gente faz?” perguntei, a voz rouca, tentando esconder o desespero.

“Vivemos mais uma noite,” ela disse, o sorriso voltando, agora com um toque de malícia. “E amanhã… a gente vê.” Ela levantou, puxando minha mão. “Vem, namorado. Quero você.”

Voltamos pro chalé, e fizemos amor como se fosse a última vez. Tirei o vestido dela devagar, beijando cada centímetro da pele morena, chupando os seios até ela gemer meu nome. Ela me puxou pra cama, as mãos arrancando minha camisa, e me cavalgou com uma intensidade que parecia querer gravar o momento na alma. Gozamos juntos, abraçados, o suor misturando nossos corpos, e dormimos assim, como se o amanhã pudesse esperar.

Na manhã seguinte, tomamos café em silêncio, o peso da volta nos esmagando. Pegamos a estrada pra São Paulo, o Porsche parecendo mais pesado agora, como se carregasse tudo que a gente viveu. Mariana segurava minha mão, mas não dizia nada, e eu sabia que, quando chegássemos na mansão, tudo mudaria.

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Comentários

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