O silêncio no apartamento de Lucas não era de paz. Era o silêncio pesado que se instala depois que uma tempestade destrói tudo, um vácuo preenchido por destroços invisíveis. Daniel já tinha ido embora. A porta bateu com uma finalidade que ecoou nos ossos de Lucas, mas não foi o som da porta que o quebrou. Foi a última frase, atirada como um dardo envenenado, calculada para perfurar a armadura e se alojar direto na carne macia da sua alma.
A briga tinha sido estúpida, sobre uma toalha molhada na cama, mas era só o pretexto. A verdade borbulhava sob a superfície há meses. E então, quando Lucas tentou um último apelo, uma última ponte frágil sobre o abismo que se abrira entre eles, Daniel sorriu. Um sorriso desprovido de calor, pura lâmina.
"Você quer saber a verdade, Lucas? A verdade mesmo?" ele disse, a voz calma, o que a tornava ainda mais letal. "Eu cansei. Cansei de ter que fingir que estava bom pra mim. Sinceramente? Com esse pauzinho aí, você nunca vai satisfazer ninguém de verdade."
A palavra ecoou. Pauzinho.
Não foi um grito. Foi um sussurro. Um segredo sujo que Lucas guardava no porão de sua mente, agora exposto sob a luz fria e cruel do fim. O ar fugiu de seus pulmões. Ele sentiu o chão sumir, o sangue gelar, uma vergonha tão avassaladora que o fez sentir-se nu, pequeno, patético. Daniel pegou a mochila, virou as costas e saiu, deixando a frase pairando no ar, uma toxina que Lucas respirava a cada segundo.
Nos dias que se seguiram, o veneno fez seu trabalho. Lucas, que sempre se orgulhou do corpo que esculpia na academia com disciplina quase religiosa, agora se via como uma fraude. Os ombros largos, o peitoral definido que esticava a malha das camisetas, os braços grossos e a bunda cheia, redonda e firme que sempre atraiu olhares — nada disso importava. Eram apenas a embalagem vistosa de um produto defeituoso.
O espelho do banheiro se tornou seu tribunal. Saía do chuveiro, o vapor se dissipando lentamente, e a imagem que o encarava era a de um fracasso. Ele olhava para o volume entre as pernas, mole e retraído pelo recente banho quente, e a voz de Daniel repetia, em um loop sádico: pauzinho. A palavra tinha dentes. Mordia. Rasgava.
Ele tentava se tocar, invocar o homem safado que sabia que ainda vivia dentro de si. A libido não morria, era teimosa como uma erva daninha. Seus dedos deslizavam pela pele, o pau respondia, enrijecendo em suas mãos, mas o prazer era oco. Cada centímetro de ereção parecia insuficiente. A imagem em sua mente não era de gozo, mas de um tribunal invisível, com Daniel como juiz e carrasco, rindo de sua inadequação. A mão que antes lhe dava prazer agora parecia medir, julgar, condenar. Ele gozava rápido, com um gemido frustrado, quase um soluço, e a sensação que ficava não era de alívio, mas de sujeira. A vergonha era o seu novo orgasmo.
Foi em uma dessas noites de autoaversão, rolando o feed de um aplicativo de pegação sem qualquer intenção de marcar algo, que ele viu a menção. Um perfil anônimo, sem rosto, descrevia o que tinha acabado de fazer na "trilha do Parque Estadual". As palavras eram cruas, diretas. Fui mamado até o talo por um desconhecido. Engoli tudo. A frase atingiu Lucas como um soco no estômago, uma mistura nauseante de repulsa e um tesão violento, quase desesperado.
Ele conhecia a fama daquele lugar. Uma área de mata fechada nos limites da cidade, com trilhas que, ao anoitecer, se transformavam em um labirinto de caça e sexo anônimo. Putaria. A palavra que todos usavam. Um lugar para homens que não queriam conversa, apenas carne. Homens que, na fantasia de Lucas, eram todos dotados, selvagens, primais. Homens de verdade.
Uma ideia doentia começou a germinar em sua mente. Uma curiosidade mórbida, uma necessidade de se punir, de confirmar sua inferioridade. Eu vou lá. Só pra olhar. Era o que ele dizia a si mesmo. Ele não iria participar. Jamais. Ele só precisava ver. Precisava testemunhar o que ele nunca poderia ser ou ter.
No final da tarde seguinte, um sábado, o céu tingido de laranja e roxo, ele dirigiu até lá. O coração martelava contra as costelas, uma batida descompassada de medo e antecipação. Estacionou o carro em um recuo de terra batida, ao lado de outros veículos espaçados, cada um um mistério. Homens estavam ali dentro? Esperando o quê? A coragem quase o abandonou. Ele desligou o motor e o silêncio da mata o engoliu, quebrado apenas pelo som distante de cigarras.
Covarde. Você é um covarde, a voz em sua cabeça — agora soando como a sua própria — o acusou. Ele respirou fundo, o ar denso e úmido da vegetação preenchendo seus pulmões. Abriu a porta.
A entrada da trilha era discreta, quase engolida pela folhagem. Lucas caminhou, os pés esmagando folhas secas e galhos, cada som um alarme que denunciava sua presença. A luz do dia morria rápido sob as copas das árvores, criando um lusco-fusco perpétuo. O cheiro era de terra molhada, de clorofila, e de algo mais. Algo animal. Almíscar. Suor. Um odor sutil de sexo recente pairando no ar, como um fantasma.
Ele andou por uns cinco minutos, o corpo tenso, os sentidos em alerta máximo. Cada sombra parecia um homem. Cada farfalhar de folhas era um passo se aproximando. Ele se sentia uma presa, mesmo sendo apenas um observador. Então, ele ouviu. Não era um som da natureza. Era um gemido baixo, gutural. Sufocado.
O instinto o fez sair da trilha principal, escondendo-se atrás do tronco largo de uma figueira. Seu coração parecia que ia explodir. Ele espiou pela lateral da árvore.
A uns quinze metros de distância, um homem estava prensado contra o tronco de um eucalipto. Ele usava apenas uma camiseta regata, que desenhava um torso forte. As calças jeans e a cueca estavam arriadas até os tornozelos, expondo uma bunda branca e pernas musculosas. Em pé, na sua frente, mas de costas para Lucas, estava outro homem, mais alto, mais corpulento. A mão do homem maior segurava a nuca do que estava contra a árvore, forçando seu rosto contra a casca. A outra mão... Lucas não conseguia ver o que a outra mão fazia, mas o ritmo dos quadris do homem maior não deixava dúvidas.
O som era úmido, um baque surdo de carne contra carne. O homem prensado na árvore arfava, a cabeça virando de um lado para o outro, um misto de dor e êxtase. Lucas sentiu o pau dentro da calça jeans latejar, acordando com uma urgência violenta. O ar ficou rarefeito. Ele prendeu a respiração, os olhos fixos na cena, um voyeur paralisado pelo espetáculo. Era bruto. Impessoal. Animalesco. E excitava cada fibra do seu ser.
Então, mais fundo na mata, à sua esquerda, outro som. Um barulho molhado, de sucção. Lucas girou a cabeça lentamente, o medo de ser descoberto uma corrente elétrica em sua espinha. Ele se agachou um pouco mais, usando um arbusto como cobertura adicional.
Ali, menos escondidos, um cara estava de joelhos na terra úmida. Sua cabeça se movia com um ritmo dedicado e faminto entre as pernas de um homem que estava de pé, encostado em outra árvore, com uma mão nos cabelos do que o chupava. O homem de pé tinha o queixo erguido, os olhos fechados, a boca entreaberta em um êxtase silencioso. Lucas não conseguia ver o pau, escondido pela cabeça do outro, mas podia imaginar. Grande. Grosso. Um pau de verdade. Aquele pensamento foi uma punhalada.
Pauzinho.
A voz de Daniel. Ali, no meio daquela cena de desejo bruto, a voz dele era um balde de água fria. O tesão de Lucas não diminuiu, mas se misturou com uma onda de vergonha. O que ele estava fazendo ali? Espiando como um rato. Excitado com algo do qual ele jamais poderia participar. Eles o veriam, o julgariam, ririam dele. Ele era uma fraude com músculos, um impostor naquele templo de virilidade crua.
O homem que recebia o boquete gemeu mais alto, um som que vibrou pelo ar pesado. Ele agarrou os cabelos do outro com mais força, o corpo tremendo. Estava perto. Lucas sentiu um calor subir pelo seu próprio corpo, uma resposta involuntária, um reflexo do seu desejo reprimido. O volume em sua calça era doloroso agora. Ele queria tocá-lo, aliviá-lo, mas o medo o paralisava.
Ele tinha que sair dali.
Com o cuidado de um ladrão, ele recuou, passo a passo, sem virar as costas para a cena, como se temesse um ataque. Cada galho que estalava sob seus pés soava como um tiro. Ele voltou para a trilha principal e andou, quase correu, na direção do carro. O som da putaria ia ficando para trás, sendo substituído pela batida frenética do seu próprio coração.
Ao chegar ao carro, ele se trancou lá dentro, ofegante, o peito subindo e descendo. O para-brisa refletia os últimos traços de luz no céu, mas dentro do carro, a escuridão era quase total. Ele encostou a testa no volante frio, o corpo inteiro tremendo. Estava duro como pedra, a ponta do pau úmida manchando o tecido do jeans.
Frustrado. Assustado. E com um tesão que era quase uma dor física.
Ele não se tocou. Dirigiu para casa em um estado de transe, a mente um turbilhão de imagens: a bunda branca contra a árvore, a cabeça se movendo com fome na escuridão, o cheiro da mata, o som do desejo.
Ao chegar em casa, ele se despiu e foi direto para o espelho. A ereção ainda era forte, desafiadora. Ele se forçou a olhar. A se julgar. A voz de Daniel estava lá, mas agora havia algo mais. Uma nova voz, mais baixa, mais perigosa. Uma voz que não vinha de Daniel, mas de dentro da mata. Uma voz que não falava de tamanho, mas de fome.
Ele tinha ido à trilha para confirmar sua inadequação, para se punir. Mas algo diferente aconteceu. Ele não sentiu apenas vergonha. Ele sentiu uma atração visceral, uma necessidade de se perder naquela escuridão, de ser um daqueles corpos anônimos movidos apenas pelo instinto.
A semente da transgressão não estava mais apenas plantada. Ela tinha acabado de germinar. E ele sabia, com uma certeza aterrorizante e excitante, que voltaria àquela trilha. Mas da próxima vez, talvez, só talvez, olhar não seria o suficiente.
A trilha não o abandonou. Ela se infiltrou em seu apartamento, impregnou seus lençóis, assombrou o silêncio de suas noites. Lucas fechava os olhos para dormir e via o lusco-fusco da mata, a bunda branca e firme de um estranho contra a casca de uma árvore, a cabeça de outro homem movendo-se com uma fome devota na escuridão. O cheiro de terra úmida e de sexo pairava em sua memória olfativa, mais real que o aroma do seu próprio amaciante de roupas.
A masturbação tornou-se um exercício de frustração. Sua mão, antes uma fonte confiável de prazer, agora era inadequada. Ele se tocava, o pau enrijecendo por hábito, mas a fantasia que sua mente projetava era grande demais para a solidão de seu quarto. Ele precisava do som de galhos se quebrando sob os pés de um caçador, do ar pesado de testosterona, do perigo real e tangível. Ele gozava pensando nas cenas que espiou, e o alívio era instantâneo, mas raso, deixando para trás um resíduo de anseio, uma fome que só crescia. O medo da humilhação ainda estava lá, uma sentinela em sua mente, mas o desejo de ser parte daquela energia primária havia se tornado uma compulsão, uma coceira sob a pele que ele precisava desesperadamente coçar.
Quatro dias depois de sua primeira visita, ele cedeu. Não houve debate interno desta vez, apenas uma resignação silenciosa. O corpo venceu. O desejo venceu.
O caminho até o Parque Estadual foi feito em um silêncio tenso. O rádio desligado, apenas o zumbido dos pneus no asfalto e a batida descontrolada de seu próprio coração. Ao estacionar no mesmo recuo de terra, o tremor em suas mãos era mais intenso. Não era apenas medo. Era antecipação. Uma corrente elétrica de pavor e excitação corria por suas veias. Ele saiu do carro e o ar da noite, mais frio e úmido que da última vez, pareceu envolvê-lo como uma mortalha e um convite.
Ele entrou na trilha. A escuridão era mais profunda agora, a lua nova escondida pelas nuvens. A lanterna do celular permaneceu no bolso; usá-la seria um atestado de amadorismo, um farol para sua própria inadequação. Ele precisava ser como eles. Um predador na noite. Ou uma presa. Naquele momento, a distinção parecia irrelevante.
Seus passos eram mais firmes, o corpo ainda tenso, mas movido por um propósito. Ele não era mais um turista assustado. Era um peregrino retornando a um lugar sagrado e profano. Ele ouvia os sons familiares da mata — o farfalhar, o chamado de um pássaro noturno — e, por baixo deles, o murmúrio da atividade humana. Um gemido baixo à distância.
O som inconfundível do zíper de uma calça sendo aberto em algum lugar à sua direita. Ele não parou para espiar. Continuou andando, mais fundo, o coração na garganta, procurando por um sinal.
E então ele o viu.
Recostado em uma jaqueira de tronco grosso, a uns vinte metros da trilha principal, estava a personificação do tipo de homem que assombrava suas fantasias mais cruas. Ele não era um garoto de academia. Era um homem. Talvez quarenta e poucos anos, o corpo sólido e denso sob uma camisa de flanela surrada e um jeans desbotado. O rosto, na penumbra, era anguloso, com uma barba por fazer que lhe dava um ar rústico, quase selvagem. Havia um cansaço em sua postura, mas também uma autoridade inquestionável. Ele não estava caçando; estava esperando. Reinando sobre seu pequeno domínio de terra e desejo.
Lucas parou. O ar ficou preso em seus pulmões. O homem o viu. Seus olhos se encontraram através da escuridão, e Lucas sentiu o peso daquele olhar como um toque físico. Não havia curiosidade no olhar do homem, nem julgamento. Havia apenas uma avaliação calma, predatória. Por um segundo que pareceu uma eternidade, eles ficaram assim, imóveis, o caçador e o... o quê? Lucas não sabia.
Então, o homem fez. Um gesto mínimo, quase imperceptível. Um leve inclinar de cabeça para o lado. Um comando silencioso que atravessou a distância entre eles e atingiu Lucas como uma ordem hipnótica. A mensagem era clara, inequívoca, brutal em sua simplicidade.
Vem.
O cérebro de Lucas gritou. Vá embora. Corra. Ele vai te destruir. Vai rir de você. FUJA! Mas suas pernas não obedeceram ao pânico. Elas obedeceram ao chamado. Como um autômato, como um inseto atraído por uma luz que o queimaria, ele saiu da trilha e começou a caminhar em direção ao homem. A terra macia afundava sob seus tênis, o som de seus passos abafado pela vegetação. Cada metro que ele vencia era uma pequena morte de sua vontade própria, uma rendição.
Ele parou a um passo do homem. O cheiro dele era de suor, de tabaco e de mata. Lucas não ousava olhar em seus olhos. Fixou o olhar na gola da camisa de flanela. O silêncio era absoluto, carregado de uma tensão que era quase insuportável. O que ele esperava? Uma palavra? Uma pergunta?
O homem não disse nada. Sua mão, grande e com calos visíveis mesmo na penumbra, moveu-se com uma lentidão deliberada até o botão de sua calça. Depois, até o zíper. O som do metal deslizando na escuridão foi como o estalar de um gatilho. O homem abriu a braguilha e, com um movimento do quadril, liberou o pau.
O tempo parou. A mente de Lucas esvaziou-se de todo pensamento racional. A visão à sua frente era avassaladora, um monumento de carne erguido na noite. Era exatamente como ele temia e desejava. Grande, grosso, pesado, com uma curvatura suave para cima. As veias saltavam como rios em um mapa topográfico, e a cabeça, escura e úmida, parecia pulsar com vida própria. Era um altar. A antítese de sua própria vergonha, a encarnação de tudo que ele sentia não ser.
Diante daquela magnificência, todo o medo, toda a ansiedade, toda a insegurança que o atormentavam se canalizaram em um único impulso irresistível. Uma necessidade de adorar. De se anular.
Não houve ordem. Não houve pedido.
Lucas caiu de joelhos. O impacto no chão úmido e folhoso mal foi registrado. Sua boca se abriu e ele se lançou para a frente, engolindo a cabeça daquele pau com uma devoção desesperada. O gosto encheu sua boca — salgado, o sabor inconfundível de um homem. Ele fechou os olhos com força, como se para bloquear o resto do mundo e se concentrar apenas naquela realidade.
Suas mãos subiram e seguraram as coxas do homem, os músculos duros como pedra sob o jeans. Ele começou a chupar com uma ferocidade que o surpreendeu. Não havia técnica, não havia sedução. Era um ato de submissão pura. Cada movimento de sua cabeça era uma prece, cada sucção uma confissão de sua própria inferioridade. Isso é um homem de verdade, pensou, a frase ecoando em sua mente. E eu estou aqui, de joelhos, o adorando.
Ele estava se oferecendo, participando do ritual da única maneira que sabia, da única maneira que se sentia seguro. Escondido atrás daquele ato de serviço, sua própria "falha" estava segura, invisível, irrelevante. Ele era apenas uma boca na escuridão, uma ferramenta para o prazer de outro. E naquela anulação, ele encontrou uma forma distorcida e poderosa de libertação. Ele podia ser o "pauzinho" que Daniel disse que ele era, mas ele podia dar prazer com a boca. Ele podia servir.
Ele se perdeu na tarefa, a mente focada inteiramente na textura, no gosto, no peso daquele pau em sua garganta. Ele sentiu a mão do homem pousar em sua cabeça, os dedos se embrenhando em seu cabelo. Não foi um gesto de carinho. Foi um gesto de posse. Um lembrete de quem estava no controle. Lucas gemeu contra a pele do homem, um som de pura entrega. Ele pensou que a interação terminaria ali: ele o chuparia até o fim, engoliria o que lhe fosse dado, e então rastejaria de volta para a escuridão, com o gosto daquela transgressão na boca.
Mas então, a mão em seu cabelo apertou, não com violência, mas com uma firmeza que o fez parar. O homem puxou sua cabeça para trás lentamente, forçando Lucas a encará-lo. Na escuridão, seus olhos brilhavam com uma intensidade que fez um arrepio percorrer a espinha de Lucas. Uma voz grave e rouca, a primeira palavra que ele ouvia do homem, cortou o silêncio.
A tensão é real, eu sei. E a liberação é ainda melhor.
Não vou te deixar na vontade. A conclusão detalhada desta cena está a um clique de distância: https://privacy.com.br/@Regard