Naquela madrugada sem vergonha, quando até o silêncio parecia conspirar com a lascívia, havia uma nesga de luar atravessando a cortina de renda encardida, como um espirito espiando pelo buraco da fechadura. Soninha — ah, Soninha! — entregava-se a um ritual que tinha tanto de missa negra quanto de penitência. Tocava-se com a solenidade de uma santa desonrada, uma Maria Madalena excomungada pelo próprio corpo.
Os gemidos, doces e criminosos, ecoavam pelo quarto como orações indecentes. Os grilos, coitados, silenciaram-se diante daquela liturgia do prazer. E ali, naquela cama viúva, o suor lhe fazia a pele brilhar como se fosse vitrificada pela luz do pecado. Os seios, firmes e desafiadores como duas verdades perigosas, dançavam ao ritmo dos dedos. As coxas, abertas com a dignidade de quem já perdeu a vergonha e agora a ostenta, davam passagem à mão que ousava romper o véu da decência e afundar-se na umidade do desejo.
Não era uma moça nova — mas era perfeita em sua maturidade. O ventre carregava uma saliência quase maternal, e o rosto, ah, aquele rosto! — marcado por rugas finas como costuras do tempo — tinha a beleza resistente das mulheres que não envelhecem, apenas ganham autoridade sobre o prazer. Sabia sorrir como quem promete, sabia falar como quem finge não saber, e gemia... gemia como quem condena um santo à heresia.
Da boca, sensual como a de uma meretriz cara, escapavam suspiros de veludo e nomes que não portavam nenhuma retidão. Eram sons que só o diabo entenderia — e só ele teria coragem de repetir.
Felipe, coitado, espiava do umbral da porta com os olhos de quem descobriu a morte — e gostou. Estava curvado como um cão devoto, um herege ajoelhado diante da santidade profanada. Os sons que vinham do quarto — os gemidos, os suspiros, os estalos úmidos — eram mais do que estímulo: eram convocação. Ele não entrou. Nunca ousaria. Mas tampouco fugia. Ficou ali, estático, tragado pela cena como um inseto que se atira na lâmpada e morre iluminado.
Soninha, rainha inconsciente do pecado, reinava sobre os lençóis como uma oferenda carnal. As pernas abertas, largas, ofereciam a Felipe um ângulo que não se aprende em catecismo — só em perdição. Os dedos dela, atrevidos, entravam e saíam com a precisão de um sacramento obsceno, como se estivessem sagrando um altar entre as coxas. Felipe via tudo. E via como quem não devia, mas precisava. Sentia a mão pesar-lhe sobre o membro em brasa. Masturbava-se com a lentidão de quem reza um terço — cada movimento, uma oração pervertida.
Não podia gozar antes dela. Isso era dogma.
Seu suor escorria, colando a camisa ao peito como cilício moderno. O coração batia num ritmo de pânico e luxúria, e um vazio gélido lhe crescia no estômago, como se dentro dele morasse um anjo apodrecido. O prazer, para ele, não era alegria — era danação. Era um abismo perfumado onde se jogava voluntário, implorando que o inferno tivesse o cheiro de Soninha.
E ainda assim, ajoelhado, trêmulo, com os olhos vidrados naquela dança de dedos e carne, Felipe teve a mais dolorosa das certezas: ali, naquela madrugada pecaminosa, ele havia visto o paraíso — e o paraíso era mulher, nua, ofegante, e não o perdoaria jamais.
Mas o pobre Felipe, tão entregue à própria perdição, não percebeu que a perdição também o observava. Só deu conta quando, num lapso de lucidez suada, levantou os olhos — e encontrou os dela. Soninha o via. Soninha o via há muito. E não desviava o olhar.
Ali, no leito que era ao mesmo tempo altar e prostíbulo, ela continuava o rito — mas agora para ele. O sorriso que lhe oferecia não era de censura, tampouco de surpresa. Era um sorriso antigo, de Eva antes da mordida. Um sorriso que jamais se ensinaria às meninas de família. Havia nele uma espécie de convite, uma promessa obscena com a autoridade das prostitutas bíblicas — daquelas que sabiam mais sobre homens do que os próprios homens.
E Felipe, coitado, congelou. Foi um segundo. Mas um segundo em que lhe passou pela cabeça tudo: infância, batismo e confissão. Mas o olhar de Soninha — aquele olhar que abençoava o pecado — limpava tudo. Limpava como quem suja mais.
Quando ela falou, não foi com a voz, foi com a carne. A boca, carnuda como um pêssego no fim do verão, moveu-se lenta, úmida, e sussurrou entre gemidos e risos:
— Vem aqui... vem mais perto.
Não era um convite. Era uma sentença. E Felipe, condenado, levantou-se. Não como um homem. Mas como um servo. Um servo do prazer, da vergonha, do escândalo. Um servo de Soninha, sua santa pagã.
De pé, com o membro em riste como uma estátua do escândalo, Felipe fitava a deusa caída — ou talvez erguida — naquele altar profano. Soninha, nua e triunfante, era uma escultura viva do pecado original. A pele branca como desonra de noiva, os pelos negros como a noite onde se esconde o adultério, os bicos rosados como promessas nunca feitas — e o sorriso, ah, aquele sorriso! Era o sorriso de quem já provou todos os pecados e agora convida à repetição com a autoridade de uma sacerdotisa indecente.
Havia nela uma beleza depravada, que não precisava de joias nem véus. Até a pureza perdida parecia, nela, um artifício erótico — como se a lembrança da inocência a tornasse mais culpada, mais deliciosa, mais oferenda.
Felipe, estático, mantinha a rigidez do corpo — e da carne. Seu sexo, altivo, era testemunha e cúmplice. E foi ele, não a boca, que gemeu primeiro, quando sentiu os dedos gelados dela envolverem-no. Um toque que era ao mesmo tempo bênção e maldição, como se os dedos de Soninha fossem ungidos com óleo de luxúria.
Ele gemeu. E ao gemer, traiu tudo: a vergonha, o pudor, a religião, até o sobrenome.
E então veio o gesto final — a danação. Soninha segurou com firmeza e graça. Sorriu. Mordeu os lábios como quem saboreia o escândalo. E começou o movimento — lento, solene, quase litúrgico. Masturbava-o como uma santa enlouquecida, uma virgem de prostíbulo. E quando uma gota singela, tímida, apareceu na fenda do prazer, ela não hesitou. Inclinou-se. Lambeu. Sorveu.
Felipe viu. E tremeu.
Era como se a língua dela tivesse o poder de queimar, de marcar. Beijou a glande com devoção e gula. E por um instante — apenas um — pareceu que vapores subiam daquela carne enrubescida, como incenso vindo de um altar blasfemo.
Naquele momento, Felipe compreendeu: como César, havia cruzado o Rubicão. E o céu, agora, era apenas uma lembrança distante — abafada pelos gemidos de uma deusa terrena que jamais seria santa, mas seria eterna.
A mão de Felipe, agora convertida em instrumento do destino, seguiu o caminho que os santos condenariam — mas que os homens, no fundo, invejariam. Enquanto a boca de Soninha o engolia com um fervor que beirava o divino, ele, entre o êxtase e a vertigem, abaixou-se, e segurou os seios dela com a reverência de quem colhe um fruto proibido, maduro, suado de pecado.
Eram macios, densos, perfeitos. Apertou-os com firmeza, não como quem domina, mas como quem adora. Os dedos brincaram com os bicos que endureciam como olhos abertos para o abismo. E ao tocar-lhe a barriga, aquele ventre levemente arredondado, sentiu a maciez do tempo — um tempo que não perdoa as santas, mas faz das pecadoras monumentos eternos.
Desceu mais. Atravessou os pelos negros como floresta de perdição, e chegou ao monte de Vênus como um navegador antigo alcançando a terra prometida. E lá, naquela gruta sagrada, na umidade quente onde moram os gemidos e as mortes doces, Felipe se fez oferenda. Tocou, penetrou com dedos trêmulos e certeiros, e arrancou de Soninha sons que não vinham da garganta, mas da alma. Ela gemeu.
E naquele gemido, Felipe descobriu o milagre e a maldição: ele era, ao mesmo tempo, posseiro e possuído. Era o invasor — mas também o invadido. Os corpos se misturavam, a identidade se perdia. Já não havia Felipe nem Soninha. Havia carne. Havia suor. Havia um pacto que dispensava palavras, alianças ou promessas.
As regras, a decência, a moral — tudo virou ruína ao redor deles. Só restava o ato. O ato e a febre. E a certeza absoluta, suada, arfante, de que depois daquilo não haveria perdão. Mas, pela primeira vez na vida, Felipe não queria ser perdoado.
Os olhos dela, cerrados como portas de templo em chamas, tremiam nas pálpebras. A boca, úmida, entreaberta, parecia suplicar em silêncio uma graça indizível. Tinha libertado o falo, agora glistente, quase sagrado, e gemia com as costas arqueadas como quem agradece ao diabo. Era sua forma de dizer: "obrigada pelo pecado".
E que pecado. Um que jamais sonharam cometer — talvez por isso mesmo fosse tão delicioso. Tão suculento quanto o fruto da árvore proibida, mordido com vontade de morrer.
Felipe, já alheio a qualquer raciocínio que não fosse o da carne, viu nela o convite mais escancarado: o corpo mole, entregue, suado; o hálito doce, como se exalasse incenso de prazer; os gemidos baixos, quase infantis, mas perversos. Não resistiu. Não podia.
Beijou-a. Mas não como um amante. Nem como um cavalheiro. Beijou como quem tem fome, como quem passou a vida em jejum e agora morde o mundo. A língua dele invadiu-lhe a boca como antes os dedos haviam invadido-lhe a gruta. E Soninha — ah, Soninha! — correspondeu de um jeito que ele jamais esperaria.
Era outra. Não era a mulher do sorriso discreto, das palavras medidas. Era um bicho. Um furacão. Uma santa destruída pela própria santidade. E ela o puxou, com força, como se quisesse devorá-lo por inteiro. Suas mãos agarraram-lhe os ombros, a cintura, a alma.
E então os corpos se colaram. Pele com pele. Suor com suor. Não havia mais fronteira. Apenas fricção, respiração, calor. Um calor que parecia vir do inferno — e talvez viesse mesmo. Felipe não sabia mais quem era. Mas sabia que era ali, naquele momento, que morava o sentido de tudo.
Felipe, tomado por uma devoção profana, mergulhava naquele momento como quem mergulha no abismo e, mesmo sabendo que não há fundo, abre os braços. Era uma fome antiga — não apenas de carne, mas de sentido. Uma ânsia que atravessara madrugadas solitárias, olhos fechados no banho, travesseiros molhados com pensamentos indecentes. Agora, ali, tudo se cumpria.
Ele não beijava. Ele devorava. A boca, os seios, o pescoço. Cada lambida era uma confissão. Cada mordida, uma culpa renascida. Ele a amava como quem sabe que morrerá logo depois. Com pressa. Com fúria. Com uma ternura animalesca que só os desesperados conhecem.
E Soninha... Soninha era puro teatro da carne. Seus gemidos não vinham da garganta — vinham do ventre, do pecado que habitava nela como num templo profanado. Movia-se como serpente sobre a água, ondulando com precisão indecente, como se o mundo todo tivesse sido criado só para aquele balé suado, pagão, indecoroso. Cada rebolado era ciência. Cada fricção, um verso da liturgia do prazer.
Ela esfregava seu sexo quente e escorrendo no membro rígido de Felipe, untando-o com o néctar de sua danação. E fazia isso com maestria, com a cadência exata que só quem já pecou demais consegue dominar. Felipe arfava, tremia, queria dizer alguma coisa — talvez "te amo", talvez "me perdoa" — mas só conseguia gemer. Como um animal.
E então, no meio da penumbra quente, ela o puxou pelo rosto, com as mãos firmes de quem conduz não um amante, mas um servo.
— Felipe... — sussurrou, com a voz rouca, embriagada de desejo e poder. — Beija-me. Não aqui — disse, roçando os lábios nos dele — mas lá, na minha buceta. Lá onde só chega... só o calor da língua.
Ele a fitou, trêmulo, como um menino diante do altar de uma santa que sangra.
— Quero tua boca. Me beija, me lambe... — ela sussurrou, o rosto colado ao dele, arfando. — Chupa minha flor, Felipe. Abre-a com a boca... e não para até eu desfalecer.
Felipe sentiu o mundo tremer.
— Soninha... — ele balbuciou, entre o medo e o fascínio.
— Vai, homem... — ela insistiu, com um sorriso que só as prostitutas beatificadas sabem oferecer.
Felipe obedeceu.
Não com submissão, mas como o vencedor de uma batalha que reclama seu prêmio. Tantas vezes desejou aquele perfume de buceta, aquele gosto de sexo? Agora tudo estava ali ao seu alcance. Desceu com lentidão quase cerimonial, como quem caminha para o centro do templo onde os santos caíram e só restaram os cheiros — de incenso e de carne.
E quando encontrou as carnes úmidas dela, aquela flor oculta entre sombras e desejos, beijou-a como se pedisse perdão por todos os dias em que fingiu não querer. Lambia com fome, mas também com uma estranha ternura. Sentia o sabor morno, vivo, quase cítrico — um gosto que não era de fruta, nem de vinho, nem de sal, mas de algo anterior a tudo: o gosto do interdito.
Soninha arqueava-se. Os quadris ondulavam como se seguissem uma música que só ela ouvia, e seus gemidos — curtos, fundos, urgentes — não pediam discrição. Eram música profana, salmodia de prazer. A cabeça tombava, os seios se erguiam como oferendas.
— Assim... assim, Felipe... — sussurrava, entre gemidos, com um sorriso perdido entre a prece e a blasfêmia.
Os dedos cravavam o lençol. As coxas o apertavam com força e carinho, e o corpo todo vibrava como corda tensa. Felipe se embriagava. Mais do que o sabor, era o poder — a sensação de fazer aquela mulher, antes inacessível como vitral de igreja, gemer por sua causa. Por sua língua. Por seu pecado.
E ali, entre beijos e lambidas, ela quase se rompeu. Um clímax se armava como tempestade no céu do ventre. Ela tremia. Ele não parava.
Felipe sentia tudo na boca. Não só o gosto — que já o embriagava como um vinho fermentado no porão dos pecados — mas os tremores, os espasmos, a umidade quase escandalosa que se espalhava pelos seus lábios, seu queixo, sua alma. Era como se Soninha chorasse por aquele beijo profano — não com lágrimas, mas com um pranto quente, viscoso, nascido do centro do corpo.
Ela não gemia mais — urrava, como fera, como santa em transe, como mulher que atravessava um limiar do qual não se volta. Os quadris batiam contra sua boca como se pedissem salvação. Mas Felipe interrompeu.
Não porque quisesse parar. Ao contrário. Parou porque desejava mais. Porque seu corpo pedia, seu sangue ordenava, seu membro — latejando como uma verdade insuportável — exigia.
Soninha ainda tremia, de olhos cerrados, perdida no último espasmo que não se concluíra. Ela sentiu o ar esfriar entre as pernas quando a boca dele partiu — e por um instante, pareceu um castigo. Mas então sentiu o toque das mãos fortes em suas coxas. Ele as abriu com cuidado, mas com a firmeza de quem invade um templo pagão com o estandarte ereto.
Não disseram palavra. Nada precisava ser dito. O olhar dela — brilhante, entregue, molhado — era o convite. E o dele — faminto, vermelho, tresloucado — era a resposta.
E então ele se posicionou. O membro duro como sentença, roçando a entrada quente, escorregadia, palpitante. Ali, no umbral da consumação.
Ele sentiu o calor sem sequer entrar. E soube, mais do que nunca, que estava à beira da danação — e da glória.
Felipe roçava a entrada da carne com o membro em brasa. O toque era quase uma tortura — para ambos. Ele tremia como quem carrega uma culpa, mas avança mesmo assim, e ela, aberta como flor noturna, arfava sob o peso da antecipação.
— Eu enfiar em você, Soninha — ele disse, rouco, como se confessasse um crime já cometido em pensamento mil vezes. — Vou te possuir inteira... como sonhei. Como desejei. Como nunca ousei dizer.
Ela abriu os olhos — duas brasas acesas. O rosto molhado de suor, os cabelos colados à testa.
— Enfia Felipe... enfia tudo — sussurrou, quase chorando. — Me come. Me faz tua. Agora.
Devagar, como quem se ajoelha no altar do pecado. Um movimento que era mais que físico — era espiritual, visceral. O corpo dela o acolheu quente, molhado, faminto. Com movimentos de quadril que eram perfeitos, ela sugava o colosso de carne para dentro dela. Era como mergulhar em lava viva. Ele sentiu-se envolvido por uma força que não vinha só da carne, mas da história — da repressão, do silêncio, da espera.
Ela gritou e não foi um grito de dor, nem de prazer puro — foi um grito de liberação. Como se toda a mulher que ela havia sufocado por anos enfim saísse pela garganta. E gemeu depois. E arqueou-se. E mordeu os próprios lábios para não chamar o nome dele em voz alta.
Ele avançava, e ela o puxava com as pernas. O ritmo era lento, mas intenso. Um movimento antigo, primitivo, como uma dança ancestral — a dança da perda da decência, a dança do amor impuro.
Felipe enterrava-se nela como se não houvesse volta. O membro ardia, fervia, e cada centímetro que desaparecia dentro dela era um passo a menos no caminho da redenção.
Ali, entre lençóis colados, pele suada e gemidos roucos, dois corpos se tornavam um — e, ao mesmo tempo, se perdiam de vez. E o ritmo da penetração aumentou, e a força das estocadas também. E Soninha queria mais, muito mais, ela queria tudo e pediu:
- Goza, goza dentro de mim... me enche com teu leite.
E Felipe sacudiu e com uma última estocada, como um kamikase que se atira sobre um navio, injetou o sumo do corpo dentro dela, em jatos quentes e fartos, e ela gritou, gemeu, e bradou que o amava.
E ele, exausto, debruçado sobre o altar morno do corpo dela, apenas respirou fundo, como quem voltava de um transe.
O silêncio durou alguns segundos. Até que ela, ainda ofegante, sorriu um sorriso que misturava culpa e satisfação. E disse, como quem retorna ao mundo:
- Felipe... você sempre soube como me fazer feliz.
Felipe ergueu a cabeça, os olhos ainda enevoados de desejo, mas com um brilho de ternura que não escondia a intimidade profunda entre eles. Ele riu baixo, quase envergonhado, e respondeu:
- Mãe, você sempre me surpreende.
Soninha acariciou o rosto dele, os dedos traçando linhas suaves sobre a pele ainda quente.
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