Eu tinha dezenove anos, mas não era inexperiente. Pelo contrário, já tinha muito mais aventuras e experiências sexuais variadas do que a maioria dos jovens da minha idade, graças a uma educação muito liberal. Havia terminado o serviço militar. Cursava o preparatório para o Vestibular em São Paulo. Quando me encantei, consegui conquistar e namorar uma garota absolutamente linda, a Maisha, uma filha de japoneses por quem eu me apaixonei.
A garota mais sensual e perfeita que eu jamais vira, em forma de mulher. Tinha dezoito anos, era modelo de propaganda, 1,70 m de altura, corpo impecável, a pele lisa e clara como porcelana, cabelos pretos longos e lisos, que prendia num penteado que só as japonesas sabem fazer. Aparecia em muitos anúncios das revistas da época.
Na noite que a tive pela primeira vez em meus braços, na casa do tio dela, fizemos sexo, e de uma forma completamente fora do comum. Depois da primeira noite com a Maisha, na casa do Sussumo, o tio japonês todo-poderoso e mafioso dela, quando tive uma experiência incrível, ao fazermos um ménage à trois, inesquecível, eu me tornara definitivamente uma pessoa bastante diferente. Além de um sexo absolutamente delicioso, com ela, que era muito experiente, embora novinha, com a participação do tio, aprendi na prática o que significava levar uma vida liberal, sem preconceitos. Naquela noite, iniciei um processo de abertura da minha mente, com a quebra de muitos paradigmas, transformando ainda mais a minha formação que já era bastante liberal desde a infância.
[Nota do Autor] – Esta história, foi extraída do material que integra um dos meus próximos romances, “Safados Malvistos”, e foi adaptada exclusivamente para fazer parte do desafio15: O fundo do poço, aqui da CDC.
Naquela noite, nosso “Ménage à Trois” foi o mais fantástico da minha vida até então. Maisha, insaciável, gozava seguidamente, comigo e com o tio, e nos levou também a orgasmos alucinantes. Ao vê-la gozando com o padrinho, pude sentir a emoção e a excitação de ser também o voyeur, e ver sua habilidade como libertina, o que me deixou ainda mais tarado por ela. Foi com eles, que aprendi definitivamente o que era levar uma vida liberal, sem preconceitos.
Mas, quis o destino que as coisas não caminhassem muito bem. Por alguns meses, tivemos uma relação maravilhosa, o tio dela fez uma curta viagem ao Japão, para levar os filmes que produziu com ela. E com sua ausência, tivemos um período somente nosso. Estudávamos no cursinho, namorávamos normalmente, íamos ao cinema, e fazíamos sexo deliciosamente na minha pequena quitinete no centro de São Paulo. Depois eu a levava em sua casa. Soube que o Sussumo, tio da Maisha, tinha ido ao Japão finalizar e distribuir suas últimas produções. Mas, logo que ele regressou, deu de presente para a afilhada, um Porsche Carrera, lindo, cor de grafite, delicioso de dirigir, que ele disse ser merecimento dela pelos rendimentos do trabalho que fez nos filmes e nas propagandas.
Eu sempre respeitava quando ela era chamada para gravar os filmes de propaganda, e alguns outros que o tio produzia, dos quais ela participava. Eu sabia que ela era atriz para filmes pornográficos, que o tio distribuía no Japão. Na época, estava tão encantado com aquela japinha maravilhosa, livre, independente, liberal e libertina, que não me incomodei muito com aquilo, até porque, ela já fazia os filmes quando eu a conheci. Seguimos nosso namoro, e eu estava cada vez mais apaixonado por ela, como nunca havia tido uma paixão, antes. Maisha era encantadora, doce, reservada, mas ao mesmo tempo era como uma pantera selvagem.
Tudo seguia muito bem. Até que fui convidado pela Maisha para assistir uma das filmagens.
Eu pensava que estava aberto e preparado para assistir minha namorada em ação em um filme erótico. Tinha dividido a Maisha com o tio, e naquela noite com eles eu me sentira muito bem e tremendamente excitado. O sexo foi maravilhoso. Sem violência, com muita entrega, e carinho dos dois machos com ela.
No dia da filmagem, ela ia contracenar com dois atores profissionais, dotados, e que tinham uma aparência tremendamente marginal. Um era um coroa de seus cinquenta anos, costas largas, meio barrigudo, rosto quadrado de japonês que faz papel de marginal de filme da Yakuza. O outro era também japonês, mais alto e magro, careca, também acima de 45 anos. Eles e a Maisha estavam usando quimonos brancos de seda. As filmagens aconteciam num dos quartos da enorme casa do Sussumo, no sítio dele, perto de Cotia, adaptado em um estúdio de filmagem, onde havia ao centro um enorme Futon, ou seja, um colchão quadrado coberto com uma capa de tecido branco. Também tinha dois japoneses mais jovens, que operavam duas câmeras, para filmar as cenas de vários pontos de vista. Sussumo era o diretor e dava orientações. Eu me sentei em uma cadeira de lona, modelo de diretor de filmes, próximo do canto da sala. As luzes do ambiente foram apagadas, e ficaram apenas os projetores de luz para iluminar a cena.
Começaram as encenações sob os comandos do Sussumo, simularam a chegada de uma garota de programa, no caso a Maisha, para atender aos dois coroas que a esperavam sentados no Futon de alguma casa destinada a sexo pago.
Ela entrou em cena com o quimono branco, linda, levemente maquiada, os cabelos penteados deixando cair um pouco sobre os ombros. Se aproximou deles, cumprimentou com uma vênia, e ajudou-os a despir seus quimonos. Foi quando pude ver os corpos dos dois atores. Ambos tinham todo o corpo e os braços fortes tatuados. Era bonito e assustador ao mesmo tempo. Depois, eles a despiram também e começam a trocar carícias, tocando no corpo dela com as mãos fortes. Maisha se deixava tocar e reparei que minha namorada tinha a pele toda arrepiada e os mamilos empinados denunciando sua excitação. Dava para perceber que ela gostava de atuar e sentia prazer com aquilo. No início eu me excitei logo, ao vê-los tocando nela, apertando os seios, as nádegas, ela acariciando seus peitos, os ombros, trocando beijos cada vez mais lascivos com ambos os atores, que revelaram estarem muito excitados, com seus membros eretos e empinados. Ela segurava nos pênis dos dois, apertava, masturbava, enquanto eles falavam provocações obscenas, a chamavam de safada, e davam ordens que ela cumpria satisfazendo ao desejo lascivo de ambos. Não demorou ela estava completamente nua sobre o Futon e envolvida num sexo grupal com os dois atores. Ela de quatro ajoelhada sobre o Futon chupava o pênis de um deles, o mais velho, enquanto o outro mais novo chupava sua xoxotinha por trás. Maisha gemia e rebolava, com aqueles gemidinhos que parecia estar chorando, o que é característica das mulheres orientais sendo provocadas e sentindo tesão nos vídeos de sexo. Mas eu sabia que era verdade, conhecia suas reações e percebia que ela estava mesmo deliciada de fazer sexo com os dois, e na minha presença. Eu tinha ficado muito excitado, meu pau latejava, ao ver minha namorada em ação, no sexo com outros. Maisha tinha uma beleza incrível, e mesmo no papel de puta, devassa e sem-vergonha, permanecia linda, doce e sensual. Suas expressões de prazer e satisfação eram autênticas. Mas, à medida que eles foram ficando mais brutos, mais rudes, enfiando dedos na xoxota e no ânus dela, chupando os peitos e apertando com força, dando tapas nas nádegas, tratando de forma mais agressiva, e socando aqueles pênis avantajados em sua bocetinha, fui ficando mais incomodado. Algo em mim foi mudando, e eu creio que o gatilho foi assistir como a Maisha se sentia tarada e se entregava, como ela parecia gostar daquelas safadezas, uma devassidão meio masoquista, de gostar de ser tratada com rudeza e brutalidade, algo que eu não apreciava. A verdade é que eu fui perdendo o tesão, e ficando meio revoltado.
Na minha cabeça, vinha a certeza de que ela não precisava daquilo, era de uma família de classe média alta, de empresários, comerciantes, estavam inclusive inaugurando novas marcas e lojas, ela era estudante com bom rendimento no curso, certamente seria aprovada para ingresso na faculdade. Eu entendia que no começo, para atender os interesses do tio e padrinho, que a havia iniciado no sexo, era natural ter aceitado atuar nos filmes pornográficos dele. Mas, ela já era uma modelo meio consagrada no ambiente publicitário. Não precisaria de fazer pornografia. Finalmente, entendi que só fazia aquilo porque realmente, ela gostava. E estava sendo fodida por dois, ali na minha frente, em prolongadas sessões de sexo, em várias posições, desde o papai-e-mamãe com um enquanto chupava a rola do outro, passando por dar de quatro, dar de pé apoiada na beira da cama enquanto era penetrada por trás, e chupava o pau do outro. Depois eles revezavam e mudavam de posição. Demorou mais de uma hora aquela devassidão. Todos ficaram muito tarados. Sempre dando tapas, no rosto, na bunda, forçando posições, algumas até aparentemente incômodas, ou de forte submissão. Maisha fazia aquilo satisfeita, gemia, choramingava sem parar, soltava gritinhos, misturando a sensação de estar sofrendo e tendo prazer. Eu sabia que ela estava tendo prazer, pois via seu corpo tremendo todo, sua xoxota escorrendo lubrificação, e algumas vezes até jorrando um squirt de gozo quando chegava ao clímax depois de intensa foda.
No final, eles fizeram uma dupla penetração nela, com aqueles membros avantajados de mais de 20 cm, e grossos. Na minha cabeça, vinha a certeza de que ela delirava com aquilo e foi impossível não imaginar que por mais que eu fosse um grande amante, e a fodesse bastante, certamente eu não faria com ela nem a metade do que aqueles brutos estava fazendo com a minha linda e doce namorada japonesinha. Uma dupla penetração que levou uma hora, entre gemidos, socadas, retiradas, enfiadas, até que finalmente eles gozaram de forma avassaladora. Aquilo ficou na minha cabeça, e a sensação que me deu na hora era de que nossa relação futura não teria mais graça, já que ela gostava mesmo daquelas fodas violentas e intensas. Sabia que a Maisha gostava muito da dupla penetração, e estava ali gozando deliciada com aqueles dois atores, na minha frente. Não era apenas cenas de um filme, ela estava mesmo gozando muito, e deixando os dois machos alucinados com aquilo. Por isso seus vídeos certamente faziam muito sucesso. Ficava patente seu gosto pela devassidão. Ao me excitar, me deixou com raiva.
Aguentei impassível, assistindo a tudo aquilo, mas cada vez mais incomodado. No final, não me excitava mais. Pelo contrário, estava me dando certa revolta. Fiquei primeiro, com raiva do tio que a usava daquela forma.
Depois, entendi que ela gostava daquilo, no fundo, sentia prazer em fazer, e não era forçada. Ao perceber aquilo, fui ficando meio chateado, criando um certo trauma. E quando terminaram as gravações, eu devia estar com uma expressão terrível, porque logo que ela regressou do camarim, depois de se banhar, ao vir me beijar, toda carinhosa, eu reagi muito friamente, e ela percebeu. Mas nada disse. Maisha era doce e discreta. Me tratava muito carinhosamente.
Naquela noite, as filmagens haviam ido pela madrugada, até perto do amanhecer, por isso, depois, fomos para um outro quarto, apenas nos beijamos. Antes de dormir, ela me abraçou, me beijou e perguntou:
— Você gostou querido?
Fiz um tremendo esforço para não dar a entender o meu estado. Disse:
— Fiquei impressionado. Foi uma filmagem intensa!
Maisha sorriu e concordou. Comentou:
— Sim, eu fico sempre muito dolorida depois, eles tem pintos muito grandes e socam com muita força e por muito tempo. Meu tio adora chamar esses avantajados. Estou toda assada, ardida mas amanhã já me sentirei melhor. Aí poderemos descontar. Hoje não vou aguentar.
Eu, sem dizer nada, agradeci silenciosamente, pois estava tão deprimido com as cenas que eu vi, que não conseguiria mais ter uma ereção naquela noite.
No dia seguinte, acordamos tarde, e eu aleguei que tinha que voltar à cidade, pois marcara um compromisso. Nos vestimos, tomamos uma refeição leve e ela me levou no Porsche até na minha quitinete, no centro. E seguiu para sua casa.
Naquele final de semana, eu não a encontrei, alegando ter que tratar de outras urgências. Na semana seguinte nos encontrávamos nas aulas do cursinho, eu tentava agir com naturalidade, mas realmente estava traumatizado. Fiquei meio depressivo, e a Maisha percebeu, pois eu não quis sair à noite para namorar, alegando ter trabalhos atrasados e estudos por fazer. Durante a semana eu fiquei cada vez mais deprimido, e tinha que falar com ela, mas não sabia como. Percebi na sexta-feira, que teria que enfrentar a situação e me abrir com ela. Fomos jantar num pequeno restaurante no Bairro da liberdade, e depois fomos para a minha quitinete. Maisha se esforçava para ser carinhosa e atenciosa, mas eu estava travado e triste. Era apaixonado por ela, e ao mesmo tempo, sentia que algo havia se partido. Ela perguntou:
— Não foi boa ideia você assistir à filmagem, não é?
Eu a olhava sentido uma tristeza enorme. A paixão estava lá, mas me sentia abalado, sem saber o que dizer. Para começar a explicar falei:
— Você não precisa fazer aquilo. Não precisa participar mais dos filmes.
Maisha me olhava, também parecia triste. Explicou:
— Eu gosto. Na hora eu sou aquela devassa, que você viu. Adoro vivenciar aquilo. Mas é só nos filmes. Com você eu sou outra. Amo você.
Eu estava tão abalado, e nem conseguia falar. Tristeza, angústia, depressão, ansiedade, tudo se misturava. O coração acelerado. Fiz um esforço e questionei:
— Se você quiser parar, seu tio vai aceitar?
Maisha passou a mão suavemente sobre o meu rosto, e disse:
— Você não entende. Lembra que eu lhe disse uma vez que temos culturas diferentes, valores e relações familiares diferentes? Meu padrinho é o chefe do clã. O que ele decide, todos acatamos, temos um voto de fidelidade absoluta. É assim na nossa família. Eu pertenço a ele, de qualquer jeito. Posso pedir para parar, ele pode me permitir não fazer mais. Mas, tenho que ser sincera, eu gosto muito de fazer os filmes. Me sinto realizada, satisfeita. Não misturo o gostar de você. Vou sempre gostar, não importa com quantos eu faça sexo nos filmes. É como ter uma vida paralela.
Fiquei olhando para ela, tentando processar tudo aquilo. Para não precipitar as coisas, eu pedi que ela me desse um tempo, para poder realizar tudo e superar meu trauma.
A cultura dela era de obedecer ao homem, foi forjada naquela cultura milenarmente elaborada. Maisha fez que sim, me deu um beijo maravilhoso, fez um carinho no meu rosto, e disse que estava de acordo.
Naquela semana, não nos encontramos, eu não fui às aulas. Depois de muito refletir, sentia uma falta tremenda, uma saudade enorme, e um desejo imenso de tê-la comigo. Entendi que era aquela mulher que eu queria, liberada, assumida, livre, deliciosamente libertina, e iria reencontrá-la no final de semana. Pretendia reatar tudo. Tinha percebido que a queria de todas as formas que fosse. Mas, a despedida na minha quitinete foi a última vez em que a vi.
Infelizmente, Maisha, dirigindo seu Porsche Carrera 911 a 200 km por hora, na estrada sinuosa da serra de Santos, em dia de chuva, derrapou, bateu, sofreu um acidente estúpido, capotou e fatalmente veio a falecer.
Eu fiquei completamente arrasado e fui ao fundo do poço. Aquela perda me traumatizou profundamente. Foi preciso viver sozinho, afastado de tudo e todos, no meio da mata, por quase um ano, para entender que eu precisava me reerguer, e retomar minha vida. A lição foi aprendida, e no ano seguinte, fui viver no Rio de Janeiro.
Foi quando comecei uma nova fase da minha vida, livre de preconceitos, mente mais aberta, e muito mais maduro e seguro em relação aos sentimentos. Mas iria demorar para me apaixonar novamente. E isso será uma nova história.
FIM - Meu e-mail: leonmedrado@gmail.com
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