EP 5 - O leilão do Corolla

Um conto erótico de Gabriela
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1775 palavras
Data: 23/07/2025 00:46:01
Última revisão: 23/07/2025 00:49:43

O dia ocorreu normal, refeições restos de comida do meu dono, dormindo com Brutus e Thor, no outro dia de manhã a recompensa...

Quando ele chegou permaneci de quatro, como mandava o protocolo, mas sua respiração veio mais leve — não pela liberdade, mas pelo que aquilo simbolizava.

— Levante-se, Gabriela

— Hoje… você terá um dia de mulher. Ou quase.

Ela ergueu os olhos, desconfiada. Ainda nua, os joelhos marcados no chão frio.

— Mas não se engane.

— Você ainda me pertence. E se sorrir demais, falar de mais, se andar com postura de quem esqueceu sua posição…

— Eu tiro essa “liberdade” no meio da rua, te abaixo ali mesmo e te faço lamber o asfalto.

Assenti com um aceno contido. A voz quase sumida:

— Posso… posso falar?

— Pode. Mas só quando for permitido.

— Vai usar a boca pra agradecer, elogiar, servir — como uma mulher deve fazer.

Ele jogou sobre a cama um vestido colado, branco, tão curto que ameaçava denunciar a gaiola a cada passo. Ao lado, um par de saltos. A chave da gaiola continuava ausente. Era uma concessão perigosa.

— Vamos fazer alguns exames. Uma surpresa para mais tarde.Vamos cuidar da sua estética feminina. Vamos ter um compromisso, e depois… um presente. Se você se comportar.

Eu tremia. Não de medo, ainda. Mas da confusão entre alívio, antecipação e a ansiedade de falhar em público. A liberdade pesava mais do que as correntes.

Depois de uma longa bateria de exames que pareciam ser de rotina, mas que não sabia ainda para que serviam, fomos a um salão.

Ao abrir a porta de vidro tilintou quando entramos. O cheiro de laquê, café morno e perfume barato me atingiu antes do frio do ar-condicionado. Era um lugar bonito, limpo… mas tudo ali me pareceu uma vitrine. E eu era a exposição do dia.

Meus saltos ecoaram no chão claro, e senti os olhares antes mesmo de levantar a cabeça. O vestido branco, apertado, curto, colado, denunciava tudo. Inclusive a maldita gaiola sob o tecido. E as três mulheres sentadas no canto não disfarçaram.

— Nossa... e essa aí vai pra onde com essa roupa?

— Com esse volume ali... sei não. É show ou desfile?

Fingi que não ouvi. Apertei as mãos à frente do corpo, tentando cobrir o que não tinha como esconder. Minhas bochechas queimavam.

— Gabriela — ele disse atrás de mim, firme. — Ombros retos. Queixo erguido. Hoje você é mulher. Não uma cadela curvada.

Obedeci. Ergui o rosto, mesmo que tudo em mim quisesse se esconder.

Então eu o vi. Kauan. O dono do salão. Alto, negro, imponente, com uma camisa justa sobre os músculos e uma presença quase tão firme quanto a do meu Dono. Seus olhos pousaram em mim como se já me conhecessem. E conheciam.

— Aí está ela — ele disse, sorrindo — a famosa Gabriela.

Meu Dono entregou-lhe uma sacola com produtos caros. Tudo de primeira linha. Perfume, batom, maquiagem. Disse poucas palavras:

— Tudo aqui. Quero cabelo, sobrancelha, maquiagem. Ela precisa estar apresentável. O melhor. Como se fosse desfilar. Entendeu?

— Pode deixar comigo — Kauan respondeu, mas seus olhos não saíam de mim.

-Infelizmente, não poderei comparecer mais tarde, mas farei meu melhor, ela vai sair muito gostosa se ficar bem quietinha e comportada, mas se ela não colaborar…

Foi aí que ele tirou da sacola o controle. O controle da minha gaiola.

O botão vermelho parecia brilhar. Meu estômago afundou.

— …vai sair daqui se arrependendo de ter entrado.

Assenti, muda. O Dono apenas se virou para mim e disse, com aquele tom baixo que parece uma faca:

— Por duas horas, ele é sua autoridade. Obedeça-o como me obedece. Fale apenas quando for permitido.

— E lembre-se: você ainda é minha.

E saiu. Me deixando ali.

Kauan chamou uma loira que parecia minha ex, a funcionária nos levou até uma sala nos fundos. Grande, clara, cheia de espelhos. Uma maca no centro. O tipo de lugar que deveria fazer qualquer mulher se sentir bonita.

— Deita. Vamos começar — ele disse, e não parecia aceitar atrasos.

Deitei. A funcionária organizava os produtos, e ele se aproximou do meu rosto. Me avaliou com olhos que já sabiam demais.

— Ele ainda não falou nada, né?

— Falar… o quê? — perguntei, tentando soar indiferente. Fracassei.

— Hm… nada não. Esquece. Deve ser só… um evento qualquer. Algo mais interno. Coisa de gente grande.

O tom dele era escorregadio. As palavras pareciam sair com cuidado, como se uma frase errada pudesse custar caro. Mas eu entendi que havia algo a mais. Algo grande. E que envolvia… a mim.

Mas ele mudou de assunto rápido. As meninas começaram a escovar meu cabelo com força. Cada puxão doía mais que o anterior. Os olhos lacrimejavam, mas não era só por isso.

— Já vi vídeos e fotos tuas.

— Você aguenta. Mas aqui é diferente. Aqui você vai se ver no espelho enquanto se transforma. Aqui cada traço seu é moldado pra um propósito.

Ele avaliação com um olhar frio, metódico. Elas tocavam meu rosto como quem finaliza uma peça de cerâmica. Sem carinho, mas com precisão. Quando começou a maquiagem, me mantive deitada, e foi ali que vi. O volume.

A calça dele marcava bem. O membro dele, bem desenhado, ainda mole, mas grosso e grande, virado para o lado, apontando para direção da minha boca, com aquela cabeça enorme, bem marcada, sob o tecido quase encostando no meu rosto. Meu olhar se perdeu ali. Rápido, mas suficiente pra ele notar.

— Gosta, né? Não fica nervosa, já devia estar familiarizada com órgãos reprodutivos bem pertinho do seu rostinho, os teus irmãos já te apresentaram essa situação.

Eu quis negar. Mas meu rosto me traiu.

— Relaxa. Hoje não é dia de tocar.

— E eu ouvi que essa semana vai ser especial pra você.

Arrepiei. Quis perguntar, mas ele virou o rosto, e ficou claro que não diria mais nada.

Continuaram com a maquiagem. Delineador marcado. Batom vermelho escuro. Rímel demais. Quando terminou, tirou uma foto. Sem pedir. De cima. Da maca. Do meu corpo. Do meu rosto. Mandou para alguém.

— Você está pronta, Gabriela.

— E mal sabe o que te espera.

Me vesti e meu Dono voltou pouco depois. Me olhou como quem inspeciona um presente caro antes de entregar.

— Linda — disse. — Quase irreconhecível. Como deve ser.

— Agora vem. Temos um compromisso.

— Compromisso, Senhor?

Ele se inclinou no meu ouvido.

— Um pequeno evento. Entre pessoas que te conhecem bem… mesmo que você ainda não as conheça.

Sorriu. E saiu andando. Eu o segui, de salto, com o perfume impregnando minha pele e a sensação de que algo estava prestes a mudar. E não pra melhor.

Chegamos em um lindo prédio de alto padrão, com um amplo salão cheio. Quente, mesmo com o ar. Cheiro de couro, perfume amadeirado, bebida cara, e hormônios masculinos. Não era um evento comum. Era uma cerimônia perversa. Só homens. Todos Donos. Todos ali por mim. Ou pelo que eu representava.

O vestido branco que ele me mandou usar mal cobria a bunda. Subia a cada passo. Eu sabia. Eles também deviam estar pra cima. Alguns já riam antes mesmo de eu subir os degraus.

No palco, havia um cavalete de metal. Um tapete vermelho. Uma cadeira que ninguém sentava. E luzes. Fortes. Diretas. A frente tomada por câmeras. Uma equipe profissional de filmagem e fotografia captava tudo. Close, plano geral, reações. Como se fosse um show. Ou um documentário sujo.

Fui guiada até o palco por meu Dono. Uma mão firme no meu braço. Me posicionou ao lado do cavalete, bem visível.

— Gabriela — ele disse, sorrindo — você vai me ajudar a administrar os lances.

Eu nem sabia onde enfiar as mãos. O microfone tremeu nos meus dedos.

— Boa noite, senhores — ele começou. — Hoje vocês não estão aqui por uma simples negociação.

— Estão aqui para algo único. Algo que não volta.

Todos os olhos estavam em mim. E eu sentia. Cada olhar pesava. Cada lente captava o que eu não dizia.

— Trago duas ofertas — ele continuou. — Um Corolla altis ano 2022 completo, 100% em dia. E a minha Gabriela… em sua melhor versão.

As risadas começaram. E eu queria desaparecer.

— Mas hoje… só um deles vai embora com vocês. E não sou eu quem decide.

— Ela vai ler os lances. Um a um.

Ele me entregou os papéis. A voz me falhava, mas obedeci.

— Lance de R$ 35.000… Senhor Marcos.

Era de graça considerando o valor dele

Ouvi o comentário. Alto, atrás:

— R$ 35 mil por um Corolla? Ou pela cadelinha que dirige com a língua?

Mais gargalhadas. Continuei.

— R$ 40.000… Senhor Augusto.

— Só se ela vier lambendo o volante! — alguém gritou.

— Ela não dirige, mas late — outro completou.

O Dono apenas sorria. Orgulhoso.

— R$ 42.000… com proposta de test drive — li, tremendo.

— Pode vir de quatro no porta-malas, que eu levo! — o dono da voz era jovem, arrogante, superior.

— Eu pago R$se ela me olhar na hora — outro lançou, do fundo da sala.

Quando olhei, ele piscou. A câmera capturou tudo. Zoom. Flash. Vergonha.

Outro levantou a mão:

— R$E eu quero que ela venha usando só a coleira. Igual quando estava sendo o mictório dos cães naquele vídeo do grupo.

Meu sangue gelou.

— Ela gosta, né?

— Ela rebola melhor que as cadelas do meu canil! — outro gritou.

Mais risos. Flashs. Zooms.

— R$— disse um com terno escuro, sério. — E mando pintar o carro de rosa pra combinar com a humilhação dela.

As luzes eram insuportáveis. Eu tremia. Cada lance, um espinho. Cada piada, uma bofetada invisível.

— R$ 55.000! — gritou alguém do lado esquerdo. — Mas quero o carro E um vídeo novo dela com os cães no porta-luvas!

Meu Dono riu, se aproximou, pegou o microfone e disse:

— Senhores… lances extraordinários. Mas só um leva o Corolla hoje.

— Ela… ainda é minha. Por enquanto.

A provocação arrancou mais comentários.

— E quando for leiloar ela, vai parcelar?

— Aceita troca por outra cadela?

Ele ignorou. Pegou o envelope final. Abriu. Anunciou:

— Vendido. R$Pagamento à vista.

O nome do comprador foi abafado pela gritaria e pelos aplausos sarcásticos. Eu só ouvi o que me destruiu por dentro:

— Corolla vendido.

— E a Gabriela… ficou.

Fiquei.

Fiquei com o peito apertado, os olhos marejados, e uma dor absurda que não era física. Era pior: era de perda. O Corolla era meu último vestígio de liberdade.

Ele me olhou. Satisfeito. E disse, no meu ouvido:

— Agora sim… você não tem mais o que perder. Ou será que tem?

— Está pronta pra ser o que nasceu pra ser.

Fomos embora antes do fim dos brindes. Ele me colocou no carro, iríamos passear pelo ótimo show apresentado.

Espero estar satisfazendo os desejos dos dominadores que lêem meus relatos...

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