O som de passos ecoava pelo chão quando Clara abriu os olhos. Olhou para o lado e viu o corpo nu de Alessandro, mas não viu Vanessa. Sentou-se na cama e procurou pelas suas roupas até se lembrar de que elas haviam ficado na sala. Levantou-se, nua e caminhou pelo corredor até chegar na sala. Ao perceber a cortina para a varanda aberta, deu um passo, se escondendo na parede do corredor e usando as mãos para trás cobrir os seios.
— Vanessa! Está aí? — disse, tentando falar alto o bastante para ser ouvida, mas não para acordar Alessandro.
Da cozinha, a amiga apareceu com um sorriso radiante, de alguém que tivera uma noite longa de sexo.
— Já acordou, amiga?
— Sim, para onde você está indo?
— Tenho uma turma de sábado de manhã, preciso dar aula a eles. Vocês podem ficar à vontade aqui.
Vanessa deu as costas e começou a andar. Clara saiu de seu esconderijo e, nua, segurou a amiga pelo braço.
— Vanessa, não vai embora assim sem me explicar o que foi aquilo ontem.
— Como assim? Parece que nunca fez uma sacanagenzinha. Depois eu que sou a careta.
— Isso vai além de uma sacanagenzinha. Você me ofereceu para o seu namorado e nem me perguntou antes se eu topava.
Vanessa olhou séria para a amiga. — Se eu escrevesse na mensagem pedindo isso, você aceitaria?
— Claro que não!
— Mas você gostou, não gostou?
— Você sabe que sim.
— Então, deu tudo certo. Todos estamos felizes.
— Está bem, mas por que me oferecer para ele?
Vanessa encheu os pulmões de ar antes de responder — A gente tem esse fetiche por sexo anal, mas morro de medo de fazer. Às vezes ele põe o dedo, mas até isso me assusta. Já viu o tamanho da mão dele? Como você sempre disse gostar de fazer, pensei que seria bom dar essa experiência para ele de alguma forma.
Clara franziu o cenho — você está maluca? Mandando outra mulher transar com o seu namorado. Isso pode acabar com o seu relacionamento.
Vanessa segurou o rosto de Clara com as mãos e a olhou profundamente nos olhos — meu amor, eu sei disso e por isso te chamei. Se tem uma mulher com quem não me importaria dividir meu namorado, é você. Se tem uma pessoa no mundo a quem confiaria esse tipo de coisa, é você.
A declaração a pegou de surpresa. Clara abriu um sorriso que não conseguia controlar e abraçou Vanessa. — Amiga, obrigada pela confiança. Você tem razão, eu nunca faria nada para te trair, mas ainda, sim, você entende o que você fez?
As mãos de Vanessa envolveram sua cintura — Dei a melhor noite de sexo para nós três. — As mãos desceram ao bumbum, o apalpando — e aqui? Está tudo bem?
— Está sim. Ele é grosso, mas estou acostumada.
Vanessa deu um beijo na bochecha da amiga — sabia que era perfeita para esse papel.
— Qual o papel? O da putinha do seu namorado? — provocou Clara.
— É — respondeu Vanessa com um sorriso sapeca ao se afastar e se dirigir à porta. — Agora me deixa ir para a minha aula. Pode ficar na minha casa o quanto quiser e pode se aproveitar do Alessandro, ou do que sobrou dele — disse rindo ao abrir a porta. — Só tome cuidado que os vizinhos do outro prédio ficam olhando.
A porta bateu e Clara se virou para a varanda da qual tinha se esquecido. A porta envidraçada com a cortina aberta dava vista de quem estivesse fora para o seu corpo nu. Com as mãos cobrindo os seios, pegou as peças de roupa no chão e voltou para o corredor, quando se deparou com Alessandro.
— Bom dia — disse ele, ao olhar o corpo nu de Clara e abrir um sorriso sapeca.
— Bom dia — respondeu, segurando as roupas na frente do seu corpo.
Por mais permissiva que Vanessa fosse, Clara ainda se sentia desconfortável. Não por estar nua na frente de um homem com quem transou na noite anterior, mas por ele ser namorado da amiga. Ela conhecia Vanessa há muitos anos e sabia bem que sua amiga estava longe de ser uma mulher liberal. Ela estava ali, de frente para o namorado dela. Ambos nus e com o olhar dele cheio de desejo para ela. O corpo dele também atraía seus olhares, mas temia pelas consequências daquilo.
— Não precisa se esconder, eu já vi isso tudo ontem, não lembra? — provocou ao caminhar despreocupado pela sala até chegar à cozinha.
O bumbum carnudo daquele homem atraía tanto os seus olhares quando o membro balançava. Sentia um misto de desejo por aquele homem e culpa ao mesmo tempo. O jeito mais fácil de lidar com tamanho confusão seria vestir a roupa e ir embora, mas tinha coisas que ela precisava entender. Ainda abraçada às suas roupas, ela cruzou a sala e foi até a cozinha.
Alessandro preparava o café sem se preocupar com a janela, ao contrário de Clara, que se cobria. Ele olhou para ela e seus olhos buscaram as partes de seu corpo que não estavam cobertas. Essa busca por pedaços de sua nudez a excitava, mas ela tinha perguntas a fazer,
— O que fez com a Vanessa para ela ficar assim?
Ele olhou para ela, surpreso com a pergunta.
— Ficar assim, como?
— Você sabe. Safada.
Alessandro riu. — Ela é safada desde que a conheci. — disse, ao começar a lavar a louça.
— Conheço-a há muito mais tempo e ela nunca dividiria o namorado com ninguém.
— Isso foi novidade para mim também. Fiquei tão surpreso quanto você.
O rosto de Clara assumiu um semblante sério. — Perguntei à Vanessa e tudo o que ela disse é que queria realizar uma fantasia sua porque ela não consegue. Tem certeza de que não sabe o motivo?
A expressão tranquila de Alessandro mudou — O que quer dizer?
— Falo de você pressioná-la tanto a ponto dela permitir uma traição para não perder o namorado.
— Peraí, eu nunca a forcei a nada.
— Vai me dizer que não tentou fazer anal com ela?
— Nunca. Ela me perguntou uma vez se eu gostava e disse que sim, mas nunca propus nada.
— Ela nunca pensaria numa coisa dessas que fizemos ontem.
Alessandro gargalhou — você precisa conhecer melhor a sua amiga.
— Eu a conheço muito bem. Ela não consegue fazer essas coisas.
— Isso não a impede de ser curiosa.
Clara franziu o cenho — Como?
— É. Curiosa. O fato de ela nunca ter feito certas coisas não significa que não tivesse vontade de fazer. Quer um exemplo? — Alessandro caminhou até a sala, sem se importar com a nudez — Foi ideia dela chupar o meu pau aqui com essa cortina aberta. Na primeira vez, ela ficou até receosa, mas agora ela me puxa pelo braço só para me chupar aqui. — disse.
A despreocupação dele com a nudez, mesmo com as cortinas abertas, dava a entender ser normal ficar nu naquela casa. Clara se manteve atrás do vão da porta, escondida, ainda segurando as roupas na sua frente.
— Duvido! — respondeu Clara, cética.
— Bom, você a viu enfiando meu dedo no cuzinho dela. A Vanessa que você diz que conhece seria capaz disso?
O jeito dele falar arrancou um riso de Clara — Eu realmente não a imaginava fazendo isso.
Alessandro caminhou em direção a ela — toda transa nossa é assim. Ela monta no meu pau, quica, rebola e goza quando enfia um dedo meu no cuzinho. Ela diz que gosta de se sentir penetrada, mas acha o meu pau grosso demais para ela.
A respiração de Clara mudou de ritmo. Ela encheu o pulmão de ar quando aquele corpo nu quase encostou no dela. O comentário sobre o próprio pau a fez desviar os olhos para a altura do quadril. O membro já começava a endurecer e quando ela voltou a olhá-lo no rosto, viu um sorriso malicioso.
— Não o acha grosso?
Clara sorriu, tentando mostrar desdém. — Achei normal.
— Não parecia normal pelo jeito que você gemia ontem.
— Só porque mandei você socar forte.
Um sorriso mais aberto brotou no rosto dele, enquanto ele olhava para o lado. — Você é amiga da Vanessa. Peguei leve com você como costumo pegar com ela.
Sorrindo, Clara olhou pela porta da varanda até o prédio vizinho e não viu ninguém. Girou, se encostando no vão da porta entre Cozinha e Sala, deixando o bumbum descoberto à mostra. Os olhos de Alessandro percorreram as curvas irresistíveis do corpo dela. Ela deu uma leve empinada no quadril, acentuando suas curvas. — Duvido que tenha se segurado comigo.
— A Vanessa também é gostosa. Então, já estou acostumado a não assustar.
— Acho bom!
— Até porque ela é bem curiosa e vai ser uma questão de tempo até eu comer aquela bundinha gostosa dela do jeito que eu gosto.
Com um leve balanço do quadril, Clara provocou Alessandro. — Não achou a minha bundinha gostosa?
— Achei normal — respondeu, irônico.
— Não parecia normal, pelo jeito que estava metendo nela ontem. Mesmo após eu ter mandado socar mais forte.
Clara esperava uma resposta à sua provocação, mas foi surpreendida com um tapa forte na sua bunda. Seu grito imediato foi interrompido ao ser puxada pelo pescoço para um beijo. O grito virou um gemido manhoso, abafado pela língua faminta que lhe invadia a boca. Ela se derreteu no beijo enquanto a mão livre saiu de sua bunda e lhe apalpou os seios, até em seguida descer até o meio de suas pernas. O dedo deslizando entre seus lábios lhe arranjou um gemido ainda mais alto.
— Já está molhada, sua puta? — provocou Alessandro.
Clara nada disse, apenas sorriu e segurou o membro já duro de Alessandro. Ainda a segurando pelo pescoço, ele a ajoelhou. Apanhou o membro e tentou levá-lo à boca, mas Alessandro a impediu, segurando seus cabelos.
— Agora você quer o meu pau, sua putinha?
— Quero!
— Ele não era normal?
Clara sorriu. — Estava brincando. Ele é lindo, grosso o bastante para encher a minha boca toda. Me dá o teu pau, vai?
À medida que a rola era empurrada para dentro de sua boca, Clara apertava os lábios contra aquele membro rígido. O puxão em seu cabelo ditava o ritmo lento dos movimentos. Às vezes, tirava o pau inteiro só para vê-la esticar a língua para alcançar o pau. Quando teve os cabelos livres, Clara passou a mamar aquela rola, variando ritmo e avaliando a intensidade dos gemidos dele. Enquanto chupava, percebia passos sutis para trás, e passou a engatinhar para manter aquele pau em sua boca. Quando se deu conta, Clara estava no centro da sala, com o pau de Alessandro na boca e dois vizinhos do prédio ao lado assistindo.
— Agora os vizinhos vão saber que a Vanessa tem uma amiga tão piranha quanto ela.
Naquela posição e com aqueles olhares estranhos fixos no seu corpo, Clara se sentiu ainda mais excitada. Ela tirou o pau da boca e o lambeu sucessivas vezes. Aquele gesto traiçoeiro e sacana havia deixado ainda mais acesa.
Mesmo do chão, ela o empurrou para se sentar no sofá e escalou seu corpo até montar em seu pau. Deu-lhe um beijo longo na boca e segurou firme nos cabelos dele. Seu quadril balançou, com fúria, em movimentos abertos e contundentes. Alessandro apertou sua bunda com as duas mãos, segurando firme como se empurrasse ainda mais o quadril.
— É assim que se fode, viu? — brincou Clara, enquanto seu quadril balançava acelerado. Ela continuou se movendo com intensidade até que seu gozo veio. Seu quadril passou a se movimentar mais devagar, mas esfregando seu corpo ao dele com mais força. As mãos lhe seguraram os cabelos com ainda mais firmeza, prendendo a cabeça dele no encosto do sofá. Um gemido longo e manhoso pôde ser ouvido pelos vizinhos.
Com a respiração voltando ao normal, um sorriso se fez no rosto de Clara. Ela beijou Alessandro por um longo tempo. — Então, me mostra como você fode de verdade.
Quando Alessandro se levantou, Clara ainda estava no colo dele. Ela foi suspensa e o abraçou com as pernas e os braços. Ao ver estar sendo levada para a porta da varanda, ficou apreensiva ao perceber ainda ter vizinhos a olhando. Ela desceu do colo dele, sendo colocada contra a porta de vidro. Uma mão deu duas voltas em seu cabelo e pressionou seu rosto contra o vidro. Outra mão puxou seu quadril para trás, a empinando. Um inesperado e explosivo tapa atingiu suas nádegas com mais força que na primeira vez. Ela gritou.
— Você é a minha puta, não é?
Com um sorriso no rosto, Clara respondeu — Sim, eu sou a sua putinha.
Um segundo tapa explodiu em suas nádegas, provocando mais um grito. De repente, um dedo entrou em sua boceta.
— A minha putinha está satisfeita?
— Não. Quero mais.
— O que a minha putinha quer?
—- Quero no meu cu.
— Boa menina — provocou Alessandro ao empurrar o dedo no ânus de Clara.
— Eu não quero dedo ! — fingiu protestar Clara. Apesar disso, gemeu a cada movimento dentro de si.
Um novo tapa explodiu nas carnes de Clara para mais um grito — Sei o que você quer.
Ao sentir a cabeça da pica roçar em seu corpo, Clara se empinou mais, buscando se ajudar à penetração. Apenas a glande entrou.
— Só isso? — provocou, Clara.
— Você faz o resto, putinha. — respondeu Alessandro, acertando mais um tapa.
A cada tapa dado, os gritos de Clara se tornavam mais manhosos. Com a ordem dada por Alessandro, Clara empurrou o bumbum para trás, engolindo aquele caralho e gemendo manhosa à medida que seu cu se dilatava. Foi um gemido longo, terminado apenas ao sentir o calor do corpo dele colado ao seu. Depois, sua pele ardeu para mais um tapa.
Dessa vez, os movimentos de Alessandro começaram firmes desde cedo. A porta de vidro balançava com o esforço que Clara fazia para segurar aquelas estocadas.
— Meu pau está bom agora?
— Está uma delícia.
Alessandro acertou mais um tapa — fala mais alto, sua puta.
— Essa pica grossa está uma delícia dentro do meu cu.
Com aquela penetração firme, Clara tinha se esquecido dos espectadores, mas Alessandro, segurando seu cabelo, fez seu rosto virar para frente, na direção deles. — Agora eles também sabem que você é uma putinha que adora o meu pau no cu.
Clara não se importava com mais nada e, olhando para os vizinhos, respondeu ainda mais alto. — Então fode a sua puta, soca essa pica gostosa no meu rabo.
Alessandro assim fez. Meteu com ainda mais força do que na noite anterior, socando forte no cu de Clara. Ela precisou fazer força até ouvir aquele homem urrar atrás de si. O peso dele desabou sobre seu corpo enquanto os jatos continuavam jorrando dela.
Ele a abraçou por trás e, aos poucos, recuperou seu fôlego. Eles se abraçaram, junto à porta de vidro, se beijaram. Se esqueceram dos vizinhos e de qualquer outra coisa, pois se beijaram por muito tempo. Talvez por tempo demais.