Depois da Festa, Jeferson acabou sendo chifrado pela esposa. Criado por Will Safado.

Um conto erótico de Will Safado.
Categoria: Heterossexual
Contém 4811 palavras
Data: 20/07/2025 20:51:30

Ercília, Jeferson e Magno estavam voltando de uma festa.

Jeferson, marido de Ercília, como sempre, bebeu além da conta. Resultado: acabou dando trabalho para a esposa e para o melhor amigo, Magno.

Magno foi quem dirigiu o carro do casal, já que Jeferson estava completamente impossibilitado.

Na festa, Ercília também bebeu um pouco, mas Magno, como de costume, não ingeriu uma gota de álcool.

No trajeto até a casa do casal, Magno e Ercília estavam no banco da frente.

Jeferson, resmungando, seguia jogado no banco de trás, com a cabeça apoiada no vidro da janela.

Ercília olhou para trás, observando o estado do marido, e desabafou com um suspiro irritado:

— Jeferson não aprende. Não consegue beber de forma moderada e sempre acaba desse jeito...

Ela balançou a cabeça, indignada.

Magno, com os olhos na estrada, respondeu com a voz tranquila:

— Pois é... Eu já cansei de falar isso pra ele. Você sabe, Ercília, eu adoro esse cara, mas em muitos momentos ele se comporta de forma muito irresponsável.

Ercília cruzou os braços e murmurou, pensativa:

— E eu não sei mais o que fazer...

O carro seguia silencioso pela avenida movimentada. Ercília olhava pela janela, mas seu pensamento estava em Magno. Ele dirigia com calma, firme, atento. Era um contraste gritante com Jeferson, largado no banco de trás, roncando baixo.

Ela virou o rosto devagar, observando o amigo. Notou o jeito como ele segurava o volante, como seus olhos se mantinham na estrada, sérios, concentrados. Magno sempre foi assim. Presente. Discreto. Fiel.

— Obrigada por hoje, Magno — disse em voz baixa. — Você sempre aparece quando eu mais preciso.

Ele não respondeu de imediato. Respirou fundo e só depois falou:

— Eu faço isso porque me importo com vocês. Com você, principalmente.

Ercília sentiu o coração apertar. Não era a primeira vez que ele falava algo assim, mas, naquela noite, soou diferente. Mais sincero. Mais carregado de sentimento.

— Você é um cara bom... de verdade — ela continuou, sem pressa. — Às vezes eu fico me perguntando se... se não teria sido mais fácil se eu tivesse escolhido alguém como você.

Magno desviou os olhos da pista por um segundo e olhou pra ela. Um olhar direto, calmo, mas cheio de coisa por trás.

— A gente não escolhe quem ama, Ercília — ele disse. — Mas às vezes... o que a gente precisa tá bem na frente e a gente só finge que não vê.

Ela não respondeu. Só ficou em silêncio, sentindo aquilo entrar fundo. O carro seguiu por mais alguns quarteirões, o barulho dos pneus no asfalto era o único som que preenchia o espaço entre os dois.

— Você tá linda hoje — Magno disse de repente, com a voz baixa, mas firme. — Tava desde a hora que saiu do quarto. Eu reparei. Sempre reparo.

Ercília sorriu, mas não foi um sorriso qualquer. Foi um sorriso cheio de coisas que ela nunca disse, que talvez nem devesse sentir, mas sentia.

— Você também tá bonito — ela devolveu. — E sempre me faz sentir segura. Eu acho que nunca te falei isso.

Magno soltou um leve suspiro, como se estivesse segurando algo há muito tempo.

— Eu percebo, Ercília. Mesmo quando você não fala. Eu vejo nos teus olhos quando ele te decepciona. Quando você finge que tá tudo bem. Eu conheço teu silêncio.

Ela passou a mão pelos cabelos, ajeitando-os para o lado, tentando se recompor. Mas dentro dela algo se movia. Algo antigo, adormecido, querendo sair.

— Às vezes eu fico pensando como seria... — ela começou, mas não terminou a frase.

Magno olhou pra ela novamente, com suavidade.

— Eu também penso.

Dessa vez, ela fechou os olhos por um instante, sentindo o peso daquelas palavras. O carro já virava na esquina do prédio. A tensão entre eles não era escancarada. Era silenciosa. Densa. Dolorida e, ao mesmo tempo, doce.

Quando estacionaram, Jeferson nem se mexeu. Continuava apagado, largado no banco de trás.

Magno desligou o motor. Ficaram ali por alguns segundos. Só respirando.

Em seguida, ele falou:

— Bom, vou ajudá-la a levá-lo lá para cima. Afinal, sozinha você não conseguirá. — E riu.

Ercília riu também e respondeu:

— É verdade.

Magno e Ercília desceram do carro. Magno abriu a porta de trás para tirar Jefferson, que estava pra lá de Bagdá, e disse:

— Vamos, cara, levanta! Já chegamos!

Jefferson, alto e forte, resmungou coisas desconexas, os olhos semicerrados, a voz pastosa:

— O abacate... o abacate tá falando inglês... E o poste ali, ó... tá me olhando... Cuidado com o... o dinossauro roxo...

Magno, um pouquinho mais alto e um pouco mais forte que Jefferson, suou para arrastá-lo do banco. Depois de muito esforço, conseguiu puxá-lo para fora, segurando-o pelas axilas.

— Meu Deus, ele tá pesado como um touro morto! — grunhiu Magno, enquanto Ercília se apressava para ajudar.

Ela segurou Jefferson pelo outro lado, e os dois o carregaram com dificuldade, cambaleando como se estivessem arrastando um saco de cimento molhado. Jefferson, alheio, balbuciou:

— A formiga... a formiga tá de salto alto... Por quê? Por quê ela tá de salto alto?!

Chegaram ao elevador e entraram, quase tropeçando. Ercília apertou o botão do andar com o cotovelo, já que as mãos estavam ocupadas segurando Jefferson.

Assim que as portas se fecharam, Jefferson, de repente, ergueu a cabeça e começou a cantar, arrastando as palavras como se sua boca fosse feita de melado:

— "Serr cornooo... ou nããão ser... eisss a minhha indagaçãoãão..."

Ercília revirou os olhos.

— Meu Deus do céu, olha só para isso...

Magno bufou, exasperado.

— Por que diabos ele tá cantando essa música?!

Jefferson, ignorando completamente a situação, continuou cantarolando, mas agora dizia o seguinte:

— "Se ela me trai... eu vou na casa do amante... levo um revólver... e um abacaaateee..."

Ercília e Magno trocaram um olhar de "É sério que a gente tem que aguentar isso?" enquanto o elevador subia, Jefferson desafinando absurdamente, completamente feliz em seu mundo paralelo etílico.

Ao chegarem no andar, saíram com o Jefferson, que agora queria se soltar dos dois. Ficou tentando se livrar, conseguiu e acabou caindo. Ercília se irritou:

— Porra, amor, colabora, inferno!

Magno pediu calma a ela, pegou o Jefferson do chão — que reclamava, falando enrolado:

— Aí... aí, pôrra... afff...

Ercília ajudou, e foram até a porta. Ela falou:

— Segure-o um pouquinho, vou pegar a chave.

Pegou, abriu a porta e eles adentraram o apartamento. Ela apertou o interruptor para acender as luzes, e Magno falou:

— Bom, vou colocá-lo lá no sofá. Pode soltá-lo.

Então, Magno, fazendo força, pegou-o no colo — sua expressão de esforço era evidente no rosto. Afinal, assim como ele, Jefferson era bem forte. Levou-o andando apressado até o sofá, enquanto Ercília fechava a porta. Magno então o colocou lá e, em seguida, foi sentar-se no outro sofá, jogando-se nele. Ercília sentou-se ao seu lado.

Ercília falou para Magno, passando a mão suavemente pelo corpo definido:

"Você e eu malhamos muito, somos fortes..., mas o Jefferson também malha, e estando nesse estado, carregá-lo fica bem complicado..."

Magno balançou a cabeça concordando, os olhos percorrendo involuntariamente o corpo suado de Ercília enquanto ela se ajeitava. Ela então se inclinou para pegar na coxa direita dele, dizendo com voz mais baixa:

"Vou ali na cozinha pegar água pra gente..."

Nesse momento, seus olhares se encontraram e se prenderam - por dois, três, quatro segundos a mais do que seria normal. O ar entre eles parecia carregado de eletricidade. Os músculos tensionados de Magno, o suor escorrendo pelo decote de Ercília, a respiração que teimava em acelerar... Até que ela, corando levemente, foi a primeira a desviar o olhar. Mordendo discretamente o lábio inferior, levantou-se e seguiu em direção à cozinha.

Chegando na cozinha, Ercília apoiou a mão direita na geladeira, os dedos pressionando levemente o metal frio enquanto olhava para cima. Uma respiração profunda elevou seu peito, fazendo o tecido da blusa roçar nos mamilos já eretos. O simples ato de recuperar o fôlego transformara-se em algo visceral - o corpo ainda vibrando com a tensão não resolvida entre eles.

Na sala, Magno permanecia imóvel, os olhos escancarados fixos no teto. Seus punhos se cerraram no sofá quando um sussurro escapou entre os lábios:

— Que tentação...

A frase saiu áspera, carregada de um desejo que queimava mais que o cansaço.

Ercília, enquanto isso, pegou a garrafa d'água com mãos que teimavam em tremer. Dois copos foram tirados do armário - o tilintar do vidro ecoou alto demais no silêncio carregado. Ao encher os copos, uma gota escapou, deslizando pelo seu pulso como um convite não dito.

Ao retornar, estendeu o copo a Magno:

— Aqui está a água...

Seus dedos se encontraram no vidro úmido. O toque durou menos que um segundo, mas foi o suficiente. A descarga elétrica percorreu ambos, fazendo Ercília arfar e Magno conter um gemido. Seus olhos se encontraram novamente - e agora, a promessa no ar era inequívoca.

O clima pesava no ar, denso e doce como mel. Os dois ficaram paralisados por um instante - Magno com o copo suado na mão, Ercília mordendo o lábio inferior. De repente, ele levantou o copo e engoliu a água de uma só golada, o movimento de seu pomo-de-adão capturando o olhar ávido dela.

— Bom... — sua voz saiu mais rouca do que esperava, enquanto se levantava do sofá — Acho melhor eu ir. Vou chamar um Uber.

Ercília agiu antes mesmo de pensar. Seus dedos fecharam em torno do braço dele com uma firmeza que surpreendeu a ambos.

— Fica.

A palavra saiu como um comando, mas o tremor na voz traía seu verdadeiro estado. Quando puxou, Magno cedeu com surpreendente facilidade, seu corpo grande descendo de volta ao sofá como se os ossos tivessem se transformado em gelatina. O impacto fez com que Ercília perdesse o equilíbrio por um segundo, suas coxas quase roçando nas dele antes que se recuperasse.

Os dois agora estavam tão próximos que podiam sentir o cheiro do suor misturado ao perfume dela, a respiração ofegante que não se acalmava e o calor radiando entre seus corpos — como se apenas alguns centímetros de tecido os separassem do inevitável.

Ercília ainda mantinha sua mão no braço dele, os dedos pressionando levemente os músculos que conhecia tão bem da academia, mas que agora pareciam território proibido prestes a ser explorado.

Seus olhos se encontraram primeiro, depois desviaram para Jefferson - abandonado no sofá, roncando levemente com a boca entreaberta. Quando os olhares se reconectaram, Magno engoliu seco, sua voz saindo em um sussurro áspero:

— É difícil resistir... Por isso eu queria ir embora.

Ercília arqueou uma sobrancelha, os lábios úmidos se curvando em um meio sorriso enquanto seus dedos subiam pelo peito dele, encontrando o botão superior da camisa.

— Eu sei como é... — murmurou, puxando-o pelo colarinho até que seu hálito quente lhe roçasse o lábio — Mas acho que não dá mais pra lutar.

— Acho que não... — ele concordou, rouco, segundos antes de sua boca selar a dela num beijo que há tempos era inevitável.

O vestido preto de Ercília - justo como uma segunda pele - realçava cada curva enquanto ela se encaixava contra ele. O decote generoso deixava escapar os seios fartos que agora pressionavam o torso de Magno, a pele macia contrastando com os músculos definidos sob sua camisa. Suas mãos largas desceram pela cintura dela, encontrando o zíper lateral que, com um único movimento fluido, liberou o tecido para deslizar pelo corpo - revelando apenas lingerie negra e pele arrepiada de desejo.

Magno quebrou o beijo apenas para percorrer com os lábios a linha de seu pescoço até o vale entre os seios, murmurando contra a pele quente:

— Tem certeza de que ele não vai acordar?

Ercília puxou seus cabelos, guiando-o de volta aos seus lábios num beijo molhado, antes de responder:

— Vamos para o quarto.

Ela levantou-se do sofá, pegando a mão grande de Magno, e foram para o quarto. Deixaram Jefferson ali, dormindo no sofá, sem saber que sua esposa e seu melhor amigo estavam prestes a cruzar uma linha que mudaria completamente a relação dos três.

Ao chegarem no quarto, ainda trocando beijos ardentes, Ercília fechou a porta com o pé. Magno, entre um suspiro e outro, conseguiu articular:

— Se fizermos isso... as coisas nunca mais serão como antes.

Ercília aproximou os lábios do seu pescoço antes de responder, o hálito quente fazendo-o estremecer:

— Você está absolutamente certo. Mas você e eu sabemos... — suas mãos desciam pelo torso dele enquanto falava — nossos corpos querem isso. Nossos cérebros são racionais. Nossos corpos... não.

O diálogo entre Ercília e Magno encapsula um dos dilemas humanos mais antigos: a guerra entre o corpo e a mente. Há uma verdade crua em suas palavras – o desejo é uma força primitiva, que não negocia com moral, consequências ou arrependimentos futuros. Ele simplesmente existe, como fogo ou tempestade.

Eles se beijaram mais, e Magno tirou o vestido dela, falando:

— Gostosa!

Virou-a de costas para ele e foi beijando seu pescoço, enquanto Ercília passou a mão direita por trás da cabeça dele. Ficaram assim por alguns momentos, ela de olhos fechados, até que acabou falando:

— Eu... eu não queria admitir, mas já ansiava por isso há um bom tempo.

— Eu também — disse Magno.

Suas mãos grandes deslizaram pelo corpo dela, dos ombros até a bunda — uma bunda grandona, empinada, durinha. Quando Magno apertou, Ercília gemeu. Ele então a levou até a cama, onde ela ficou de quatro na beirada. Magno inclinou-se, beijando suas costas, descendo, lambendo, até puxar sua calcinha e tirá-la.

Magno arrancou a própria camisa e a jogou no chão. Em seguida, deu um tapa sonoro naquele bundão durinho, deixando a marca dos dedos avermelhada na pele clara.

Ercília arqueou as costas e soltou um gemido:

— Aí, safado... Que mão pesada... — Ercília gemeu, a voz embargada de desejo.

Magno não perdeu tempo. Agarrou-lhe os quadris com força, os dedos afundando na carne macia das nádegas, e enterrou o rosto entre suas pernas. Seu primeiro contato foi com o clitóris já inchado, pulsante sob a língua que o circundou com pressão precisa.

— Deus, Magno... — ela gritou, os dedos se enrolando nos lençóis.

Ele alternava ritmos — ora lambendo o pequeno botão em círculos rápidos, ora sugando-o entre os lábios com um vácuo que fazia Ercília estremecer. A saliva misturava-se ao seu próprio líquido, criando um som obsceno enquanto Magno explorava cada dobra, cada fenda, como se estivesse bebendo dela.

— Assim... não para... — ela ordenou, os músculos das coxas tremendo.

Magno inseriu dois dedos dentro dela, curvando-os para encontrar o ponto áspero que a fez arquejar. A língua nunca parou, martelando o clitóris no mesmo compasso em que os dedos entravam e saíam.

— Você tá tão molhadinha... — ele rosnou contra sua pele, o ar quente queimando onde a boca dele já havia estado.

Ercília chegou ao orgasmo com um grito abafado, o corpo arquejando contra a boca dele enquanto as contrações apertavam seus dedos. Magno não deu trégua — continuou a chupá-la até o último tremor, até ela empurrar seu rosto, sensível demais para aguentar mais.

Magno então levantou-se, tirou os sapatos, a calça e a cueca, e ordenou para Ercília, ainda de quatro:

— Vire-se e me chupa. Já senti o gosto da sua boca, agora eu quero sentir ela no meu pau.

Ercília virou-se como Magno pediu e viu seu pau já duro.

Ela não tinha pressa. Começou com beijos leves ao longo do pau, como se estivesse saboreando algo precioso. A língua deslizava devagar da base até a cabeça, parando justo naquela parte mais sensível – o freio – onde dava atenção especial, lambendo em círculos pequenos e precisos.

Quando enfim levou à boca, não foi de uma vez. Primeiro só a ponta, sugando com os lábios enquanto a mão massageava o resto. Depois, afundou mais, criando um vácuo perfeito com a boca, sem nunca encostar os dentes.

O ritmo era hipnótico: três movimentos rápidos e superficiais, seguidos de um mergulho profundo, até sentir a cabeça bater no fundo da garganta. As mãos trabalhavam junto – uma torcia devagar a base do pau, enquanto a outra acariciava suas bolas com os dedos leves.

De vez em quando, ela parava, deixando o pau escorregar dos lábios só para dizer, com voz rouca:

— Você fica tão lindo assim, todo duro só pra mim...

E voltava com mais vontade ainda, os olhos ardentes fixos nele, como se não houvesse nada no mundo além daquele momento.

Quando sentia que ele estava perto, diminuía o ritmo, beijando a ponta com leveza cruel.

— Quer mesmo acabar agora? — perguntava, antes de engolir tudo de novo, levando-o ao limite mais uma vez.

Era uma dança – ela sabia exatamente quando acelerar, quando diminuir, quando fazer gemer. Não era só técnica, era a confiança de quem conhece o próprio poder. Cada movimento calculado para tirar dele não só prazer, mas a certeza de que nunca esqueceria aquela boca.

Magno tentou virá-la para penetrá-la por trás, mas ela resistiu, empurrando seu quadril com uma mão.

— O que foi? — Magno perguntou, confuso.

— Você tem camisinha? — ela questionou, séria.

— Não, eu não tenho, porra — ele admitiu, enquanto se masturbava com o pau já latejante.

O rosto de Ercília se contraiu numa expressão de decepção.

— Você não tem?! — falou, indignada.

Magno balançou a cabeça e perguntou:

— E você? Tem alguma aí?

Ela respondeu, seca:

— Magno, tá maluco? Eu não uso camisinha com meu marido.

Ele se aproximou mais dela e argumentou:

— Olha só... vamos transar assim mesmo. Você me conhece, eu sou saudável.

Ercília o olhou, hesitante. Os segundos pareciam se arrastar, até que finalmente suspirou:

— Tá bom... só não goza dentro, ok?

Ercília virou-se, deixando a bundona exposta para Magno, que não perdeu tempo.

Com a mão direita, pegou-a pela cintura;

com a esquerda, a penetrou, colocando devagar até estar todo dentro dela.

E então começou o vai e vem. O ritmo foi ficando mais rápido à medida que o tempo passava.

Ercília estava de olhos fechados, e era nítida sua satisfação em ser comida por alguém que não era seu marido. A fisionomia de Magno também demonstrava o prazer que sentia, e ele falou:

— Você não sabe como eu desejei isso, Ercília...

Ela respondeu, ofegante:

— Ah, desejou? Agora não é mais sonho, é realidade. Come!

Magno então começou a meter impiedosamente nela.

Magno segurava firme na cintura de Ercília enquanto socava com mais força. Os gemidos dela ficavam mais altos a cada estocada. Ele puxava seu quadril contra si com vontade, fazendo o som da pele batendo preencher o quarto. Ercília apertava os lençóis, mordendo os lábios, gemendo entre dentes:

— Isso... assim... mete fundo, Magno...

Ele obedeceu sem hesitar, acelerando o ritmo e inclinando o corpo sobre ela, dizendo entre estocadas:

— Que buceta gostosa... apertadinha, quente... Você tá me deixando louco, Ercília.

Ela sorriu com malícia e olhou por cima do ombro:

— Mete em mim! Mete! Não era isso que você queria? Então soca tudo!

Magno bombou sem dó na xota que tanto desejara, cada investida mais forte que a anterior.

Magno saiu de dentro dela de repente. Ercília olhou, surpresa, mas ele apenas a virou com jeito, fazendo-a deitar-se de barriga pra cima. Sem dizer nada, abriu as pernas dela e encaixou novamente, entrando com força, fundo. Ela arqueou as costas na cama, jogando a cabeça para trás.

— Aí, caralho... — ela gemeu. — Você sabe meter...

Ele apoiou os braços ao lado do corpo dela e começou a bombar com intensidade, olhando nos olhos dela. Os dois suavam. Os corpos se chocavam num ritmo selvagem, urgente.

— Rebola em mim, vai... — ele pediu.

Ercília girava o quadril, acompanhando o movimento. O corpo todo dela se entregava. Os peitos balançavam, o cabelo espalhado no travesseiro. Ela gemeu alto quando ele bateu o quadril com força e fez questão de ficar lá dentro, pressionando o fundo.

Magno saiu novamente e a puxou para cima.

— Fica por cima agora — disse, sentando-se na beira da cama.

Ercília obedeceu com um sorriso sacana. Subiu no colo dele, encaixou com facilidade e começou a cavalgar. Os dois gemiam juntos, em sincronia. Ela subia e descia com o corpo todo, os seios balançando na cara dele. Magno agarrou a bunda dela com força e a fez rebolar ali mesmo, sentindo cada centímetro.

— Você é muito gostosa, Ercília... porra...

Ela agarrou seus cabelos e respondeu:

— E você é muito safado... eu adoro isso...

De repente, Magno a segurou pelos quadris e a tirou do colo.

— Chupa pra mim... agora... — pediu, quase implorando.

Ercília desceu lentamente até ficar de joelhos no chão, entre as pernas dele. Olhou para cima com desejo, segurou o pau de Magno com firmeza e passou a língua da base até a cabeça, devagar, saboreando. Depois o colocou inteiro na boca, indo fundo, fazendo sons molhados que deixaram Magno ainda mais excitado.

— Ahhh... isso... continua assim... tá vindo... porra...

Ela aumentou o ritmo, sugando com vontade, o olhar fixo no dele. Até que ele gemeu alto, segurando os cabelos dela com força.

— Vai... engole tudo...

Magno gozou com força na boca dela, sentindo o corpo estremecer. Ercília engoliu tudo sem desviar os olhos, lambendo os lábios no final.

— Hmmm... tava precisando disso — ela sussurrou, sorrindo.

Magno arfava, ainda sem fôlego, olhando pra ela como se não acreditasse no que tinha acabado de acontecer.

— Eu também...

Depois, os dois deitaram na cama, cansados da foda intensa que acabaram de ter.

Ercília sorria, olhando pro teto. Magno também sorria, ainda ofegante, o corpo relaxado, o peito subindo e descendo devagar.

De repente, ele gritou, tomado pela empolgação:

— Puta que pariu! Que foda do caralho! Como eu queria isso!

Ercília levou a mão direto à boca dele, assustada.

— Tá maluco, porra?! Quer acordar o Jeferson, é?

Magno arregalou os olhos e respondeu, mais baixo:

— Nossa, foi mal... foi mal mesmo... É que isso foi... muito bom. Muito bom mesmo...

Ela respirou fundo, o sorriso aos poucos desaparecendo enquanto a realidade batia de volta.

— E errado — disse, séria, voltando o olhar para o teto.

Houve um silêncio curto, desconfortável, mas não pesado. Magno a olhou por alguns segundos, depois estendeu o braço e passou por baixo da cabeça dela.

Ercília não resistiu. Acomodou-se no peito dele, sentindo o coração ainda acelerado, ouvindo a respiração dele ir voltando ao normal.

Ficaram assim, abraçados. Calados. Cada um perdido nos próprios pensamentos.

Jeferson continuava na sala, jogado no sofá, completamente alheio ao que acabara de acontecer no quarto onde, toda noite, dorme com sua esposa.

Tinha bebido demais — como sempre — e agora era só um corpo largado, apagado, inconsciente de tudo à sua volta.

Mas ele estava ali. E isso tornava tudo pior.

Deitada no peito de Magno, Ercília mantinha os olhos abertos, fixos no teto. O coração ainda batia acelerado — não mais por prazer, mas por medo.

A mente começava a pesar. Estava nua, suada, com o gosto dele ainda na boca. O corpo saciado. A consciência em conflito.

Magno também permanecia em silêncio. O braço ainda envolvia os ombros dela, mas não havia mais conforto naquele gesto. Era um silêncio cheio de tensão, como se os dois esperassem que algo fosse acontecer a qualquer instante.

— Ele tá na sala... — Ercília murmurou, com a voz embargada. — Se ele acorda...

A frase ficou no ar, incompleta.

Magno não respondeu. Seu olhar estava perdido, distante. Ele sabia o tamanho da linha que haviam cruzado.

— Foi errado... — ela disse depois de um tempo. — Muito errado.

— Eu sei — respondeu, num sussurro. — Mas não me arrependo.

Ercília virou o rosto lentamente, olhando nos olhos dele.

— Você devia se arrepender — disse. — Eu sou a esposa dele.

Magno sustentou o olhar, firme.

— E mesmo assim, você quis.

O silêncio que se seguiu foi mais cruel do que qualquer discussão.

De repente, um estalo leve no corredor. A madeira do assoalho. Um ruído mínimo, mas que fez os dois prenderem a respiração.

Ercília se sentou na cama, o corpo tenso.

— Você ouviu?

Magno também se ergueu, atento.

— Ouvi.

Ficaram imóveis por alguns segundos, como se o tempo tivesse parado. Nenhum som veio depois. Só o silêncio.

Ercília respirou fundo, aliviada, mas ainda assustada. Passou a mão pelo rosto e falou com firmeza:

— Isso nunca mais pode acontecer.

Virou-se de lado, de costas pra ele.

Magno continuou sentado por mais um instante, encarando o vazio. Então se deitou devagar, olhando o teto escuro.

O corpo relaxava, mas a cabeça, não.

E o arrependimento, mesmo que negado, já começava a nascer em silêncio entre os dois.

Não demorou muito para Ercília romper o silêncio.

— Vai... Vamos nos vestir, Magno. É melhor você ir embora.

Magno apenas assentiu, entendendo que o momento havia chegado. Ambos se levantaram da cama sem dizer mais nada, vestiram-se em silêncio e saíram do quarto.

Andaram pelo corredor com passos leves, cautelosos, como se cada ruído pudesse ser o gatilho para o desastre.

Ercília, descalça, sentia o chão frio sob os pés.

Ao chegarem à sala, o alívio: Jeferson continuava imóvel no sofá, do mesmo jeito, afundado entre as almofadas, perdido num sono pesado e inconsciente.

Magno seguiu direto para a porta. Ercília foi junto.

Ele apertou o botão do elevador e, por um instante, não disseram nada.

Quando o sinal tocou, ele virou-se para ela. Sorriu de leve.

Ercília retribuiu, mas havia culpa em seus olhos. Havia o peso do erro ainda fresco na pele.

Magno entrou no elevador. Antes que as portas se fechassem, os olhares se cruzaram uma última vez.

Era um olhar mudo, mas cheio de significado.

Ali, naquele instante suspenso entre dois mundos — o íntimo e o real, o desejo e a consequência —, havia mais do que lembrança: havia um abismo.

Ercília ficou parada, olhando o painel do elevador descer andar por andar. Sentia-se vazia. Não era arrependimento puro, mas a sensação incômoda de algo quebrado — algo dentro dela.

Às vezes, o corpo diz sim enquanto a consciência grita não.

Às vezes, o prazer vem antes do juízo.

E ali, naquele silêncio do fim, ela entendeu: nem toda vontade precisa virar ação.

Mas aquela virou. E agora, era tarde demais para voltar atrás.

Ercília fechou a porta devagar e girou a chave, trancando-a.

Ficou parada por um instante, respirando fundo, como se tentasse organizar o caos que sentia por dentro.

Caminhou até a sala.

Parou de pé, de braços cruzados, encarando o marido. Jeferson dormia profundamente, roncando leve, ainda vencido pela bebida.

Ela o observou em silêncio. Não havia raiva ali — apenas um vazio. Uma tristeza calma, silenciosa.

Depois de alguns segundos, virou-se e foi até o quarto.

Não demorou muito para retornar com um cobertor nas mãos.

Aproximou-se devagar do sofá.

Com cuidado, cobriu o corpo do marido, ajeitando o tecido sobre ele.

Então, inclinou-se e depositou um beijo suave em sua testa.

— Desculpa... — sussurrou, quase sem voz.

E ficou ali por mais um segundo, olhando-o como quem pede perdão e ao mesmo tempo tenta se perdoar.

Depois, virou-se e seguiu em silêncio para o quarto, carregando o peso de uma escolha que não podia mais desfazer.

Os dias seguintes foram difíceis.

Os três trabalhavam na mesma empresa, mas em áreas diferentes. O clima ficou estranho. Magno tentou, discretamente, conversar sobre o que havia acontecido entre ele e Ercília, mas ela se recusava. Passou a evitá-lo o máximo possível.

Era inevitável, porém, cruzarem os mesmos corredores, almoçarem no mesmo refeitório, participarem de reuniões em comum. Pior: Magno não tinha carro, e desde sempre, no fim do expediente, Jeferson e Ercília lhe davam carona — já que ele morava a poucos quarteirões do prédio onde o casal vivia.

Naquela sexta-feira, Ercília estava visivelmente abatida.

— Tô com uma dor de cabeça horrível hoje — ela disse, ao entrar no carro.

Em vez de sentar ao lado do marido, como sempre fazia, preferiu deitar-se no banco de trás. Achava que, talvez, com menos luz e mais silêncio, o incômodo diminuiria.

Magno, então, foi no banco da frente, ao lado de Jeferson.

A cidade seguia agitada. Trânsito, buzinas, faróis.

E foi num cruzamento comum — desses onde ninguém espera nada — que tudo aconteceu.

Um carro desgovernado avançou o sinal vermelho e atingiu em cheio o veículo deles, bem do lado do passageiro dianteiro. O impacto foi brutal. Vidros estilhaçados, gritos, o som metálico de uma batida forte demais pra ser ignorada.

O acidente foi grave.

Ercília, por estar deitada no banco traseiro, escapou do pior. Teve uma fratura na clavícula e escoriações pelo corpo. Ficou nove dias internada, passou por uma pequena cirurgia e saiu com o braço imobilizado.

Jeferson, com o lado esquerdo atingido, sofreu duas costelas quebradas e um corte profundo na testa. Ficou dez dias no hospital, sob observação, mas sem risco de vida.

Já Magno...

Magno levou o impacto direto. Estava no lugar que, normalmente, seria de Ercília.

Fraturas múltiplas. Hemorragias internas. E o mais grave: traumatismo craniano. Chegou ao hospital inconsciente. Entrou em coma poucas horas depois. O estado era crítico. Os médicos não podiam prever se — ou quando — ele despertaria.

Ercília, mesmo machucada, não conseguia parar de pensar: era pra eu estar naquele banco.

E a dor de cabeça que sentira antes parecia, agora, um aviso, um empurrão do destino... ou talvez só mais um detalhe cruel numa história cheia de culpa e silêncio.

Fim.

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Foto de perfil de Will Safado.Will Safado.Contos: 46Seguidores: 97Seguindo: 23Mensagem Sou um apaixonado por filmes e séries, um verdadeiro amante da literatura. Escrever contos eróticos tornou-se meu passatempo, acabei descobrindo um prazer imenso ao me dedicar a essa atividade. A capacidade de criar narrativas e explorar diferentes facetas da sexualidade tornou-se uma experiência cativante e enriquecedora para mim. Os comentários são bem-vindos, sendo eles elogios ou críticas. Só peço que sejam respeitosos, até porque não tolero desaforo. e-mail para contato: wbdm162025@outlook.com

Comentários

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Tem um aforismo religioso que se encaixaria perfeitamente nessa situação, "Deus escreve certo por linhas tortas", não sabemos quem ou o quê salvou a Ercília, mas foi mais ou menos nesse fundamento filosófico. rsrs.

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Conto muito bom de ler , acontece em muitas casas , e mais uma vez a gente vê que a falta de conversa acaba com mais um casamento , muitos podem defender a esposa por estar enfrentando um marido que bebe e faz escândalos , mas porque não dar um fim neste relacionamento ?

Chega no marido e diga que não aguenta mais esta situação e vai embora e arruma outra pessoa para se relacionar .

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