O que ficou 24

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4049 palavras
Data: 05/06/2025 23:29:42
Assuntos: Gay, Primo, Namorado, Oral, Anal

Rubens

— Você ainda vai precisar trabalhar hoje? — Antônio me pergunta quando entramos em casa.

— Vou, mas não devo demorar muito não.

— Você vai precisar entrar em alguma reunião? — Ele me envolve com seus braços fortes deixando meu rosto bem próximo do dele.

— Não, por que?

— Posso ficar com você no escritório então? — Não tem nada que ele me peça que não queira fazer.

— Só se você ficar tocando violão pra mim — um sorriso se ilumina no seu rosto.

Nossa noite encerra comigo trabalhando ao som do violão do Antônio. Ele fica no canto tocando e cantando pra mim, quanto ficou no computador corrigindo os problemas. A melodia suave do violão do Antônio embala a sala, e eu me pego sorrindo enquanto digito. Ele tem esse jeito de tornar tudo mais leve, até mesmo a burocracia do trabalho. De vez em quando, ele para de tocar para me observar, um olhar terno que me faz esquecer das horas.

— Tudo bem por aí? — Ele sussurra, a voz rouca, sem interromper a canção que flui de seus dedos.

— Tudo ótimo com a sua trilha sonora particular — respondo, e vejo um sorriso se desenhar em seus lábios.

O tempo voa assim, entre acordes e cliques no teclado. Às vezes, me pego cantarolando baixinho junto com ele, ou levanto para dançar um pouco enquanto a música toma conta do ambiente. Não é só ele que está me acompanhando; eu também me perco no ritmo da sua música, na suavidade de sua voz.

Quando finalmente encerro o último e-mail e fecho o notebook, o silêncio preenche o escritório, mas não é um silêncio vazio. É um silêncio que carrega a doçura das melodias que acabaram de cessar, a leveza da companhia um do outro.

— Pronto — digo, espreguiçando-me. — Missão cumprida.

Ele baixa o violão, e seus olhos encontram os meus. O cansaço do dia parece desaparecer quando ele se aproxima, os braços fortes me envolvendo em um abraço. O cheiro dele me conforta, e eu me aninho em seu peito, ouvindo o ritmo de seu coração.

— E agora? — Ele pergunta, a voz abafada pelo meu cabelo.

— Agora — respondo, erguendo o rosto para olhá-lo, — vamos pro quarto que eu vou te compensar por ter tido que trabalhar na nossa folga.

— Gostei.

Tiro toda a sua roupa, Antônio tem um corpo delicioso e um pau de deixar qualquer um com água na boca, tem a cabeça rosada e uma veias bem marcadas em sua extensão branquinha, a grossura é um atrativo a mais. Seu cheiro de macho me enlouquece.

Já tem um tempo que não usamos o brinquedo dele, me estico para pegar na segunda gaveta. Com os olhos brilhantes ele já está no ponto que eu gosto. Antes de massageá-lo com o massageador, faço questão de lubrificar seu membro grande e grosso com minha boca. Sinto o calor e a pulsação, o gosto de Antônio preenchendo meus sentidos. Minha língua passeia por toda a extensão, lambendo e sugando, preparando-o para o que vem a seguir. Ele solta gemidos baixinhos, um som que me incita a continuar.

Pego o massageador e posiciono a cabeça rosada do seu membro no orifício do brinquedo. Ele inclina seu quadril para cima garantindo uma penetração intensa que o faz arfar. Subo e desço o massageador, cobrindo cada parte, sentindo a veias salientes e a grossura que preenche minha mão. Seus dedos se agarram aos meus cabelos, puxando levemente para uma beijo, enquanto sua respiração se torna mais ofegante.

Ele arqueia as costas, e um gemido profundo e rouco escapa de seus lábios. Seus olhos estão semicerrados, focados em mim, cheios de desejo. Continuo o ritmo, acelerando um pouco, e o cheiro de Antônio se intensifica no ar, misturado ao nosso próprio cheiro de excitação. A cada movimento, sinto o massageador deslizar com mais facilidade, indicando o quão excitado ele está.

Quando ele atinge o ápice do prazer tiro o aparelho e o substituo pela minha boca, seu corpo se contrai e ele solta um urro abafado, preenchendo minha boca com sua essência quente e espessa. Engulo tudo, saboreando cada gota. Seus braços me envolvem novamente, apertando-nos em um abraço. O silêncio que se segue é preenchido apenas por nossas respirações aceleradas e os batimentos de nossos corações.

Antônio se afasta um pouco, o rosto ainda corado e os olhos brilhantes de prazer. Ele me encara com desejo e tesão, um sorriso lento se forma em seus lábios.

— Agora é a minha vez, meu amor — ele sussurra, a voz ainda um pouco rouca.

Ele se move, deslizando para baixo na cama, e eu sinto um arrepio gostoso percorrer meu corpo em antecipação. Antônio se posiciona entre minhas pernas, e eu as afasto um pouco para lhe dar espaço. A luz suave do abajur ilumina seu rosto enquanto ele me encara, um olhar de pura devoção e desejo.

Sua mão quente e firme acaricia minha coxa interna, subindo lentamente até chegar ao meu centro. Ele explora cada curva, cada reentrância, com uma delicadeza que me faz suspirar. Seus dedos brincam no meu cuzinho que pisca por ele, isso me faz sentir um calor familiar se espalhar por mim.

Antônio se inclina e eu sinto o calor de sua boca se aproximar. Seus lábios macios e úmidos me envolvem, e sua língua começa a me explorar com uma destreza que me faz prender a respiração. Ele me chupa profunda e vagarosamente, sugando e lambendo, e cada toque me leva mais perto da loucura.

Eu me curvo, agarrando seus cabelos sedosos, e meus gemidos se tornam mais altos e desinibidos. Antônio alterna a pressão, usando a ponta da língua, depois a língua inteira, e de vez em quando, sinto seus dentes roçarem de leve, me fazendo arrepiar ainda mais. Ele sabe exatamente o que fazer, como me provocar e me levar ao êxtase.

O prazer se intensifica rapidamente, e eu sinto meu corpo vibrar em resposta a cada movimento de sua boca. O tempo parece parar enquanto ele me adora, e eu me perco completamente nas sensações. Meus quadris se elevam instintivamente, buscando mais contato, mais prazer.

Quando a onda final se aproxima, eu me agarro a ele com força, meu corpo tremendo. Um grito abafado escapa da minha garganta enquanto o prazer me consome por completo. Antônio continua a me lamber e me beijar até que as últimas contrações diminuam, garantindo que eu sinta cada gota de prazer.

Ele levanta o rosto, os olhos encontrando os meus, um sorriso vitorioso e exausto em seu rosto.

— Satisfeito? — ele pergunta, a voz cheia de carinho e um toque de travessura.

Apenas assinto, ofegante, e o puxo para um abraço apertado. O cheiro dele, a sensação da sua pele contra a minha, tudo me conforta e me faz sentir amada. A noite de trabalho deu lugar a uma noite de pura conexão e prazer, e eu não poderia estar mais feliz.

Satisfeitos e exaustos, mas ainda com o desejo ardendo entre nós, Antônio me apertou em seus braços.

— Que tal um banho quente para relaxar? — ele sugere, a voz rouca, beijando meu ombro.

A ideia parecia perfeita. Levanto-me e, com um sorriso, ele me puxa junto para o banheiro. O vapor já estava preenchendo o ambiente enquanto a água quente caía no box, criando uma névoa convidativa. Entramos juntos, a água escorrendo por nossos corpos, lavando o cansaço do dia e intensificando a paixão que ainda nos consumia.

Antônio me envolve por trás, me puxando contra seu peito. Ele beija meu pescoço, e seus dedos deslizam por minhas coxas, me fazendo arrepiar. Sinto seu membro duro roçar em minhas nádegas, e sei exatamente o que ele está pensando.

— Está sentindo isso, Rubens? — ele sussurra em meu ouvido, a voz carregada de malícia. — Acho que ainda não terminamos.

Sinto seu corpo se mover contra o meu, e ele começa a me acariciar por trás, suas mãos explorando cada curva do meu corpo. Ele me vira devagar, e nossos olhos se encontram. O desejo em seu olhar é intenso, e eu não consigo resistir.

— O que você quer, Antônio? — pergunto, minha voz um pouco ofegante.

Ele sorri, um sorriso safado que me faz suspirar.

— Quero te ter por completo, meu amor.

Ele me empurra gentilmente contra a parede do box, e suas mãos descem para minhas nádegas, apertando-as com carinho e firmeza. Ele me inclina um pouco para a frente, e sinto a ponta de seu pau roçar em minha entrada. A água quente continua a cair sobre nós, criando um ambiente ainda mais íntimo e sensual.

— Você está pronto para mim, meu amor? — ele pergunta com sua voz grave e excitante.

Assinto, meu coração batendo forte no peito. Ele começa a me penetrar lentamente, e sinto a familiar sensação de preenchimento. É um prazer intenso, um misto de dor e êxtase que me faz gemer. Ele me penetra com cuidado, e eu me agarro à parede, permitindo que ele guie o ritmo.

À medida que ele me penetra mais fundo, a fricção da água e o calor de nossos corpos aumentam a intensidade. Seu quadri se move contra os meu em um ritmo cada vez mais rápido, e eu solto gemidos roucos no processo, minhas costas arqueadas em prazer. Antônio me beija o pescoço e os ombros, sussurrando palavras de amor e desejo em meu ouvido.

O prazer se torna avassalador, e eu me sinto à beira de um precipício. A cada estocada, a sensação de ser completamente possuído por Antônio se intensifica. Sinto sua respiração pesada em meu pescoço, e sei que ele também está perto do limite.

Com um último impulso, ele me penetra com força, e ambos soltamos um gemido abafado enquanto o prazer nos consome por completo. Nossos corpos se contraem, e eu sinto o calor de sua porra dentro de mim. Exaustos e satisfeitos, ficamos ali, abraçados sob a água quente, terminamos o banho e voltamos para cama, agora para dormir, pois ambos estamos satisfeitos.

Nossa semana começou bem. De volta à rotina, pela manhã indo pra auto escola, depois voltando pro trabalho, almoçando com Antônio na casa da tia Marli. Fico no trabalho até a hora de deitar, me sinto meio mal por não ter muito tempo pro Antônio, mas ele tem me apoiado muito.

Estamos no meio da semana — quarta feira — e já quero que as aulas na auto escola acabem logo, meu chefe tem sido a pessoa mais compreensiva do mundo comigo trabalhando nesse horário diferente, mas pra garantir sua boa fé tô trabalhando feito um maluco. O dia passou e nem senti, nem almoçar direito eu consegui, perdi a conta de quantas reuniões participei só hoje.

Antônio chegou com uma pizza para a gente jantar e está tomando banho, prometi que iria para e comer com ele, então estou correndo aqui enquanto ele banha para terminar e não ter que voltar a trabalhar depois de comer.

— Amor, tô pronto — ele aparece na porta e para minha sorte estou enviando o último e-mail.

— Só um segundo amor — finalizo o trabalho e desligo o computador — que horas são?

— Você trabalha no computador e não sabe a hoje? — Antônio está rindo — são onze e meia.

— Tive que tirar o relógio ou ia ficar maluco, foi tanta demanda que não sei como dei conta, tive que me desligar de tudo e focar só no trabalho.

— Amor você não almoçou, pelo menos comeu algo hoje?

— Comi uma maçã e tomei uma vitamina em algum momento — ele tem razão estou morrendo de fome.

— Macho você tem que comer, eles não te dão hora de almoço não? — Antônio está mais chateado por não ter comido do que por conta do trabalho em si, ele se preocupa muito comigo e gosto desse cuidado dele comigo.

— Não vou fazer isso de novo, prometo.

— Acho bom, se não vou ter que trancar o escritório é só deixar você voltar pro trabalho depois de comer — ele fica fofo todo preocupado.

— só quero comer e dormir, a gente pode não ter aula de direção hoje? Estou exausto.

— Claro amor, a gente comer e vai dormir, estou cansado também, hoje eu passei a tarde castrando os gaios de uma mulher — Antônio está com uma cara cansada mesmo — amor a mulher tinha doze gatos, DOZE, tipo eu amo, bicho, mas doze gatos dentro de casa pra mim não dá.

— Mas não é pago esse procedimento?

— Ela pagou, pelas doze castrações, fiquei tão chocado que fiz tudo hoje, quis nem saber, ela fez uma vaquinha online, acredita?

— Nossa, mas pensando bem acho que teria contribuído para essa vaquinha também, ter doze gatos dentro de casa não deve ser fácil.

— E detalhe todos extremamente bem cuidados, com a saúde em dias, peso certinho, não sei como ela consegue, fiquei muito surpreso.

— Isso que chamam de mãe de pet — Antônio começa a rir do meu comentário, mas somos interrompidos por uma ligação da minha irmã.

Penso em rejeitar a ligação e falar com ela depois, já tenho passado tão pouco tempo com Antônio ultimamente, mas para ela está me ligando uma hora dessas deve ser algo importante. Peço licença pro Antônio e atendo a ligação.

— Oi Julia?

— Irmão, desculpa te ligar a essa hora, mas é que tô com um problema aqui — meu coração acelera, Julia está com uma voz muito séria.

— O que aconteceu Júlia, foi alguma coisa com o vovô?

— Não irmão, eles estão bem, Rubens é o Mariano — Antônio me encara cheio de preocupação.

— O que tem o Mariano? — Só de dizer seu nome já é suficiente pro Antônio fechar a cara.

— Rubens, eu estava com o Tesão e uma amigas numa festa e o Mariano tava com uns amigos e com o coroa namorado dele, juro que fiquei na minha, nem falei com ele fingi que nem tinha visto.

— O que aconteceu Júlia? — Estou ficando impaciente.

— Rubens o cara é um animal babaca, eu fiquei chocada quando vi o cara batendo no Mariano — de repente sou tomado por uma confusão misturada com raiva.

— Como assim Júlia?

— Olha ele me pediu para não falar nada pra você mais não posso lidar com isso sozinha irmão.

— Do que você está falando Júlia, pela amor de Deus.

— Irmão o cara estava acediando o Mariano fisicamente e moralmente, ele perdeu peso, parou de treinar e trabalhar e de alguma forma esse velho escroto estou na mente dele, o cara simplesmente não reagia, o velho acertou o soco no rosto dele por achar que um cara tava dando em cima dele, isso é surreal — meu mundo parou, eu quero matar esse velho filha da puta.

— Como ele está? — estou com tanta raiva e preocupação, porra o Mariano não deveria passar por isso nunca.

— Eu não gosto do Mariano verdade seja dida, mas não podia ficar parada né, você me conhece, fiquei cega de ódio quando vi ele gritando com o pobre, logo depois de ter dado um soco nele na frente de todo mundo, olha perdi as estribeiras e voei pra cima desse melhor dos infernos, foi preciso o Tesão me arrancar de cima do miserável.

— Como o Mariano tá, ele ainda está com esse cara? — meu sangue subiu todo pra cabeça.

— Não, acho que o soco foi a gota d'água, mas irmão ele está com medo do velho, nunca vi o Mariano assim, nem estou reconhecendo ele — para Júlia está dizendo isso é porque a coisa foi feia mesmo — eu trouxe ele comigo, mas ele está com medo de ir pra casa, parece que eles já estavam morando juntos, enfim, ele não pode ir pra casa dos pais porque o cara tá procurando por ele, já ligou umas mil vezes, mas o Mariano disse que quer sair disso só que ele está muito fragilizado e assustado ainda irmão, ele falou que o cara anda com uma arma no carro.

Mariano sempre foi um cara muito forte tanto fisicamente quanto mentalmente, mas ele estava mais magro e abatido quando encontro com ele. Filha da puta, como alguém consegue fazer mau a alguém doce como Mariano, esse velho é um escroto e vai pagar por isso.

— Rubens não posso levar o Mariano para minha casa e no tesão ele também não tem como ficar, o que eu faço irmão? Ele nem documento tem agora, ficou tudo com o escroto eu só arranquei ele da festa.

— Me dá um segundo já te retorno pode ser?

— Tá bom irmão.

Antônio está na minha frente com os olhos vermelhos de raiva e ciúmes, mas quando começo a explicar o que rolou ele se acalma um pouco e começa a direcionar sua raiva pro cara escroto também, nem consigo pensar direito ele tá sem documento e o velho está atrás dele, preciso de um lugar onde ele posso se acalmar e ficar longe desse velho pelo menos por uns dias até termos uma ideia melhor.

— Amor me perdoa, mas preciso ajudar, o Mariano não merece passar por isso sozinho — Antônio não está gostando disso, mas ele entende que preciso ajudar então assente com a cabeça e vai para o quarto.

— Quando você terminar vou esta te esperando no quarto.

— Antônio?

— Oi? — Antônio tem muito ciúmes do Mariano, ele nem consegue esconder.

— Eu te amo, muito.

— Também te amo meu amor, não demora por favor — ele me beija e vai pro quarto.

Não sei muito o que fazer então ligo pra única pessoa que pode me ajudar em uma hora dessas. Por sorte Benjamin atende no segundo toque, ele não está em Fortaleza, mas espero que possa ajudar de alguma forma.

— Rubens, o que aconteceu? — Ele logo estranha por esta ligando a essa hora da noite.

— Ben preciso de ajudar, eu tenho um amigo que está passando por um problema muito complicado — explico a situação para o meu irmão, mas sem dizer que o Mariano é meu ex.

— Caralho que babaca esse cara — Ben fica puto assim como eu e a Júlia ficamos.

— Pois é, agora ele está sem ter para onde ir e está assustado pois tem medo do que esse cara pode fazer, parece que até armado o cara anda.

— Porra, isso tá errado, faz o seguinte, leva ele lá para casa e deixa ele lá, na segunda eu volto pra Fortaleza e resolvo isso com esse filha da puta.

— Ben obrigado, de verdade, eu não sabia o que fazer, não quero deixar ele na mão nesse momento tão complicado — estou mais aliviado do meu irmão ter entendido e que também está ajudando, Ben tem me surpreendido bastante ultimamente.

— Vou ligar pra Julia e resolver isso, fica tranquilo Rubens.

— Obrigado Ben.

— Não precisa me agradecer, o Antônio tá bem?

— Tá um pouco cansado, mas ele tá de boas — digo.

— Rubens, escuta deixa isso comigo, cuida do Antônio tá certo — não sei o que dizer, tudo indica que Ben sabe sobre tudo mesmo sem que eu diga nada, mas ao mesmo tempo ele pode não saber, não sei o que pensar, mas vou seguir o que ele me pediu e por mais puto que eu esteja, vou deixar meu irmão resolver isso pra mim.

— Tá bom irmão.

Ben vai saber o que fazer, ele sempre sabe como agir em situações difíceis. Agora preciso encher meu namorado de amor até ele ficar tranquilo também. Antônio ficou muito chateado, mas ele entende que foi algo muito inesperado, embora Ben já tenha tomando o problema pra ele, não consigo ignorar essa raiva dentro de mim, no fim acho que preciso do Antônio tanto quanto ele precisa de mim.

— Amor, cê tá bem? — Pergunto entrando no quarto.

Antônio está deitado vendo tv, sua cara deixa claro o seu desconforto com toda a situação, sinto um aperto no peito. O trabalho, a auto escola e agora o Mariano, são coisas demais para administrar e não quero que o Antônio pense que ele não faz parte dos meus pensamentos. Ele ocupa a mais parte do meu coração e da minha mente desde que o conheci.

— Amor sinto muito por estar distante esses dias e ainda tem o lance do Mariano.

— Eu entendo Rubens, só que sei lá eu não quero pensar que você vai voltar pra ele quando tiver que voltar para Fortaleza.

— Do que você está falando Antônio? — Estou muito confuso.

— Eu sei que nosso namoro tem um prazo para acabar, só que não quero te perder pro Mariano — seus olhos marejados me atingem junto com suas palavras.

— Antônio, mesmo que nosso namoro acabe eu duvido que vou ser capaz de amar alguém de novo além de você — ele me encara cheio de esperança — meu amor não quero ir embora e saber que você começou sua família com outra pessoa.

— Por que a gente tem que acabar? — Ele me pergunto com lágrimas nos olhos.

— Eu vou ter que voltar pra Fortaleza Amor e sua vida e trabalho são aqui, mas a verdade e que mesmo com tudo isso não posso dizer adeus pra você.

— A distância não vai separar a gente se não deixarmos — Antônio está me dando esperanças e não estava preparado para isso, agora estou chorando junto com ele.

— Tá falando sério que você quer continuar mesmo a distância?

— Não quero amar ninguém mais além de você Rubens.

— Eu aceito — as palavras saem da minha boca com bastante fluidez — eu aceito ser seu pra sempre.

— E eu também aceito ser seu pra sempre Rubens, mesmo quando nosso prazo acabar e você tiver que voltar pra Fortaleza eu vou continuar te amando e vamos dar um jeito, vamos nos ver eu vou, você vem.

— Vamos fazer isso dar certo juntos.

— Eu tô tão aliviado agora amor, isso tem me feito pensar a dias — Antônio começa a me encher de beijos.

— Eu também meu amor, eu te amo Antônio, eu te amo pra sempre.

— Também te amo pra sempre Rubens, que loucura primo, a gente sai ficar junto — Antônio está com o sorriso mais bonito e sincero que já vi.

Ele quer ficar comigo, Antônio realmente me quer, estou tão feliz que o sono e o cansado passou, ainda estou preocupado pelo Mariano, mas eu sei que não casa do Ben ele vai está seguro, afinal o cara lá nunca imaginaria que ele estaria com minha família, sabendo que sou discreto e que ninguém sabe sobre mim na minha casa. Antônio e eu podemos relaxar um pouco, agora que tiramos esse fantasma do término do nosso caminho sinto que posso seguir muito mais leve agora.

Na manhã seguinte recebo duas boas notícias, Mariano está bem e seguro no apartamento do meu irmão e Gessika conseguiu bem antes do que tínhamos imaginado, ela me envia os documentos por email, afinal o Antônio também tem que assinar. Estou tão empolgado porque depois da nossa conversa de ontem a noite isso vai deixar ele infinitamente mais feliz.

— Bom dia amor — ele vem do quarto e me cumprimenta com a voz rouca.

— Bom dia amor da minha vida — lhe dou um beijo logo e apaixonado.

— O que é isso? — Antônio se refere aos papeis do lado da sua caneca de café em cima da mesa.

— Isso é um presente meu pra você, Gessika ajudou muito, mas a ideia foi minha — digo todo orgulhoso, gastei uma nota com isso, mas valeu cada centavo.

— Amor isso é? — Sua pergunta morre no meio do caminho, Antônio não consegue acreditar no que seus olhos estão lendo.

— Você é o novo diretor da ong de cuidados Ong Veterinária Doutor Antônio Vilela, juntos com você estou eu e Gessika como seus sócios.

— Como?

— Gessika conhecia umas pessoas e foi por onde começamos, comprei os equipamentos da antiga ong que estavam sendo leiloados devida as dividas, conseguimos um ótimo preço diga-se de passagem Gessika é uma ótima negociante, ela entrou com a parte burocrática das licenças e o espaço, no fim a prefeitura cedeu a clínica para gente devido o trabalho que você sempre fez lá, então agora vamos oficialmente abrir uma ong de tratamento veterinário.

— Amor você fez isso por mim? — Ele está tão emocionado e feliz que me faz aparecer o peito e saber que fiz a coisa certa.

— Só quero te ver feliz Antônio, e posso fazer qualquer coisa pra te ver assim, a gente conseguiu uma verba do governo, mas enfim a Gessika é a melhor pessoa para te explicar toda essa parte burocrática.

— Eu te amo pra caralho Rubens — Antônio dá a volta na mesa e me agarra cheio de desejo e tesão.

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Comentários

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Show. Não sei porque Rubens fixa dizendo que tem que voltar pra Fortaleza se o trabalho dele é a distância (home office). Ele não pode em hipótese alguma se separar do Antônio. Esse cara deu um giro na vida dele e assumiu um amor por outro homem sem nunca ter tido um envolvimento homo. Por favor, que venham os problemas mas nunca separe esse casal. Eles são almas gêmeas.

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Amo esse casal cara! Só de pensar que esses ainda vão passar atribulações me dá uma dó. Seria interessante ter a visão de ben nesse período que o mariano tá na casa dele, para sabermos o que está acontecendo do lado de lá.

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E se esse hóspede na casa do Ben, despertar sentimentos diferentes no próprio Ben? Seria mt loucura? kkkkk medo dos próximos capítulos serem tristes…

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Interessante esse ponto de vista ,pode também antes do bem e mariano se comerem, o.mariano abrir o jogo com o Benjamin sobre o Rubens.

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mas o Ben já viu o Rubem e o Antonio se pegando. Ele só não falou pro irmão que já sabe que ele é gay, veja no capítulo 20... mas ele aceitou de boa e só não abriu o jogo porque a irmã pediu pra ele respeitar o tempo do Ruben

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Passei o dia esperando e valeu a pena. Cara, obrigado por mais um capítulo. Tô amando muito esse casal ai. Pensei até uma coisa aqui... Mariano e Ben? 00

Bjs

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❤️❤️❤️❤️❤️❤️

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O amor desses dois é a coisa mais linda do mundo. Sei que ainda virão muitas atribulações e problemas mas eles vão superar. Óbvio que Mariano vai querer vir atrás de Rubem mas nem tchum, ele é do Antônio.

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