PARTE 3 - Sistema com Informações Divergentes
Os dias foram se passando e duas coisas me incomodavam no início de ano, o desejo sexual por Suzy, e a falta que Simone fazia.
Abri o Instagram de Simone pela terceira vez naquela semana. Eu sabia que era um erro, mas era mais forte do que eu. O perfil estava público — sempre esteve — e, com um toque, lá estava ela. Radiante. Bronzeada. Sorrindo daquele jeito que ela sorria quando se sentia inteira. Era uma foto num lugar paradisíaco, águas absurdamente azuis atrás dela, e ele. O novo namorado, Alex.
Alto, com aquele tipo de beleza de capa de revista — literalmente, já que descobri que era ex-modelo. Estavam abraçados, os dois deitados na areia como se o mundo ao redor nem existisse.
Eu sabia que tinha perdido Simone muito antes dela conhecer esse cara. Perdi quando preferi mais uma madrugada de código a um jantar com ela. Quando atendi ligações no meio de um abraço. Quando disse que a amava, mas agi como se ela fosse só mais uma aba aberta no meu navegador mental — e, muitas vezes, em segundo plano.
Simone foi embora quando percebeu que não era prioridade. E ela tinha razão. Eu estava obcecado com a empresa, com o sonho, com o “quando tudo der certo”. Bem, agora deu certo. A startup decolou, estamos nos preparando para rodadas de investimento milionárias, pitches em inglês. Mas não tem mais ela.
Olho praquela foto como quem observa um mundo ao qual não pertence mais. E talvez nunca tenha pertencido de verdade. Confesso que dói vê-la feliz. Não porque eu deseje o contrário. Mas porque eu não estou.
Tenho recebido algumas propostas. Boas propostas. Gente grande interessada em comprar minha parte na empresa. São números que fariam qualquer um sorrir — e por fora, eu até sorrio. Mas por dentro, tudo o que eu penso é: e se eu vender? E se eu sair agora, colocar um ponto final nesse ciclo que me consumiu por anos e, pela primeira vez em muito tempo, viver de verdade?
Eu sei fechar contratos, fazer pitch pra investidor, escalar backend. Sei trabalhar até a exaustão, fingindo que isso me preenche. Mas não sei mais me relacionar de verdade.
Eu estava ali, afundado nos meus próprios pensamentos, olhando fixamente para a tela do computador. A imagem dela na praia ainda pairava na minha cabeça. Foi então que ouvi uma batida leve na porta, quase tímida.
- Anderson, aqui está aquele relatório que você pediu.
Era a Suzy. Sempre pontual, sempre sorridente — e, como sempre, gostosa. Ela usava um vestido leve. O perfume, doce e fresco, chegou antes dela. E quando ela entrou na sala, o ar pareceu mudar de densidade por um segundo.
Peguei o relatório, agradeci com um aceno de cabeça, mas não consegui evitar de olhar um pouco além. Os olhos dela eram grandes, vivos. Tinha aquela energia de quem ainda acredita que está mudando o mundo, que ainda se encanta com o trabalho. E isso mexia comigo. Não só porque ela era linda, mas porque, de alguma forma, me lembrava de um tempo em que eu também era assim — antes de tudo ficar tão pesado.
Ela me lançou um sorriso breve, profissional, mas gentil. E por um instante, por mais que eu não quisesse, minha mente escorregou para aquele território perigoso onde a curiosidade e o desejo se misturam. Mas aí veio a lembrança: Suzy tem namorado. Todo mundo sabe. Madalena fez questão de deixar isso bem claro desde o dia em que ela chegou — provavelmente pra cortar qualquer tentativa antes que começasse.
Faz sentido. Suzy é jovem, bonita, e Madalena sabe como os olhos dos homens aqui funcionam. Talvez tenha feito isso até por mim. O CEO sempre é o primeiro de quem se espera algum tipo de "deslize". E, sendo bem honesto, parte de mim até agradece por esse lembrete constante. Me poupa do ridículo de alimentar uma ilusão.
Suzy saiu da sala com a mesma leveza com que entrou, e o perfume dela ainda ficou um pouco, pairando no ar como provocação e aviso ao mesmo tempo. Olhei de novo pro relatório, mas a mente já tinha ido longe.
Ela era só uma menina. E eu, um dos donos da empresa, precisava manter a linha.
Mas no fundo, no fundo, eu sabia: o encantamento já tinha se enraizado.
Faço uma força terrível para tratá-la com a mesma distância profissional que os outros. Era uma guerra silenciosa que travava comigo mesmo todos os dias. Mas parece inútil, ela permanece uma presença constante e devastadora, basta entrar na sala para que tudo ao redor pareça perder o foco.
Suzy aparece, carregando aquele grande par de peitos, aquela boquinha sensual ... e principalmente aquela bunda maravilhosa ... e aí toda a minha determinação desmorona.
Vê-la todos os dias se tornou uma verdadeira tortura. Ela continuava agindo naturalmente, sem perceber o que provocava dentro de mim.
Continuava sendo dedicada, respeitosa. Às vezes, sem perceber, deixava escapar gestos de uma ternura quase dolorosa — um agradecimento sincero, um olhar grato após um elogio profissional, um sorriso tímido. E era justamente essa naturalidade, essa ausência de malícia, que mais me destruía por dentro.
Mas, como dizem por aí, tudo que está ruim pode piorar ...
Vi Suzy entrar na sala de Madalena e decidi acionar minha câmera escondida.
Ela entrou e as duas começaram a falar de trabalho, quando já estavam quase encerrando, Madalena se queixou do cansaço.
Com um sorriso no rosto, Suzy deu a volta, se posicionou atrás da cadeira onde Madalena estava sentada, e começou a massageá-la nos ombros.
Achei a massagem sensual demais ... mas poderia ser apenas minha inveja, pois desejava ser eu a estar recebendo massagem.
Mada se entregou ao momento, fechou os olhos e parecia sentir um prazer quase sexual. Começou a acariciar as próprias pernas, e passar a língua nos lábios.
Suzy continuava a deslizar suavemente suas mãos pelo corpo da chefe. De tal maneira que apenas uma linha tênue separava a massagem de um ato libidinoso.
O clima estava esquentando, mas foi aí que o telefone da Suzy tocou! Ela viu que era o namorado, e interrompeu a massagem para atender.
O idiota do namorado liga para a Suzy pelo menos três vezes por dia: é do tipo ciumento e possessivo.
Teve um dia que chamei a atenção: “Suzy, deixa eu te falar uma coisa” — tentei manter o tom leve, mas firme. — “Eu entendo que às vezes a gente precisa resolver coisas pessoais, acontece com todo mundo. Mas no horário de trabalho, mesmo sendo estágio, a gente tem que manter um certo foco. Você tá saindo muito pra atender o celular. Tá demais.”
Ela abriu os olhos como quem já esperava por aquilo: “Desculpa, Anderson. É meu namorado. Ele anda meio… ansioso. Mas vou falar com ele, pode deixar. Vai melhorar”.
Mas, não melhorou. E o cara me liga no melhor momento da massagem.
Suzy, atendeu, e enquanto falava com ele, deu um selinho em Mada para se despedir. Quando se virou para sair da sala, a Mada deu um tapinha na bunda dela.
Fiquei surpreso com a intimidade entre elas. Mas o melhor estava por vir.
Assim que Suzy saiu, Mada abriu a gaveta e pegou um pênis postiço de borracha que estava guardado.
Ela despiu-se da calça e da calcinha. Sentou-se na cadeira de pernas abertas, apoiando os calcanhares na mesa e começou a se masturbar usando o consolo.
A excitação que senti ao assistir aquela cena me levou a colocar o pau para fora e começar a me masturbar também.
Era a primeira vez que eu via a Mada como mulher, antes só a enxergava como minha sócia, a mulher de negócios.
Ela estava com o corpo totalmente relaxado e solto, quase que deitada na cadeira, com as pernas em cima da mesa. Movimentava gentilmente o consolo dentro da xoxota.
Gemendo baixinho, de olhos fechados, estava totalmente entregue ao prazer daquele momento.
Aproveitei para dar um zoom com a câmera na buceta, que estava totalmente melada. Nunca imaginei que a xereca dela fosse tão apetitosa.
Fiquei olhando pela câmera e me masturbando, até que o Rui bateu a minha porta. Ele tinha marcado de vir falar comigo sobre um contrato novo que estávamos para assinar com um cliente.
Me recompus rapidamente, fechei o aplicativo da câmera secreta e o recebi em minha sala.
Foi difícil mudar o foco, e começar a analisar o contrato. Agora além da Simone e da Suzy, a vagina da Mada também invadia meus pensamentos.
Terminada a reunião com o Rui, eu fui ao meu e-mail para acessar o link do “cardápio de putas” da D. Ana. Eu tava precisando.
Eram mais de 250 meninas de todos os tipos físicos.
Fiquei em dúvida entre pegar a Jade de novo, ou escolher uma que fosse sósia da Madá ou da Suzy.
Fiquei um tempo navegando nas fotos das meninas, até que achei uma que me chamou a atenção, o nome dela era Taís, e tinha o mesmo tipo físico da Suzy: Morena clara, peituda, coxas grossas, lábios carnudos, e nas fotos aparecia com aquela carinha de menininha.
Reservei a Taís para a noite, fiz as observações: Vou chamar a Taís de Suzy, o quarto deve estar decorado com móveis de escritório, ela deve fingir que é minha estagiária, deve estar bem perfumada e passei umas indicações de roupas semelhantes às que a Suzy usa.
Passei o resto do dia com a cabeça nas nuvens, sem conseguir me concentrar direito. Não via a hora de ir embora e depois me encontrar com a Taís/Suzy.
Já passava das 18h20 quando desliguei o monitor e me levantei da cadeira, aliviado por encerrar mais um dia puxado. Peguei minha mochila e fui em direção à saída da startup. No caminho, cruzei com Suzy. Ela também parecia pronta pra ir embora, com a bolsa pendurada no ombro.
Foi aí que algo me chamou atenção.
Aquela bolsa... eu conhecia. Era exatamente igual à que Simone, minha ex, usava. Mesma cor, mesma textura, até o fecho de metal tinha aquele formato peculiar. Lembrei que Simone gostava de bolsas caras, aquela ali custava uns dois mil reais.
Dois mil. Não era exatamente uma bolsa que uma estagiária — filha de empregada doméstica, como a Madalena mencionou — estaria carregando por aí.
Mas, claro, podia ser uma réplica. Hoje em dia tem cópia de tudo. Ainda assim, o conjunto todo não batia.
Aí me veio à cabeça o currículo dela, o dia da entrevista. Suzy estuda naquela universidade privada caríssima. As mensalidades ali beiram os 3.500 reais. Ok, talvez ela tenha bolsa de estudos. É possível. Mas era muita coincidência. Fiquei matutando enquanto seguia adiante, mas meus olhos foram parar nos pés dela.
O tênis era bonito. Diferente. Discreto, mas de marca. Saquei o celular com naturalidade, como se fosse conferir mensagens, e, sem ela perceber, tirei uma foto. Pesquisei rapidamente. Entre 890 e 950 reais. Aquilo não batia. Era tudo estranho demais.
Desci para o estacionamento e, ao sair do prédio, notei um carro parado na calçada em frente: um Audi. Modelo novo. Luxuoso. Olhei por instinto. Não dei muita bola — até que vi ele. Um homem, terno bem cortado, cabelo grisalho nos lados, uns 42, talvez 45 anos. Estava encostado no carro, olhando o celular, tranquilo, como quem está esperando alguém com quem já tem intimidade. Tive aquele pensamento automático: será que veio buscar alguém da nossa equipe?
A porta do prédio abriu. Suzy.
Ela saiu rápido, como quem não quer ser notada. Sorriu pro homem — um sorriso cheio de confiança, nada a ver com o jeito que ela usa aqui dentro, mais contido, quase defensivo. Ele abriu a porta do carro pra ela. Ela entrou. Ele foi pro volante. E o carro arrancou, silencioso.
Só podia ser o pai dela.
Mas se é o pai dela… como assim filha da empregada?
A história da Madalena começou a fazer menos sentido ainda. Fiquei parado ali, com a chave na mão, sem saber o que fazer com aquela informação.
Mas isso eu iria ver com a Madalena no dia seguinte.
Saí da empresa, fui para casa, tomei um banho rápido e fui para o puteiro da Dona Ana.
Ao chegar no puteiro, fui até a recepção como de costume. A atendente disse que estavam terminando de preparar o quarto para mim, que teria o visual de um escritório.
Depois de uns 5 minutos ela me deu a chave e o número do quarto.
Quando cheguei lá, mal consegui acreditar no que meus olhos viam.
A D. Ana tinha levado tudo a sério — muito mais do que eu esperava. O ambiente estava meticulosamente montado: uma sala com paredes brancas, luminárias fluorescentes, cadeiras ergonômicas e até uma impressora
Fiquei esperando a “Suzy” chegar. Passados alguns minutos senti um cheiro de perfume ... aquilo me deu um arrepio — de empolgação
Sentei-me na poltrona giratória, meio sem saber como agir. Estava curioso, ansioso, tenso.
Foi quando a porta se abriu.
Ela entrou.
Por um segundo, meu cérebro teve dificuldade de processar. Era Suzy — ou quase. Morena clara, cabelos pretos e lisos, tão brilhantes que pareciam recém-saídos de um comercial. Os lábios carnudos, úmidos, levemente entreabertos. Usava uma saia preta colada ao corpo, camisa branca com dois botões abertos demais para o padrão do expediente. Os cabelos presos de forma displicente, deixando a nuca à mostra. Nada nela era exagerado — mas tudo estava... provocante. — tudo parecido com que Suzy usava. E aquele perfume... doce, fresco, impossível de ignorar.
- Suzy! — eu disse, como se chamando a real, mas falando com a cópia.
Ela sorriu, de uma forma quase carinhosa.
- Hoje, posso ser quem você quiser.
Continua ...