O CÓDIGO DO PRAZER I

Um conto erótico de Ryu
Categoria: Heterossexual
Contém 2520 palavras
Data: 04/06/2025 09:08:53
Última revisão: 05/06/2025 11:54:09

01 - O Script da Ilusão

Hoje é 23 de dezembro e a nossa festa de confraternização está a todo vapor. Madalena e Ari estão radiantes — e com razão. Nossa empresa cresceu, os lucros foram excelentes, e conseguimos entregar projetos que antes pareciam sonhos distantes. Jogos, apps, softwares... tudo feito com paixão, criatividade e muito suor.

Também estou feliz, enquanto olho ao redor, vejo nossos funcionários sorrindo, brindando, comendo do bom e do melhor. Cada um aqui deu o melhor de si — e eu quis, de coração, mostrar o quanto isso foi notado e valorizado.

Subi no pequeno palco montado no salão e improvisei um discurso:

“Fala, galera! Rapidinho aqui...

Só queria dizer que a gente mandou muito bem esse ano. De verdade. Foi código, entrega, bug, mais código, café, stress, risada, e no fim: sucesso!

Eu, a Madalena e o Ari estamos muito orgulhosos de tudo que conquistamos!

Obrigado por cada hora dedicada, por cada ideia maluca que virou um projeto top, por cada "só mais um ajuste" que demorou a noite inteira.

Agora é hora de comemorar, e descansar. O recesso começa amanhã e só voltamos dia 3 de janeiro. Então, sem stress, sem deploy, até lá!

Aproveitem, porque hoje é dia de celebrar.

Valeu demais, feliz Natal, boas festas e… ano que vem tem mais bug pra resolvermos junto!

Tamo junto!”

A confraternização foi um sucesso, todo mundo feliz, para encerrarmos um ano mágico para a empresa!

Já passava das onze da noite quando os últimos brindes foram feitos e os funcionários começaram a ir embora, ainda rindo das histórias contadas na confraternização. A luz amarelada da copa da empresa dava um ar quase caseiro ao ambiente, e pela primeira vez em meses, consegui respirar fundo sem pensar em prazos, bugs ou reuniões.

Ficamos só nós três — eu, Madalena e Rui — sentados nas cadeiras da sala de descompressão, copos meios cheios na mão e aquele silêncio confortável que só bons parceiros de guerra conseguem compartilhar.

Meu nome é Anderson Tomasu Horner, tenho 33 anos, sou descente de japoneses por parte da minha mãe e de alemães por parte do meu pai. Tenho 1,75m, cabelos castanhos claros, e minha aparência física, como não poderia deixar de ser, é uma mistura de traços europeus e asiáticos.

Sou sócio da NeoThread, junto com Madalena e Rui. Nos conhecemos na faculdade e fundamos nossa própria empresa, o que nos custou muito trabalho.

Rui tem 34 anos, é pardo, 1,72m, casado desde os 20 anos com Melissa, e é o mais reservado.

Madalena, também com 34 anos, é branca, cabelos claros, curtos ondulados, muito extrovertida e faladeira.

O ano tinha sido insano. A startup que começamos num coworking apertado agora tinha uma equipe de verdade, projetos rodando em clientes grandes, e — o mais importante — lucro. Lucro de verdade.

- Esse ano foi do caralho, hein? - falei, encostando a cabeça na parede, sentindo o cansaço bater de uma vez só.

- Foi mesmo - Rui concordou, mexendo devagar o gelo no copo. - Se der certo o que tá na mesa pra janeiro, vamos precisar pensar até em mudar de sede.

Madalena se ajeitou na cadeira, animada. Ela sempre foi a mais prática, aquela que já pensa nos próximos dez passos:

- Se fecharmos esses contratos novos, a equipe atual não vai dar conta - ela disse - Vamos precisar contratar mais gente, urgente.

Eu e Rui assentimos.

Madalena se animou, o olhar dela já mais à frente, como sempre.

- Sobre isso, queria propor uma coisa. A Suzy, filha da minha empregada, acabou de terminar o primeiro ano da faculdade. Menina esforçada, curiosa, se vira bem com programação. Tava pensando em trazê-la pra trabalhar com a gente.

O silêncio que veio em seguida não foi hostil, mas também não foi entusiástico. Eu e Rui nos olhamos, e pela expressão dele, eu soube que estava pensando exatamente como eu.

Respirei fundo e falei com calma, mas firme:

- Mada, lembra do que a gente combinou lá no começo? Nada de contratação por amizade, parentesco ou favor.

Rui completou, mais direto:

- Todo mundo aqui entrou por competência. A gente construiu isso sendo justos com todo mundo. Não vamos abrir exceção agora, por melhor que seja a intenção.

Madalena franziu um pouco a testa, não por raiva:

- Claro, claro - ela disse - Eu só pensei por que conheço a menina e acho que ela tem potencial.

- E pode ter mesmo - respondi, mais leve - Traz ela pra uma entrevista. Se todos acharmos que ela tá preparada, pode entrar como estagiária. Mas precisa passar pelo mesmo filtro que qualquer outra pessoa.

Rui assentiu: - Sem privilégios, sem desvantagens. Justo é justo.

Madalena sorriu de lado, compreensiva: - Fechado. Vou falar com ela.

- Bem, então tudo certo! - Falou Rui enquanto se levantava

Ele pegou uma garrafa quase no fim, completou os nossos copos e ergueu o dele.

- Pelo ano mais louco e mais incrível da nossa história.

- E pelo próximo, que vai ser ainda mais insano - Madalena completou, sorrindo daquele jeito dela.

Levantei o copo também: - E por nós três. Só a gente sabe o que foi segurar isso tudo.

Os copos se encontraram no ar com um tlim discreto.

Foi aí que Rui, com um sorrisinho malandro, virou pra mim.

- E falando em estar aqui… Anderson, parabéns. Você é o premiado da vez.

Demorei dois segundos pra entender, e então veio o estalo.

- O plantão… resmunguei, já fazendo a careta - Achei que ninguém ia lembrar.

Rui deu uma risada se esticando na cadeira.

- A gente sempre lembra. Revezamento sagrado. Ano passado fui eu que passei o réveillon com o notebook do lado.

- E eu o anterior - Madalena disse, como se estivesse passando um bastão olímpico. -Agora é contigo, campeão.

Suspirei, rendido. A empresa ia entrar em recesso até 3 de janeiro. Funcionários dispensados, sistemas rodando no automático, e o combinado era claro desde o começo: um sócio ficava de plantão, caso o mundo resolvesse acabar entre o Natal e o Ano Novo.

- Beleza, beleza. Já tô vendo meu réveillon com lentilha, champanhe e alerta do servidor - brinquei, fingindo resignação.

- Mas olha pelo lado bom - Madalena disse, pegando a bolsa - Você vai estar em casa, de pijama. A gente vai tá se estressando no aeroporto.

Rui já ajeitava o casaco, pronto pra ir: - Qualquer emergência séria, você me liga. Mas tomara que nem precise.

Fiquei ali mais um pouco depois que eles saíram, O corredor da empresa ficou escuro, silencioso.

Último a sair, olhei para trás e decidi fazer algo que eu já pensava há tempos.

Peguei a embalagem no meu armário com cuidado e fui até a sala da Madalena com calma, sabendo que naquele momento eu estava sozinho na empresa, e que durante o recesso eu teria acesso total a todas as salas da empresa, inclusive à sala da Mada e do Ari.

Existiam três pontos cegos na empresa: As 3 salas particulares dos 3 sócios. Todas as outras têm câmeras — padrão da nossa empresa - decisão unânime, inclusive minha. Queríamos que a sala particular de cada um de nós, sócios, fosse um espaço reservado, longe dos olhos eletrônicos, onde pudéssemos conversar com liberdade, negociar, discutir ideias ou mesmo desabafar. Só que liberdade demais pode virar brecha. E quando se trabalha com gente que tem uma relação... criativa com a verdade, é bom estar prevenido.

. O objeto parecia uma lâmpada comum — dessas modernas, com design elegante. Mas ali dentro, havia uma microcâmera de altíssima definição, com microfone. Só eu teria acesso às imagens. Configurei a conexão criptografada no meu celular, testei o ângulo, fiz alguns ajustes finos. Estava perfeita. Ninguém desconfiaria. Madalena nunca notaria.

Não era só paranoia. Conheço a Madalena há anos. Desde a faculdade, ela sempre teve um talento especial para distorcer os fatos, para transformar histórias com uma naturalidade desconcertante. Ela mesma dizia que "mentir é uma ferramenta como qualquer outra, o problema é quem não sabe usar". Já vi isso virar problema antes. E agora, com essa história de querer colocar a filha da empregada para trabalhar na empresa, não sabia exatamente quais eram suas intenções. Talvez quisesse mesmo só ajudar a menina, ou talvez quisesse colocar uma aliada dela na empresa. Eu não podia me dar ao luxo de confiar apenas na palavra dela.

Me afastei da “lâmpada” e a encarei de longe. Discreta, impecável. Agora eu veria o que ninguém mais veria. Não era sobre vigiar Madalena — era sobre me proteger.

Tudo resolvido, fechei a empresa e fui embora.

Saí dali com a sensação estranha de alívio e culpa dividindo espaço dentro de mim. Mas, no fim das contas, não era sobre confiança. Era sobre controle. E esse, pelo menos, eu ainda tinha.

Já era madrugada. A rua estava silenciosa, um contraste estranho com a bagunça que tinha sido a confraternização algumas horas antes.

Entrei no carro e joguei o corpo no banco como se fosse a primeira vez que me sentava o dia inteiro. Soltei o ar devagar, sentindo os ombros relaxarem pela primeira vez em semanas.

Liguei o motor, coloquei uma música qualquer pra tocar — jazz suave, talvez? Nem lembro direito — e fui dirigindo devagar pelas ruas quase desertas. Sem trânsito, sem pressa, só o barulho do motor e a cidade dormindo ao meu redor.

Sabia exatamente pra onde estava indo. Um puteiro! Eu adoro ir ao puteiro da Dona Ana para me desestressar — sem pressões. Lindas garotas a minha disposição, que me fazem lembrar que eu ainda estava vivo, que existe algo além de reuniões, servidores e planilhas.

Garotas que não me fazem perguntas. Um lugar onde eu posso tomar uma dose, ou duas, deixar o peso da semana escorrer pelo copo.

Já tinha escolhido a garota que me acompanharia. Escolhi através de fotos no “cardápio de putas” que a Dona Ana me enviava, e ela já estava à minha espera!

Estacionei meu carro no subsolo do edifício, um prédio moderno e elegante, com uma fachada de vidro fumê que refletia a cidade cinzenta. O local, super discreto: luxo, descrição, profissionalismo. Respirei fundo antes de sair do carro. Estava esperando uma ótima noite.

O saguão era silencioso, iluminado por luzes suaves que criavam um ambiente quase íntimo. Tudo exalava bom gosto. Mármore claro no chão, arranjos florais milimetricamente posicionados, um leve perfume no ar. A recepcionista, uma mulher impecavelmente vestidos, já me aguardava. Sorriu com naturalidade:

- Boa noite senhor Anderson. A Jade está quase pronta. Pode aguardar um instante?

Assenti com a cabeça, e me servi com um café, que ficava à disposição dos clientes na recepção. O ambiente parecia suspenso no tempo. Sem pressa. Sem ruído. Só o som distante do ar-condicionado.

E então, senti.

Uma mão suave, firme, contornou minha cintura com delicadeza. Um gesto íntimo, delicado, um sussurro feito com o corpo. Eu soube, antes mesmo de me virar, que era ela. O toque despertou algo antigo em mim. Uma lembrança adormecida: Simone.

Retribuí, abraçando-a na cintura. Mas logo, como um imã, minha mão foi atraída mais para baixo. Deixei meu braço cair um pouco, deslizando minha mão para sua bunda. Apalpei com tesão e gostei do que senti: bem durinha e gostosa. Não resisti e dei um apertão, o que já me deixou de pau duro.

Me virei devagar, e lá estava Jade. Alta, magra, com uma elegância que parecia natural, como se tivesse nascido para aquele papel. Corpo esguio, atlético, os traços do rosto parecidos com os de Simone.

Ela era exatamente como vi na foto. Meu pedido para que usasse roupas elegantes também foi atendido. Sei que estava num puteiro, mas pedi que ela não viesse usando aquelas roupas de putas: shortinho pequeno, colado no corpo e enfiado na bunda.

Jade usava exatamente o que eu pedira: roupas discretas, de cores claras, suaves. Um vestido de tecido leve, branco ou talvez bege, com cortes sofisticados. Os cabelos bem penteados, maquiagem sutil. Um espelho do que Simone costumava ser — ou do que eu precisava que ela fosse, naquela noite.

Olhei para ela por alguns segundos em silêncio, como quem estuda uma pintura. Não era Simone, eu sabia. Mas o bastante dela estava ali. E naquele instante, foi o suficiente.

- Você é exatamente como eu imaginei — falei sorrindo.

Jade sorriu, um sorriso contido, profissional

- Que bom que gostou! Tenho certeza de que irá gostar mais ainda do resto da noite! – Falou, piscando de uma forma sensual.

Com certeza eu iria gostar, eu... eu só queria mergulhar nessa ilusão um pouco mais:

- Jade, para o restante da noite, posso te chamar de Simone?

- Pelo valor que está pagando, pode me chamar do que quiser!

Nós fomos até o quarto, e eu parecia estar revivendo os bons tempos com Simone.

O quarto, embora não seja amplo, conta com um bom isolamento acústico, o que garante privacidade total. A iluminação é suave e acolhedora, com pontos de luz estrategicamente posicionados para criar uma atmosfera envolvente. Um abajur clássico, de design elegante, repousa sobre o criado-mudo, emitindo uma luz quente que realça os detalhes da decoração — discreta, com tons neutros e toques delicados que evocam leveza e sofisticação.

O ar-condicionado mantém a temperatura sempre agradável. A cama é enorme e bem reforçada.

Eu e Jade/Simone começamos a nos abraçar e beijar, enquanto tiramos as roupas um do outro.

Ao desnudá-la por completo, pude contemplar seios belos seios, que não são grandes, mas são delicados, belos e bem firmes.

Enquanto sugava seus mamilos, aproveitei para passear com minha mão pelo seu corpo, especialmente as coxas e a virilha.

A semelhança com o corpo de Simone era impressionante.

Já estávamos completamente nus quando Jade/Simone jogou seu corpo sobre o meu, empurrando-me sutilmente para nos deitarmos na cama, ela com o corpo em cima do meu.

Ela continuou me beijando de forma ardente, enquanto massageava meu peito. Suas carícias foram descendo, se direcionando ao meu pau. Suas mãos de seda começaram a massagear a região da minha virilha, me proporcionando um prazer único.

Me deixou incrivelmente ansioso pelo boquete. Mas ao invés de abocanhar minha piroca, ela continuou com as carícias, com uma mão ela masturbava minha vara, que já estava duríssima, enquanto com a outra massageava meu saco.

Enquanto brincava com meu pau, me olhava diretamente nos olhos, com um sorriso estampado na sua cara de safada. Ela sabia o quanto eu estava ansioso por sentir sua boquinha no meu pau. Por duas vezes ela fingiu que ia colocar meu pau na sua boca, só para brincar comigo e se divertir com minha ansiedade.

Na terceira vez, ela caiu de boca de verdade. Ao sentir seu toque molhado na minha piroca, contraí meu corpo e soltei um gemido. Ao mesmo tempo, levei minha mão direita perto de sua nuca, e enquanto ela me dava prazer com sua boca, eu acariciava sua cabeça, e seus cabelos sedosos.

Boquete simplesmente maravilhoso, ela sugava minha vara, pressionando os lábios na medida certa, fazendo um barulho gostoso.

Eu relaxei, e soltei meu corpo na cama, deitado olhando para o teto. Depois fechei os olhos, e só fiquei sentindo o prazer que me proporcionava.

Eu sei que se tratava de um programa, que ela estava ali só pelo dinheiro, que não era Simone de verdade. Mas eu estava adorando me entregar àquela ilusão.

Continua ...

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Comentários

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Um primeiro capítulo aberto, cheio de pontas soltas. Ficou muito bom, me fisgou. Quero ler o resto.

Quando sai a segunda parte?

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Obrigado Turin.

Vou postar a segunda parte domingo.

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