Um conto do dia dos namorados inesquecível

Um conto erótico de Feminive
Categoria: Heterossexual
Contém 2519 palavras
Data: 12/06/2025 15:04:17

Hoje é Dia dos Namorados. As mesas dos restaurantes estão todas reservadas, os quartos de motel têm filas na porta e os bares transbordam casais em busca de um canto de ilusão. É assim todo ano — se você quer comemorar, precisa planejar com antecedência. Mas ele… ele sempre deixava pra depois.

Há mais de uma semana eu tentava alinhar algo. Uma pizza, um vinho, um gesto mínimo. E ele sempre com aquela resposta morna de quem não quer se comprometer: “Depois a gente vê isso”, “a gente combina”, “deixa que eu resolvo”. Mas não resolvia nada. Eu, romântica incurável, ainda acreditava que alguém podia querer me surpreender. Que talvez ele só estivesse esperando o momento certo. Que estivesse tramando alguma coisa por trás do silêncio.

Mas o tempo passou. E a noite chegou. E nada veio.

Eu tentava não me deixar abater, mas era inevitável — a decepção ia se acumulando em mim como um peso nos ombros, como uma tristeza que descia devagar entre as pernas e me deixava vazia. Eu queria flores, beijo na testa, uma mesa à meia-luz. Queria toque, perfume, uma intenção qualquer.

Mas fazer o quê? Homens são assim. Muitos deles não aprendem nunca a importância de um gesto. Acham que a gente vai estar sempre ali, esperando, mesmo quando eles não entregam nada.

Quando a noite caiu, eu já estava pronta. Não só vestida — pronta. Pronta pra viver algo bonito, pra ser tocada com carinho, pra sentir que eu importava.

Escolhi um vestido branco com flores delicadas, quase ingênuo. Havia algo de pureza nele, como se eu estivesse tentando convencer o mundo de que ainda acreditava no amor. Usei uma sandália baixa, cabelo solto com ondas suaves, uma lingerie nova por baixo — aquela que ele elogiara uma vez, sem saber que eu anotaria mentalmente. Me perfumei com o creme que ele dizia gostar, e deixei minha pele macia, lisa, cheirosa. Completamente depilada. Tudo do jeito que ele gostava.

Mesmo que fosse pra nada. Mesmo que fosse só pra mim.

Quando ele mandou a mensagem dizendo que estava chegando, meu coração ainda quis se animar. Eu queria tanto que fosse diferente.

Entrei no carro e quase chorei.

Ele estava de bermuda e chinelos. A camiseta amassada, o olhar distraído, como se fosse só mais uma noite qualquer. Como se não fosse nada demais. E talvez pra ele não fosse mesmo.

A vontade era de sentir raiva. Mas não veio. O que veio foi uma bola na garganta. Uma lágrima que ameaçou escorrer, mas que eu segurei com força só pra não me desmontar na frente dele.

Sentei no banco calada. Não queria discutir. Não valia mais a pena. Dentro de mim, algo já tinha decidido: no dia seguinte eu ia terminar. Ou pelo menos pedir um tempo. Eu não queria mais me ferir por alguém que não sabia cuidar.

Pra piorar, ele disse que antes de sairmos, precisava buscar uma coisa numa cidadezinha vizinha. Era algo urgente, aparentemente. Depois, comeríamos “um churrasquinho no quiosque”. Isso. Um churrasquinho. No Dia dos Namorados. Eu devia ter rido.

Quando perguntei sobre a bermuda, ele respondeu com desprezo prático: “Tenho uma calça jeans velha no carro.”

Fui com ele até lá, muda. Ele tentava puxar assunto no caminho, como se nada estivesse errado. Dizia frases soltas, ria sozinho, mexia no celular. Até atendeu uma ligação no viva-voz:

— Deixa pronto que eu chego em vinte minutos.

A pessoa do outro lado parecia esperá-lo para entregar algum trambolho. Alguma merda de última hora que ele decidiu resolver logo hoje.

Logo hoje.

O lugar parecia o fim do mundo.

A cidade foi ficando para trás, as luzes diminuindo, e quando vi, estávamos num bairro de chão de barro, com ruas escuras e esburacadas, cercadas de sítios pequenos e casas afastadas. Os bares improvisados ao longo do caminho estavam cheios de casais — jovens aos pares, mãos dadas, flores nas mãos, risos soltos no ar. E cada gesto alheio parecia um soco a mais no meu estômago.

Meu coração apertava. Cada esquina de terra batida me lembrava que eu não deveria estar ali. Eu devia estar em algum lugar bonito, quente, sendo desejada, celebrada. Em vez disso, eu estava num carro abafado, com um homem que não fez o mínimo esforço pra me agradar.

Quando achei que não podia piorar, ele estacionou numa rua vazia, silenciosa, sem uma viva alma em volta. Uma casa grande, com muros altos e portão destrancado. O lugar inteiro parecia esquecido.

— Espera aqui rapidinho, só vou buscar e a gente já vai. — disse ele, já abrindo a porta.

— Buscar o quê? — perguntei, sem esconder o cansaço.

— É rápido. Já volto.

E entrou, me deixando ali. Sozinha. No escuro. Num lugar estranho. Num carro parado no meio de um breu sufocante, cercada pelo som dos grilos e pela poeira da minha decepção.

Meu sangue ferveu.

Que porra era aquela? Era isso o meu Dia dos Namorados? Ser cúmplice de alguma entrega de tralha num sítio? Ser motorista dele, figurante numa noite que deveria ser minha?

O tempo passou, mais de dez minutos e nada. Eu olhava pra calça jeans e o tênis jogados no banco de trás com desprezo.

Foi então que o celular vibrou com uma mensagem.

“Amor, traz pra mim a calça jeans e o tênis que tão aí no carro? Esqueci.”

Olhei pra tela incrédula. Olhei pro banco. Tive vontade de jogar tudo no meio do mato e levar o carro de volta pra casa deixando ele ali.

Mas a gente é assim. A gente reclama, xinga mentalmente, promete mil vezes que nunca mais, mas ainda assim… faz. Vai. Leva.

Com a calça e o tênis na mão, empurrei o portão meio ressabiada e entrei na escuridão do jardim sem iluminação. A casa parecia muda, quieta, como se estivesse me esperando pra uma última humilhação.

Mas havia algo estranho.

Eu parei, tentando entender aquela escuridão densa à minha frente. O portão estava às minhas costas, mas o resto… era só silêncio, cheiro de grama molhada e uma leve névoa no ar. O caminho de pedras sob meus pés parecia se estender até a casa, mas eu não via quase nada além de vultos no escuro.

Foi então que ouvi.

Uma música.

Baixinha no começo, como se estivesse vindo de longe, entre as árvores, ou talvez da própria terra. Meu corpo enrijeceu. Eu conhecia aquela melodia. O coração bateu mais rápido, e um arrepio subiu pelas minhas costas. Era familiar. Era nossa.

A música cresceu de volume, e meu peito se encheu de algo que eu não soube nomear: susto, emoção, um leve medo, talvez.

E então, num piscar, tudo se transformou.

Luzes suaves começaram a se acender, uma a uma, ao longo do chão — como se despertassem com a minha presença. Elas desenhavam um caminho dourado entre o mato e as pedras, guiando meus passos por entre as sombras. Mas o que mais me tirou o fôlego foram as árvores.

Altas, emoldurando a trilha, estavam decoradas com pequenas luzes amareladas que tremeluziam entre os galhos, como vagalumes encantados. A luz filtrava pelas folhas, criando desenhos no chão, sombras dançantes, uma atmosfera mágica, quase etérea — como se eu estivesse entrando num sonho. Um bosque secreto, feito só pra mim.

A casa ao fundo permanecia discreta, apenas com a varanda suavemente iluminada. E foi ali que eu o vi.

Parado sob a luz quente da varanda, ele me esperava. Vestido com o blazer que eu amava, camisa limpa, olhar firme. Nas mãos, um imenso ramalhete de flores vermelhas. No rosto, o sorriso de quem sabia exatamente o que estava fazendo.

— Você achou mesmo que eu esqueceria da gente?

Eu ri. Eu chorei. Eu quis correr. Eu quis abraçar.

Dei o primeiro passo. Foi então que vi: pétalas de rosas cobriam o caminho até ele, espalhadas entre as pedras como se o chão inteiro estivesse apaixonado.

Eu fraquejei. Mas respirei fundo, e fui. Fui ao encontro dele com o coração escancarado, ao som da nossa música, sob as árvores acesas feito céu.

Corri em direção a ele e meu corpo se chocou contra o dele com a força de quem já não aguentava mais esperar. Ele me envolveu nos braços e quase me ergueu do chão, fazendo o vestido subir pelas minhas coxas. E então me beijou.

Não foi um beijo qualquer.

Foi um beijo com gosto de reencontro, de promessa cumprida. Sua boca encontrou a minha com urgência e precisão, molhada, faminta, macia — e ao mesmo tempo firme, como se dissesse: “agora é minha vez.” Ele abria meus lábios com os dele, explorando, provando, sugando minha língua como se ela fosse o começo de um prazer mais fundo. O mundo sumiu ali, dentro daquele beijo. Só havia nós dois.

Se havia algo planejado entre o início e o fim daquela noite, teria que esperar. Porque meu corpo, inflamado pela surpresa e pelo amor que resistia à frustração, já não queria mais protocolo.

Beijos apertados. Mãos bobas. Gemidos abafados entre um toque e outro. Atravessamos a porta, tropeçando no tapete de pétalas vermelhas, sem olhar para os lados. Eu não via decoração, não via o que ele preparou. Só via ele.

Seu corpo colado no meu, quente, duro, vibrando. O pau dele, já ereto sob a calça social, cutucava minha barriga me ameaçando. Eu o agarrei com força, a mão tentando puxá-lo para fora, sem cerimônia, sem pudor. Eu queria sentir, queria pegar, queria chupar. Queria tudo.

E ele também queria. A mão dele já estava sob meu vestido, deslizando pelas minhas coxas até encontrar a renda da calcinha nova. Passava os dedos com destreza, como quem procura uma fenda, uma fresta, um convite. E eu era só isso: convite. Toda eu pulsava.

O tesão latejava na minha pele. Eu tremia. Estava molhada, aberta, pronta.

Tropeçamos numa cama que parecia ter surgido ali só pra nós. O quarto era um borrão de luzes suaves e cheiro de flor misturado com o nosso perfume — mas eu não prestei atenção em nada. Eu o empurrei com força, fazendo-o cair de costas, e subi sobre ele como quem toma posse.

Ele riu, aquela risada baixa que sempre me desarmava, mas dessa vez fui eu quem dominou. Me ajoelhei entre suas pernas, desfiz o cinto com uma vontade quase animalesca, puxei a calça com pressa e deixei o pau dele livre, saltando ereto e quente como se estivesse esperando por mim desde sempre.

Peguei com as duas mãos, admirei.

A cabeça estava latejando, melada, exposta. Ele arfava, e eu senti o poder daquele momento me invadir inteira. Inclinei o corpo, deixei a língua escorregar pela lateral do pau, bem devagar, até sentir ele se contorcer levemente. Depois, dei um beijo molhado na ponta, lambendo a glande com a boca aberta, deixando a saliva escorrer — provocando, sujando, adorando.

— Porra… — ele gemeu, com a voz rouca.

E eu sorri com os lábios ainda em volta da cabeça dele. Chupei. Fui fundo, devagar no começo, depois mais rápido. Eu queria que ele sentisse tudo: minha boca quente, minha fome, minha raiva transformada em tesão. A garganta se ajustava a cada investida, e ele segurava meus cabelos, sem puxar — só pra sentir que eu era dele.

Eu fazia barulho de propósito. Queria que ele ouvisse o quanto eu o queria. O pau escorregando entre meus lábios, entrando e saindo, molhado, duro, delicioso. Uma das minhas mãos massageava os ovos dele, a outra subia pelas coxas, até alcançar o abdômen trêmulo.

Ele estava se desmanchando com o meu presente.

Eu ainda estava com a boca cheia dele quando ele gemeu algo entre os dentes — um “vem cá” rouco, desesperado, perdido no meio do prazer.

Mas eu não fui com delicadeza.

Subi de uma vez, empurrando o peito dele com a mão e montando com o vestido ainda enfiado até a cintura. Afastei a calcinha molhada, só o suficiente, e encaixei o pau dele com um movimento só: firme, fundo, com força.

Sentei com tudo.

Um estalo abafado de carne contra carne preencheu o quarto.

— Puta que pariu… — ele arfou, os olhos fechando na hora, a cabeça tombando pra trás.

Eu não parei.

Sentei de novo. Com mais força. Com raiva e com tesão, como ele gostava. Rebolava com peso, como se meu corpo quisesse esmagar o dele, quebrar, marcar. Eu cavalgava com gosto, os quadris fazendo o serviço sem vergonha, sem pausa, sem piedade.

Meus dedos arranharam o peito dele por cima da camisa aberta. Meu cabelo descia como cortina sobre nossos rostos. Ele me segurava pelos quadris, tentando controlar o ritmo — mas era inútil. Eu era um animal ali em cima dele. Um furacão quente. Uma amante decidida a se vingar com prazer.

Eu tinha uma pontada de raiva que eu queria descontar.

Eu gemia sem medo. Cada investida fazia meu corpo estremecer. Sentia o pau dele me abrindo por dentro, batendo no fundo com aquele atrito que me fazia delirar. A cada descida, meu clitóris esfregava contra a base do corpo dele, provocando ondas de prazer cruas e intensas.

Eu ainda cavalgava com força, sentindo meu corpo todo latejar, quando ele me agarrou pela cintura e, num movimento firme, me deitou de costas na cama.

Veio por cima, colando o peito no meu, a respiração quente no meu rosto. Me olhou como quem vai dizer alguma coisa, mas não disse nada. Só me penetrou de novo, com calma no começo, e depois com aquela força crua que vinha de dentro.

Papai e mamãe.

Mas não havia nada de simples naquela posição. Era íntimo. Profundo. Era alma contra alma.

Nossos olhos colados, nossas bocas quase se tocando, respirando o mesmo ar quente. Eu sentia cada estocada me abrir por dentro, rasgar o que restava de orgulho. As mãos dele prendiam meu rosto com carinho enquanto o corpo fazia o trabalho de foder com intensidade, com entrega.

— Goza comigo… — ele sussurrou, com a voz falhada.

— Tô quase… — respondi, mordendo os lábios, sentindo o clímax crescendo rápido, inevitável, como uma onda furiosa vindo de dentro.

E então aconteceu.

Eu gozei primeiro, com um gemido abafado no ombro dele, as pernas tremendo, os braços em volta das costas, as unhas fincadas na pele. Ele veio logo depois, com um grunhido rouco, enterrando-se fundo, como se quisesse ficar preso dentro de mim.

O gozo dele me encheu, quente, vivo, pulsando junto com o meu.

Ficamos ali. Grudados. Sem pressa de sair.

Respirávamos alto, ofegantes, os corpos suados e o coração desacelerando aos poucos. Ele beijou minha testa. Eu beijei sua boca. E dessa vez foi um beijo diferente — doce, calmo, cheio de amor. Um beijo que dizia “é você”, mesmo sem palavras.

Nos abraçamos em silêncio, como quem sabe que o melhor da noite não foi o presente, nem a decoração, nem a surpresa. Foi estar ali. Juntos. Verdadeiros. Nus por dentro e por fora.

A luz das árvores ainda tremeluzia do lado de fora da janela. A nossa música tocava baixinho em algum lugar. E eu, completamente nua e satisfeita em seus braços, sabia que aquele era, sim, o melhor Dia dos Namorados da minha vida.

Feliz dia dos namorados.

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