Jonathan tentou desconversar, mas Eva foi incisiva.
— O que disse, Jonathan? — Ela segurou firmemente em seu braço. — O que Eric fez de propósito?
O rapaz bufou, sentando-se em uma cadeira.
— Uma semana atrás, quando eu perguntei a ele se eu poderia me hospedar aqui, ele confirmou. Só que, fora de contexto, ele me enviou algumas fotos suas em poses... — Ele pensou antes de continuar: — ...comprometedoras. Logo depois ele as apagou da conversa, mas não rápido o suficiente para que eu não visse. Depois, não tocou mais no assunto, mas não me pareceu um acidente.
Eva se sentou, levando a mão à cabeça e lembrando de uma breve frase que Melissa havia dito sobre experiências extraconjugais. Na quarta-feira, havia passado despercebida, mas naquele momento que voltava a pensar nela, talvez Melissa estivesse certa sobre aquilo também. “Quem sabe o próprio Eric não goste da ideia”.
— Acha que meu marido está me oferecendo para você? — Ela perguntou, irritada.
— Não foi o que quis dizer — Ele tentou se justificar. — Só que, parando para pensar, por que mais ele me ofereceria hospedagem bem no momento que seu trabalho está mais atribulado? Não acha que ele pode estar querendo despertar algum fetiche novo entre vocês?
Eva se levantou e começou a caminhar de um lado para o outro, aflita.
— Não, não, não. — Ela parecia confusa. — O Eric é muito certinho. Eu ofereci o meu cu para ele e ele não quis. — Ela percebeu, tarde demais, que havia externado aquilo em voz alta, tornando-se, instantaneamente, vermelha como um tomate.
— O quê? — perguntou Jonathan, assustado, mas ostentando um sorriso bobo.
— O quê? Eu não disse nada. — Eva desviou o olhar.
Jonathan se aproximou, sorrindo um sorriso malicioso que deixava Eva completamente desconcertada.
O rapaz esticou o braço e a envolveu pela cintura, puxando o corpo dela contra o seu. Eva, pega inadvertidamente, gemeu com o toque do rapaz, por um momento, perdendo o foco e pousando sua mão sobre o peito dele. Com um movimento hábil, Jonathan a virou de costas e a apertou contra si. Eva, de maneira involuntária e tomada por um sentimento de luxúria incontrolável, moveu seu quadril, esfregando a bunda na ereção de Jonathan. Ele a afastou brevemente, levando a mão por baixo de sua camisola, entre as suas pernas, encharcando o dedo médio ao introduzi-lo até a falange em sua vagina, arrancando de Eva um gemido lânguido e longo enquanto o movia para dentro e para fora, lentamente.
— Ahn! Isso. Por favor, Jonathan. — Ela deixou as palavras escorregarem de sua boca, desprovida de controle sobre si mesma.
Ele tirou o dedo de sua vagina e cruzou seu períneo, lambuzando-o completamente. Contornou, então, seu ânus em um desenho circular e parou-se por ali por um momento. Eva sentia-se completamente entregue. Ela sentiu o grosso dedo de Jonathan a explorar o seu orifício e tudo que conseguiu fazer foi empinar seu quadril em resposta.
Ela prendeu a respiração quando sentiu a ponta grossa do dedo de Jonathan invadi-la devagar. Ele introduziu o dedo médio até a metade antes de fazer o seu caminho de volta. E foi quando ele tornou a invadi-la, que Eva soltou todo o ar de seus pulmões em um gemido repleto de desejos contidos.
Quando Jonathan puxou seu dedo para fora, Eva, instintivamente, tentou acompanhar sua mão, como se seu corpo implorasse por mais. Os olhos azuis suplicantes fitavam Jonathan, que a observava, divertido com suas reações.
Jonathan voltou a enterrar seu dedo até a base, momento em que Eva levou a mão, de maneira instintiva até o membro viril do rapaz, por sobre a bermuda. Ela o envolveu com seus dedos, gozando do calor que ele emitia e movendo seu quadril em um rebolado devasso, repleto de desejo.
Jonathan gemeu quando Eva apertou seu pênis com força, movida por um espasmo.
— Aaaahn! Por favor, Jonathan. — Eva cravou os dentes em seu peito nu, sentindo uma onda de prazer inundar o seu corpo.
— Quer mesmo que eu pare? — Ele perguntou num sussurro, aproximando seus lábios dos dela. — Se disser que sim, eu te deixo em paz.
— Para, por favor — Ela implorou, mas sem tirar seus olhos dos de Jonathan, desejando que os lábios do rapaz invadissem os seus.
Jonathan tirou o dedo de dentro de Eva, causando-a uma sensação repentina de vazio e arrependimento. Queria implorá-lo para que colocasse de volta e a fizesse mulher. Queria se entregar para ele, mas sentia-se confusa.
“Me foda de todas as maneiras que quiser. Eu quero ser sua, apenas me use”, pensou, mas conseguiu se segurar.
O rapaz se afastou, desapontado. Com as pernas transformadas em gelatina por conta do orgasmo o qual havia atingido, Eva se deixou desabar de joelhos no chão enquanto seu corpo convulsionava em pequenos espasmos. Seus cabelos estavam em completo desalinho e sua face mostrava exaustão.
— Me perdoe — desculpou-se Jonathan. — Nesse caso, acho melhor eu partir pela manhã. Não quero ser um problema.
Eva o olhou se afastar.
“Me dê algum tempo para alinhar minhas ideias. Não vá”, quis dizer, mas as palavras não deixaram sua garganta, então, apenas permaneceu ali até que ouviu a porta do quarto do rapaz se fechar.
Eva se deitou na cama, exausta. Sentia-se mal por ter levado Jonathan ao limite e atravessado um ponto do caminho a partir do qual não havia mais volta. Sentia-se presa no meio de uma ponte de cordas, incapaz de chegar ao seu destino e ainda mais incapaz de voltar à segurança do lugar onde estivera por toda a sua vida. “Maldita seja, Melissa. Você e suas ideias”.
A revelação de Jonathan também agia como uma pequena agulha a lhe espetar um cantinho específico de sua mente.
“Eric não seria capaz de enviar fotos minhas de propósito”, pensou. “Ou seria?”.
O marido sempre havia sido muito fechado sobre seus próprios fetiches, dando mais importância aos dela. Ainda que não tanta importância quando ela gostaria.
— Não, não, não! Ele não é assim! Ele não planejaria isso pelas minhas costas — disse a si mesma, abafando a voz no travesseiro.
Um longo tempo se passou e, apesar da exaustão, Eva não conseguia dormir. Ela checou no celular, constatando ter passado das três da manhã. Quando parava de pensar em Eric, Jonathan invadia seus pensamentos com todos os seus toques e dedos. Lembrava do calor de seu corpo e fantasiava como teria gostado de ser possuída por ele.
“Ele é tão quente e duro. Será que ainda está acordado?”.
Eva abriu o aplicativo de mensagens e correu a barra de rolagem até chegar ao número de Jonathan. Segundo seu status, a última vez que havia checado o celular era uma hora atrás.
“Ainda está acordado?”.
Ela digitou. Ficou, no entanto, encarando o botão de envio por um longo tempo, ponderando se deveria ou não encaminhar a mensagem.
Apagou e reescreveu o texto cinco vezes antes de tomar a coragem necessária para tal. Enviou-a e esperou por alguns momentos. Uns poucos segundos depois, o status de Jonathan mudou para online e então, para digitando. Eva esperou por um longo tempo, sentindo as palmas de suas mãos suarem por conta da ansiedade. O status mudou de digitando para on-line e novamente para digitando por várias vezes, indicando que ele deveria estar digitando e apagando a mensagem, ponderando que resposta daria.
“Sim”.
“Não consigo dormir”.
“Estou ferrado amanhã”.
“KKK”.
Ele enviava uma mensagem após a outra, indicando que deveria estar ansioso. Eva digitou uma mensagem e novamente ponderou se deveria ou não enviar. Por fim, enviou, estremecendo. Seu estômago dava voltas e sua respiração começava a ficar ofegante.
“Vem aqui”.
O status de Jonathan mudou de on-line para o off-line, e durante alguns minutos, Eva esperou pela resposta que não vinha.
E foi então que a porta se abriu e o coração de Eva deu um pulo.
Jonathan se aproximou da cama devagar. O corpo inteiro de Eva já tremia por conta da ansiedade que a assolava.
— Precisa de algo? — Ele perguntou de maneira gentil.
“Mais gentil do que eu mereceria, depois de como o deixei frustrado” pensou Eva.
— Quer se deitar aqui comigo? — Eva estava deitada de barriga para cima. Ela vestia nada além de sua calcinha, mas Jonathan mal podia vê-la, pois a única luz que iluminava o local entrava pela porta e provinha, provavelmente, do quarto de visitas, no fim do corredor.
— Tem certeza disso? — Ele perguntou. — Não vai apenas me provocar dessa vez?
— Apenas, feche a porta — Ela ronronou. — E acenda a luz. Quero olhar para você.
Ele obedeceu, voltando até lá para fechar a porta. Quando voltou até a cabeceira da cama, onde ficava o interruptor, Jonathan sentiu a pequena e delicada mão de Eva a acariciar sua coxa. Seu sexo já estava completamente ereto por conta de toda a brincadeira de antes.
As mãozinhas de Eva apalparam as coxas de Jonathan até que fosse possível perceber que ele vestia nada além da fina bermuda que havia vestido mais cedo. Ela subiu suas mãos através das largas aberturas por onde passavam as pernas, alcançando os testículos de Jonathan, os quais se pôs a massagear, de maneira suave, com ambas as mãos. Ele suspirou de maneira involuntária, talvez incrédulo com o que finalmente estava para acontecer.
— Pobrezinho — disse ela, usando sua voz mais sedutora. — Olha só como deixei você.
Quando Jonathan acendeu as luzes, Eva já aproximava o rosto de seu pênis, encarando-o de maneira faminta. Ela esticou e ergueu uma das pernas da bermuda, revelando os testículos pesados do rapaz, então, abriu a boca e pôs a língua para fora. Jonathan gemeu quando Eva abocanhou um de seus testículos e passou a massageá-lo com a língua, chupando-o com cuidado, apenas imaginando o quão sensível e dolorido ele poderia estar.
Com a mão que invadia a outra perna da bermuda, Eva segurou o mastro, que parecia ferver em sua mão e, cuidadosamente, passou a fazer movimentos verticais para cima e para baixo, masturbando-o. Eva, vez ou outra, checava o rosto de Jonathan, exagerando um semblante submisso.
O rapaz levou a mão até a nuca de Eva enfiou os dedos por entre os seus cabelos.
— O que te fez mudar de ideia? — perguntou ele.
Eva afastou o rosto, deixando o testículo de Jonathan escorregar para fora de sua boca com um som molhado.
— Eu não podia deixar você dessa maneira — disse ela, levando as duas mãos ao elástico da bermuda de Jonathan e puxando-a para baixo. — E eu não parava de pensar em você.
O pênis de Jonathan pulou para fora da bermuda, duro como um tronco. Eva o observou por um momento, contemplando-o, boquiaberta. Então, segurou-o com as duas mãos e puxou o prepúcio para baixo, revelando uma glande brilhante e lubrificada.
Eva aproximou a boca da ponta do membro de Jonathan e o deixou sentir ali o seu hálito morno, de maneira provocante. Ela se demorou, encarando e brincando com as mãos em movimentos lentos de vai-e-vem ensaiando movimentos com a língua.
— Parece delicioso — Ela disse, olhando para o alto, diretamente em seus olhos. Um fio de saliva escorria pelo canto de sua boca.
Os dedos de Jonathan seguraram firmemente os cabelos da nuca de Eva, puxando-os com força para trás, fazendo Eva gemer, surpresa.
— Pare de me provocar — disse ele, deixando toda a gentileza de antes de lado e mostrando a Eva um olhar ameaçador.