“As Regras do Jogo”

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Heterossexual
Contém 530 palavras
Data: 04/06/2025 11:20:50

Atenção: Todos os contos dessa série são reais, apenas com nomes alterados. São relatos de um amigo que conheci através da Podolatria e que me confidenciou suas histórias.

A casa da avó era um relicário no tempo. No meio do interior de Minas, cercada por montanhas, café coado no fogão à lenha, e aquele silêncio que fazia o corpo desacelerar. Lucas, com seus recém-completados 18 anos, decidiu passar ali alguns dias para respirar — e esquecer o caos da cidade.

Ele não sabia que Antonio também estaria lá.

O primo, agora com 20 anos, morava em outra cidade e fazia faculdade. Tinham se afastado nos últimos anos, mas bastou se encontrarem na varanda para que uma tensão antiga — tênue, mas constante — voltasse como se nunca tivesse sumido. Antonio, de sorriso fácil e jeito mandão desde sempre, o provocava com o mesmo olhar de quando eram menores, só que agora havia algo diferente: um peso no ar. Algo mais físico. Mais denso.

Na terceira noite, com a avó já dormindo, eles estavam no antigo quarto que costumavam dividir nas férias da infância. A TV pequena ainda funcionava, e entre risos, lembranças e cerveja morna, caíram por acaso no Cine Privê — uma daquelas madrugadas da Band onde o erotismo era suave, mas insinuante.

— Lembra do que a gente fazia quando moleque? — Antonio perguntou, voz baixa, olhos fixos na tela.

— Braço de ferro? — Lucas arriscou, o coração já batendo mais rápido.

— Exato. Com aposta. Quem perde, obedece. As férias toda.

Lucas riu, nervoso.

— Tá maluco... Obedece como?

— Como quiser mandar. Tudo. Sem frescura. Ganhou, manda; perdeu, obedece.

Havia algo no tom dele que fazia Lucas se arrepiar. Desafiado, excitado. Não conseguia dizer se era medo, desejo, ou os dois ao mesmo tempo.

— Melhor de três? — ele disse, tentando parecer firme.

— Fechado.

O primeiro embate foi rápido. Lucas, mais leve, mais ágil, venceu. Mas Antonio era experiente. Relaxou, respirou fundo, e virou o jogo nas duas últimas. No fim, Lucas estava de olhos baixos, mordendo o lábio.

— A partir de agora — Antonio disse, tirando os chinelos e deitando-se de costas — aqui dentro do quarto, você me chama de Senhor, ou Rei. Lá fora, somos primos. Aqui dentro, você é meu.

Lucas engoliu seco. A cerveja esquentou no estômago.

— Isso tá virando loucura.

— É a aposta. Vai voltar atrás?

Silêncio.

Antonio estendeu os pés descalços na direção de Lucas, que ainda estava sentado no chão. Os pés eram grandes, firmes, dedos longos, com as solas macias, pés de homem, mas sem rusticidade. Lucas sentiu o cheiro, suave e denso, e a excitação quase o traiu ali mesmo.

— De joelhos. Massagem nos pés. Agora.

A obediência veio como impulso. Lucas se ajoelhou. As mãos tremiam ao tocar a pele quente das solas. Cada movimento era um misto de submissão e prazer. Ele passou os dedos entre os espaços dos pés, pressionou os calcanhares, e sem perceber, aproximou o rosto. O cheiro entrava como veneno bom — um fetiche guardado por anos finalmente despertando.

— Boa escolha — Antonio sussurrou, olhos semi-cerrados, relaxado. — Vai se acostumando, escravinho. As férias estão só começando.

Lucas, com o rosto ruborizado e o membro endurecido sob o short, respondeu em voz baixa:

— Sim, Senhor.

(continua)

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Escravinha Jéssica a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível