“Aos Seus Pés”

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Heterossexual
Contém 561 palavras
Data: 04/06/2025 13:53:49

A luz da televisão piscava no quarto abafado, iluminando os corpos com reflexos azuis e dourados. O ventilador girava devagar, como se não quisesse quebrar o silêncio carregado de tensão que dominava o espaço. Lucas ainda estava de joelhos, diante dos pés de Antonio — que agora reinava deitado na cama, de olhos fechados e um leve sorriso de dono satisfeito.

— Não precisa parar até eu mandar — ele disse, com a voz rouca de poder.

Lucas continuou a massagem, mas agora havia algo diferente em seus movimentos. Ele não obedecia apenas — se entregava. Deslizava os dedos pelas solas macias de seu primo, pressionava com os polegares os arcos dos pés, e fazia pequenas carícias circulares nos calcanhares e nos dedos. O cheiro quente, amadeirado, com notas de suor e sabão barato, era viciante. Lucas se aproximava mais a cada minuto, como se fosse puxado por um ímã primal.

Antonio percebeu. Abriu os olhos devagar.

— Vai. Cheira. Bem fundo.

Lucas obedeceu. Encostou o rosto na sola direita. Inspirou devagar, enchendo os pulmões com aquele odor masculino e cru. Gemeu baixinho, sem perceber. A ereção pulsava por trás do tecido fino do short.

— Tá gostando demais disso, não tá? — Antonio riu. — Mal começou e já tá viciado.

Lucas assentiu com a cabeça. Os olhos fechados. O rosto ruborizado.

— Beija agora. Cada dedo.

Um a um, os dedos foram tocados com os lábios, depois com a língua. Lucas os tratava como se fossem relíquias sagradas. Lambeu as pontas, chupou levemente cada um, passando a língua entre eles. O pé inteiro estava agora úmido de saliva e devoção.

Antonio deixou a cabeça cair pra trás, os braços abertos, o peito subindo e descendo com o prazer de ser servido. Seu membro já ereto fazia volume por baixo do short de algodão, mas ele não se mexia. Queria saborear o domínio antes do prazer.

— Agora lambe a sola. Inteira. Como se fosse a sua última chance de me ter.

Lucas colou a língua na parte debaixo do pé esquerdo e passou devagar, de baixo pra cima, sentindo o sal, a textura da pele, o calor. Era como se cada centímetro daquele pé fosse feito pra ele adorar. A vergonha se transformara em febre. Ele estava entregue.

Antonio ergueu o outro pé e pousou-o sobre a nuca de Lucas, pressionando devagar, como quem marca território.

— Isso. Você nasceu pra isso. Pra me servir. Pra viver debaixo dos meus pés.

Lucas gemeu de novo, abafado. Estava suado, trêmulo, e completamente submisso. A língua agora dançava entre os dedos dos dois pés, indo de um pro outro, sem pressa, como se saboreasse algo precioso. Antonio revezava o contato — ora descansava um pé sobre o rosto dele, ora usava o outro para esfregar contra sua boca, seu nariz, seu queixo.

— Fala. Diz de quem você é.

— Sou seu, meu Rei... — Lucas murmurou. — Só seu...

Antonio sorriu, triunfante.

— Amanhã a gente sobe de nível. Mas por hoje... você vai dormir com o cheiro dos meus pés no rosto.

Ele se levantou, apagou a televisão.

— Deita aí. Aos meus pés. Igual um bom escravo.

Lucas deitou no lado oposto à cabeceira da cama, a cabeça próxima aos pés de Antonio, que se ajeitou na cama e os posicionou em cima do rosto dele, como travesseiro.

— Boa noite, escravinho.

Lucas fechou os olhos com um leve sorriso. Nunca tinha se sentido tão... vivo.

(Continua)

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