Meu primo ninfomaníaco e eu - Parte 3 (Final)

Um conto erótico de Higor Santos
Categoria: Gay
Contém 2210 palavras
Data: 05/06/2025 21:21:27
Última revisão: 05/06/2025 21:25:40

Bom , até que enfim chegou a parte final!!!

Leia os outros contos para ficar mais interessante (quem não leu ainda).

Esse meu primo, o Richard… até hoje eu juro que ele tem algum tipo de vício ou distúrbio, vai saber. Era como se ele não conseguisse ficar sem transar. Sério. Às vezes eu ficava pensando se era só vontade ou uma necessidade real, física, quase como quem precisa de ar.

E o mais curioso de tudo é que, talvez por coincidência ou castigo do destino , eu acabei sendo meio assim também. Sedento. Fome de pele, de toque, de sentir o outro. Sempre fui. Mas com um detalhe importante: nunca fui de forçar nada. Nunca abusei da vontade de ninguém. Sempre foi no consentimento, no olhar que diz mais que mil palavras, na tensão no ar que só espera um passo em falso pra virar incêndio.

Mas com o Richard… era diferente. A gente cresceu junto. Brincávamos muito rsrs, descobrindo o mundo, e talvez até se descobrindo um no outro. Tinha momentos em que ele me olhava e eu não sabia se era só provocação ou se ele realmente queria alguma coisa. E pra ser honesto? Parte de mim queria também. Queria muito.

A gente não falava disso. Nunca. Mas os silêncios entre nós sempre foram barulhentos demais. Olhares longos, mãos que se encostavam “sem querer”, uma energia que sempre ficava entre o seguro e o inevitável.

Naquele ano de 2012, eu vivia indo na casa dele. Sempre tinha uma desculpa qualquer devolver um jogo, almoçar com a família, ou só matar o tempo mesmo. E quase sempre que eu chegava lá, ele estava sozinho. O que, sinceramente, era o que eu mais esperava.

Lembro de um dia específico. Ele estava sentado no sofá, mexendo no notebook, com o corpo largado de um jeito que deixava o volume da bermuda meio evidente. Eu entrei falando um “oi” despreocupado e ele respondeu no mesmo tom, mas sem tirar os olhos da tela. Nada demais… ou talvez tudo.

Sentei do lado, bem perto, e me joguei no sofá como quem já conhece cada canto da casa o que era verdade. Estiquei as pernas e fiquei deitado, mas sempre de olho nele. E então, do nada, ele perguntou:

“Quer mexer aqui no notebook?”

O jeito que ele perguntou não era inocente. E o olhar dele menos ainda. Eu, fingindo um ar sonso e provocador, respondi com um sorriso de canto e me levantei. Ele abriu espaço entre as pernas e, sem hesitar, me puxou leve, me acomodando no colo dele.

O notebook ficou entre nós dois, mas a tensão já não cabia mais na sala.

Fingi que estava concentrado na tela, mas cada toque do corpo dele no meu já acendia alguma coisa. A respiração dele estava no meu pescoço. As mãos dele… ainda quietas. Mas dava pra sentir a vontade gritando nas entrelinhas.

Eu queria ver até onde ele ia.

Senti o corpo dele se mover por baixo de mim, o quadril pressionando de leve, como se procurasse mais contato. Foi impossível ignorar o que estava rolando. A tensão virou algo físico, quente, e o silêncio da sala só deixava tudo mais intenso. Eu já estava… digamos, em um estado bem evidente, e ele sabia disso.

Foi nesse momento que uma lembrança bateu forte: a porta. Eu não tinha passado a chave. Meus tios podiam voltar a qualquer momento da igreja. Mas, sinceramente? A adrenalina só fazia tudo parecer mais proibido, mais viciante.

Ele se inclinou e sussurrou algo no meu ouvido, com uma voz rouca que quase fez meu corpo inteiro arrepiar. Em seguida, afastou o notebook e começou a abrir minha calça com calma, como se tivesse feito aquilo mil vezes na cabeça. Tudo nele os gestos, o jeito que me olhava, o toque quente nas minhas costas gritava desejo contido.

Quando me virei de leve e vi o corpo dele se despindo, por um segundo eu perdi o fôlego. Pele morena, músculos definidos, um leve brilho no peito… e aquelas malditas entradas na barriga que sempre me deixaram maluco. Ele sabia o efeito que tinha em mim e naquele instante, parecia pronto pra usar isso até o fim.

Ele me empurrou suavemente para baixo, para eu chupar ele. Seus dedos passaram pela minha nuca com firmeza, guiando meus movimentos com um controle silencioso que, de alguma forma, me deixava ainda mais entregue.

Fiquei ali, ajoelhado diante dele, por longos minutos. O tempo parecia se dissolver enquanto ele sussurrava palavras entre gemidos e suspiros que acendiam algo dentro de mim. Era como se ele tivesse guardado esse momento por tanto tempo… e agora estava deixando tudo vir à tona.

A intensidade crescia a cada segundo. Os toques dele se tornavam mais firmes, mais brutos, mas nunca sem desejo. Havia uma força ali, um domínio que ele sabia exatamente como exercer. E eu… eu estava rendido. Sem medo. Sem dúvida. Só desejo.

Ele me virou e me jogou no sofá com uma vontade que misturava necessidade e urgência. Senti o estofado duro nas costas, mas naquele momento… nem liguei. Nada mais importava além do calor, do corpo dele sobre o meu e do ritmo que agora nos dominava.

Os gemidos dele tomaram a sala como um segredo mal guardado e eu adorava isso. Adorava o som da entrega, adorava saber que ele estava tão entregue quanto eu. Quando ele gozou dentro, o corpo inteiro dele tremeu contra o meu, e eu só consegui sorrir em silêncio, ainda sem ar, ainda vibrando.

Nos vestimos rápido, mas ainda ofegantes. Me ajeitei como deu, os cabelos bagunçados, a respiração querendo voltar ao normal. E ainda com o esperma dele dentro de mim. Estava me arrumando para sair quando, de repente, a porta da sala se abriu com tudo.

Meus tios.

Por um segundo, o sangue gelou.

Eles entraram conversando alto, parecendo não ter notado nada. Disseram que iam comprar pizza, e me pediram pra ficar. Mas eu, no reflexo, disparei a primeira desculpa que veio à cabeça:

— Ah, não posso… minha mãe marcou de ir na casa da amiga dela, vou com ela.

Dei um sorriso meio travado, me despedindo rápido, tentando parecer natural, mesmo com o coração ainda batendo no ritmo da cena anterior.

Na rua, o ar da noite me bateu no rosto. Frio. Mas dentro de mim, ainda ardia.

Passei correndo para o banheiro de casa e fui logo me limpar e claro, coloquei o dedo molhado dentro da boca pra sentir o gosto do esperma dele de novo.

No dia seguinte, a rotina de fim de tarde já se desenhava com aquela familiaridade quase nostálgica. Minha família toda na frente de casa, como sempre. Risadas, provocações, o som da bola batendo no chão e voando entre os braços dos meus tios e primos. Aquilo fazia parte de quem a gente era.

E lá estava ele.

Jogando vôlei como se nada tivesse acontecido. Rindo, zoando os outros, com aquele jeito despretensioso que sempre escondeu algo mais por trás dos olhos dele. E eu observando, tentando não deixar transparecer demais… mas cada gesto, cada olhar cruzado, me fazia lembrar da noite anterior como se ainda estivesse acontecendo.

Foi quando ele avisou que ia se arrumar tinha um compromisso mais tarde. E, no meio do caminho, comentou que ia pegar a bomba da bola, pra deixar com os tios.

— Quer ir lá buscar comigo? — perguntou, com aquele tom que parecia inocente… mas não era.

— Claro. — respondi, quase antes dele terminar a frase.

A verdade? Eu já sabia o que queria. E ele também.

Entramos juntos, disfarçando, como se fôssemos só dois primos indo buscar um objeto qualquer. Mas assim que a porta se fechou atrás de nós e o som da rua ficou abafado… o silêncio tomou conta de novo. Aquele silêncio que falava mais do que qualquer palavra.

A casa parecia a mesma de sempre, mas o clima entre nós era outro. Mais denso. Mais carregado de intenções.

Ele caminhou na frente, fingindo procurar a bomba da bola. Eu fui atrás, observando cada movimento, cada gesto. A forma como ele encostava na parede, como puxava a camisa para cima para secar o suor do pescoço. Tudo nele parecia feito pra me provocar.

Quando se virou de novo pra mim, os olhos dele já estavam diferentes.

— Tá procurando a bomba… ou outra coisa? — ele soltou, com aquele meio sorriso que entregava tudo.

Não precisei responder.

Ele soltou aquele comentário e foi direto pro banheiro, como se já soubesse o que viria a seguir. Tirou a camiseta pelo caminho, deixando jogada numa cadeira, e entrou no cômodo com a naturalidade de quem sabia exatamente o efeito que causava.

Curioso ou talvez já rendido à vontade fui atrás. Quando cheguei à porta entreaberta, o som do chuveiro já preenchia o espaço. O vapor começava a tomar conta do ar, embaçando o espelho, abafando o mundo lá fora.

Foi quando o vi.

Ali, sob a água, de costas, o corpo nu iluminado pela luz branca do teto. Os ombros largos, as costas fortes, as gotas escorrendo pela pele morena. Um cenário que parecia saído de um filme. E eu… eu já não sabia mais se queria apenas observar ou atravessar aquele limite invisível entre a tensão e o toque.

E atravessei.

Entrei no banheiro e me aproximei devagar. Ele não se virou de imediato, mas quando percebeu minha presença, apenas estendeu a mão pra mim sem palavras, sem perguntas. Só o gesto. Um convite mudo que eu aceitei sem pensar.

A água escorria sobre nós dois agora, misturando calor com desejo, silêncio com suspiros. O mundo parecia pausado. Ali, entre as paredes do banheiro e o barulho do chuveiro, vivemos outro daqueles momentos intensos que nunca eram planejados, mas pareciam inevitáveis.

Depois, me vesti às pressas, tentando dar um jeito na roupa ainda úmida, no cabelo bagunçado, no rosto que claramente não escondia o que tinha acontecido. Quando desci, o grupo ainda estava reunido jogando vôlei. Um dos meus primos olhou pra mim e soltou:

— Ué, você molhou a roupa? O que aconteceu?

Pensei rápido. Respirei fundo.

— Ah, tava muito calor lá em cima. Aproveitei a mangueira e joguei um pouco de água em mim. — respondi, tentando rir com naturalidade.

Riram junto, aceitaram a desculpa. E a vida seguiu.

Mas dentro de mim… eu sabia que aquele “calor” era de outro tipo. E que, dali pra frente, as tardes de vôlei em família nunca mais seriam as mesmas.

Eu era da igreja dos pais dele. Firme, presente, acreditando que ali estava o certo, mesmo com tudo que carregava dentro de mim meus desejos, minhas dúvidas, meus silêncios. Richard também estava lá. Filho de pastores. Um dos líderes, respeitado, admirado. Era estranho pra mim viver essa dualidade entre o que sentíamos nos encontros secretos… e o que ele representava diante de todos.

O problema é que aquilo tudo virou fumaça quando ele apareceu com uma namorada. Do nada. Doeu. Mais do que eu queria admitir.

A sensação foi de traição. Não só pelo que fizemos, mas pelo que ele fingia nunca ter acontecido. Me vi mergulhado num ciúmes amargo, num silêncio revoltado. E então tomei uma decisão: saí da igreja.

Fui até os meus tios, pais dele, e disse que não me sentia mais à vontade. Falei que precisava de um tempo, mesmo sem dar todos os detalhes. Ele, claro, também foi avisado. Mas não disse nada. Nem uma mensagem. Nem um olhar. Nada.

O tempo passou. A gente se afastou.

Foi aí que, um dia, conversando com uma amiga da escola que também frequentava a igreja ela me contou algo que me paralisou:

— O Richard abusou de mim uma vez.

Meu mundo desabou. O que antes era raiva e mágoa virou uma mistura de nojo, culpa, medo e confusão. Eu não sabia o que sentir. Aquela figura que, por um tempo, me envolveu, me tocou, me despertou, agora era outra. Um homem que passou de desejo a repulsa num segundo.

Comecei a rever tudo. Os olhares dele. As atitudes. As palavras. Comecei a questionar se alguma vez ele realmente me enxergou… ou se sempre foi só sobre ele, sobre poder, sobre controle.

A partir dali, entendi que certas pessoas só parecem fortes porque sabem manipular. E que o silêncio, por mais barulhento que seja… às vezes protege monstros.

Apesar da raiva pelo que ele fez com a amiga, o que mais me consumia era o ciúmes de vê-lo com outra pessoa. Com o tempo, ele cresceu como pastor e até abriu uma igreja perto da dos pais dele. Em 2019, houve uma grande operação policial na minha rua, mas o caso não virou notícia. Descobri que ele havia abusado de 21 meninas na igreja, mas escapou impune, fugindo para o Mato Grosso para evitar a exposição. Hoje, ele está casado com a namorada e tem duas filhas.

Ou seja, perdi meu gigolô ninfomaníaco. Sempre que me masturbo, penso nele; e toda vez que faço sexo com outros meninos, lembro dele. Ele fez sexo comigo como ninguém, e eu queria sentir isso de novo. Mas metade da minha família não fala mais com ele e nem eu falo(eu queria hahaha).

Vocês gostaram desse conto? Foi uma história verídica, e vou trazer mais relatos com meus outros amigos.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive HIGAO a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de nudy

❤️ Com um clique, você pode tirar a roupa de qualquer uma e ver tudo 😏 Avalie, por favor! ➤ Ilink.im/nudos

0 0