Entre o Real e o Sonho – Parte VII: O Ritual

Um conto erótico de Gmais77
Categoria: Grupal
Contém 557 palavras
Data: 04/06/2025 15:26:57

Entre o Real e o Sonho – Parte VII: O Ritual

O quarto escolhido não era o da suíte do casal. Era outro, mais neutro, reservado no andar de cima da pousada. Rafael quis assim. Queria que Amanda sentisse que estava entrando em um espaço novo — um santuário provisório, como ele chamara.

A cama era ampla, os lençóis brancos, e o ambiente aromatizado com lavanda e notas de sândalo. Luzes baixas, nada de música. Apenas o som do mar, filtrado pelas janelas entreabertas. Marco chegaria em breve. Amanda, vestida com uma camisola de seda

leve, caminhava pelo quarto sentindo a textura da liberdade na pele.

Rafael a observava. Estava vestido, mas descalço. Havia um respeito quase cerimonial em sua postura.

— Você está linda. Mas mais do que isso... está inteira.

Amanda se aproximou e segurou a mão dele.

— Eu estou nervosa. Mas não com medo. É como se eu estivesse prestes a atravessar algo que esperei minha vida inteira. E você... é meu chão.

Rafael a puxou devagar para seus braços.

— Eu estarei aqui o tempo todo. Olhando pra você. Tocando você. Guiando, se for preciso. Mas mais do que tudo... celebrando você.

Alguém bateu na porta. Uma batida só. Delicada. Amanda respirou fundo.

Rafael abriu. Marco entrou.

Ele trazia vinho, mas não ofereceu de imediato. Apenas olhou para Amanda, depois para Rafael — como quem entra em um lugar sagrado e pede permissão antes de pisar.

— Ainda podemos voltar atrás. — disse Rafael, olhando para ela.

Amanda caminhou até Marco. Ficou diante dele por alguns segundos. Então, falou:

— Antes de qualquer coisa... quero que você me veja. Não só o corpo — mas tudo. Eu não sou só uma fantasia. Sou uma mulher inteira. E se for pra acontecer... tem que ser com isso claro.

Marco assentiu com uma seriedade quase reverente.

— Eu vejo você. Não como peça de prazer. Mas como um campo onde desejo, respeito e entrega dançam juntos.

Ela sentiu as pernas tremerem. Mas ficou firme.

Rafael se aproximou.

— Então vamos fazer um pacto. — Ele pegou um papel em branco e escreveu três palavras, uma abaixo da outra:

Desejo. Confiança. Liberdade.

— Essas são as três únicas regras. Tudo que acontecer aqui tem que nascer dessas palavras. Se alguma delas faltar, a gente para. Sem hesitação.

Amanda olhou para os dois homens. E então, surpreendendo a si mesma, pegou o papel e desenhou um pequeno círculo em volta das palavras. Um gesto simbólico. O selo do ritual.

— Então estamos dentro. — Ela disse, a voz firme.

Os três se sentaram no chão, ao redor da folha, bebendo um pouco do vinho que Marco trouxera. Nenhum toque ainda. Apenas olhos. Presença. Tempo.

A tensão crescia, mas era serena. Nada era apressado. Amanda sentia o calor do desejo subir pelas pernas, pelos seios, pelo ventre — mas sem pressa de explodir. Queria sentir cada centímetro da travessia. Queria que seu corpo soubesse que estava segura.

— Hoje... — ela disse, olhando para ambos — quero ser tocada como quem abre um livro proibido. Com respeito, mas com fome.

Marco sorriu, breve. Rafael a beijou com uma ternura firme.

— Então será assim. Amanhã, ou esta noite. No tempo do seu corpo.

Amanda fechou os olhos por um instante. Quando abriu, já não havia mais medo.

Apenas um desejo que agora sabia andar de mãos dadas com o amor.

E ali, naquele quarto, o ritual estava completo.

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