Eles estavam casados há dez anos. A rotina, embora confortável, havia apagado aos poucos a chama da aventura que outrora os unia. Ele, um homem de imaginação vívida, sugeriu algo ousado numa noite de conversas regadas a vinho: "E se fizéssemos algo completamente fora da curva? Algo que nos tirasse da zona de conforto?" Ela, tímida por natureza, riu nervosa, mas seus olhos brilharam com uma curiosidade que não pôde esconder. Foi aí que a ideia nasceu — uma fantasia que misturava risco, excitação e um toque de voyeurismo. Ela se passaria por uma garota de programa, apenas por uma noite, para sentir o que era se entregar a um desconhecido, enquanto ele assistiria tudo, escondido, através de uma câmera secreta.
A esposa, com seus cabelos castanhos cacheados e olhos grandes que sempre denunciavam sua insegurança, hesitou por dias. "Eu? Uma garota de programa? Não sei nem por onde começar!" dizia, rindo, enquanto corava. Mas a ideia a intrigava. Era uma chance de romper com a mulher recatada que sempre fora, de explorar um lado que ela mesma desconhecia. Ele a incentivou, garantindo que estaria com ela, mesmo que à distância, assistindo tudo ao vivo pelo celular, pronto para intervir se algo saísse do controle. Eles planejaram tudo: um quarto de hotel discreto, uma câmera minúscula escondida num vaso de flores, e um site onde ela postaria um anúncio falso, apenas para atrair um cliente. O marido estaria no quarto ao lado, conectado à transmissão.
A Preparação
Na noite marcada, ela se olhou no espelho do banheiro do hotel. O vestido vermelho justo, que ele escolhera, abraçava suas curvas de uma forma que a fazia sentir exposta, mas também poderosa. Seu coração batia acelerado. "Você consegue", sussurrou para si mesma, aplicando um batom vermelho que raramente usava. O celular vibrou com uma mensagem do marido: Você está linda. Vai ser incrível. Estou aqui. Ela sorriu, sentindo uma mistura de nervosismo e excitação.
O cliente, um homem de cerca de 40 anos, respondeu ao anúncio com uma mensagem direta: Quero uma noite inesquecível. Gosto de mulheres que se entregam. Ele parecia experiente, confiante, e isso a deixou ainda mais nervosa. Quando a campainha do quarto tocou, ela respirou fundo, ajustou a postura e abriu a porta.
O Encontro
Ele era alto, com uma presença imponente. Tinha cabelos grisalhos nas têmporas e um olhar que parecia enxergar através dela. "Então, você é nova nisso, não é?" disse ele, com um sorriso que misturava charme e provocação. Ela engoliu em seco, tentando manter a fachada. "Um pouco", respondeu, a voz trêmula, mas forçando um sorriso. Ele se aproximou, sem pressa, e a encarou de cima a baixo. "Não se preocupe. Vou te guiar."
No quarto ao lado, o marido assistia tudo pela tela do celular, o coração disparado. Ele sabia que ela estava nervosa, mas também via algo novo em sua expressão — uma centelha de ousadia que o fascinava.
O homem sentou-se na beira da cama e a chamou para perto. "Vem cá", disse, com um tom firme, mas não agressivo. Ela se aproximou, sentindo o calor subir pelo rosto. Ele segurou sua mão, puxando-a suavemente para sentar ao seu lado. "Primeiro, quero sentir você", murmurou, enquanto seus dedos traçavam o contorno de seu braço. Ela estremeceu, mas não recuou. Era parte do jogo, e ela precisava jogar.
A Quebra de Paradigmas
"Quero que você me surpreenda", disse ele, com um tom que era ao mesmo tempo um convite e uma ordem. "Comece devagar." Ela hesitou, mas lembrou-se do olhar encorajador do marido na mensagem. Com as mãos trêmulas, ela se ajoelhou à frente dele, sentindo o peso da situação. Ele a observava com atenção, como se soubesse exatamente o que queria. "Chupe", disse ele, a voz grave, carregada de desejo. Ela congelou por um instante. Era algo que raramente fazia, mesmo com o marido, por pura timidez. Mas agora, sob o disfarce de sua nova persona, ela sentiu uma estranha liberdade. Era como se pudesse ser outra pessoa, alguém sem amarras.
Ela começou lentamente, os movimentos hesitantes, mas o gemido baixo dele a incentivou a continuar. O marido, assistindo, sentia uma mistura de ciúmes e excitação. Ver sua esposa, tão reservada, se entregando daquela forma era como descobrir uma nova faceta dela. Ele não conseguia desviar os olhos.
O homem segurou os cabelos dela, guiando-a com firmeza, mas sem brutalidade. "Isso, assim", murmurou, usando palavras que a fizeram corar ainda mais, mas que também acendiam algo dentro dela. Palavras sujas, que ela nunca ouvira de forma tão direta, ecoavam no quarto, misturando-se ao som de sua respiração acelerada. Ela se surpreendeu ao perceber que, apesar do nervosismo, estava gostando da sensação de poder que vinha com a entrega.