O relógio marcava quase oito da noite quando o Cauã chegou em casa, largando a mochila no sofá com força. O dia tinha sido puxado, mas o que realmente o deixou tenso foi o que ele viu mais cedo: uma mensagem no celular da esposa, Nina.
“Aquele quadril teu... me fez suar. Quero mais!”
Era uma mensagem no WhatsApp, vinda de um tal de “Vitor Personal”. Cauã ficou puto. Aquilo girava na cabeça dele igual escola de samba em dia de ensaio. Era só pensar na possibilidade de outro cara tocando na sua mulher que o sangue fervia.
Nina tava no banho. A água caía forte e fazia eco no banheiro. Cauã ficou parado na porta, respirando fundo. Ele era do tipo que explodia fácil, mas tentou segurar. Até que ela saiu enrolada na toalha, o corpo molhado, o cheiro de sabonete tomando conta do corredor.
— Fala, amor. Tá com uma cara... — disse ela, passando por ele.
— Que porra é essa de “teu quadril me fez suar”? — mandou direto.
Ela parou. Arregalou os olhos. Demorou dois segundos pra entender.
— Você viu meu celular?
— Vi. E aí? Vai negar?
Ela respirou fundo, encostou na parede e cruzou os braços, deixando a toalha descer um pouco mais no peito. Os seios dela quase escapando chamaram a atenção dele, mesmo naquela tensão toda.
— Cauã... esse Vitor é meu personal da academia. Eu tô ensaiando uma coreografia de dança sensual, aquela aula de “Fit Sensual”, lembra? A gente combina os movimentos pelo WhatsApp. Isso aí foi depois que fiz um movimento de quadril difícil. Ele é gay, amor. Totalmente. E a gente só fala disso.
— Porra, Nina... tu me mata do coração.
— É? Então senta que vou te matar de outro jeito.
Ela soltou a toalha no chão. O corpo nu, molhado, brilhou sob a luz do corredor. A bunda firme, a pele morena, o olhar malicioso. Cauã já não sabia mais se tava com raiva ou com tesão.
Ela puxou ele pela camisa.
— Entra comigo no quarto. Agora.
Cauã entrou. O quarto tava meio escuro, só o abajur aceso. Ela o empurrou na cama e montou em cima. Sentou-se devagar, sentindo o volume na calça dele crescer.
— Tava achando que eu tava dando pra outro, né?
Ele não respondeu. Só encarava ela. Nina segurou os pulsos dele e falou baixinho:
— Então agora vai ver o que só você tem.
Ela desceu da cama, ficou de joelhos no chão e tirou a calça dele com pressa. A cueca foi junto. O pau de Cauã pulou duro, latejando. Nina passou a língua na cabeça, olhou nos olhos dele, e começou um boquete bem lento, bem molhado. Enrolava a língua na glande, descia, lambia as bolas, depois enfiava tudo na boca.
— Porra, Nina... — ele gemeu.
Ela enfiava e tirava, olhando pra ele com safadeza. Quando viu que ele tava quase gozando, parou.
— Calma. Agora é minha vez.
Subiu de volta na cama, montou nele e desceu devagar, sentando-se com força. A buceta dela tava molhada, quente, apertada.
— Quero a posição do cavalo montado — ela disse rindo, enquanto rebolava de frente.
Ela cavalgava como se dançasse funk, com força e ritmo. As mãos no peito dele, os cabelos balançando. A visão dela montada assim deixava ele maluco.
— Rebola, porra... isso... — ele gemia.
Ela girava o quadril, parava, descia de novo. Mudou pra “posição da cadeira”, virando de costas e se sentando devagar. A bunda mexia como se tivesse vida própria. Cauã agarrava com força, batia, puxava.
— Caralho... vai, senta tudo... — ele urrava.
Depois, virou ela de lado. Ela levantou uma perna, e ele encaixou de ladinho, uma posição do Kama Sutra chamada “posição do anjo”.
Metia fundo, puxando a perna dela contra o peito. Ela gemia alto.
— Isso, porra! Me fode assim... não para!
Cauã a virou de bruços e meteu por trás. A posição era a “pégaso” — com ela deitada e ele por cima, agachado, socando forte.
O som das estocadas enchia o quarto. Nina enterrava o rosto no travesseiro, mordendo pra não gritar demais.
— Gozaaaaa... — ela implorava.
Ele meteu forte até sentir ela tremer inteira. Gozou junto, ejaculou dentro dela, suando, arfando.
Ficaram ali um tempo, colados, ofegantes.
— Vai duvidar de mim de novo? — ela perguntou, deitada de lado, rindo.
— Nunca mais. Mas por via das dúvidas... vou querer aula de dança todo dia, aqui em casa.
Ela riu alto.
— Com certeza. Mas amanhã é o dia do “escorpião invertido”.
— O quê?
— Te mostro. Mas prepara a coluna.
Eles riram juntos, suados, satisfeitos.
Nina ainda tava rindo, deitada de ladinho, o corpo suado, o cabelo grudado na testa.
— Amor... sério mesmo... tu achou que eu tava te botando chifre? Eu? Logo eu?
Cauã olhou pra ela, respirando fundo, com a cara de quem tava tentando manter a moral.
— Pô, Nina... o cara manda “teu quadril me fez suar” e tu queria que eu pensasse o quê? Que ele tava jogando capoeira contigo?
Ela caiu na gargalhada.
— Tu é muito doido, sabia? E ainda é ciumento que só. Tava pronto pra matar o Vitor, né?
— Confesso que pensei em ir à academia e enfiar a porrada na cara dele.
— Tadinho! Ele ia adorar, sabia? Vitor ama um homem brabo. Ia se apaixonar por tu.
Cauã fez uma careta.
— Que isso, mulher! Para com essas ideias aí...
Ela virou de frente, colando o peito no peito dele.
— Mas, ó... no fundo, foi até bom. Agora tu sabe que teu ciúme me deixa ainda mais com tesão.
— Tu gosta de ver o bicho virando fera, né?
— Adoro. Mas só porque no fim da noite tu vira o lobo mau e me devora.
Ela passou a mão na barriga dele e depois no pau, que já dava sinais de querer subir de novo.
— Eita... já tá querendo outra?
— Tu fica brincando com essa mãozinha aí, ué... ele responde.
— Então amanhã eu vou te ensinar a tal posição do “escorpião invertido”, mas só se tu prometer não fuçar mais meu celular.
Cauã levantou uma sobrancelha.
— Prometo... desde que tu continue sendo só minha.
— Sou tua, porra. Sempre fui. Até quando te irrito, sou tua. — Ela deu um beijo demorado nele.
— Só pra garantir, vou botar rastreador no salto alto.
— E eu boto câmera no chuveiro da tua firma.
Eles riram juntos, e Nina levantou pra pegar uma água na cozinha, pelada mesmo.
Cauã ficou olhando aquela bunda balançando até ela sumir no corredor.
— Meu Deus... casei com uma tentação, pensou.
Na cozinha, Nina abriu a geladeira e gritou:
— Quer suco ou água de coco?
— Quero tu de novo! — ele respondeu, rindo.
Ela voltou com um copo de água, bebendo devagar, se encostou no batente da porta.
— Tu sabe que eu te amo, né?
— Eu sei. Mas repete. Assim, pelada mesmo, com essa carinha de safada.
— Eu te amo, seu otário ciumento. E não troco tua rola por nada nesse mundo.
— Aí tu me desmonta.
Ela caminhou até a cama, sentou-se na beirada e passou a mão nas pernas dele.
— A gente briga, se estranha, mas no final... a gente sempre se acha, né?
— Sempre. Nosso sexo é tipo GPS: recalcula a rota e leva pro paraíso.
— Ah! E sobre o personal...
— Lá vem.
— Amanhã ele vai vir aqui. Vai te ensinar a mexer esse quadril duro aí.
— Que?! Tu tá de sacanagem!
— Relaxa, amor... só quero ver se tu consegue fazer a coreografia comigo. Vai ser divertido.
— Eu dançar?! Nunca!
— Ah, vai sim. Porque se dançar direitinho... vai ganhar o bônus da posição “suspensão tântrica”.
— Essa existe mesmo?
— Existe sim. E tu vai voar comigo, meu amor.
Ele a puxou pra cima dele de novo.
— Então amanhã... tem dança. Mas agora, tem ensaio.
E meteram de novo.
Fim.