Daniel já conhecia o caminho até a casa do Jonas de olhos fechados. Aquela noite, a terceira vez, ele não foi com medo — foi com desejo. A luz fraca da varanda acesa era o único sinal. A porta da frente, entreaberta.
Ele entrou sem bater.
Daniela, a Irmã mais velha do Jonas, estava na cozinha, encostada no batente, vestindo uma camisola leve demais pro frio que começava a cair. O tecido colava nas curvas do corpo dela como se tivesse sido feito sob medida pra provocar, deixando visível, mesmo com a luz fraca, a rigidez e a cor clara do seus mamilos enormes.
— Achei que não vinha mais — disse ela, com a voz arrastada.
— Não gosto de correr... gosto de aproveitar o caminho.
Ela se aproximou com passos lentos. Os olhos, escuros, famintos. Quando chegou perto o bastante, segurou a mão dele e a guiou até tocar entre suas pernas, deixando que os dedos dele sentissem a pele quente e úmida.
— Hoje eu não quero pressa — sussurrou ela. — Quero que você me prove que valeu a pena te deixar entrar... e quero sentir você indo bem fundo.
O beijo foi intenso, direto. Uma mão dele acariciava a buceta dela, enquanto a outra subia sob a camisola até alcançar seus seios macios, enquanto os lábios dela exploravam o pescoço dele com calma, como se já soubessem o caminho.
Daniel deixou-se guiar. O sofá na sala virou refúgio. Ela se ajoelhou de costas pra ele, puxando sua mão até os seios, deixando sua buceta, que estava toda molhada, bem à mostra, guiando seu pau para dentro dela, ensinando o ritmo, o jeito, o tempo. Não havia vergonha ali — apenas vontade acumulada e desejo consentido.
— Você não faz ideia do que eu quero de verdade — disse ela, mordendo o lábio. — Mas vai descobrir, se continuar vindo.
Capítulo 3 – Sem Amarras
No dia seguinte, nos reunimos novamente sob a velha mangueira da casa do Jonas. O sol já ia alto, e o calor fazia as folhas brilharem como se suassem. Caíque chegou primeiro, esbaforido, trazendo a novidade como se fosse um troféu.
— Ele realmente tava lá ontem. Eu vi ele saindo da casa dela... — disse, sem nem cumprimentar ninguém.
Daniel estava sentado no chão, encostado no tronco da árvore. Não tentou negar, nem disfarçar. Apenas ergueu uma sobrancelha.
— E aí? Satisfeitos? — perguntou, sem levantar a voz.
Samuel riu.
— Isso quer dizer que é verdade? As três vezes?
Daniel olhou para cada um de nós, depois deu de ombros como quem já não vê sentido em esconder.
— Sim. E não é segredo nenhum. Só não espalhei porque não é da conta de ninguém.
— Mas… e ela? — perguntei, curioso. — Quer dizer... vocês tão juntos?
Daniel balançou a cabeça devagar.
— Não. E é assim que ela quer. Enquanto for só prazer, funciona. Ela foi bem clara comigo: se eu começar a olhar pra ela como se fosse namorada, ela para. A Daniela não quer laço. Quer liberdade. E eu respeito isso.
Houve um silêncio breve, pesado de entendimento. Aquilo mudava tudo. Não era só o fato de Daniel estar se encontrando com ela — era como ela conduzia tudo. E isso deixava a curiosidade no ar.
Foi então que Samuel falou:
— Eu vi ela hoje cedo, perto do curral. Ela me chamou pelo nome… e sorriu de um jeito que eu não esqueci.
— Achei que fosse só comigo — completei, lembrando do olhar demorado que ela me lançou na última vez que passei por perto da varanda dela.
Daniel sorriu de canto, como se já soubesse onde aquilo ia dar.
— Então vai por mim: se ela olhar de novo, não recuem. A Daniela escolhe quem quer, e ela não repete se sentir que estão se apegando. Mas se só quiserem sentir… ela vai deixar vocês saberem.
Samuel e eu trocamos um olhar cúmplice. Era como se a tensão entre curiosidade e desejo ganhasse uma nova camada. E ali, naquela sombra morna de fim de manhã, sabíamos que algo estava prestes a mudar entre nós também.
Daniela desapareceu por um instante para dentro da casa. Samuel e eu ficamos parados no quintal, trocando um olhar rápido e nervoso. Nenhum dos dois disse nada — havia um entendimento silencioso no ar, algo que não precisava de explicações.
Poucos minutos depois, a voz dela ecoou pela janela entreaberta da sala:
— Se quiserem ver… podem entrar. Mas fiquem ali, junto da parede. Sem tocar. Ainda não.
Entramos em silêncio, quase sem respirar. A sala tinha pouca luz, as janelas filtravam os últimos raios do entardecer. O ambiente estava quente, com o cheiro do campo misturado ao aroma de lavanda que parecia vir dela.
Daniela estava deitada no sofá, o vestido subido até o meio das coxas. As pernas nuas dobradas de leve, uma das mãos descansava entre elas, deslizando com movimentos lentos, como se estivesse saboreando o próprio toque. A outra mão apertava o tecido do vestido contra o próprio peito, os olhos semicerrados, perdidos em prazer.
Ela abriu os olhos ao nos ver e sorriu. Um sorriso íntimo. Quente. Descarado.
— Gosto de ser vista — disse, sem parar os movimentos. — Mas não por qualquer um. Só por quem consegue olhar... sem pedir.
O ritmo da mão entre suas pernas crescia, suave e contínuo. Os dedos sabiam o caminho, que ficava cada vez mais molhado, e a forma como seu quadril acompanhava os movimentos era quase hipnótica. Não havia vergonha nos olhos dela — só prazer. E o controle absoluto da situação.
— Daniel não mente… — sussurrou, a voz mais baixa agora, ofegante. — Eu faço isso quando quero… e com quem me deixa acesa, com a bucetar escorrendo só de olhar.
Samuel não se mexia. Os olhos fixos nela, como se temesse piscar e perder alguma coisa. Eu sentia o mesmo. Era como se o tempo estivesse suspenso, como se tudo ali acontecesse em outra frequência — mais quente, mais intensa e com o cheiro do sexo dela tomando conta de toda a sala.
Daniela arqueou o corpo de leve, fechou os olhos, e deixou escapar um gemido abafado, contido, mas carregado de significado. A respiração dela ficou mais pesada, e o corpo relaxou aos poucos, mas ela fez questão de continuar na mesma posição, deixando bem exposta a sua buceta e seu cuzinho que agora estava dando pequenos movimentos de abrir e fechar. Quando voltou a nos encarar, ainda sorria — mas agora com um brilho de desafio nos olhos.
— Amanhã… talvez eu queira mais. Ou talvez só queira que vocês fiquem me olhando de novo. Vai depender da vontade. E da coragem de vocês.
Ela se levantou devagar, alisando o vestido com naturalidade, como se não tivesse acabado de se dar prazer bem diante de nós.
— Agora vão. Eu gosto de homens que sabem esperar… e que voltam com mais sede.