Isolamento

Um conto erótico de Lore <3
Categoria: Lésbicas
Contém 3137 palavras
Data: 14/06/2025 22:11:14
Última revisão: 15/06/2025 09:58:07
Assuntos: Lésbicas

Acordei extremamente indisposta, com o corpo mole, e teria o dia cheio. Inicialmente, achei que estava cansada, mas quando nem o banho e nem o café fizeram um mísero efeito, desconfiei e procurei fazer um teste... Não deu outra: positivo para COVID-19.

Eu sabia que não estava isenta e, de certa forma, exposta. Embora eu tomasse todos os cuidados possíveis, não escapei. Porém, confesso que a minha primeira preocupação foi não estar nessa sozinha; tinha medo de Júlia, Milena e Kaique também estarem contaminados.

Me isolei em um dos quartos livres e liguei para Juh, que ainda dormia.

— Bom dia, amor da minha vida — falei quando ela atendeu.

— Bom dia, amor, esqueceu alguma coisa? — Juh respondeu, em um tom sonolento.

— Então... Acordei estranha, cansada, meio mole... Resolvi fazer um teste e deu positivo — disse, tentando passar tranquilidade.

— Lore... — ela começou a dizer, preocupada, mas a interrompi antes que ficasse desesperada.

— Tá tudo bem, não estou sentindo nada demais, estou aqui no quarto de hóspedes e só quero que você fique atenta a sintomas, em você e nas crianças — falei, mesmo sabendo que Juh não ficaria calma.

Notei um chorinho do outro lado da linha.

— Amor... E agora? — ela perguntou.

— Não chora, gatinha... Tá tudo bem, com fé em Deus vai passar... — tentei.

— Quer que eu leve alguma coisa para você comer? — Juh perguntou.

— Mais tarde, eu consigo tomar café — informei, e ficamos um tempo em silêncio.

Era um daqueles momentos que eu daria tudo para poder dar um abracinho nela, garantindo que tudo ficaria bem, mas eu não podia... Nem dar o abraço e nem garantir nada.

Quando desligamos, informei a quem era necessário sobre o resultado do meu teste e pedi que me enviassem atualização da filial diariamente. Não havia condições de parar no estado em que o hospital se encontrava.

— Mãe! — ouvi a voz do meu filho contra a porta.

— Oi, amor! — respondi, animada.

Já sentia saudade só de imaginar que não receberia um abracinho deles por alguns dias.

— A senhora tá com medo? — foi a primeira coisa que ele me perguntou.

Me questionei pensativa por alguns segundos, eu não havia ponderado sobre isso ainda.

— Não... — respondi — acho que por não estar sentindo nada alarmante.

— Eu sabia que a senhora não estava com medo porque não tem medo de nada — ele disse, confiante, e eu ri.

Eu entendi o que Kaique quis dizer, mas mal sabia ele que eu tenho, sim, meus medos. Muitos, aliás. E a maioria deles tem nome e sobrenome: Júlia, Milena e Kaique Oliver.

Meu maior medo nunca foi adoecer; era adoecer e não estar ali por eles. Era a possibilidade de perdê-los ou deixá-los de alguma forma. Eu nunca me aprofundei nesses pensamentos, porém a pandemia só deixou isso mais nítido. Gente saudável sumindo da vida das famílias sem tempo nem de se despedir. Ver aquilo de perto, todos os dias, mexe com a cabeça de qualquer um.

No fim das contas, eu sei exatamente do que tenho medo: eu não conseguiria viver num mundo sem Juh, Mih e Kaká.

Quando perdemos Maya, foi extremamente dolorido. Nós amamos a nossa menininha vorazmente desde o primeiro instante. Ninguém nunca está pronto para perder alguém que ama, muito menos quando se trata de uma filha tão desejada e ansiada. Além de estar dilacerada, ver o estado que Juh ficou também me fazia sofrer... Eu nunca mais ia correr o risco daquilo se repetir.

Naquele momento, achei melhor deixá-lo continuar acreditando que eu era corajosa o tempo todo. Não queria causar alarde, nem nele nem em ninguém. A verdade é que eu realmente não estava com medo. Mesmo com os números assustadores aumentando a cada minuto, preferi me apegar ao meu estado atual: estável, sem sintomas graves, só precisando de cama e de um bom travesseiro como companhia.

— Cadê sua irmã? — perguntei.

— A mamãe tá conversando com ela... — respondeu, vacilante.

— Huuuum, ela ficou triste, não foi? — questionei.

— Ela virou uma onça! — ele exclamou, e seu tom de voz me fez rir.

— Misericórdia, tomara que a onça chegue aqui bem domada — falei e pude ouvir sua risada.

— Eu disse que vai ficar tudo bem, nós rezamos com nossos anjinhos e a mamãe ficou a acalmando — disse-me Kaká.

— Cuide delas direitinho — brinquei.

— Tive uma ideia, mãe... — ele disse de repente, e o ouvi correr para longe.

Eu iria pedir para ele deixar o meu notebook, contudo, mesmo sem entender, aguardei para saber o que se passava na cabecinha do meu guri.

— Aqui na janela!!! — o ouvi gritar do lado de fora.

E lá estavam os três sentados na grama, mas apenas dois acenavam para mim. Milena estava entre as pernas de Juh, visivelmente brava.

— Minha filha, nós precisamos de distanciamento social. Se você não desmanchar esse bico, vai acabar me acertando um beijo — brinquei.

E foi o bastante para, mesmo contrariada, ela soltar um risinho, enquanto Kaique e Júlia riam.

— É tudo culpa do seu chefe bobão, mãe — ela lamentou.

— Eu falei que o chamo de ex-bobão, filha... — disse Juh, colocando uma das mãos no rosto.

— Para mim é um bobão! — Milena exclamou, irritada.

— Não pense isso dele. O Psiquilord não fez nada de errado, está preocupado com toda a equipe, mas tem coisas que não dá para prever ou evitar... Acabou acontecendo... — expliquei.

— Agora eu tô com medo... — ela disse, com uma expressão de quem ia chorar.

— Mih, eu estou bem... Vamos focar no meu estado atual, tem muita gente em estado grave, eu só estou com uma preguicinha... — falei, tentando convencê-la.

— Ela não tá com medo e vai ficar bem — completou Kaká, confiante.

— Acho que a gente tem que deixar a mamãe descansar — disse Juh, e eu concordei, sentia um cansaço imenso.

— Por favor, não deixem o Brad tomar o meu lugar na casa, ele deve estar louco por isso — brinquei novamente para que eles rissem.

— Quer alguma coisa, amor? — Juh perguntou.

— Roupas e meu notebook, gatinha — respondi.

— Huuuuuum, notebook nós vamos pensar — ela disse, em um tom bem-humorado.

— Eu voto não, porque ela precisa descansar — falou Kaká, levantando a mão.

— Vou deitar um pouco e aguardo minhas solicitações, meus súditos — me despedi, rindo, antes que eu perdesse a votação de lavagem.

Acabei dormindo até o almoço e acordei com meu amor batendo na porta e avisando que tudo que eu pedi estava ali.

Saí para pegar e a vi, sua cabeça surgindo no final do corredor, com um sorriso lindo. Soltei um beijinho para ela.

— Vai ficar tudo bem, tá? — Juh disse.

— Vai, te amo! — falei.

— Queria cuidar de pertinho... — ela disse, manhosa.

— Eu te amo, meu amô — falei, dando um tchauzinho e pegando um grande saco que estava em cima de um banquinho.

— Eu também te amo, mô — Juh respondeu.

Tinha pijamas, produtos de higiene, sacos de lixo, o meu almoço em descartáveis, uma garrafa grande de água, uma pet menor de suco, frutas já cortadas, salgadinhos, barras de cereal, um edredom mais quente, o notebook com o carregador, o carregador do meu celular, fone de ouvido, os livros que eu estava lendo no momento, máscaras, álcool gel e hidratante.

Na moral, eu sou muito amada e bem cuidada, e ninguém faz isso tão bem quanto a minha mulher. Até encontrá-la, eu nunca havia sido tratada dessa maneira, e o mais belo é que é natural. É o jeitinho dela de amar, que vai do mínimo ao máximo.

Mandei uma mensagem: "Ai que vontade de dar um beijo na sua boca, mulher!" E recebi uma sequência enorme de “eu te amo”, que me fez sorrir enquanto me alimentava.

Nesse dia, eu infelizmente acabei com a vida de um residente porque o fiz circular por onde achei necessário numa vídeo chamada.

Aproveitei aquela infinidade de tempo para resolver algumas burocracias pendentes e fiz uma consulta online, por garantia, onde me recomendaram isolamento por sete dias e passaram Dipirona e Ivermectina 🤣

Júlia até quis comprar o vermífugo, mas estava em falta. Eu acho que não tomaria, para mim nunca fez muito sentido, e depois foi revelada a ineficácia do medicamento.

De vez em quando um deles surgia na porta ou me chamava pela janela, o que foi ótimo para eu não me sentir sozinha. Quando me sentia um pouco mais cansada, deitava e dormia. Era aquele sono pesado, de pedra.

No outro dia, acordei queimando em febre, e a disposição, que já não estava lá essas coisas, diminuiu bastante. Júlia fez um café mais forte, a meu pedido, e deixou uma folhinha junto com um bilhete escrito: "não tinha flores :(".

Sorri ao olhar. Ô muié fofa!

Lembro de dormir bastante nesse dia, o considero o pior de todos. Também fiquei levemente paranóica com um possível agravamento no meu quadro.

— Se eu morrer, como ficam minha mulher e meus filhos? — me questionei pela primeira vez. Liguei para o meu advogado e, no meio da explicação, fui ficando com preguiça do assunto. Nem lembro de ter desligado a ligação, simplesmente peguei no sono.

Quando despertei, tinha uma mensagem do Dr.: "Descansa, todos estão seguros." Fiquei na dúvida se ele estava me recomendando relaxar porque nada de ruim ia acontecer, ou se já estava me entregando nas mãos de Deus para descansar eternamente. Preferi acreditar na primeira opção, que fazia mais sentido.

Com o tédio e os cúmplices do hospital proibidos de me ajudar, me rendi ao joguinho dos meus filhos: Among Us. A missão principal é simples: os inocentes precisam trabalhar juntos para descobrir, antes que seja tarde, quem entre eles está fingindo. Enquanto isso, os impostores fazem de tudo para sabotar, confundir e eliminar os tripulantes um por um, tentando alcançar a vitória sem serem desmascarados.

A gente se divertiu bastante, tanto jogando só nós quatro, quanto com mais pessoas. Eu sou bem ruim com mentiras, contudo, as minhas vitórias como impostora são recordadas até hoje por tamanha cara de pau.

No quinto dia, eu já não sentia mais nada. Esperei até o sétimo para sair do isolamento, como forma de proteção.

Fui direto para o meu quarto. Sabia que todos estavam lá porque estavam dormindo juntinhos todos esses dias. Eles me enviaram fotos antes de dormir, e Juh também registrava assim que eles dormiam.

— Bom dia! — falei, dando um selinho na minha bela adormecida e encaixando meu rosto na curva do seu pescoço, sentindo o cheiro que tanto senti saudade.

Mesmo sonolenta, ela foi, né, abraçando, beijando o meu rosto e fazendo um lento carinho sobre a minha pele.

— Que bom que você está aqui e bem, senti tanto, tanto, tanto a sua falta... Você nem imagina... — Juh disse, quase em um sussurro, próximo ao meu ouvido.

Em um forte abraço, agarrei os dois dorminhocos que não se moviam por nada. Começaram a se espreguiçar com uma feição confusa, mas assim que associaram que eu estava ali, na mesma cama que eles, frente a frente, me abraçaram super animados.

— Maaaaaae!!!!! — eles gritavam.

— Eu sabia que ia ficar tudo bem, eu sabia, eu falei, eu falei!!! — Kaique exclamava, se jogando em cima de mim.

— Fiquei com tanto medo — Mih disse, se juntando ao abraço — Desculpa por chamar o bobão de bobão, fiquei com raiva, mas sei que não era culpa dele... É o seu trabalho ajudar as pessoas, não é, mãe? — ela disse, e eu acenei positivamente com a cabeça e logo depois os enchi de beijinhos.

Depois de amassar e ser amassada de amor, fomos tomar café juntos e, logo após, fui organizar a minha mochila com alguns papéis.

Júlia estava diferente, eu não sabia o que era, porém algo não estava normal.

— Foi a primeira vez que vi seu nome em um atestado — ela falou, ao pegar o documento que havia escaneado e enviado para o RH para mim.

— Disseram que não precisava, mas... É bão dar exemplo... — Respondi, rindo.

— Ei, vale até hoje! — Exclamou, inconformada, contando nos dedos.

— É, mas quero dar uma passadinha bem rápida lá... — Me expliquei, segurando em sua cintura.

— Não, amor, não vai... Espera hoje, por favor... — Juh pediu, em um tom chateado.

— Tá acontecendo alguma coisa que você queira me contar? — Perguntei.

— Não... — Juh respondeu, se apoiando no meu peito.

— Me atualiza — Pedi, nos direcionando para a cama.

— Meus sogros estão em Lorenzo e estão dando trabalho porque o Sr. Paulo quer fazer uma viagem para resolver alguma coisa... Sarah acredita que só você pode resolver, porque já tentaram de tudo — Ela disse.

— Hum... Bem que eu achei ter ouvido a voz da minha mãe na ligação de ontem... Vou passar lá agora, então — Respondi.

— Pensei em chamá-los para ficar aqui, mas lá é mais seguro mesmo — Juh falou, e tinha razão.

— Mais alguma coisa? E meus sogros estão bem? — Quis saber.

— Estão com a viagem marcada... Logo terão os tão sonhados filhos com eles — Juh respondeu, com uma pitada de sarcasmo.

— E é por isso que você tá assim, triste? — Questionei, suspendendo o rosto dela com o dedo para que me encarasse.

— Não, não estou triste... Estou feliz porque você está aqui comigo... — Júlia respondeu, reflexiva.

E o homenzinho na minha cabeça também dizia o mesmo. A gatinha não tinha uma expressão triste... Parecia estar longe, absorta em pensamentos.

Ela forçou um sorriso e eu a beijei, porém, com uma pulguinha atrás da orelha, continuava achando que tinha algo de errado.

— Tenho que ir — Falei, ficando de pé.

— Não tem... Fica... — Juh pediu, me segurando pela mão.

— Prometo não demorar — Tentei e dei um selinho.

— Sempre demora... — Minha muiezinha lamentou e ia me acompanhando até a porta.

Em um movimento rápido, ela virou-se, ficando à minha frente e impedindo a passagem.

— Amor, já te disse que é rápido — Falei, rindo.

Júlia girou a chave na porta e a tirou, nos trancando.

— Fica, amor... — A gatinha pediu, mais manhosa que nunca.

Juh me apertou em um novo abraço e eu sorria contra sua pele, depositando inúmeros beijinhos e sentindo o seu cheiro delicioso.

Eu ainda tinha a sensação de que Júlia queria me dizer algo, mas ela parecia não saber como.

Tomei seus lábios em um beijo, porém, ela quem ditou o ritmo, segurando meu rosto e controlando todo o movimento. Sua língua entrou de maneira lenta na minha boca, explorando cada milímetro com desejo.

— Fica, vai... — Júlia sussurrou, sensualmente.

Meu corpo estava sedento por ela. Devagar, fui soltando a mochila no chão e tomando sua cintura com minhas mãos. A empurrei com força contra a porta, fitando seus olhos cravados em mim.

Não precisei responder. Apenas suspendi a blusa que a gatinha vestia e ataquei os seus seios com a minha boca. Chupei com vontade, intercalando os dois, e as mãos dela não paravam de me puxar.

— Vamos pra cama — A gatinha propôs.

— É pra já! — Exclamei, suspendendo-a pelo quadril.

Me joguei contra o corpo dela e nos beijamos fervorosamente, dessa vez, sem calma. Não havia espaço para ela. Nossas línguas pareciam desesperadas, mas não perdiam a perfeita sincronia. Nossos gemidos baixos eram constantes e comecei a arrancar as nossas roupas da forma que dava, tentando o mínimo de interferência possível.

Encaixei a minha perna dentro das dela e pressionei sua pepeca, sentindo-a arfar contra a minha boca.

— Ai, gatinha... Que saudade! — Disse em um gemido, antes chupar o pescoço dela.

Os dedos dela adentraram o meu couro cabeludo com pressão, enquanto os suspiros se tornavam cada vez mais frequentes e mais intensos, carregados de vontade.

— Oh mãe, quero conversar uma coisa — Falou Kaique, batendo na porta.

Os olhos de Juh se arregalaram e eu suspirei em lamento...

— Oi, filho, é algo sério? — Perguntei, ainda passando o nariz no pescoço da mamãe dele.

— A senhora precisa ver o xixi que eu fiz — Ele falou, naturalmente.

— Oxe! — Exclamei olhando para Juh, que riu

— Deve ter algo anormal, vai ver — Ela me disse, dando um selinho.

— Estou indo, um momentinho — Falei.

Comecei a me vestir, um pouco frustrada, porém... Acontece, né?

— A chave, sua safada... Me subornando com sexo — Brinquei.

— Tá no bolso — Ela disse, levantando-se.

Me adiantei para pegar e... Nada!

— Não está... — Disse, já olhando ao redor.

— Foi você que o jogou, deve ter caído — Júlia falou, procurando.

— Mãe!!! — Kaique tornou a chamar.

— Já vooou, homi — Respondi.

— Achei! — Juh me informou, puxando a chave de baixo da cama.

— Que visão, meu Deus... — Disse e dei um tapa na bunda dela.

— Amor, para com isso! — Ela exclamou em reprovação, porém sorria.

Quando Júlia se levantou, a segurei pela cintura para um beijo.

— Maaaaaae, tá demorando! — Kaká falou, impaciente.

— Oh meu filho... Calma, já estou indo... — Disse-lhe, pegando a chave.

Juh foi se vestir e eu fui com meu gatinho até o banheiro.

— Tem sangue — Kaká apontou, com um tom de voz trêmulo.

— Doeu? — Perguntei, fazendo carinho em seus cachinhos, e ele acenou que sim com a cabeça.

Ele teve infecção urinária poucas vezes após o transplante, mas imaginei que fosse isso.

— Vou tentar marcar uma consulta com seu médico, mas deve ser só uma infecção urinária, amor, vai ficar tudo bem — Falei.

— Eu vou ser corajoso igual a senhora — Ele disse, olhando nos meus olhos.

— Você é muito mais que eu, lindo — E o carreguei.

Consegui marcar a consulta ainda para aquela semana, mas ele teve febre e eu resolvi adiantar a medicação prescrita.

À noite, após o jantar, ficamos na sala. Kaká todo dengosinho, deitado no colo de Milena.

Eles são irmãos bastante parceiros, com suas diferenças, mas com muitas afinidades. Mih adora exercer o papel de irmã mais velha, gosta de cuidar, de proteger e de encher o irmãozinho de dengo. Kaique, por sua vez, com seu jeito um pouco mais manhoso, se derrete todo com qualquer demonstração de carinho, especialmente quando vem da pessoa que ele mais admira na vida.

Juh estava deitada sobre o meu peito, eu fazia um leve carinho em suas costas, mas a sentia distante.

— Amor, tem alguém da nossa família em estado grave? — Perguntei.

Foi a única coisa que raciocinei, para ela estar tão imersa em pensamentos e não me contar nada sobre. Não é que eu queira saber tudo que se passa na cabeça dela, porém eu percebia que algo a afligia... Não consigo fingir costume ao notar minha muiezinha linda assim.

— Não, por que tá perguntando isso? — Ela me questionou.

— Você está aí em outro mundo com essa feição reflexiva... — Falei, e nada mais ela me disse.

Fomos deitar e eu a abracei bem forte, e logo Juh, que sempre adormece facilmente nos meus braços, ficou ali por um bom tempo fazendo carinho no meu rosto.

— Amor... — A ouvi dizer quando eu já estava quase pegando no sono.

— Oi, gatinha — Respondi, bem sonolenta.

— Você já ouviu falar em inseminação caseira? — Me questionou.

No mesmo instante, o sono se esvaiu e ligou o sistema de alerta do meu corpo. Definitivamente, eu não esperava por isso, e acho que se eu pudesse voltar no tempo, naquele momento, escolheria morar nos cinco segundos antes de ouvir aquela pergunta.

CONTINUA 🔥

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Foto de perfil de Lore Lore Contos: 118Seguidores: 42Seguindo: 4Mensagem Bem-vindos(as) ao meu cantinho especial, onde compartilho minha história de amor real e intensa! ❤️‍🔥 (sou casada e completamente apaixonada por uma mulher ciumenta, mantenha distância ✋🏽💍)

Comentários

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Ao ler sobre esse período, não tenho como não lembrar de coisas como " média movel de mortos" ; " achatamento da curva". Também lembrar da apreensão, principalmente pelos que fazem parte do grupo de risco, da expectativa pela vacina, hospitais lotados, profissionais da saúde expostos e esgotados.

Mas na leitura me deparei com frases tocantes como " eu não conseguiria viver num mundo sem Juh, Mih e Kaká"💕

Achei fofo Kaká dizendo que vai ser tão corajoso quanto vc.💪

Eu gosto muito de autores que deixam um bom gancho pro próximo capítulo.

No seu caso, que é uma história real, os ganchos são muito mais significativos.

Também fiquei muito apreensivo com esse final.

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O Beto é o rei dos ganchos, eu também amoooo

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É verdade!

Quando eu li as histórias dele, já estavam todas prontas, finalizadas (a única que acompanhei ao vivo foi "o último disparo").

Então quando o capítulo terminava com um gancho muito bom, o próximo capítulo já estava disponível. Já dava pra ler na mesma hora.

Mas o gancho numa história real é ainda mais forte

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Dá uma ansiedade muito boa para o próximo capítulo 🤩

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Eu sempre escolho os piores momentos para falar as coisas 😂

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Pelo menos você esperou ela sair do isolamento. Kkkkkk

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Acabei de lembrar do meu comentário lá na sua história 😫

Ainda bem q você gosta de mim ❤️😂

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Qual comentário?

Gostar de você é uma das coisas mais fáceis do mundo Juh. 🤗🥰

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Aquele que eu extrapolei e depois pedi desculpas 😁❤️

Você é um amoooor 😘😘😘

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Sei qual o comentário, mas não acho que extrapolou, na verdade, passou bem longe disso. Kkkkk

Tu que é! 🥰

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Me passei um pouco 🤏🏻😂

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Discordo veementemente. 🤷🏻‍♀️Kkkkkkk

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Você n faria um comentário daquele 😌

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Não igual porque não sei me expressar tão bem como você, mas já fiz alguns bem parecidos e até um pouco "agressivos". rsrs

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Você se expressa muito bem, minha rainha 😘

E eu n consigo imaginar esses comentários 😂😂😂

Realmente considero q me passei um pouco, n acho legal aquele tipo de interferência, mesmo sabendo q você n tinha se importado 🙃

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Não tão bem como você, mas tudo bem. rsrs

Acho que é porque você só vê meus comentários nas nossas histórias. rsrs

Eu já acho que faz falta comentários como aquele, mas eu te entendo. rsrs

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No caso você fica brava com os personagens? 😂

Ahhh, quero ver um 🙃

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Sim, com algumas escolhas deles. Kkkkkkk

Mas nada fora do comum. rsrs

Vou ver se lembro de alguns.

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Deve ser bem complicado passar pelo que você passou, ter as pessoas que a gente ama tão perto e não poder ter contado deve ser muito ruim, ainda mais quando a gente está doente e querendo colo. Ainda bem que seus sintomas foram mais leves se comparar com os que essa doença pode causar, ainda assim deve ser horrível passar por isso.

Mais um capítulo que deixa claro o óbvio, vocês se amam muito e você tem uma família incrível!

Esse final me deixou bastante curiosa e apreensiva também, estou já anciosa pelo próximo capítulo. rsrs

Muito bom como sempre!

Parabéns minha amiga querida! 🤗😘

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Tem duas frases quase idênticas logo após Juh achar a chave, acho que foi um erro, se não foi, desculpa a vergonha que passei. Kkkk

Obs: pode apagar esse comentário. rsrs

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Oiii, Rainha 👑❤️

Foi erro, vou editar, obrigada 😘😘😘😘😘

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Oie Famozinha. 🤗❤️

Por nada amore! 🥰😘😘😘😘😘

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