Lúcio - Rainha das Calcinhas

Um conto erótico de Casal Tatuíra
Categoria: Homossexual
Contém 1597 palavras
Data: 12/06/2025 15:36:19
Última revisão: 12/06/2025 16:26:11
Assuntos: Homossexual, Gay, calcinha

Lúcio carregava um segredo inconfessável, um abismo que ele guardava com unhas e dentes, como se fosse um crime hediondo, um pecado mortal que nem ao padre, no silêncio do confessionário, ousava revelar. Nem aos amigos, nem à esposa, que o olhava com a confiança cega de quem crê no amor eterno. Lúcio, esse homem de fachada impecável, de terno alinhado e sorriso fácil, escondia-se de si mesmo, como se fugisse de um demônio interior. Era um cidadão exemplar, de dia, um modelo de virtude, mas, na calada da noite, quando a solidão o abraçava com seus tentáculos, ele se transfigurava. Não era mais Lúcio, o probo, o reto. Era outro, um Mr. Hyde torpe, que se entregava a um vício secreto, descoberto na juventude febril, numa mistura de culpa e êxtase: ele, com um prazer quase sacrílego, cheirava calcinhas alheias, anônimo, como quem mergulha na própria danação.

Lúcio, ainda um jovem de olhos famintos, descobrira seu tormento na figura de Rosana, a irmã mais velha, morena de curvas que pareciam esculpidas pelo próprio diabo. Ela era um mistério, um corpo em plena explosão, os seios como altares, as formas um convite ao pecado. Ele, menino preso na própria inocência torturante, percebera um segredo: após o banho dela, no banheiro úmido e quente, uma calcinha pendia atrás da porta, como relíquia de um templo pagão, intocável e sagrada. Rendas, lycra, transparências — cada peça era um grito da juventude vibrante de Rosana, um chamado à sua beleza inatingível. Às vezes, um fio de pelo negro preso ao tecido, outras, o vestígio sutil do suco que escorrera de sua fenda, mas o que ele mais deseja a era o perfume cítrico, avassalador, que incendiava a mente de Lúcio. Aquele cheiro era mais que um aroma; era a ponte para um desejo que ele não ousava nomear, um portal para a mulher que ele, em sua solidão febril, jamais tocaria.

Ele pegava a peça com mãos trêmulas, como quem comete um sacrilégio. Aspirava-a, num êxtase que misturava culpa e volúpia, como se, ao tocar o tecido, tocasse a própria carne de Rosana. Na solidão do banheiro, num ritual solitário, ele se entregava ao desejo, envolvendo a peça em seu membro, como se, por um instante, pudesse possuir o impossível. Era um delírio, uma posse imaginária, um mergulho na danação que ele, ao mesmo tempo, temia e amava. Ia além, vestia a calcinha, sentindo o tecido como uma carícia proibida, como se, naquele ato, roubasse um pedaço da alma dela, uma conexão com o corpo. E, no clímax daquele segredo inconfessável, Lúcio gozava e descobria que a vida podia ser boa e desejar a irmã seria sua benção e maldição.

Lúcio, preso à sua obsessão, não se contentou com o ritual inicial. As calcinhas de Rosana, outrora relicários de um desejo inconfessável, já não bastavam. Ele, como um pecador que desce mais um degrau no inferno, avançou do banheiro úmido às gavetas sagradas dela. Ali, um universo de sedução: biquínis, maiôs, peças que pareciam sussurrar promessas de volúpia. No começo, tudo era um símbolo, uma forma de possuir Rosana em sua imaginação febril. Mas o tecido, ah, o tecido! Ele descobriu, com um misto de espanto e culpa, que o toque da lycra, a pressão das peças mínimas contra a pele, o roçar sutil em partes secretas do corpo, lhe traziam um prazer novo, inesperado, quase sacrílego. As peças mais femininas, de rendas e transparências, eram suas preferidas; as tradicionais, ele as rejeitava com desdém, como se traíssem o seu delírio.

Ele a espiava, voyeur atormentado, capturando-a em momentos de descuido: trocando de roupa, tomando banho, dormindo sob a luz suave do luar. Na praia, o corpo dela em trajes sumários era um tormento; em casa, os shorts curtos, um convite à loucura. Lúcio, em segredo, buscava o roçar fugaz, o contato que incendiava sua alma. Mas algo mais sombrio crescia nele. Não bastava desejar Rosana, a fêmea inatingível. Ele, em sua solidão torturante, começava a imaginar-se no lugar dela, a ansiar por ser possuído, a sentir-se, ele mesmo, como uma mulher. Era um paradoxo que o dilacerava: queria a dona das peças, mas, ao vesti-las, descobria-se seduzido pela feminilidade que elas lhe emprestavam. E, nesse abismo de desejos cruzados, Lúcio se perdia, entre o êxtase e a danação, sem saber onde terminava o homem e começava o segredo que ele jamais confessaria.

Numa tarde cinzenta, dessas que pesam na alma como um presságio, dois amigos, primos entre si, arrastaram Lúcio para um jogo perigoso, um convite ao abismo. Um deles, da mesma idade, tinha o olhar travesso de quem já conhecia os segredos da carne; o outro, um par de anos mais velho, carregava uma experiência que parecia desafiar o tempo. No sótão da casa do mais jovem, onde a penumbra conspirava com o silêncio, propuseram um jogo de cartas, mas não um jogo qualquer. Era uma dança de tentações, um pacto selado com risos nervosos: a cada partida, o perdedor enfrentaria um ritual íntimo, um toque que cruzava a linha do proibido, tomaria nas mãos os membros dos outros dois e faria carícias que para eles sóas prostitutas eram capazes.

As cartas caíam, e com elas, as barreiras. Lúcio, entre risos e silêncios tensos, sentiu o calor de um contato com aqueles arpões de carne, que era ao mesmo tempo culpa e fascínio. Ele tocava e era tocado, num vaivém de sensações que o confundiam. Mas, oh, a descoberta! O calor da carne, a textura que pulsava com vida, o mistério de um prazer que ele não esperava. Era mais que um jogo — era uma revelação. Lúcio, com o coração acelerado, propôs um salto ainda mais audacioso: que o toque não fosse apenas um roçar, mas um beijo fugaz naqueles objetos de prazer, uma lambida, uma sugada, um instante de entrega. E então, num delírio calculado, ele passou a perder de propósito. As cartas, jogadas com displicência, eram só um pretexto. Cada derrota era uma vitória secreta, um mergulho mais fundo naquele êxtase que ele, em sua alma dividida, começava a amar e temer. No sótão, sob o peso do segredo, Lúcio se entregava, sabendo que nunca mais seria o mesmo.

Ah, a tarde caía sobre os três como um manto de pecado — e que pecado! Lúcio, entre eles, já não era um jogador, não. Era a fêmea dos dois, uma Eva de boca quente e mãos ávidas. E não se contentou com pouco. Queria mais, sempre mais. Sentar-lhes no colo, sentir o volume brutal contra a carne, ali onde o prazer é mais doce, mais proibido.

E então, com um sorriso de cúmplice do diabo, soltou a frase que selaria o destino daquela tarde:

— Desce. Pega uma calcinha da tua irmã. Quero usá-la.

O amigo obedeceu. Era um servo do vício, um escravo da luxúria. E voltou com a peça — ah, que peça! —, uma tanga de lycra e renda, mínima, mas não tão mínima, que apenas sugeria o que Lúcio tinha para oferecer. Coxas grossas, traseiro empinado, um convite à devassidão.

E ele se despiu. Não havia vergonha, não. Havia apenas a verdade nua e crua do desejo. Vestiu a calcinha diante deles, e os três, ali, eram como estátuas de uma mitologia obscena — membros eretos, olhos ardentes.

Lúcio sentou. Rebolou. Era um ritual, uma dança de corpos que já não conheciam a inocência.

— Me segura... aperta…

Ah, mas ainda era pouco! Lúcio, tomado por um desejo que lhe queimava as entranhas, queria mais — sempre mais! Deitou-se na cama como uma oferenda profana, puxou a calcinha de lado e expôs o orifício do pecado, aquele portal de todas as devassidões. E com um suspiro que era quase um gemido, ordenou:

— Vem. Me come.

O primeiro amigo atirou-se sobre ele, aquela massa de carne quente e suada, o peso brutal do macho sobre o corpo submisso. A espetada, a fricção, o ritmo animal — mas, ah, a inexperiência! O pobre diabo não conseguiu violar o santuário proibido e, em um acesso de frustração libidinosa, despejou entre os montes de Lúcio os jatos de seu líquido pegajoso. Uma derrota? Não. Apenas o prelúdio.

Mas o segundo... ah, o segundo! Esse tinha o sorriso de um anjo decaído, um demônio de olhos ardentes.

— Abre a boca. Chupa, deixa babado.

E Lúcio obedeceu, enquanto um dedo intruso explorava a porta dos fundos, preparando o terreno para a invasão.

— Delícia… — gemeu, entre dentes cerrados de ansiedade.

E então veio o momento supremo: o amigo sobre ele, o peso, a espetadaque rasgava, a ardência que doía e, ao mesmo tempo, extasiava. Lágrimas nos olhos? Sim, mas não só de dor — eram lágrimas de prazer, de quem descobrira, naquele instante, sua verdade mais íntima: era fêmea, era mulher, era puta.

— Soca! Soca com força!

E ele foi atendido. Sentiu os jatos quentes inundando seu interior, enquanto seu próprio corpo se contorcia em espasmos, derramando-se na cama como um rio de pecado. Até a submissão lhe era prazerosa, aquela humilhação que o elevava ao paraíso dos perdidos.

E chupou-os de novo, devotamente, como uma sacerdotisa do vício, e jurou:

— Farei isso sempre. Sempre que quiserem.

E assim foi, por anos — até que a vida os separou, até que os casamentos vieram, com suas mentiras sociais e suas noites infiéis. Mas Lúcio jamais abandonou as calcinhas, nem o cheiro daqueles encontros, nem a lembrança daquelas tardes em que, por fim, descobrira-se rainha do abismo.

#####

Confesso que esse texto é autobiográfico e baseado na minha experiência com meus dois amigos.

Se você gostou, comente por favor, se não gostou, diga, queremos melhorar. Se convir, deixe 3 estrelas, ficaremos gratos.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Casal Tatuíra a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de brazzya

🤯 Consiga ver qualquer uma sem roupa agora mesmo ➤ Afpo.eu/ekuza

0 0