Entre o Real e o Sonho – Parte II
Acordou com o corpo ainda pulsando. Amanda sentia os lençóis colados à pele, o sexo úmido, o coração acelerado. Rafael estava ao seu lado, observando-a com aquele sorriso que misturava curiosidade e desejo.
— Você gemia enquanto dormia... — ele disse, passando os dedos pelo seu quadril nu, provocando um arrepio que subiu até a nuca.
— Sonhei com você... e com ele — sussurrou Amanda, sem vergonha. Seus olhos estavam escuros de desejo.
— Conta. — Ele se aproximou, beijando o ombro dela.
— Você me beijava, me prendia com o corpo. Estava por trás, profundo, quente. E ele... ele estava na frente. Beijava minha boca, meus seios... e depois... entrou em
mim. — Ela gemeu só de lembrar. — Eu senti os dois... ao mesmo tempo. Um no meu sexo... o outro no meu outro lado. Era intenso... quase irreal.
Rafael sorriu, excitado.
— Vamos brincar de tornar esse sonho realidade?
Ele puxou o brinquedo de vidro da gaveta. Amanda já sabia o que viria. Eles já tinham ensaiado aquilo outras vezes — primeiro com os dedos, depois com o consolo. Mas nunca com dois homens. Ainda assim, aquela noite seria especial.
Amanda deitou-se de bruços, e Rafael foi paciente, cuidadoso, como sempre. Ele preparou cada parte do corpo dela com carinho e tesão. O consolo foi introduzido com suavidade, enquanto ele a penetrava por trás. O calor do corpo real e a frieza provocante
do vidro criavam uma combinação enlouquecedora. Ela gemia alto, sentindo-se preenchida completamente. Era como se vivesse o sonho, só que com o toque seguro do homem que a conhecia por completo.
— Gosta assim, meu amor? — ele perguntava entre investidas.
— Sim... me usa. Me preenche... quero mais... quero os dois.
Rafael acelerou, e ela quase perdeu o fôlego. Cada estocada fazia o consolo pressionar ainda mais fundo dentro dela. Seus gritos se tornaram mais altos, desinibidos. Estava completamente entregue. O orgasmo veio como uma onda, forte, avassaladora. Suas
pernas tremeram, e ela caiu sobre os lençóis como se tivesse explodido por dentro.
Mais tarde, exausta e satisfeita, adormeceu novamente. E dessa vez, o sonho foi ainda mais real.
Era a mesma cama, mas Leo estava ali também. Ele tocava seus seios com firmeza, a boca explorando cada centímetro dela. Rafael a beijava por trás, lambendo sua nuca.
Estavam os dois nela — um na frente, o outro por trás. Gemidos abafados, mãos segurando seus quadris, bocas beijando seus ombros. Amanda gritava, implorava, suava.
Ela sentia tudo: o estiramento delicioso, o calor, o contraste de movimentos, os dois ritmos se alternando até se tornarem um só. Quando gozou, foi tão intenso que acordou de novo, molhada, arfando — e com Rafael ao seu lado, ereto, pronto para mais uma
rodada.
— Foi melhor agora? — ele sussurrou, rindo.
Amanda apenas puxou-o para si, olhando nos olhos:
— Ainda é só o começo...