Uma Superfície Gelada

Da série Putinho Vermelho
Um conto erótico de Tiago Campos
Categoria: Homossexual
Contém 1319 palavras
Data: 06/06/2025 18:38:25
Assuntos: Homossexual, Gay, Fantasia

A adrenalina explodiu nas minhas veias, limpando o nevoeiro da falta de ar. O choque das bofetadas e a humilhação nas suas palavras cortaram a minha resistência física. Recuperando-me rapidamente, não por conforto, mas por uma necessidade ardente de superar o desafio, forcei-me a relaxar, a acolher o seu membro inteiro. Concentrei-me em respirar pelo nariz, na sensação da sua pele quente e lisa contra a minha língua, e ignorei o impulso do meu corpo para rejeitá-lo. Senti-o deslizar ainda mais fundo à medida que o meu reflexo de engasgo cedia à minha força de vontade. Acolhi-o completamente, o seu volume preenchendo-me.

Charles soltou uma risada satisfeita, um som baixo e rouco que vibrou através do seu pau dentro da minha garganta. Era o som de alguém que acabara de vencer uma pequena batalha, satisfeito com a minha submissão e a minha capacidade de suportar. Ele prosseguia com a investida, uma penetração profunda e insistente na minha boca. Sentia a ponta do seu membro alcançar o fundo da minha garganta, explorando cada milímetro acessível, empurrando além do meu reflexo de engasgo inicial. Era um movimento brutal e íntimo, forçando os limites do meu corpo de maneiras que eu mal compreendia.

Aprendi, no calor daquele momento intenso e sufocante, a dominar a respiração, a puxar o ar com força e precisão pelo nariz, num esforço consciente para evitar novo engasgo que pudesse interromper aquela dança perigosa. Meus olhos lacrimejavam, mas a necessidade de ar era primordial. O homem da lei manteve o seu membro na máxima profundidade que conseguia alcançar na minha garganta, forçando-o naquele ponto vulnerável por cinco segundos tensos, uma eternidade onde o tempo pareceu parar e o mundo se resumiu àquela sensação de plenitude forçada. O oxigênio começou a faltar, um pânico silencioso crescendo sob a superfície da excitação.

Sinalizei a minha necessidade urgente de ar, numa comunicação corporal básica, dando leves e apressados tapas na sua coxa, uma súplica silenciosa para que recuasse, mesmo que por um instante. Charles aliviou finalmente a pressão, retirando-se ligeiramente, e a voz dele, ainda rouca e pesada pelo esforço físico e pela intensidade do ato, quebrou o silêncio. “Em pouco tempo”, ele previu, com um tom que misturava orgulho, escárnio e expectativa, “você será uma vadia tão boa quanto a sua vó.” As palavras caíram sobre mim, carregadas de uma história não dita e uma comparação que me atingiu complexamente.

Levantei-me, o corpo a tremer ligeiramente com a ressaca da intensidade e a estranheza das suas palavras. Procurei os seus lábios, beijando-o com uma urgência que escondia uma busca desesperada por um conforto no seu beijo que talvez não estivesse ali, que talvez fosse somente uma miragem no meio daquele caos emocional e físico. Ele respondeu ao meu beijo com uma possessividade instintiva, a mão descendo e agarrando uma das minhas nádegas, apertando com força, um gesto de domínio que reafirmou a sua posse sobre mim naquele instante.

Em seguida, com uma calma contrastante, o oficial ungiu os meus próprios mamilos com a geleia que estava por perto, o toque frio e pegajoso do doce sobre a pele sensível. Dedicou-se a sugá-los com uma paixão focada, puxando e lambendo, mordiscando-os com uma delicadeza calculada que contrastava com a brutalidade anterior. A sensação me fez arquear as costas e lutei para conter os gemidos que ameaçavam escapar da minha garganta. Cada fibra do meu ser estava perigosamente consciente de que havia somente dois policiais na entrada da delegacia, separados por uma porta de madeira fina e alguns metros de distância, e que qualquer som alto poderia ser o fim daquele segredo.

A autoridade alternou entre mordidas suaves que pontuavam a pele sensível e sucções intensas que puxavam meus mamilos para o interior da sua boca, criando uma sensação vibrante e voraz. Segurando-os firmemente entre os dedos, ele balançou-os freneticamente, num jogo de tortura prazerosa, e, em seguida, num gesto inesperado e deliberado, cuspiu sobre eles, espalhando a saliva morna e pegajosa com a ponta dos dedos. O foco mudou, sua atenção voltando-se para o meu corpo enquanto ele espalhava generosamente a geleia fria e escorregadia no meu próprio membro, cobrindo-o com uma camada brilhante e doce. Começou a acariciar-me com um ritmo firme e experiente, a sua mão subindo e descendo com precisão, masturbando-me enquanto, simultaneamente, unia as nossas bocas num beijo profundamente exploratório e cheio de paixão.

A excitação cresceu, intensa e inevitável, culminando numa explosão orgânica avassaladora que me fez arquear as costas. Gozei sobre o abdômen de Charles, sentindo o líquido quente e pegajoso escorrer pela sua pele nua, misturando-se ali à geleia já presente numa confusão sensual e íntima. Ele observou o resultado da minha liberação com um sorriso lento e conhecedor nos lábios, os olhos fixos na mancha brilhante. Sem pressa, limpou uma porção do gozo da sua barriga com os dedos, coletando-o. “Abra a boca”, ele determinou, a voz baixa e firme, com um tom de comando irrecusável.

Abri a boca sem questionar, a obediência quase instintiva, enquanto ele levava os dedos agora sujos até os meus lábios entreabertos, forçando-me a ingerir o meu próprio gozo misturado à geleia. Engoli, sentindo o gosto e a textura únicos na minha língua, e demostrei com um movimento lento da minha língua que havia cumprido a sua ordem, lambendo os resquícios que ficaram nos meus lábios. “Agora”, ele ordenou, a sua voz aprofundando-se ligeiramente com uma nova cadência, “fique de quatro naquela mesa.”

Levantei-me e subi para a superfície fria e dura da mesa, posicionando-me como instruído, sentindo-me exposto e completamente à sua mercê naquela posição vulnerável. Charles aplicou generosamente mais da geleia fria no meu ânus, os seus dedos trabalhando-a suavemente para dentro e à volta, espalhando-a meticulosamente. Em seguida, inclinou-se, o seu corpo pairando sobre o meu, e provou-me. Os gemidos escaparam-me com controle, baixos e roucos, à medida que a sua língua explorava com uma intensidade crescente, sentindo a base da sua língua penetrar fundo na minha intimidade lubrificada, chocando-me com a profundidade arrebatadora e o prazer inesperado.

Em preparação para a penetração que se anunciava, Charles aproximou-se, com a respiração quente na minha pele, e colocou dois dedos firmes na minha boca entreaberta. Obedeci instintivamente, mordiscando-os suavemente enquanto a minha língua os envolvia, enchendo-os de saliva morna e espessa. O gosto dele misturava-se à umidade, uma antecipação líquida da promiscuidade que seguiria. Com os dedos generosamente salivados, ele moveu-se para a minha retaguarda, a ponta úmida a procurar a entrada apertada do meu ânus. Começou a foder ali, com uma mistura de delicadeza exploratória e firmeza penetrante.

Os dedos giravam e pressionavam, explorando a minha anatomia interna, esticando e expandindo-me gradualmente. Cada movimento era acompanhado pelo som ritmado dos tapas na minha nádega, um som úmido e alto que ecoava no ar, um incentivo percussivo que urgia a minha entrega. Ele aprofundou os dedos, indo bem fundo, sentindo a resistência inicial dos meus músculos internos. Manteve-os lá por alguns segundos tensos, permitindo-me habituar-me à sensação de plenitude e esticamento, sentindo a minha barreira ceder lentamente à sua investida paciente e determinada.

A transição para o próximo passo foi rápida e marcada pela sua ordem. “Levante-se”, ele ditou. Assenti, com o corpo já a vibrar com a excitação e a preparação. O xerife posicionou-se sobre a superfície fria e lisa da mesa, as pernas juntas. Eu elevei-me, montando-o de costas para ele, o meu cuzinho alinhado com a sua ereção. Apoiei as mãos na superfície gelada da móvel, sentindo a firmeza por baixo das palmas enquanto posicionava o meu corpo. Ele guiou o seu membro rijo, quente e pesado em direção à entrada, agora adocicada e preparada pelo trabalho dos seus dedos.

Senti a ponta pressionar, a cabeça encontrar a abertura úmida. Com um movimento deliberado, ele penetrou. Um gemido abafado, uma mistura inseparável de dor aguda e prazer avassalador, irrompeu da minha garganta. Ele estava dentro, completamente, preenchendo-me de uma forma total e visceral.

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