Acordei sem nem fazer ideia de quanto tempo havia dormido, ainda sentia o peito do Júlio em minhas costas, já não estava mais dentro de mim, mas permanecia com uma das mãos segurando, além do pau, meu o saco junto. O outro braço não me prendia mais, estava esticado à minha frente e a respiração permanecia no meu pescoço, mas bem mais relaxada que antes.
A cena seria ótima, não fosse a situação insalubre em que eu estava. Sempre gozei bastante, e quando sou muito estimulado, parece que consigo gozar ainda mais. Toda a parte da frente do meu corpo estava melada, tinha porra até no meu pescoço. Júlio não havia escapado ileso, as mãos e braços também tinham sido atingidas, mas o estrago maior estava na roupa de cama. Ainda assim, o que mais me incomodava era aquele cheiro característico que tomou conta do ambiente.
Tentei tirar o braço do Júlio que estava sobre mim, quando senti que ele havia se mexido e não demorou pra falar, ainda meio sonolento:
“Vai me dizer que você é desses que vai embora sem avisar.”
Se dependesse de mim, não sairia tão cedo de perto daquele corpo, mas não dava pra continuar assim por muito tempo.
“Cara, eu preciso tomar banho!”
Falei quase suplicando, ainda assim ele não esboçou o menor sinal que se moveria dali. Peguei a mão que ainda permanecia no meu saco e passei sobre a roupa de cama para ter noção do estrago.
“Eu preciso de um banho e você precisa trocar esta roupa de cama.”
Júlio levantou num pulo, não seria a primeira vez que passaria por uma situação constrangedora pelo fato de ter gozado assim. Mas ele se sentou na cama olhando o estrago ao meu lado, após isso me segurou pelos ombros me fazendo virar o tronco para sua direção, para reparar que meu corpo estava tão gozado quanto a cama. Esperava pelo pior, mas acabamos rindo do que ele soltou a seguir:
“Caraca Yu! Isso que se chama de gozada farta!”
“Eu disse que precisava tomar banho!”
Por muito tempo eu fantasiava muita coisa com Júlio, gosto muito de um sexo com pegada e disso eu não poderia reclamar. Mas na real, queria muito curtir com ele esses momentos de boiolagem de casal. Meu instinto já sinalizava que poderia ser a única vez que isso aconteceria conosco, decidi aproveitar ao máximo. Não senti que ele queria que eu fosse embora, também não me esforcei para isso.
“Vou precisar de outro short, me empresta?”
“Me ajuda a trocar a roupa de cama, que te ajudo no banho. Deve ter porra até no seu cabelo.”
Trocamos a roupa de cama, por sorte, não manchei o colchão dele. Depois disso ele me segurou pelo punho me encaminhando para o banheiro. Só naquele momento que consegui admirar com calma o corpo nu do Júlio, seu quarto não estava na completa escuridão, dava para enxergar com certa facilidade, mas permaneci o tempo todo de costas para ele e em se tratando de corpo, somos muito parecidos. Júlio é pouca coisa mais baixo que eu, mas somos igualmente magrelos sem nenhum sinal de atividade física, só que ele tem mais pelos no corpo e muitas tatuagens.
Achei que a ida para o banheiro seria para continuar a putaria, e sem sombra de dúvidas eu não reclamaria disso, mas apenas tomamos banho. Ele me zoando vez ou outra, enquanto me esfregava dos pés à cabeça. O momento ali não era de dois amantes no banho, mas sim dois amigos e no fim fiquei satisfeito em saber que esse tipo de intimidade permaneceu mesmo após transarmos.
Nem de longe voltei a ter esperanças de um relacionamento com Júlio, mas curtir esses momentos de “casal de comercial de margarina” estava bom demais.
Após nos secarmos, ele me segurou novamente pelo pulso me levando para o quarto. Parecia que ele não queria me soltar, mas segurar na minha mão poderia ser demais para aquela situação. Só soltou meu pulso para abrir uma gaveta, que tinha muitas samba canção, pegou uma preta e me entregou, a outra mão segurava uma xadrez que vestiu em seguida. Mais uma vez, me segurando pelo pulso, fomos até a cama.
Ele sentou se encostando na cabeceira e quando ia sentar ao lado, ele abriu as pernas e me puxou pelo braço, me indicando para sentar à sua frente me abraçando em seguida. Não senti aquele clima de putaria, o que me deixou meio confuso do que estaria rolando ali, mas meu pensamento foi interrompido pelas palavras do Júlio:
“Precisamos conversar.”
Ele encostou o queijo no meu ombro e permaneceu me segurando no abraço.
“Não sei se consigo te encarar enquanto conversamos, prefiro conversar assim, tem problema?”
Eu ainda estava tenso com essa situação completamente inesperada, mas tentei relaxar. Apoiei as mãos em suas pernas enquanto aguardava nossa conversa:
“Sou todo ouvidos.”
“Sei que você não vai gostar do que vou te pedir, mas poderia não contar pra ninguém o que aconteceu hoje?”
Já tinha perdido as contas de quantas vezes me fizeram esse pedido, mas em nenhuma delas chegou perto de acontecer como nesta noite.
“Você acha que eu vou escrever um conto erótico nosso e publicar na internet?”
Ele riu e se aconchegou atrás de mim. Comecei a me desconcentrar com aquele peito peludo roçando nas minhas costas.
“Fiquei meio frustrado com a resposta que te dei um tempo atrás, acabei remoendo muito isso. Se a gente tivesse algo, queria que fosse algo bacana, achei que a gente merecia.”
Apesar do que ouvi, não consegui me animar com as palavras. Parecia clima de despedida.
“Por isso essa boiolagem toda?”
Deu para perceber o espanto dele ao ouvir isso, mas em seguida acabou rindo e respondendo:
“Se alguém te ouve falando assim, vai achar que você é um macho alfa!”
Rimos ali.
“Conheci uma pessoa maravilhosa e acho que vai rolar da gente construir uma parada bacana juntos. Não acho que seria justo, estando com ela, acontecer algo entre você eu, e também não queria deixar de tentar ter essa memória contigo agora. Porque, não acredito que isso possa aconteça com a gente novamente.”
“Cara, você tá muito boiola hoje.”
“Poxa Yu, para de me chamar de “cara”, me chama de Júlio!”
“Júlio!... você tá muito boiola hoje.”
Rimos novamente.
“Obrigado pela sinceridade, mas não sei se você percebeu, já passei da adolescência faz um tempinho, consigo lidar com essa situação com certa facilidade. Mas você não acha que tá tratando isso com seriedade demais não?”
“Exagerei né?!”
“Sim!”
“Mas eu posso continuar com a boiolagem ou você não gosta?”
“Eu adoro e raramente encontro alguém pra ficar de casalzinho assim comigo.”
“A gente pode dormir de conchinha então?”
E foi o que fizemos após essa conversa, dormir.
Sou gay assumido, solteiro (praticamente encalhado), mais de 30, negro, periférico, muito longe do “padrão”, um cadim distante da beleza “ideal”, nem tanto afeminado, um tanto longe de macho alfa e pra completar o pacote: sou “emocionado”. Já tem anos que não coloco expectativa nas relações, percebo o que o outro tem a oferecer. Não vou procurar afeto em quem me oferece putaria, nesses casos compartilho da putaria. Mas quando me oferecem afeto, aproveito ao máximo.
Quando acordamos já havia amanhecido, não sei qual foi a logística durante a madrugada, mas eu que estava abraçando-o de conchinha. Fiquei um tempinho ali sentindo o calor daquele corpo magrelo e peludo que já já me despediria. Foi inevitável, alguns flashes da noite anterior tomaram conta da minha cabeça. Mas o que me deixava um pouco inconformado, é dele ter dito que queria que tivéssemos boas lembranças da nossa transa, para mim foram ótimas, mas seria um plus nas lembranças dele, se eu tivesse lhe dado uma mamada, só que não tive essa oportunidade.
Enquanto divagava nesses pensamentos, não percebi que tinha começado a fazer carinho no bico do peito dele, que estava abaixo de uma das minhas mãos.
“Acordar com um carinho no mamilo é outro nível!”
“Não resisti a esse peito peludo.”
Ainda estávamos em tom de brincadeira, mas logo passou para um tom de sacanagem
“Agora vai ter que fazer no outro mamilo pra não ficar com ciúmes.”
“Será que o outro mamilo prefere o carinho com os dedos ou com a língua?”
“Vou deixar você decidir.”
Sem muita pressa nos ajeitamos até que me sentei sobre ele, e foi possível sentir que seu pau já começava a acordar também. Iniciei uma brincadeira nos mamilos dele e já foi possível ouvir os primeiros gemidos. Me aproximei de seu rosto, com a vontade de devorá-lo no beijo, assim como havia feito comigo, mas beijar assim que acordo é algo que prefiro evitar.
Subi um pouco mais e comecei a mordiscar sua orelha enquanto esfregava meu rosto na barba dele, sem parar de brincar com os mamilos e iniciando a movimentação do meu quadril sobre sua rola. Desta vez, ele que permanecia estático, à minha disposição, e me aproveitei muito disso. Desci ainda nas mordiscadas pelo pescoço até chegar ao bico do peito já duro, mas nem se comparava a dureza que sentia empurrando minha bunda.
Passei a língua de leve e bem úmida no mamilo que o fez suspirar e segurar a respiração por um momento e soltar pesada quando mordi de leve o bico do peito dele. Permaneci nessa brincadeira revezando entre os mamilos até descer entre beijos e mordidas pela cintura.
Comecei a abocanhar o pau dele ainda dentro da samba canção enquanto acariciava as bolas que se mostravam pela abertura da perna. Quando passei a língua no saco ouvi um:
“Caraaaaaaalho!”
Segurei a samba canção com ambas as mãos e puxei pelas pernas jogando ao lado da cama. Cheguei salivar de vontade ao ver o pau do Júlio pulsando tão perto da minha boca.
Acho linda uma rola grande, grossa, pesada, veiúda, chega ser imponente, mas confesso que prefiro os tamanhos que me são confortáveis. Júlio tem o pau retinho, nem tão grande, nem pequeno, nem muito grosso, nem muito fino, exatamente meu tamanho preferido.
Subi com as mãos acariciando as coxas dele até parar na cintura, e com elas ainda lá passei a língua do saco até a cabeça daquele pau, abocanhando e engolindo de uma vez, até encostar meu nariz em seus pentelhos. Senti o corpo do Júlio estremecer antes de soltar um:
“Ahhhhhhh caraaaaaaalho”
Subi de vagar até a glande e engoli tudo novamente. A respiração já tinha mudado e começar a ouvir aqueles gemidos de prazer me incentivavam ainda mais a fazer um bom trabalho ali. Segurei a base do pau dele com uma das mãos, enquanto acariciava as bolas com a outra e minha língua brincava com a cabeça da rola dele. Desci lambendo até o saco enquanto o punhetava e fui revezando entre as bolas que colocava na boca.
Lentamente Júlio foi levantando ambas as pernas o que facilitava meu acesso a suas bolas. E algo além delas ficou de fácil acesso para mim, não hesitei em passar a língua, bem molhada, em suas pregas e se contraíram na hora assim como o corpo inteiro dele. Apoiei as mãos na parte de trás das suas coxas e subi lambendo do saco até a cabeça e abocanhei no novamente toda aquela rola. Repeti algumas vezes esse trajeto, sempre dando uma atenção especial ao orifício que piscava para mim. Apertei as penas dele enquanto começava a subir e descer toda a extensão daquele pau com a boca.
Enfim, Júlio decidiu participar, mais ativamente, e segurou meu rosto pelas laterais começando a foder minha boca. Parei de me movimentar e deixei que ele tomasse conta da situação. Sem pressa nem desespero ele iniciou um vai e vem prazeroso para ambos. Quando aumentou um pouco a velocidade e a intensidade dos gemidos me surpreendi por ele ter parado abruptamente. Apesar de não curtir, já tinha me preparado para receber aquela gozada garganta a dentro.
Ele tirou o pau da minha boca e por um momento achei que ele quisesse continuar fodendo, mas outra parte minha. Com diria Dona JU: “Todo passivo precisa se conhecer o suficiente pra saber que tem momentos que não dá pra dar”, e eu não estava afim de correr esse risco neste momento. Quando olhei para ele, me disse meio rouco e sussurrado:
“Yu, goza comigo.”
Sem soltar meu rosto ele começou a se sentar e me puxar pra perto de si, não sei se a intenção era que eu sentasse nele, mas não esboçou nenhuma reação quando sentei a sua frente, apoiando minhas pernas sobre as dele deixando nossos sacos em contato. Tirei meu pau pela perna da samba canção e segurei junto ao dele. Assim como nossos corpos as rolas eram bem parecidas, o tom da pele, o tamanho, a grossura, a única diferença bem visível é que o meu é levemente torto para a minha esquerda.
Comecei a nos punhetar e a princípio com a mão direita e em seguida com as duas. Ele permanecia segurando meu rosto, mas já havia encostado a testa na minha. Nossa respiração estava ritmada, pesada, ambos olhando para baixo e intensificando os gemidos. Senti um aumento de leve na pressão de suas mãos, os gemidos pareciam urros baixinhos, até soltar um mais alto, prolongado e bem satisfatório de ouvir. A porra parecia borbulhar da rola dele. Era bem espeça, escorria com dificuldade até chegar nas minhas mãos que bastaram mais alguns movimentos e era eu a urrar de prazer.
Diferentemente do Júlio, gozei em jatos fortes e descontrolados, tencionando ainda mais as mãos permanecia me punhetando até sentir que não havia mais nada a sair dali. Dos seis ou sete jatos, dois senti que bateram em mim, peito e pernas todos melados, dessa vez Júlio havia sido o mais atingido. Ele ainda permaneceu um tempinho parecendo recuperar o folego, levantou minha cabeça e me deu um selinho rápido. Olhou pra mim por um tempo, sorriu e me deu outro selinho, em seguida soltou meu rosto e analisando o estrago que eu tinha feito ali:
“Mais uma gozada farta!”
O que se seguiu não foi muito diferente da noite anterior, trocar a roupa de cama, ele me puxando pelo pulso para o banho de casal, mas dessa vez deu muito mais trabalho para tirar a porra grudada nos pelos do peito dele, ele me puxando pelo pulso para o quarto, mas vesti minhas roupas desta vez. Chamei um carro pelo aplicativo e ele me acompanhou até a porta, recebi um abraço apertado de sempre só que um pouquinho mais demorado.
Desci as escadas num misto de sentimento que nem sei descrever, achei que seria melhor não olhar para trás, mas ao abrir a porta do carro foi involuntário. E lá estava Júlio com o sorriso de sempre e acenando para mim. Sorri também.
https://x.com/_DonaJU
Semana que vem teremos: “De volta às aulas – Parte 01”