Existem pessoas que nasceram para comandar e liderar e outras para seguir e obedecer. Alguns tentam ir contra o que a natureza lhes designou, mas fracassam e se tornam infelizes por não admitirem o que são.
Até entre os animais existem os machos alfa como o leão ou as fêmeas alfa como a loba. Não tem a haver apenas com o sexo, porém entre nós humanos acredita-se que só o homem possa ser um líder, um dominante.
Pelo menos no caso meu e de meu irmão essa teoria está correta. Não conseguiria ser líder em nada porque está em minha natureza não ter a capacidade de tomar decisões, o que torna demasiadamente desgastante e frustrante se esse for o caso. Preciso de alguém que tome conta de mim e de minha vida em todos os sentidos. Que decida por mim e que diga o que devo fazer. E desde que nasci fiz de meu irmão gêmeo essa pessoa.
Meu irmão é naturalmente um líder. Nos estudos, nos esportes e em tudo o que ele participa, mas quando se trata de sua irmãzinha, tenta ir contra sua natureza por me amar demais e sempre insistiu para que eu não aceitasse imposições de nossos pais, professores, amigas e até mesmo dele, querendo que eu fosse a senhora de meu destino.
Ele também ficava super incomodado quando eu fazia as coisas para ele, mesmo as mais cotidianas como servir seu almoço, tirar seus pratos sujos da mesa, lavar a louça dele e até arrumar seu quarto. Felipe se sentia aproveitando de mim e não entendia que me faz bem o tratar assim, pois era ele quem cuidava e me defendia dos perigos que eu poderia enfrentar tendo essa personalidade.
Sou tão ligada e dependente de Felipe e o amo tanto que às vezes imagino que não fui feita por um ovulo de minha mãe e um espermatozoide de meu pai e sim por uma célula tronco que escapou de seu corpo em formação no útero de nossa mãe já que somos gêmeos.
Com relação a sexualidade desde a puberdade tive um libido elevada, mas direcionada exclusivamente ao meu irmão. Sempre a escondi sob minha timidez, por minha baixa-estima e por receio de sua rejeição e odiava sentir isso com medo de Felipe descobrir que não era que imaginava que eu fosse e nunca mais falasse comigo.
Lá no fundo de minha alma o que sempre desejei era ter um homem que me dominasse, me tomasse fazendo comigo o que quisesse me levando a ter orgasmos avassaladores. Para me aliviar desses desejos me masturbava uma ou mais vezes por dia não conseguindo evitar pensar que quem estava fazendo isso comigo era Felipe. Às vezes, apenas seu toque quase me levava ao orgasmo e eu tinha que disfarçar.
Sendo tão frágil emocionalmente e fisicamente teria que confiar muito naquele a quem me entregasse e o único em quem confiava a esse ponto e queria era meu irmão. Todos meus orgasmos diários eram sonhando com Felipe me tomando fazendo amor comigo e se satisfazendo como desejasse. Por ser algo muito, muito errado, jamais poderia deixar que ele descobrisse ou nunca mais seria o mesmo comigo. Além de o amar, era dependente e precisava dele como irmão.
Com seu estimulo tentava me interessar por outros garotos, o que ajudaria esconder o que sentia por ele, mas por ser muito baixinha e ter os seios pequenos nenhum deles mostrava interesse em mim, o que só aumentava a minha baixa-estima me deixando triste.
Preocupado e infeliz por ver sua frágil irmãzinha triste, ele se esforçou muito para me fazer mudar de opinião em relação à minha beleza, minha altura e ao tamanho de meus seios. Muito mesmo. E até conseguia às vezes. O problema era que além de minha baixa-estima, reprimir meu verdadeiro modo de ser para não o perder me deixava deprimida.
Alguns poderão achar que sou fraca e outros uma sem vergonha. Enquanto crescia e ia descobrindo como realmente era, teria dado tudo para não ser como sou. Hoje, porém, com tudo o que aconteceu e pela relação que tenho com meu irmão que me levou a escrever esse relato, não trocaria quem sou por nada.
Acho que já adiantei demais e o melhor é contar nossa história por inteiro, focando só em como iniciou e nos momentos sexuais para não ficar chata, pois quem lê um conto erótico quer ação, o que vai demorar um pouquinho, mas quando acontecer vai ser intensa.
Apesar de já ter revelado a vocês minha verdadeira natureza, vou contar nossos momentos de interação fazendo Felipe acreditar que sua irmãzinha era inocente e pura. Até que se rendeu aos fatos e me tomou como sua.
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Eu e meu irmão sempre fomos próximos como nenhum outro casal de irmãos que conheço. Não digo que não existam, mas não devem ser muitos. Ajuda o fato de termos nascido no mesmo dia. Sim, somos gêmeos.
Sou a mais velha por 5 minutos e pela diferença de tamanho e peso que nascemos, nossos pais brincam que se os médicos não tivessem me tirado antes, não conseguiriam tirar meu irmão. Nasci com 45 centímetros e 2,2 quilos e ele com 56 centímetros e 3,8 quilos.
Felipe sempre brinca comigo dizendo que ainda bem que não somos tubarões, ou ele teria me devorado dentro do útero de mamãe como os tubarões maiores fazem com os irmãos menores dentro do ventre de sua mãe. E diz que devo agradecer muito a ele por ser um tubarão bonzinho.
É só brincadeira mesmo. Desde pequeno ele já era o melhor irmãozinho do mundo. Talvez se apercebendo de nossa diferença de tamanho e minha fragilidade física e emocional, mesmo sendo criança nunca brigou ou discutiu comigo. Nem quando toda pentelha pegava seus brinquedos preferidos e ao invés de brigar comigo, me deixava brincar com eles. Ele sempre foi uma pessoa gentil e generosa, não só com sua pequena irmãzinha, mas com todos.
Além disso, sempre foi meu protetor na escola e nas brincadeiras. Se alguém me provocasse ou tirasse sarro por minha altura, ele me defendia. E por termos a mesma idade, estávamos sempre na mesma classe, bons alunos que éramos.
Eu tinha poucas amigas, pois a maior parte do tempo estava com meu irmão fazendo o que ele estava fazendo. Se não conseguia fazer o mesmo, o assistia. A nossa diferença física sempre foi brutal, além do fato de sermos de sexo diferente. E quem não nos conhecia, não acreditava quando falávamos que éramos gêmeos e eu era a mais velha. Riam de nossa cara dizendo que era mentira.
Para que entendam essa diferença vou nos descrever como somos hoje, o que pouco mudou desde o período do início desse relato.
Meu irmão tem 1,88 metros, rosto quadrado lindo de homem, moreno e olhos esverdeados. Um corpo naturalmente musculoso e ombros largos pesando 90 quilos sem nenhuma gordura. Suas pernas são lindas e o bumbum bem fofo e todo seu corpo tem poucos pelos como um de nossos avôs.
Sou quase anã perto dele. Tenho 1,52 metros, peso 44 quilos, olhos cor de mel, loira natural com um rosto bem fino. Quando menina meu corpo era reto como uma tábua. Quando menstruei houve uma mudança repentina e ganhei um quadril largo, bumbum redondo e arrebitado e pernas torneadas. Claro que tudo proporcional ao meu pequeno tamanho, mas hoje sei que tenho um corpo bem bonito. Quanto aos seios, acho que são pequenos, quase de uma menina moça destacando pouca coisa de meu peito, mas gosto da forma deles quase como uma pequena montanha cônica. O último detalhe é que minha pele é branca e se tento tomar sol, só fica vermelha.
Já na 7ª série as meninas ficavam doidas por meu irmão, que por seu porte parecia mais velho. E eu por parecer bem mais nova, quase uma criança, não tinha nenhum garoto que se interessasse por mim. Foi só no colégio que comecei a me incomodar por não receber atenção dos garotos. Não especificamente por eles, mas se um garoto qualquer não sentia atração por mim, como meu lindo e desejado irmão assediado por todas as meninas mais lindas, me notaria como mulher?
Se não recebia atenção dos garotos, recebia total atenção de Lipe como eu o chamava carinhosamente deixando o Felipe para todos os outros usarem. Aliás, meu nome é Alice e desde pequeno ele me chamava de Lile, que até gosto mais do que Alice. No entanto não era o tipo de atenção que desejava em meu íntimo.
Até quando ele estava conversando com alguma menina eu estava lá sentada próxima a eles. E por ser assim tão grudada, ser tão pequena e não sair de seu lado foi que seus amigos me apelidaram de “a chaveirinho” e o apelido se espalhou como fogo, pois era a descrição exata.
Claro que não gostei e muito menos Lipe, mas como seus amigos me tratavam de forma gentil, ele não brigava com eles, mas se soubesse que alguém usava só para fazer bullying, corria tirar satisfação.
O pior é que o apelido pegou. Até meus pais, familiares e amigos fora da escola já me chamavam de chaveirinho de forma carinhosa, mas não gostava porque tornava explicita toda minha dependência a meu irmão. Minha vida social sem ele era praticamente inexistente, fora duas amigas chegadas, que talvez fossem chegadas por gostarem dele.
Meus pais insistiam para que eu tivesse meus próprios programas, mas sem Lipe ia no máximo ao cinema com minhas amigas. Na verdade, por minha baixa autoestima tinha medo de não ser notada por ninguém se fosse em uma balada ou festa, como já acontecia todos os dias no colégio.
Sempre fomos confidentes e amigos e sabia tudo de sua vida e ele da minha, mesmo os assuntos sexuais quando começamos a ter curiosidade sobre o assunto, evidente que sem contar meus desejos de ser sua. O tema sempre foi levado na forma de brincadeira de irmãos com muitas provocações. Nossa intimidade e amizade era tanta que não tínhamos pudores e tratávamos do assunto de sexo de forma natural, mas superficial.
Estávamos no último ano do colégio e enquanto Lipe tinha tido namoricos com absolutamente todas as garotas, nenhum dos garotos tinha ao menos tentado um flerte comigo. Estava mal comigo mesma com a sensação de não ter ninguém que me achasse ao menos bonitinha. Perto do final do ano, me abri com meu irmão.
– Lipe, o que tem errado comigo que nunca tive um garoto interessado em mim? É só porque não sou bonita e sou muito pequena ou tem algo mais?
Ele me olhou assustado não entendendo a motivação de minha pergunta.
– Do que você está falando Lile? Você é a garota mais bonita do colégio.
Querendo ajudar minha autoestima, Lipe sempre me dizia que eu era bem mais bonita do que me achava, mas nunca tinha sido tão incisivo assim.
– Até parece. Posso até ter um rostinho bonitinho, mas não sou chamativa como as outras. Se fosse verdade o que você falou, teria tido pelo menos um ou dois pretendentes.
– Talvez você não de chance a eles. Fica achando esse absurdo de que é feia e se feche toda.
– Não é verdade. Dou a entender a eles quando acho um bonito, mas mesmo assim nenhum deles se interessa por mim. Deve ser por ter esses seios pequenos que tenho, falei deixando correr algumas lágrimas.
Lipe sabia que meu ponto fraco eram meus seios e sempre me senti inferiorizada ao lado de qualquer garota, porque todas tinham seios maiores do que os meus.
– Seus seios são lindos e perfeitos para seu corpo. Maiores iriam estragar todo o lindo conjunto. Não ficariam bons.
Seu elogio sincero foi a melhor coisa que poderia dizer naquele momento, pois sendo o verdadeiro objeto de meus desejos afirmando que achava meus seios perfeitos, levantou minha moral e até me excitou. Eu queria que ele falasse mais.
– Você nunca viu meus seios. Como pode dizer isso?
– Mas eu já vi. Rapidamente, mas vi. E teve todas as vezes que te vi de biquini e sutiã.
Meu coraçãozinho acelerou e senti uma umidade entre minhas pernas com meu irmão dizendo que tinha visto meus seios.
– Como você viu?
– Estava passando pelo seu quarto e com a porta aberta vi você se trocando. Você pensou que eu não estava em casa, mas cheguei mais cedo e te vi que só não viu porque estava tirando a camiseta pela cabeça. Eles são lindos da forma que são, Lile.
Meu choro estancou na hora. Nunca fiquei tão bem com meus seios em toda minha vida como naquele momento. O homem que eu desejava gostava deles me enchendo de esperança. E Lipe deixou ainda melhor terminando com uma perola.
– Se um dia você quiser aumentar colocando silicone, não vou deixar, pois vai estragar a perfeição, falou sorrindo.
– Já pensei isso várias vezes. Você sabe.
– Na verdade, não posso te impedir, mas se perguntar minha opinião vai ser não, não e não. Estou dizendo a verdade mesmo quando digo que você é a garota mais bonita do colégio.
Tinha ganho o dia, a semana, o mês e o ano por tudo que Lipe tinha me falado, mas ainda restava a necessidade de o confrontar por suas escolhas.
– Você fala isso, mas todas as garotas que se interessa são bem diferentes de mim. Gostosas e com seios generosos.
– Se você não fosse minha irmã, seria minha primeira opção disparada. E assim linda e com esse jeitinho meigo e feminina não existe mais nenhuma outra no colégio que eu possa a escolher.
O que meu irmão tinha? Sempre me elogiou, mas nunca com tanto ênfase como naquele momento. Talvez por estarmos perto de frequentar a faculdade e ser um momento de namorarmos, minha decepção por ninguém se interessar por mim o tenha tocado mais fundo do que nunca.
– Você me namoraria de verdade se não fosse sua irmã?
– Eu me casaria com você Lile e seria minha única namorada. Para que ter outra se namorasse você? O que um homem pode querer mais?
– Bundas e peitos, saiu de minha boca sem nem mesmo ter pensado.
– Nem todos homens são assim. Tenho certeza que só uma pequena minoria escolhe a mulher que vai se casar por causa de seus peitos e bunda.
– Talvez você tenha razão. Então preciso esperar a idade de casar para alguém se interessar por mim.
– Uma teoria que acabei de pensar. Acho que a culpa de você não ter pretendentes sou eu. Estamos sempre juntos e meu tamanho intimida os caras e quase todos sabem que já discuti com quem te aporrinhou. Então, não é que eles não se interessem por você, eles só têm medo de chegar em você. Coloque uma roupa bem bonita que mostre o corpo lindo que você tem e vá a uma festa sem mim onde os garotos não me conheçam. Tenho certeza que vão chegar em você, falou sorrindo e convicto.
Estávamos conversando na sala de TV enquanto esperávamos mamãe nos chamar para o jantar. Quando Lipe terminou de falar me deixando toda cheia de mim e me fazendo esquecer daquele sentimento de inferioridade que vivia nutrindo, fui me sentar em suas pernas de lado e o puxando pelo pescoço com meus dois braços miúdos, dei vários beijos em sua bochecha. Minha calcinha estava encharcada e tudo o que queria era que estivéssemos sozinhos e ele me tomasse e fizesse amor comigo do modo que quisesse.
– Eu te amo tanto Lipe. Mais do que tudo em minha vida. Você é meu anjo da guarda, meu amigo e quem consegue me colocar para cima todas as vezes que preciso. Mas então, já que você é o responsável, como vai resolver essa questão de os meninos terem medo de você? Vou morrer solteira por sua causa, perguntei brincando querendo que ele respondesse que se casaria comigo sabendo que não iria responder.
– Vou aproveitar esse medo que eles têm de mim e obriga-los a namorar você.
– É uma boa solução, mas não quero ninguém obrigado a ficar comigo.
– Logo estaremos na Faculdade e tudo muda Lile. Faremos faculdades diferentes e não vou intimidar seus pretendentes, mas tem algo que quero falar sobre isso.
– O que?
– Não sei você, mas não gostaria de nos separarmos. Podemos fazer faculdades diferentes, mas se escolhermos faculdades que são da mesma Universidade e estão no mesmo campus, podemos pedir a nossos pais que aluguem um apartamento só. Ficaria até mais em conta para eles. O que você acha?
– Você não imagina há quanto tempo estou mal pensando que podemos nos separar, mas pensei que você quisesse liberdade para levar as garotas para seu apartamento.
– Melhor do que ninguém você sabe que minhas relações nunca passam de dias. Não se pode dizer nem que são namoros por interesse. Sou um dos que não se interessa só por peitos e bundas Lile. Podem até chamar a atenção, mas não é isso que quero e se isso acontecer de levar uma garota te aviso antes e também pode ser ao contrário. Você ter que me avisar pois vai levar um garoto.
– Essa noite você tirou para me deixar feliz de todas as formas, falei dando mais beijos em sua bochecha. – É claro que quero morar com você. Como não iria querer? Desde sempre você me trata com sua princesinha, parecendo ser o irmão bem mais velho, falei feliz.
– Você é minha princesinha. Acho que evito me aprofundar nos relacionamentos, pois se namorar e depois me casar, vou me distanciar de você. Quem vai proteger minha princesinha?
– Eu te amo ainda mais pelo que você acabou de dizer, mas sua vida não pode ficar dependente de me proteger. Tenho que aprender a me defender e fazer as coisas sozinha.
Falei o que falei por amor a ele, mas desejando de coração de que nunca nos separássemos.
– Podemos nos manter assim até o fim da faculdade, já que vamos morar longe de nossos pais. E quando você arrumar um cara legal, posso pegar um descanso.
– Então só falta convencer papai e a mamãe. Eles querem que eu fique mais independente de você, mas também se preocupam com a filhinha frágil. Duvido que não vão concordar.
– Às vezes penso que esse papel de filhinha frágil é só para conseguir o que quer deles, falou me provocando.
– Até que enfim você descobriu. Também sou a irmãzinha frágil para conseguir tudo que quero de meu irmão. Aliás, hoje você me deu 10 vezes mais do que eu queria.
Terminamos aquela conversa quando mamãe nos chamou e Lipe aproveitou o jantar para falar de nossos planos de morar juntos durante a faculdade.
Como previ, mamãe e papai mesmo me querendo mais independente, adoraram a ideia de morar com meu irmão e ele proteger sua irmãzinha frágil e indefesa longe de casa. Eles iriam conosco até a cidade de nossas pretendidas faculdades a 70 quilômetros de casa e escolheríamos um apartamento para alugar para estudantes.
Mais tarde em meu quarto lembrando de nossa conversa, de como ele me elogiou até dizendo que se casaria comigo e com a permissão de nossos pais de morarmos juntos, tive dois orgasmos intensos me tocando lembrando de seus toques e de tudo que me disse aquela noite.
Durante a madrugada sinto meu corpo balançando e quando vi era Lipe se sentando na borda de minha cama olhando para mim sem falar nada e mesmo na penumbra via que seus olhos estavam diferentes.
– Lipe, o que você quer, perguntei após ele não falar nada.
– Ah Lile, tentei tanto ser um bom irmão, mas não aguento mais segurar o que sinto, falou se inclinando e me beijando primeiro com os lábios e depois com sua língua.
Minha primeira reação foi pensar que aquele era mais um dos sonhos que tinha com meu irmão, mas ao invés de me tomar sexualmente ele se declarava. Foi só depois de muitos segundos quando minha língua reagiu e começou brincar com a dele e minhas mãozinhas agarraram seus braços fortes apoiados na cama, um de cada lado, que me dei conta da realidade que era muito melhor do que qualquer sonho.
Sua boca tinha um sabor delicioso e sua língua dentro de minha boca me dava arrepios de excitação. Era meu primeiro beijo e já tinha certeza que seria o melhor de minha vida mesmo que outros momentos como aquele viessem pois era do homem que eu amava e ele me beijava todo amoroso me dando a certeza que também me queria.
Após alguns minutos, Lipe parou um pouco só para justificar o que faria, mesmo que eu não precisasse de justificativa. Ainda assim o que falou olhando em meus olhos na penumbra foi um tsunami que varreu minha baixa estima.
– Não posso deixar você ficar se martirizando por achar que ninguém te deseja quando eu te desejo tanto Lile, falou voltando a me beijar, agora mais fogoso.
Ao mesmo tempo tirou o apoio da mão direita e foi com ela até minha barriga me arrepiando e desejando que rasgasse meu pijaminha de short e blusinha e fizesse amor comigo, mesmo com nossos pais ao lado, mas sabia que não faria isso.
Fiquei apenas curtindo excitada como jamais estive aquele beijo e aquela mão que começou a correr por minha barriga, minha cintura, minhas coxas até chegar a base de meu pequeno seio onde parou por um instante até que subiu pelo pequeno volume o espalmando inteiro e o apalpando enquanto parou de beijar de novo para dizer algo.
– Seu corpinho todo é uma delícia e me fez perder a cabeça, mas amo principalmente seus seios que são perfeitos e tão firmes falou o apertando e tirando um gemido meu.
– Ahhhhhhmmmmm
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Lipe me beijou novamente talvez não querendo olhar nos olhos de sua irmãzinha “inocente e indefesa” enquanto em sua cabeça abusava dela.
Os minutos seguintes foram de puro êxtase sexual para mim e quando ele deixou de só apalpar meus seios e começou a fazer carinho na aréolas e apertar de leve meus mamilos aconteceu algo extraordinário que foi ter o primeiro orgasmo de minha vida que não fosse induzido por mim.
Não sabia se Lipe estava percebendo meu corpinho se contorcendo, mas logo depois daquele orgasmo ter terminado quando sua mão estava muito mais ativa espremendo muito mais deliciosamente meus montinhos, do nada a tirou e terminou o beijo se levantando preocupado.
– Eu não deveria ter feito isso Lile, você é minha irmã. Ao menos serviu para você saber que suas preocupações são só de sua cabeça. Boa noite.
Refazendo-me do susto por ter me abandonado tão abruptamente, pedi para não ir mesmo que fosse para ficar só conversando após aquele momento maravilhoso que tivemos.
– Fique Lipe.
– Não posso Lile, somos irmãos. Se ficar poderei fazer algo que me arrependa pela vida toda. Isso não pode mais acontecer, falou saindo pela porta com seu pênis visivelmente ereto em seu short de pijama.
Sua reação final estragou o clima, mas o que pensei foi que se ele sucumbiu uma vez por me desejar como eu o desejava, poderia sucumbir de novo mesmo sabendo que não era certo.
O que me ajudou a não ficar triste também foi ter no sangue o prazer daquele orgasmo inesperado e os toques que eu dava em minha bucetinha encharcada e sensível como jamais esteve me levando a um novo orgasmo me lembrando de meu amor me beijando e apalpando os seios. Seios que descobri serem muito sensíveis e uma fonte enorme de prazer.
Para minha tristeza Lipe já tinha saído na manhã seguinte quando cheguei para o café, dizendo a minha mãe que tinha combinado com um amigo chegar mais cedo ao colégio para finalizar um trabalho, mas sabia que não era isso. Ele só não queria me encarar, provavelmente cheio de culpas.
À tarde quando sempre estávamos em casa ele também não veio ficando na casa do amigo, mas chegou para o jantar e quando nos recolhemos agiu corajoso como era seu modo de agir e veio conversar comigo em meu quarto. E infelizmente senti que não seria uma boa conversa.
– Lile, precisamos conversar. A forma como agi durante essa madrugada, mostra que não deveríamos morar juntos e sozinhos.
As lágrimas começaram a escorrer de meus olhos.
– Não faça isso Lipe. Você mesmo disse que precisa me proteger.
– De que adianta te proteger dos outros se o inimigo vai morar com você, falou todo triste.
– Você não é meu inimigo Lipe. É o melhor e único amigo verdadeiro que tenho. E quem disse que não gostei e não desejava o que aconteceu?
– Desejava, me perguntou estupefato.
– Porque você acha que não dei um tapa em sua cara e gritei. Sonho com isso há bastante tempo Lipe. Eu te amo mais do que deveria como irmã, confessei deixando as lágrimas escorrerem por meu rosto.
– Deve ser por causa de sua baixa estima achando que nunca vai conseguir o garoto que você quer e me veja como a sua salvação.
– Não subestime minha inteligência Lipe. Temos a mesma idade e sei muito bem o que sinto, mesmo que seja errado.
– Isso mesmo Lile. É errado. Muito errado e sou seu protetor e quem deveria evitar que coisas ruins aconteçam a você.
Vendo que não conseguiria aplacar o remorso de Lipe naquele momento entendendo seus sentimentos, tentei salvar ao menos o que já tinha conseguido que era morar com ele, pois eu realmente me sentiria bem mais protegida, mas também pensando que ele poderia sucumbir de novo quando estivéssemos sozinhos.
– Tudo bem Lipe. Você tem razão, mas pelo menos não deixe de morar comigo agora que nossos pais deixaram. Antes mesmo de você propor eu estava em agonia e não sei se consigo morar sozinha.
– Está bem Lile, não vou te abandonar, mas isso nunca mais vai acontecer.
– Obrigado, obrigado Lipe. Como aconteceu até agora, vou fingir que não sinto o que sinto por você e tentar seguir minha vida, me formar e me tornar independente durante a faculdade para liberar você ter sua própria vida e não precisar mais cuidar de mim.
– Faça isso Lile, mas não para me liberar, pois queira ou não sempre cuidarei de você mesmo sendo casada e tendo sua família. Agora vou dormir. Boa noite, falou saindo do quarto.
Chorei arrasada me sentindo péssima, mas o fato de podermos continuar a viver como vivíamos era um alento, pois seria impensável não ser próxima a meu irmão como sempre fomos.
Nos dias seguintes o clima ficou um pouco estranho, mas com o passar das semanas, voltamos ao normal inclusive minha baixa autoestima por estar quase formada no colégio e ninguém, ninguém ter se mostrado interessado por mim. Não que eu fosse retribuir prestes a entrar na faculdade e pelo que sentia por Lipe, mas queria poder rejeitar os flertes para me sentir como uma garota normal.
Na verdade, nem tudo voltou ao normal, porque não fiquei sabendo de nenhum novo casinho de Lipe com as garotas do colégio, não que me animei por isso pois podia ser o mesmo motivo meu de esperar passar o fim do colégio para conhecer novas garotas na faculdade. E muitas vezes eu sucumbia à tristeza chorando sozinha em meu quarto por não poder ter meu irmão.
Como prometido, nossos pais foram conosco para a cidade de nossas faculdades e escolhemos um apartamento novinho e mobiliado para alugar para estudantes com dois quartos e um banheiro, cozinha integrada e uma pequena sala. Era perfeito para nós pois cada um poderia ter uma pequena mesa em seu quarto onde estudar. Só nos cabia passar no vestibular, mas já estávamos estudando há meses.
Tivemos uma festa de formatura no colégio e quando Lipe me viu com o vestido longo dourado que delineava meu corpinho fez um elogio maravilhoso, saindo daquela fase de fingir não me achar mais desejável como confessou só para não se comprometer.
– Meu Deus Lile. Você é linda, mas hoje está uma atriz de cinema. Esse vestido foi a escolha perfeita. Da mesma cor de seus olhos e combina com essa pele linda toda branquinha.
Ele sabia de meus sentimentos, mas não que a cada elogio que fazia à minha beleza eu me excitava e molhava minha calcinha e desta vez não foi diferente. Meus pais acompanharam o elogio e concordaram com ele, mas era o de Lipe que mais importava por ser minha paixão secreta.
No baile as brincadeiras me chamando de chaveirinho não paravam e ainda assim meu irmão me puxava para ir com ele para todo lado mostrando orgulho de como eu estava bonita. Alguns garotos que nunca trocaram mais de duas palavras comigo vieram ter uma conversa rápida, mesmo com Lipe a meu lado.
– Pena que não vamos mais nos ver no próximo ano Alice, diziam como se realmente tivessem reparado em mim naqueles anos e fossem de verdade sentir minha falta.
A cada garoto que falava algo parecido, Lipe me olhava e dava um sorrisinho como se dissesse que ele tinha razão quando afirmou que haviam garotos interessados em mim se esforçando para deixar para trás aquela madrugada.
Com nossos vestibulares o final de ano e começo de ano novo foi estressante para nós, mas quando os resultados saíram tudo valeu a pena. Não eram os cursos mais disputados, mas nós dois tínhamos entrado na Universidade Federal almejada por nós.
Uma semana antes de começar as aulas começamos a mudança. Pretendíamos voltar todos os finais de semana para a casa de nossos pais, mas ficaríamos quatro anos naquele apartamento, então levamos muita coisa. Os últimos dias antes de começar as aulas, Lipe já dormiu lá sozinho, para entender como funcionava tudo no apartamento, no condomínio e como chegar até as nossas faculdades. No domingo meus pais me levaram, almoçaram conosco e deixaram cair algumas lágrimas quando os dois filhos ficaram para trás em sua volta para casa.
A partir daquela tarde de domingo éramos somente eu e meu irmão Lipe. Fomos tão próximos a vida toda que para nós, só a ausência de nossos pais nos entristecia. Para mim, fora a ausência deles, nada poderia ser melhor morando com a pessoa que mais amava nesse mundo.