Inovação maliciosa 08 - Informantes e amantes.

Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Grupal
Contém 3398 palavras
Data: 24/07/2025 09:56:09

As persianas fechadas diminuíam a iluminação daquela sala que parecia nunca ter sido aberta. O chão e os móveis estavam levemente empoeirados, dando a entender que aquela pequena sala havia sido esquecida há meses. Apesar de mal cuidado, aquele ambiente fazia o coração de Laura acelerar sempre que entrava nele. As expectativas que aquela sala gerava para ela eram enormes, capazes de mudar sua vida e sua carreira. Mais do que isso, era lá que Marcelo fazia seus jogos sexuais, onde ela realizava suas fantasias com o gerente de produto.

— Então, você é mesmo uma vadia. Usou Aura para transar com suas amiguinhas, foi? — disse Marcelo.

— Não foi bem assim. Ana queria testar e foi nos envolvendo. Isso fez Aura ficar maluca e mandar a gente fazer coisas uma com a outra. — disse Laura, ao tirar o pau de Marcelo da boca e chupá-lo mais uma vez.

De joelhos, vestindo apenas a calcinha, Laura mamava o gerente de produto que, com as mãos na cintura e a calça aberta, olhava sorridente para a mulher que se submetia a ele.

— E nessa putariazinha que vocês fizeram, a Aura derrubou o firewall e copiou os dados de vocês para algum lugar? — Disse Marcelo, ao puxar Laura pelo cabelo e tirar o pau de sua boca.

— Isso mesmo, senhor!

— A Ana descobriu para onde foram esses dados?

— Acho que sim, senhor. Elas estão reunidas com a Sofia agra.

Laura foi levantada pelo cabelo e recebeu um beijo de Marcelo. Foi levada à mesa de madeira e lhe foi ordenado que abrisse as pernas. A ponta de um dos dedos pressionou seu grelo de leve e ela gemeu.

— Preciso que a Ana diga a você onde foram parar esses dados.

Com aquele dedo dançando com seu grelo, Laura respirava ofegante. — Você tem tanto interesse na Ana, senhor. Por que não trouxemos ela aqui para conversar?

— Acha que ela aceitaria me contar?

— Qualquer mulher dessa empresa aceitaria.

A proposta de Laura era tentadora, mas Marcelo sabia que não faria sentido. Sofia já tinha negado informações e ele sabia bem o quanto ela e Ana eram unidas.

— Existem exceções. Ana é uma delas. Preciso que você pergunte.

— E se eu trouxer outra pessoa?

— Quem?

— Beatriz Almeida. A estagiária.

Marcelo pressionou sutilmente o clitóris e Laura se contorceu.

— Eu já tive ela aqui, do mesmo jeito que você. E não me informou nada de novo.

— Dessa vez é diferente. Ela descobriu a queda do firewall. Estava fazendo o teste com a gente e está agora na reunião com Ana e Sofia. Eu trago ela aqui e ela nos conta o que se falou por lá. Além disso, ela me confidenciou que você comeu ela bem gostoso. Duvido que ela vá te negar informações. — disse, com um sorriso.

— Pode ser. Do jeito que ela é, vai querer algo em troca.

— Põe ela para trabalhar comigo, na minha sala.

— Essa sala é para você trabalhar para mim, não para vocês ficarem namorando.

— Nós vamos trabalhar por você. Prometo! Além disso, vai ter nós duas disponíveis na hora que quiser.

Marcelo abriu um sorriso, acelerou os movimentos do dedo e os gemidos de Laura aceleraram até chegar perto do ápice. Foi quando ele parou.

— Leva-a para a minha sala e então a gente continua. Terei uma reunião longa agora, então vocês podem chegar no fim da tarde.

Com as pernas abertas e um desejo enorme para gozar, Laura assistiu Marcelo terminar de se vestir e ir embora. Estava frustrada, mas a ideia de levar Beatriz a participar daquilo a deixou menos contrariada. Laura procurou pela amiga e marcou de almoçarem juntas.

— E aí, como foi a reunião? — Perguntou Laura.

— Foi estranha, mas no final a Sofia entendeu. Ela até me agradeceu!

— Que legal! Agora eu preciso que você me faça um favor e vá numa reunião comigo com o Marcelo.

Ouvir o nome do Marcelo fez Beatriz franzir o cenho.

— Por que o Marcelo?

— Ele também está investigando o que está acontecendo.

— Por que ele não pergunta a Sofia direto?

— Ele precisa saber o que está acontecendo porque precisa lançar o projeto no próximo trimestre. Como a Sofia não conta nada, ele precisa saber das coisas por outros meios para não ser pego de surpresa por um atraso ou coisa assim.

— Por que a Sofia não conta?

— Não sei e nem me interessa. Só sei que tem uma oportunidade de ganhar um cargo novo se ajudar o Marcelo e não vou decepcioná-lo.

— Não sei, Laura. Eu já tentei levar informações para o Marcelo e ele me dispensou sem me dar nada.

— Você me disse que ele te comeu gostoso na sala dele. Então, você não ficou sem nada.

Beatriz riu. — Pelo menos isso, não é?

Laura acompanhou o riso. — Então, você vem comigo?

— Não sei. Ainda acho estranho ter que ajudá-lo.

O riso de Laura se desmanchou, em uma expressão fechada. — Sabe o que é estranho? Você ir à reunião da Ana e não na minha. Já vi que gosta mais dela.

— Não fala assim, Laura…

— Você ganhou alguma coisa ajudando a Ana? Eu consegui com o Marcelo uma transferência para você.

— Sério?

— Sim. Eu vou ganhar uma sala ao lado da dele e você vai trabalhar nela comigo. Ou ia, já que não quer vir comigo…

Laura se ajeitou para se levantar, mas Beatriz segurou sua mão. Laura era apenas uma conhecida a quem ela queria fazer apenas algumas perguntas. O fetiche no gerente de produto foi um ponto de convergência das duas, que ficaram mais próximas quando foram envolvidas no teste de Aura. Perceber Laura com ciúmes fez Beatriz sentir que sua relação com aquela mulher já havia evoluído.

— Não vá assim. É que o Marcelo não me deu motivos para confiar nele.

— Entendo. — Laura se ajeitou na cadeira e segurou as mãos de Beatriz, olhando-a nos olhos. — Olha, você sabe bem o que é descobrir coisas importantes e ser ignorada depois. A Sofia te agradeceu? Ótimo, mas é o mínimo que ela poderia fazer. Eu estou te oferecendo que deixe de ser estagiária e seja realmente recompensada pelo seu esforço. Então, eu te pergunto: você confia em mim?

Beatriz olhou nos olhos de Laura, carregados de confiança. Sua amiga tinha total certeza do que dizia, mas, no fundo, ela se perguntava se Laura seria realmente promovida como fora prometido. Havia dúvidas, mas, no fundo, não conseguia dizer não para ela.

— Sim.

— Então, eu vou cuidar de você. Às 16 h, eu te encontro e vamos para a sala dele. Você conta tudo o que descobriu, nos divertimos com ele e depois ganhamos nossas promoções. — disse Laura, abrindo um sorriso lascivo.

Beatriz retribuiu o sorriso. — Tudo bem. Eu vou com você.

Horas depois. Laura e Beatriz esperavam em um sofá na sala de Marcelo. Ambas permaneciam sentadas lado a lado, de mãos dadas.

— Você falou de uma sala nova. Quando você vai assumir?

— O Marcelo me disse que está esperando a burocracia do RH, mas que em alguns dias eu já vou poder me mudar. Não se preocupe, vou deixar bem claro para ele que, se você não vier comigo, eu não assumo e ele vai perder as duas informantes preciosas dele.

Beatriz sorriu. Apesar de Marcelo não ser confiável, Laura lhe transmitia confiança. As duas permaneciam juntas, quase abraçadas, enquanto esperavam por Marcelo. A voz do gerente de produto pode ser ouvida do corredor, perguntando às secretárias se elas estariam por lá. O pedido para que ele não fosse interrompido foi dado enquanto ainda atravessava a porta.

— Então, quer dizer que minhas meninas têm novidades para me contar? — disse Marcelo, com um sorriso charmoso. As mãos na cintura abriam o blazer, ressaltando o peito estufado. O olhar malicioso fazia Beatriz se sentir objeto de desejo dele, o que a excitava. O gerente de produto causava impacto nas mulheres, seja na sua voz, postura corporal ou mesmo o jeito de se mostrar capaz de fazer qualquer coisa acontecer. Ouvir “minhas meninas” daquele homem já fazia Beatriz se derreter, deixando escoar toda a sua desconfiança. O fato de ter Laura ao seu lado só apimentou mais aquele cenário.

Laura levantou-se e puxou Beatriz pelo braço, conduzindo-a até próximo a Marcelo. — trouxe ela como prometido. Você vai nos dar o que prometeu?

— Claro, a salinha do lado será de vocês duas, minhas meninas.

Beatriz e Laura se olharam e sorriram com cumplicidade entre si.

— Beatriz, já que vai trabalhar com a gente, é melhor compreender a dinâmica do trabalho. Não é, Laura? — disse ele, voltando a atenção para a loira enquanto abria os braços.

— Sim, senhor! — respondeu Laura para em seguida retirar o blazer dele.

Marcelo olhou para Beatriz — Querida, me ajude com a gravata.

— Sim, senhor — respondeu Beatriz, se aproximando de Marcelo. Nervosa, na tentativa de tirá-la, apertou mais o nó, quase enforcando Marcelo.

— Calma, querida — disse ele, ao acariciar o rosto dela. Laura permanecia parada, olhando os dois. — Não precisa se afobar. Você quer me ver sem essa camisa, não é?

— Sim, senhor.

— Então, desfaça o nó com cuidado — disse Marcelo, ao guiar as mãos de Beatriz para desatar o nó. O coração da estagiária acelerou, ao sentir-se tocada.

Com a ajuda de Marcelo, a gravata foi retirada e o gerente voltou a atenção para Laura. — Camisa!

Laura se aproximou e começou a desabotoar. Beatriz começou a abrir os botões da outra extremidade. As duas riam como se estivessem fazendo uma travessura em conjunto. Com a camisa aberta, Beatriz a tirou, deixando o peito de Marcelo nu. Laura o alisou e lambeu o seu mamilo, arrancando dele um gemido. Beatriz a imitou. Os beijos e lambidas de ambas subiram pelo corpo dele até alcançarem o pescoço, fazendo Marcelo mudar o ritmo de sua respiração.

Com um gesto sutil, ele as segurou suavemente pelo pescoço, as afastando dele. Deu um beijo lascivo em Laura, como se estivesse a exibindo para Beatriz. A estagiária ficou esperando sua vez, mas apenas assistiu Laura ser colocada de joelhos e abrir a calça dele, sem que nenhuma ordem fosse dada.

— Então, Beatriz, me diga. O que vocês discutiram na reunião de hoje?

Beatriz tentava olhar para Marcelo, mas se distraía com Laura chupando o pau dele.

— Você quer chupar o meu pau, não quer?

— Sim, senhor!

— Então responda às minhas perguntas, que eu deixo você brincar.

Beatriz mordeu os lábios — Então, a gente relatou o teste que fizemos com Aura…

— Sim, as três putinhas e a IA. Eu já sei.

Nervosa, Beatriz se lembrou da última vez em que tentou barganhar com Marcelo, sem ter nada novo a apresentar.

— Então, no teste que fizemos, nós confirmamos a queda do firewall. Além disso, um volume grande de dados era copiado.

Marcelo tentava controlar a respiração, apesar de os lábios macios de Laura acariciarem o seu pau. — Isso é o padrão da Aura, ela copia dados para um servidor onde ela cria a tal consciência coletiva da empresa.

Laura chupava Marcelo com movimentos mais lentos. Se divertia tentando atrapalhá-lo na sua conversa, ao mesmo tempo, em que dava mais espaço para Beatriz falar.

Beatriz, entretanto, olhava a amiga com aquele pau na boca e se imaginava no lugar dela. — É o que Ana pensava, mas ela monitorou tudo no nosso teste e viu os dados irem para outro lugar. Não era parte dos nossos servidores, pelo menos não era uma parte conhecida.

A informação nova fez Marcelo arregalar os olhos e franzir o cenho, ignorando temporariamente o toque gostoso da língua de Laura em seu pau. Pegou o celular do bolso e começou a digitar apressado — preciso informar o meu time de segurança. Tem mais alguma coisa?

— Bom, isso é efeito de um erro que eu já tinha descoberto quando participei dos testes. De alguma forma, ele foi modificado para roubar dados íntimos dos usuários, já que Aura reconhece as fantasias sexuais dos usuários. Devem ter usado a falha de segurança dela para roubar o tal projeto.

Terminando de digitar, Marcelo abriu um sorriso malicioso e fez Beatriz se ajoelhar junto a Laura. — Parabéns, minha querida. Aqui está o seu prêmio.

— E a nossa sala? — Perguntou Laura ao tirar o pau da boca.

— Parte do prêmio. Vou transferir vocês duas para o meu setor e vão assumir a sala ao lado. Vão me obedecer em tudo, não é?

— Sim, senhor! Disseram as duas, uníssonas.

Laura ofertou o falo a Beatriz, que passou a chupá-lo sozinha. Abaixou mais a calça dele. Passou a lamber a coxa torneada daquele homem até encontrar o saco. Enfiou uma das bolas na boca e sentiu Marcelo gamer. As pernas dele começaram a tremer e, quando tirou a boca para olhar, o rosto de Beatriz estava melado de porra. A estagiária expressava um misto de susto com alegria com aquela situação. Laura olhou Marcelo e o viu recuperando o fôlego. Maliciosa, ela sorriu e lambeu o sêmen do rosto de Beatriz, provocando-o. As duas se beijaram na boca, com o gosto de Marcelo em suas línguas.

— Bom saber que meu time já está entrosado. Vou deixar vocês conversando, pois eu tenho que ir. Já sabem que podem usar o banheiro.

Marcelo se foi, deixando Laura um tanto frustrada. Era a segunda vez naquele dia em que ele se negava a consumar o ato com ela, deixando-a desejosa. Ficou pensando se merecia àquilo, uma vez que cumpriu todas as instalações dele. Ao olhar para o lado, viu Beatriz se divertir ao tirar o resto do sêmen dele com os dedos do rosto e levar à boca. Ver sua amiga feliz aliviou sua frustração.

Laura levantou Beatriz e as duas foram de mãos dadas para o espaçoso banheiro privativo. Havia um box, grande o bastante para as duas tomarem banho juntas. Laura ligou o chuveiro, assustada com a água gelada caindo sobre seu corpo. Beatriz a abraçou por trás, aquecendo suas costas. O sabonete em mãos, a estagiária ensaboou Laura, alisando todo o seu corpo enquanto distribuía beijos.

— E aí, você gostou? — Perguntou Laura, segurando as mãos de Beatriz que passeavam em seu corpo.

— Adorei. Aquele homem mexe comigo. Foi tão gostoso sentir aquele pau todo na minha boca. Foi uma delícia ele gozar na minha cara. Só queria que ele tivesse me comido antes de sair.

— É. Gostei também. Mas também fiquei na vontade. Aliás, eu tive outra reunião com ele de manhã e estou o dia inteiro esperando ele me fazer gozar.

Beatriz beijou Laura no pescoço. — Você não precisa dele para isso.

Laura se virou e viu a estagiária se abaixar na sua frente. Colocou a coxa sobre o ombro dela e, no toque mais sutil da língua em sua boceta, se contorceu.

— Que delícia que vai ser trabalhar na mesma sala que você. — Disse Laura, entre gemidos.

— Eu vou te chupar todo dia. Nunca vai ficar sem gozar comigo.

Os gemidos de Laura reverberavam nos azulejos do banheiro. Ela se contorcia e rebolava, esfregando a boceta o quanto podia na boca de Beatriz. A estagiária, ajoelhada, investigava sua intimidade com a língua, procurando seus gemidos mais intensos enquanto apertava as coxas com desejo. Laura esticou os braços para se apoiar nas duas paredes laterais ao perder a força de suas pernas. Seu gemido se descontrolou no orgasmo intenso do beijo profundo de Beatriz.

A estagiária se levantou com cuidado para não deixar Laura se desequilibrar. A abraçou e deu-lhe um beijo carinhoso na boca, que logo virou um beijo intenso, lascivo.

— Obrigada, meu amor. Eu estava precisando — disse Laura, com um sorriso que não lhe cabia no rosto.

— Não agradeça. Amo ver você gozando. — respondeu Beatriz ao retribuir os beijos.

As duas se mantinham abraçadas, em uma troca de beijos intensa. As coxas esfregavam entre si e as mãos apertavam o corpo uma da outra com frequência. Um sorriso malicioso brotou no rosto de Laura, que num instante virou Beatriz contra a parede.

Os primeiros beijos na nuca deixaram Beatriz arrepiada, enquanto lábios e línguas tocavam suavemente a pele em sua coluna, seus gemidos continuavam manhosos. Aos sentir as mãos gulosas em seu bumbum, se empinou. Suas nádegas foram abertas e um delicioso e úmido toque de língua circundou suas pregas.

— Ai, Laura. Você também? — perguntou Beatriz, arrepiada.

— Você gemeu tão gostoso com a Ana. Eu quero esse gemido para mim também. — Laura abriu mais o bumbum — posso beijar mais?

— No meu cuzinho? Ele é todo seu, meu amor!

Nos primeiros toques, Beatriz gemeu. Se curvou mais, empinando o quadril em um gesto de oferecimento.

— Quero beijar o seu cu melhor do que a Ana — brincou Laura.

Beatriz riu. Abriu um pouco as pernas e levou os dedos ao clitóris. — Assim, Laura, continua… Mais devagar… com a pontinha da língua agora… isso! Isso! Agora enfia…

Os dedos de Beatriz aceleravam à medida que a língua de Laura se tornava mais prazerosa. A mão livre foi levada para trás e segurou-a pelos cabelos, puxando para dentro da sua bunda. Beatriz berrou, gozando enquanto era chupada no cu. Sentindo o prazer dela, Laura agarrou as coxas e continuou os movimentos da língua, até que Beatriz a puxasse para se levantar.

— Meu amor, seu beijo foi incrível — disse Beatriz, antes de beijar Laura.

Satisfeitas, as duas terminaram o banho. Brincaram de uma enxugar a outra e se vestiram. O expediente ainda não havia acabado e elas voltariam para os seus postos para fazer o que restaria de suas tarefas.

Beatriz, por outro lado, estava inquieta. Ela sempre se derretia por Marcelo, mas a entrega a Laura no banheiro a fez pensar na amiga com maior cuidado. Apesar de ele finalmente dizer que vai recompensá-la pela informação, ele as abandonou assim que gozou. Lembrar aquilo a fez se sentir descartável a ponto de se perguntar se aquelas promessas seriam cumpridas.

Ela podia estar segura de que receberia uma nova sala e um cargo novo, de acordo com sua ambição, mas tudo aquilo ainda soava estranho. Era estranho os setores de produto e desenvolvimento não se conversarem, principalmente se considerar o sumiço de um projeto importantíssimo. Para ela, não fazia sentido Sofia não compartilhar informações, mas era pior ainda Marcelo sempre agir pelas sombras. O sexo com ele era gostoso, de fato, mas as circunstâncias eram suspeitas.

Tomada pela sua habitual curiosidade, foi até o setor de RH procurar saber se havia algum processo de transferência de Laura Campos para outro setor. Não havia nada. Assim, ela procurou Ana Clara e a pediu para levá-la a Sofia. Disse ser urgente e Ana interrompeu seu trabalho com Rafael para levá-la até a gerente de desenvolvimento. Sofia estava em sua sala, com uma expressão séria, enquanto olhava a tela do computador. Não tinha aquele olhar frio e analítico que todos comentavam. Era severo, como se estivesse pronto para explodir. Beatriz relatou tudo que omitira na reunião. Falou do interesse de Marcelo na investigação, inclusive sobre os encontros sexuais com ela e Laura e a promessa mentirosa de promoção. Ana ouviu tudo, impressionada.

— Meu Deus, isso é muito sério! Por que ele faria isso tudo para saber de uma investigação sigilosa? — perguntou Ana.

— Quando alguém interfere numa investigação, tem a intenção de que ela não se resolva. — disse Sofia. — Ana, marque uma reunião amanhã cedo. Quero a presença do Marcelo, Rafael, Laura e vocês duas.

— Tudo bem, mas eles vão aceitar a reunião de emergência?

— Chame a diretoria para participação remota. Quero ver alguém ter coragem de faltar.

Beatriz se sentia culpada. Ao mesmo tempo, o olhar furioso de Sofia a despertava medo. Apesar disso, não queria mais agir errado.

— Sofia, eu queria te pedir desculpas. Eu devia ter te contado sobre o Marcelo antes.

— Não se desculpe, Beatriz. Quando um homem como Marcelo faz o que fez, as reações naturais são as mesmas. Você foi vítima.

Beatriz sentiu-se aliviada com a resposta, apesar de ainda estar amedrontada com o tom de voz rígido de Sofia. Ana, mais acostumada com o humor da amiga, digitava tranquilamente no seu celular. — Sofia, já mandei os convites, inclusive para os diretores. Quer que eu faça alguma coisa?

— Não, Ana, pode ir para casa. Muito obrigada!

— Você não vai para casa, agora?

— Não, querida. Eu tenho muito trabalho para fazer.

As duas saíram e deixaram Sofia sozinha em sua sala. Beatriz comentou com Ana o desejo em ajudá-la em qualquer coisa que estivesse fazendo, mas ouviu que não deveria. — Quando a Sofia está assim, é melhor deixá-la sozinha. Se preocupe apenas em estar amanhã na reunião, pois ela promete!

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 339Seguidores: 329Seguindo: 122Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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A história foi para um lado um pouco diferente do que eu imaginava.

Vamos aguardar a reunião, promete mesmo!

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Ryu, obrigado pelo comentário. Espero que até o fim da história (próximo capítulo) essa subversão de expectativas seja positiva.

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