O MAESTRO: 03 – OLHARES E CIÚMES

Um conto erótico de Carlos
Categoria: Gay
Contém 2802 palavras
Data: 05/06/2025 15:47:21

Era aniversário da minha tia. Mais uma festa em família no quintal, com churrasco, som alto e cerveja gelada escorrendo nas garrafas. O sol batia forte, e o cheiro de carne na brasa misturado ao suor e às risadas dava aquele clima típico de reunião entre parentes.

Eu cheguei um pouco mais tarde, de regata e short leve. Cumprimentei todo mundo, e logo me enturmei com os primos e tios. Mas bastou um olhar em volta pra ver ele. O maestro. Sentado perto da churrasqueira, com uma lata na mão, short de nylon e uma camiseta aberta no peito, suado, rindo alto com os outros homens.

Fingia normalidade, mas os olhos dele me seguiam de longe.

Entre um gole e outro, notei que Elias — o amigo dele da cidade vizinha — também estava ali. De óculos escuros, boné e camisa cavada. Trocamos um cumprimento discreto e, num momento em que o som baixou, ele se aproximou com uma cerveja na mão.

— Sumido, hein? — disse ele, encostando ao meu lado sob uma árvore.

— Nem me fale... final de férias é sempre correria.

— E o maestro? Ainda te liga?

— Às vezes... depende do humor — respondi, rindo de canto.

Ficamos ali trocando ideia, meio afastados do burburinho, num cantinho da lateral da casa. Conversa leve, com provocações veladas, sorrisos cruzando significados. Mas eu sentia que não estávamos exatamente sozinhos.

E não estávamos.

Do outro lado do quintal, o maestro nos observava. O olhar antes tranquilo agora estava escuro, tenso. Ele apertava a lata de cerveja, os dedos firmes, os olhos sem disfarce. Viu quando Elias tocou meu braço ao rir. Viu meu sorriso. E aquilo bastou.

Levantou do banco, largou a lata na mesa com força e veio andando na nossa direção, passos firmes, respiração visivelmente alterada. Elias nem percebeu de cara, mas eu sim. E meu corpo já reagia — uma mistura de medo e excitação.

— Que foi, maestro? Perdeu alguma coisa por aqui? — disse Elias, rindo, quando ele se aproximou.

O maestro nem respondeu. Me olhou direto, com os olhos apertados.

— Posso falar contigo um minuto? — perguntou, a voz baixa, controlada.

— Claro — respondi, tentando soar natural.

Ele me puxou levemente pelo braço, conduzindo até a lateral da casa, perto do muro, onde ninguém estava vendo. Me encostou ali, sem encostar de fato, mas invadindo todo o meu espaço.

— Desde quando você e ele ficam trocando risadinha assim?

— A gente só tava conversando. Relaxa...

— Relaxar? Com o safado do Elias te tocando? Ele pensa que é quem? — a voz dele era baixa, mas cortante. — Tu é meu, porra. Esqueceu?

— Ué... até onde eu sei, você que anda sumido. Agora aparece e quer marcar território?

Ele se aproximou mais. O corpo colado no meu, o calor dele queimando meu peito.

— Não marca, não. Eu tomo — sussurrou, com os dentes cerrados. — Se ele botar a mão em você de novo, eu faço ele sair daqui sem andar.

Fiquei sem reação por um segundo. O pau começou a endurecer na bermuda só com o tom da voz dele. Firme, bruto, possessivo.

— É isso que você quer? Me ver com outro pra se lembrar que eu sou teu?

Ele me encarou por mais alguns segundos, e depois disse, quase rosnando:

— Depois a gente conversa direito. Quando essa porra de festa acabar.

E saiu, deixando o cheiro dele e o coração disparado no meu peito.

Voltei para o quintal como se nada tivesse acontecido. O coração ainda batia acelerado, a pele quente do impacto daquelas palavras. O maestro... ele me queria só pra ele. E agora eu sabia disso sem dúvida.

Mas também sabia jogar.

Elias ainda estava no mesmo canto de antes, apoiado no muro com uma cerveja nova na mão. Me viu chegando e sorriu com naturalidade.

— Achei que o maestro ia te sequestrar.

— Quase isso — respondi, rindo. — Mas acho que ele só tava com calor. Esquentado, né?

— Sempre foi. E meio possessivo também.

— Percebe-se...

Me encostei ao lado dele, dessa vez mais perto. Proposital. O suficiente pra ele sentir o calor do meu corpo. Fiquei de lado, com uma perna dobrada no muro e o braço encostado na parede atrás de Elias, num gesto casual, mas claramente íntimo.

— E você... gosta dele assim? — Elias perguntou, encarando meu rosto.

— Gosto de quem sabe o que quer. Só não gosto de quem acha que pode mandar.

Elias riu, olhando pra minha boca. Passou os dedos de leve no meu braço.

— E o que você quer, Carlos?

Antes que eu respondesse, deixei meu olhar escapar propositalmente na direção do quintal. E lá estava ele: o maestro. Sentado à mesa com alguns parentes, fingindo prestar atenção na conversa, mas com os olhos fixos em nós dois. O rosto sério, a mandíbula contraída, o copo de cerveja apertado com força.

Ele estava fervendo. Eu sentia. Aquela tensão atravessava o quintal como uma corrente invisível. E eu estava adorando.

— Acho que... — respondi para Elias, voltando a encará-lo — gosto de provocar.

Me inclinei um pouco mais, deixando meu rosto perto do dele. O suficiente pra parecer que ia beijar, mas parando bem antes. Apenas sorri.

— E você? Aguenta uma provocação?

Elias me encarava com um brilho no olhar, mas ainda sem se mover. O jogo estava lançado. E lá do outro lado, o maestro me via. Cada gesto. Cada toque. Cada movimento da minha boca. Ele via tudo — e não podia fazer nada. Ainda não.

Pela primeira vez, ele não tinha o controle.

Voltei a beber, rindo de algo que Elias disse, fingindo normalidade. Mas por dentro, a antecipação crescia. O maestro estava prestes a explodir. E eu? Só queria ver até onde ele aguentava antes de me arrastar dali como um macho possuído.

E eu sabia... a noite ainda estava só começando.

A festa continuava, o som mais alto agora, os tios já mais soltos pela cachaça, as tias dançando perto da churrasqueira, e as crianças correndo com copos de refrigerante. A noite chegava com aquela brisa morna, e as luzes amarelas do quintal criavam sombras nas paredes.

E eu? Eu mantinha meu jogo.

Continuei perto de Elias, rindo, conversando, deixando o toque escorregar pelo braço dele de vez em quando, me inclinando pra falar mais perto do ouvido quando a música ficava alta demais. Era impossível que alguém de fora não notasse a intimidade. E era óbvio que era de propósito.

A cada vez que olhava discretamente na direção do maestro, lá estava ele. Parado agora, de pé, encostado num canto do muro, com o copo já vazio e a boca cerrada. O olhar queimava. Ele nem fingia mais que estava tranquilo.

Em dado momento, olhei no relógio, respirei fundo e disse pra Elias:

— Vou ao banheiro rapidinho... segura minha cerveja?

Ele assentiu. Me afastei sem pressa, passando por entre os convidados, cumprimentando um primo, desviando de uma dança desengonçada. Entrei na casa, que estava mais silenciosa, com luzes baixas e vozes abafadas vindas da varanda. Fui até o corredor, empurrei a porta do banheiro e entrei.

Mal fechei a porta atrás de mim, e a maçaneta girou de novo. A porta se abriu com força. Era ele.

O maestro.

Entrou e fechou atrás de si, trancando com um estalo. Ficamos ali, nos encarando no pequeno banheiro, onde o cheiro de sabonete e cigarro ainda pairava no ar.

— Tá se divertindo? — ele perguntou, a voz baixa, mas carregada.

— Um pouco — respondi, com um sorrisinho de canto.

— Provocando aquele velho na minha frente... se esfregando como se fosse solteiro.

— Você é casado. Eu tô solteiro.

Ele avançou um passo. Ficou tão perto que senti a respiração quente no meu rosto.

— E teu cu tem dono. Ou já esqueceu?

Não respondi. O olhar dele era de raiva, mas por trás tinha algo mais — desejo bruto, desespero.

— Vem comigo. Agora.

— Pra onde?

— Não pergunta. Só vem.

Destrancou a porta com um gesto rápido, puxou meu braço com força controlada e me guiou pela casa até a garagem. Ninguém notou. O barulho da música, as risadas, a bebida... tudo abafava os passos rápidos e silenciosos.

Abriu a porta do carro e mandou, sem olhar:

— Entra.

Obedeci. O carro ligou com um rugido, e saímos devagar, como se fosse uma simples saída qualquer. Mas no ar... só havia uma certeza: ele não ia mais aceitar me dividir com ninguém.

E agora, sozinhos no carro, a noite finalmente seria dele.

O carro avançava pelas ruas escuras do bairro, os faróis iluminando pedaços de asfalto e postes apagados. Dentro, o silêncio era denso. Só o som do motor e o ar-condicionado fraco enchendo o espaço. O maestro dirigia com uma das mãos firmes no volante e a outra apoiada na coxa, os dedos batendo com leveza, como se tentasse conter o que fervia por dentro.

Olhei de lado. A mandíbula dele travada, o olhar fixo na estrada, mas os olhos cheios de raiva contida e desejo acumulado. A luz do painel desenhava o contorno do rosto dele, suado, com a barba rala sombreando a boca que eu lembrava tão bem.

— Você acha que eu sou o quê? — ele perguntou de repente, sem tirar os olhos da pista.

— Como assim?

— Acha que pode ficar se esfregando em outro cara na minha frente e sair rindo depois?

— Eu só tava conversando... — respondi, provocando de leve. — Foi você quem sumiu.

Ele bufou, soltando o volante por um segundo pra ajeitar o short. O volume ali já marcava grosso, pesado, vivo.

— Eu sumi porque é difícil fingir normal com você por perto. Tu me tira do sério.

— E agora?

Ele me olhou por meio segundo. O suficiente.

— Agora tu vai ver quem manda.

O carro virou à direita, entrou numa rua mais silenciosa ainda, com poucas casas e quintais escuros. Parou na frente de um portão já conhecido: a casa dele. A mesma onde tudo tinha começado com olhares, toques escondidos e desejo proibido.

Ele desligou o carro, desceu primeiro e abriu o portão. O cachorro latiu uma vez e reconheceu a presença dele, ficando quieto. Entramos. O portão se fechou com um estrondo metálico atrás de nós.

Dentro da casa, só o barulho do ventilador girando devagar e um abajur na sala aceso. Ele trancou a porta e se virou.

O olhar dele agora era puro instinto.

Veio até mim sem dizer nada, me encurralou na parede da sala e me beijou com brutalidade. A boca quente, a língua invadindo, os dentes raspando no meu lábio.

— Vai fazer eu te comer aqui mesmo na sala... ou quer que eu te leve pro quarto?

— Onde você quiser — sussurrei, sentindo meu pau pulsar dentro da bermuda.

Ele agarrou meu queixo com a mão firme.

— Não é onde eu quiser. É onde eu mandar.

Me virou com força, me empurrou de leve até o corredor e me guiou direto pro quarto do fundo. Tudo escuro, mas ele sabia o caminho de cor. Jogou as chaves sobre a cômoda, trancou a porta do quarto, e tirou a camiseta com um só movimento.

— Tira essa roupa. Agora. Antes que eu rasgue.

Fui tirando devagar, só pra provocar. Ele veio até mim e me puxou pelo cós da bermuda, desceu tudo de uma vez, junto com a cueca. Me deixou nu ali, no centro do quarto, exposto, entregue.

— Olha esse corpo... e ainda quer brincar com outro homem? — disse ele, se aproximando, o pau já saltando pra fora do short. — Tu vai aprender a quem pertence.

A rola dele, grossa, escura, já pingava. E eu sabia que aquela noite... não seria de conversa.

Ele me empurrou com força contra a cama, me fazendo cair de bruços. Antes mesmo que eu pudesse me ajeitar, ele já estava em cima, segurando minha cintura com as mãos quentes e pesadas, o corpo colado ao meu.

— Tu me deixou doido hoje... fez eu te imaginar sendo tocado por outro — rosnou no meu ouvido. — Agora vai pagar nessa bunda.

Ajoelhou-se atrás de mim e abriu minhas nádegas com os dedos grossos, sem nenhuma delicadeza. Cuspiu ali, direto no cu, esfregando com os dedos e espalhando com a cabeça da rola.

— Fica quieto... não diz nada — sussurrou, e antes mesmo que eu pudesse respirar fundo, ele meteu.

Entrou de uma vez, com força, sentando até o fundo, me fazendo gemer alto, o rosto afundado no colchão. O pau dele me rasgava, tomava conta do meu corpo com violência.

— Isso... sente, porra. Teu cu é meu — dizia entre estocadas fortes, ritmadas, firmes.

A cama rangia, a cabeceira batia na parede, e ele me fodia com raiva, com posse. Uma mão prendia minha nuca contra o colchão, a outra cravava meus quadris, puxando com força a cada socada.

— Tá doendo? — perguntou, com a voz grave.

— Tá... — gemi, sem fôlego.

— Bom. Tem que doer mesmo. Pra você lembrar que ninguém encosta nesse rabaço além de mim.

Me virou com brutalidade, colocou minhas pernas sobre os ombros e meteu de frente agora, olhando nos meus olhos enquanto socava fundo. Suando, gemendo, os músculos do braço dele se contraindo com cada estocada.

— Olha pra mim — ordenou. — Quero ver tua cara quando gozar.

Eu mal conseguia manter os olhos abertos. O prazer era insano. Me senti dominado por completo, consumido por aquele homem que me queria tanto quanto me odiava naquele momento.

Ele me virou de lado, depois me colocou de joelhos no chão, com as mãos apoiadas na beirada da cama, e voltou a meter por trás. O som dos estalos da pele contra pele enchia o quarto.

— Vai... rebola nessa pica, safado. Mostra que gosta de ser meu brinquedinho.

Eu obedecia. Empinava mais, gemia, rebolava, sentindo o pau dele tomar cada parte de mim.

De repente, ele me puxou com um braço firme pela cintura e me ergueu com o pau ainda enterrado. Me levantou de joelhos e colou o peito nas minhas costas, caminhando comigo devagar, com a rola cravada no meu cu, ainda dura, latejando.

— Vem comigo. Nem tenta tirar. Vai andar comigo com essa porra toda dentro.

Deu três passos puxando meu corpo como se fosse extensão do dele, me levando até a porta do quarto, ainda com o pau enfiado.

— Tu acha que é de alguém? Que pode sair se oferecendo por aí? Olha aqui... — e me deu um tapa na bunda — esse cuzinho aqui tem dono. Eu.

Me encostou de novo na parede do corredor, segurando minha garganta com firmeza, mas sem machucar, só o bastante pra sentir que ele tinha total controle. E começou a bombar ali mesmo, de pé, no corredor escuro da casa.

— Vou te foder em cada canto, Carlos. Tu vai lembrar de mim em todo cômodo. Na sala, na cozinha, no quintal se eu quiser.

Me virou outra vez e me fez apoiar no batente da porta. Voltou a socar com força, sem pausa, sem piedade.

— Vai me pedir pra gozar dentro... vai suplicar.

E eu, tremendo, sem mais resistência, gemia alto, sem vergonha.

— Mete... mete, porra... goza em mim...

— Tu pediu... então sente.

Com um gemido forte, ele se cravou fundo e gozou. Senti cada jato quente me invadir, preenchendo meu cu como se marcasse território. Gozei junto, sem tocar, o prazer me rasgando por dentro, tremendo todo, escorrendo até o chão.

Ficamos ali parados, colados, com ele ainda enterrado em mim, arfando no meu pescoço, o cheiro de suor e sexo dominando o ar.

Depois, me abraçou por trás, e disse entre dentes:

— Ninguém te fode como eu. Tu é meu. Sempre foi.

Depois de alguns minutos parados ali no corredor, ainda ofegantes, com o corpo colado e o calor da foda escorrendo pelas coxas, ele me virou de frente. O olhar já não era de raiva — era de posse, de certeza. Passou a mão no meu rosto, firme, sem delicadeza, mas com intenção.

— Vai lembrar de hoje cada vez que olhar pra aquele velho safado — disse, encarando meus olhos. — E vai saber que ninguém te fode como eu.

Assenti em silêncio. Não precisava dizer nada. Meu corpo já tinha falado por mim — cada gemido, cada tremor, cada gota de gozo que ainda escorria das minhas pernas.

Fomos pro banheiro em silêncio. Tomamos um banho rápido, úmido de calor e silêncio cúmplice. Ele lavou o próprio corpo com pressa, mas ainda passou a mão no meu peito ao sair, como quem não queria desgrudar de tudo.

Vestimos a roupa de novo com calma. E antes de sairmos, ele me puxou pela nuca e disse:

— Na frente dos outros, você age como quiser. Mas aqui... tu é meu. Entendido?

— Entendido — respondi, com a voz baixa, mas firme.

Saímos da casa como dois amigos que tinham ido apenas “buscar algo”. Ninguém suspeitou. Ninguém comentou.

Mas no caminho de volta pra festa, no carro, ele dirigia com uma mão no volante... e a outra descansando na minha coxa. Apertando de vez em quando, só pra lembrar que eu ainda era dele — e que aquilo, longe de terminar, só tinha recomeçado.

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Comentários

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Perfeito macho dominador, fode gostoso, a esposa è só um detalhe.

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PORRA MANDA ESSE MAESTRO SE FUDER. ELE É CASADO, TEM A ESPOSA E TEM VOCÊ. PÉ NA BUNDA DELE. ELE NÃO TEM O DIREITO DE COBRAR NADA DE VOCÊ.

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💖 Você pode ver sem roupa de uma garota aleatória e ver completamente nua 😜 Avaliação conta muito! ➤ Ilink.im/nudos

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