O ar na sala de jantar de Marlon e Carlos era caro. Não apenas pela garrafa de Barolo que respirava sobre a mesa de jacarandá ou pelo aroma discreto de lírios brancos vindos do aparador. O ar era caro porque cada metro quadrado daquele apartamento de cobertura fora comprado com o sucesso de Carlos no mercado financeiro, um sucesso que permitia a Marlon ser exatamente o que ele era: a obra de arte da casa. Aos 33 anos, Marlon era esculpido. Não apenas pela genética, mas pelas horas dedicadas na academia, pelo personal trainer, pelo nutricionista. Ele era a prova viva do bom gosto e do poder de seu marido, um troféu reluzente e satisfeito.
E ele amava Carlos. Amava a segurança, a inteligência afiada, a forma como Carlos o olhava, não como uma posse, mas como um milagre particular. Eram um casal perfeito, a inveja discreta de seu círculo social.
Esta noite, a perfeição estava sendo testada.
Do outro lado da mesa, Robson ria de algo que Clara, irmã de Carlos, dizia. E o som daquela risada era um problema. Não era uma risada contida, social. Era um som grave, que vinha do peito, desarmado e fodidamente magnético. Robson era o novo namorado de Clara, e sua presença parecia grande demais para o ambiente orquestrado. Alto, com ombros que o terno de corte moderno lutava para conter, ele tinha um calor que irradiava, uma energia bruta que o dinheiro de Carlos não podia comprar.
"Ele é maravilhoso, não é?", Clara disse, os olhos brilhando de adoração, a mão repousando no braço de Robson. "Finalmente achei um homem de verdade."
"Ele certamente parece", disse Carlos, erguendo a taça num brinde cordial, um sorriso polido no rosto.
Marlon apenas assentiu, um sorriso igualmente polido colado aos lábios. Mas por baixo da toalha de linho egípcio, uma guerra silenciosa estava sendo travada. A perna de Robson, musculosa e quente através do tecido da calça, roçou na sua. Um toque rápido. Um acidente. Poderia ser um acidente. Marlon se ajeitou na cadeira, o coração dando um salto surdo no peito. O cheiro dele, uma mistura de um perfume amadeirado e algo mais básico, mais... pele, parecia atravessar a mesa.
A conversa fluía, leve como a espuma do champanhe que haviam tomado mais cedo. Trabalho, a última viagem de Clara, os planos para o feriado. Tudo um ruído branco na mente de Marlon. Ele sentia os olhos de Robson sobre si, mesmo quando ele falava com Carlos. Eram olhares rápidos, quase imperceptíveis, mas carregados de uma intensidade que o desnudava.
Então, a perna voltou. Desta vez, não foi um roçar. Foi uma pressão firme, intencional. A lateral da coxa de Robson contra a sua, uma declaração silenciosa que gritava por cima da conversa educada. Marlon sentiu o sangue correr para o rosto e para o pau, que começava a despertar de sua letargia confortável dentro da calça de grife. Ele não se moveu. Não retirou a perna. Apenas ficou ali, paralisado, sentindo o calor daquele contato proibido queimar sua pele. Era o cunhado de seu marido. O namorado da irmã de seu marido. E ele estava flertando descaradamente, perigosamente, debaixo do nariz de todos.
"Marlon, querido, pode me passar o vinho?", a voz de Carlos o tirou do transe.
"Claro, meu bem."
Marlon se inclinou para pegar a garrafa. No movimento, sua mão e a de Robson se encontraram sobre a mesa, ambas buscando o mesmo objeto. A mão dele era grande, os nós dos dedos grossos, a palma levemente áspera. Envolveu a de Marlon por um segundo que se esticou numa eternidade. Os olhos se cruzaram sobre a mesa. O sorriso de Robson era mínimo, quase um fantasma nos lábios, mas seus olhos, de um castanho escuro e profundo, diziam tudo. Diziam: Eu sei. Eu quero. E você também quer.
A corrente elétrica foi tão forte que Marlon quase derrubou a garrafa. Ele serviu o vinho com a mão trêmula, o líquido tinto parecendo sangue na taça de cristal. O resto do jantar passou como um borrão. Cada risada de Robson, cada toque dele em Clara, era uma facada de ciúme e desejo em Marlon. Um desejo sujo, violento, que ele não sentia há anos. Um desejo que o fazia se sentir vivo e aterrorizado.
Quando finalmente se despediram na porta, o aperto de mão de Robson foi firme. Ele segurou a mão de Marlon por um instante a mais, o polegar roçando o interior de seu pulso.
"Foi um prazer te conhecer, Marlon." A voz era um veludo rouco.
"Igualmente, Robson."
Marlon fechou a porta e se encostou nela, o coração batendo descontrolado. Carlos já estava na sala, afrouxando a gravata.
"Parece um bom sujeito, esse Robson. Faz minha irmã feliz", disse Carlos, alheio à tempestade que se formava dentro de seu marido.
Marlon apenas sorriu. "Sim. Um bom sujeito." Mas em sua mente, a palavra que ecoava era outra. Perigo.
A noite seguinte foi diferente. A tensão do jantar ainda vibrava sob a pele de Marlon. Ele e Carlos voltaram da academia tarde, os corpos cobertos por uma camada de suor, cheirando a esforço e testosterona. Era um ritual deles. Treinar juntos, exaurir os músculos, voltar para casa e foder como se a vida dependesse disso. Mas hoje, algo estava fora do lugar.
No quarto, enquanto se despiam sob a luz baixa do abajur, o silêncio era pesado. Marlon tirou a regata encharcada, os músculos do abdômen e do peito definidos, brilhando. Ele sentia o olhar de Carlos sobre si, mas não era o olhar de admiração de sempre. Havia algo mais, uma perscrutação, uma profundidade que o deixava inquieto.
"Você estava distraído hoje", Carlos disse, a voz calma, mas cortante. Ele estava parado perto da janela, apenas de cueca, o corpo mais maduro, forte, com pelos escuros no peito que Marlon adorava.
"Só cansado, eu acho." Uma mentira fraca.
Carlos deu um passo à frente. "Não. Não era cansaço. Era outra coisa." Ele se aproximou mais, parando a centímetros de Marlon. O cheiro dos dois, suor e desejo, se misturava no ar. "Eu vejo como você olha para outros homens, meu amor. Na academia, na rua. Eu vejo o desejo em seus olhos quando um cara que te interessa passa. E isso não me machuca."
O mundo de Marlon parou. Ele esperava uma briga, uma acusação. Não aquilo. Ele abriu a boca para negar, para se defender, mas Carlos colocou um dedo sobre seus lábios.
"Shhh. Não minta pra mim. Nunca." Os olhos de Carlos eram sérios, quase suplicantes. "Eu te amo mais do que você pode imaginar, Marlon. Eu te amo tanto que a sua perfeição, às vezes, parece que vai me sufocar. E eu sei que existe uma fome aí dentro. Uma fome que eu... talvez não consiga saciar."
Marlon estava atônito, sem palavras. O que era aquilo? Onde essa conversa ia dar?
Carlos se aproximou ainda mais, o corpo dele pressionando o de Marlon. A voz dele baixou para um sussurro rouco, carregado de uma emoção crua, quase vergonhosa. "Na verdade... isso me excita pra caralho."
A confissão caiu no silêncio do quarto como uma bomba. Marlon sentiu um arrepio percorrer sua espinha, uma mistura de choque e um calor elétrico que começou a se espalhar por suas veias.
"O quê?", ele conseguiu sussurrar.
"Saber que outro homem te olha", continuou Carlos, a voz tremendo um pouco. "Imaginar outro cara te querendo, te cobiçando. É a minha maior fantasia. O meu segredo mais sujo." Ele enterrou o rosto no pescoço de Marlon, a respiração quente contra a pele suada. "Eu te amo tanto que minha maior fantasia é saber que outro homem te desejou, te usou. Que te possuiu de um jeito que eu não posso."
Ele se afastou um pouco para olhar nos olhos de Marlon, e o que Marlon viu ali não era raiva ou ressentimento. Era um desejo febril, uma vulnerabilidade avassaladora.
"Eu quero que você saia", Carlos disse, a voz agora firme, suja. "Quero que você encontre um cara. Um cara forte. Um cara que te intimide. Quero que ele te foda sem cuidado. Que te deixe marcado, usado. E depois... eu quero que você volte pra mim."
Ele agarrou a nuca de Marlon, a pegada firme, possessiva. "Eu quero sentir o cheiro dele em você, Marlon. Quero lamber o gozo dele do seu cu fodido e arregaçado. Quero ver o seu olhar de puta satisfeita e saber que foi outro que te deu isso. Eu quero que você seja uma puta, e que depois, no final da noite, você volte pra casa. Pra mim."
O choque inicial de Marlon se dissolveu numa onda de excitação tão violenta que suas pernas fraquejaram. As palavras de Carlos não eram apenas permissão. Eram uma ordem. Eram a chave que abria uma porta escura e proibida dentro de si, uma porta que ele nem sabia que ansiava por destrancar. A imagem de Robson instantaneamente invadiu sua mente. O toque da perna, o olhar, a mão grande e áspera. O "homem de verdade".
A confissão de Carlos não destruiu nada. Pelo contrário. Ela redefiniu tudo. O amor que sentia por seu marido não diminuiu; ele se torceu, se aprofundou, se tornou algo mais perigoso e infinitamente mais excitante. Ele não era mais apenas o troféu. Agora, ele tinha uma missão.
Marlon olhou para o homem que amava, o homem que acabara de lhe entregar a licença para a mais devastadora das traições, e viu não um marido, mas um mestre. E com uma voz rouca pelo desejo, ele deu a única resposta possível.
"Sim."
O silêncio na cobertura era um luxo que Marlon raramente desfrutava. Carlos estava em uma reunião que se estenderia pela noite. A cidade de São Paulo, um monstro de concreto e luz, brilhava do outro lado das paredes de vidro, mas ali dentro, reinava uma paz asséptica e ordenada. Uma paz que estava prestes a ser estilhaçada.
Marlon estava deitado no sofá de couro branco, vestindo apenas uma bermuda de seda e uma camiseta de algodão pima, sentindo o corpo ainda dolorido do treino mais cedo. Sua mente, no entanto, não estava em seus músculos. Estava na noite anterior, na confissão crua e desesperada de Carlos. “Eu quero que você seja uma puta, e que depois volte pra mim.” As palavras ecoavam, não como uma ferida, mas como um comando, uma missão que fazia seu pau latejar com uma mistura de medo e excitação profana.
O celular vibrou sobre a mesa de centro, o som agudo cortando o silêncio. Número desconhecido. O coração de Marlon deu um solavanco. Ele atendeu, a garganta seca.
"Alô?"
"Marlon? É o Robson. Desculpa te incomodar." A voz. Aquela voz grave, com um toque de rouquidão, que parecia vibrar diretamente em sua virilha. Marlon se sentou, o corpo inteiro em alerta.
"Robson. Oi. Sem problemas. Aconteceu alguma coisa com a Clara?"
"Não, não, ela está bem. É que... acho que esqueci meus óculos de sol aí ontem. Um Ray-Ban de edição limitada. Posso passar rapidinho pra pegar?"
O pretexto. Tão frágil, tão transparente, tão absurdamente perfeito. Os óculos. Claro.
A confissão de Carlos era a permissão. A ligação de Robson era o convite. O universo estava conspirando para corrompê-lo.
"Claro", Marlon ouviu a si mesmo dizer, a voz surpreendentemente calma. "Estou em casa. Pode vir."
"Ótimo. Chego em uns vinte minutos. Valeu, cara."
A ligação terminou. Marlon ficou parado, o telefone na mão, o som de seu próprio sangue pulsando nos ouvidos. Vinte minutos. Ele não tinha tempo a perder. Correu para o banheiro, arrancando a roupa pelo caminho. A água quente do chuveiro caía sobre sua pele, mas não conseguia acalmar o tremor que o percorria. Isto não era um banho de limpeza. Era um ritual de preparação. Ele se ensaboou com o sabonete caro de sândalo que Carlos amava, mas hoje o cheiro parecia diferente. Era a fragrância da isca. Ele lavou cada centímetro de seu corpo, imaginando as mãos de Robson sobre ele. Mãos grandes, ásperas, profanas.
Saiu do banho, secou-se rapidamente e parou em frente ao espelho. O vapor desenhava um fantasma de seu reflexo. Ele estava se preparando para o amante, mas, acima de tudo, para o marido. Estava se tornando a fantasia de Carlos em carne e osso. Escolheu uma cueca boxer preta, justa, que acentuava o volume crescente em sua virilha, e uma camiseta cinza, macia ao toque. Perfumou-se, não com a colônia habitual, mas com uma mais amadeirada, mais animal. Ele estava pronto.
A campainha tocou pontualmente, um som que ecoou como um tiro de largada. Marlon respirou fundo, caminhou até a porta e a abriu.
Robson estava ali. E sem a presença de Clara ou Carlos para diluir sua energia, ele parecia ainda maior, mais imponente. Usava uma calça jeans gasta e uma camiseta preta que se esticava sobre seu peito e bíceps. O sorriso em seus lábios era educado, mas seus olhos famintos devoravam Marlon da cabeça aos pés.
"E aí? Desculpa mesmo o incômodo", ele disse, entrando.
"Que isso, entra aí. Fica à vontade."
Marlon fechou a porta e a realidade o atingiu. Estavam sozinhos. O predador estava dentro da jaula dourada.
Eles fingiram por talvez um minuto inteiro.
"Acho que deixei na mesinha de centro, talvez", disse Robson, o olhar varrendo a sala.
"Vou ver perto do sofá", respondeu Marlon.
Foi um movimento calculado, uma coreografia de desejo. Marlon caminhou até o sofá de couro branco, virou-se de costas para Robson e se abaixou, fingindo procurar no chão. Ele empinou a bunda deliberadamente, o tecido da cueca marcando a divisão de suas nádegas firmes, a camiseta subindo para expor a base de sua coluna. Era um convite. Uma oferta.
O silêncio atrás dele foi quebrado pelo som de passos lentos e pesados. Então, o calor. Duas mãos grandes e quentes agarraram sua bunda com uma firmeza possessiva, os dedos apertando a carne, reivindicando-a. Marlon prendeu a respiração, um gemido baixo escapando de seus lábios.
"Não tem óculos nenhum", a voz de Robson era um sussurro rouco e sujo em seu ouvido.
Marlon se eletrificou, o corpo tremendo sob o toque.
Robson o soltou. O súbito vazio foi quase doloroso. Marlon se endireitou lentamente e se virou. Robson não estava mais olhando para ele. Seus olhos estavam fixos no porta-retrato de prata sobre o aparador. Uma foto do casamento. Marlon e Carlos, sorrindo, a imagem da felicidade perfeita.
Robson caminhou até a foto, pegou-a. "Ele te ama, não é?", perguntou, sem se virar.
A pergunta o atingiu como um soco. "Sim", Marlon respondeu, a voz fraca. "Ele me ama."
Robson colocou a foto de volta no lugar com um cuidado irônico. Então, virou-se para Marlon, e a fome em seu olhar era total, sem disfarces.
"Mas eu tô te desejando pra caralho."
A permissão de Carlos. O desejo de Robson. A própria fome de Marlon. A tempestade perfeita estava sobre eles. Ele não precisava de mais nada. Apenas cedeu, um aceno quase imperceptível, mas que selou seu destino.
Robson sorriu. Um sorriso de vitória, de predador. Ele fechou a distância entre eles em duas passadas largas e agarrou a gola da camiseta de Marlon, puxando-o para perto. O beijo não foi gentil. Foi uma invasão. A língua de Robson forçando passagem, o gosto dele, de café e de desejo masculino, enchendo sua boca.
Quando ele finalmente quebrou o beijo, Marlon estava ofegante. Robson não perdeu tempo e abriu o zíper de sua calça. A rola dele saltou para fora, grossa, pesada, com uma cabeça larga e avermelhada que pulsava. Era maior do que Marlon imaginava. Intimidadora. Perfeita.
"Cheira", Robson ordenou, a voz um rosnado. Ele segurou a nuca de Marlon e forçou seu rosto contra seu pau. Marlon obedeceu, inalando o cheiro de pré-gozo e pura masculinidade. Era o cheiro da transgressão.
"Isso. Agora abre a boca."
Robson não esperou. Ele usou a própria rola para dar um tapa na bochecha de Marlon, depois na outra, marcando-o. Então, ele socou a cabeça do pau na boca de Marlon com uma força que o fez engasgar. Não havia preliminares, não havia carinho. Era uso. Marlon sentiu o pau duro arranhando o céu da boca, forçando sua garganta. Ele chupou como se sua vida dependesse disso, os olhos lacrimejando, a humilhação e a excitação se fundindo em um turbilhão avassalador.
Depois de alguns instantes, Robson o puxou para cima. "De quatro. No chão."
Marlon obedeceu instantaneamente, o corpo movendo-se por puro instinto submisso. Apoiou as mãos e os joelhos no mármore frio do chão, oferecendo a bunda para seu novo mestre. Ele ouviu Robson cuspir nas próprias mãos. Então sentiu o toque dele em sua bunda, por cima da cueca preta. Robson beijou cada uma de suas nádegas através do tecido, um ato de adoração profana, antes de puxar a cueca para baixo com um puxão violento.
Seu cu ficou exposto ao ar frio da sala. Robson se posicionou atrás dele, abrindo suas nádegas com as mãos. Marlon estremeceu, antecipando a dor e o prazer. Então, sentiu algo quente e úmido atingir seu buraco. Robson havia cuspido diretamente em seu cu. A humilhação foi tão intensa que Marlon gemeu alto, o som ecoando na sala silenciosa. Era a preparação de uma puta.
Robson espalhou a saliva com a cabeça de seu pau, circulando a entrada apertada. "Olha só pra esse cuzinho puto", ele rosnou. "Apertadinho, só esperando uma rola de verdade."
Então, ele empurrou. A invasão foi brutal, um rasgo de dor aguda que rapidamente se transformou em uma sensação de preenchimento avassaladora. Robson não lhe deu tempo para se acostumar. Começou a foder com uma selvageria rítmica, os quadris batendo contra a bunda de Marlon com um som úmido e pesado. A cada estocada profunda, ele batia na cara de Marlon. Não com força para machucar, mas um tapa firme, estalado, que marcava o ritmo. Era posse. Era a trilha sonora de sua degradação.
"Gosta, sua vadia? Gosta de levar porra do cunhado do seu marido?", ele grunhia em seu ouvido.
Marlon não conseguia formar palavras. Apenas gemidos roucos, animais.
Robson o puxou, virando-o de lado, uma perna jogada sobre seu ombro, expondo-o ainda mais. Continuou a foder naquela nova posição, as estocadas agora mais anguladas, atingindo um ponto dentro dele que o fazia ver estrelas. Ele agarrou o pau de Marlon, que vazava pré-gozo, e começou a bater uma punheta no mesmo ritmo da foda. O prazer era demais, uma sobrecarga sensorial que o estava desfazendo.
Por fim, Robson o virou de costas, colocando-o na posição que de "frango assado", com as pernas para o alto, completamente entregue. Ele fodeu Marlon com uma última explosão de energia, o corpo suado de ambos deslizando um contra o outro.
"Eu vou gozar, porra... Vou encher esse teu cu de leite", ele avisou, a voz gutural.
Ele deu as últimas estocadas, profundas e violentas, e Marlon sentiu o jato quente e grosso explodir dentro de si. Uma, duas, três ondas de gozo quente preenchendo seu interior, enchendo-o com o segredo deles. Robson caiu sobre ele, ofegante, o peso de seu corpo uma âncora.
Ficaram ali por um momento, no chão de mármore frio, os corpos emaranhados e suados. Não houve palavras de afeto, não houve beijos ternos. Robson se levantou, ajeitou-se e olhou para Marlon, ainda deitado, quebrado e satisfeito.
O olhar que trocaram era de pura cumplicidade. O ato estava consumado. O segredo estava forjado, não em palavras, mas na porra que esfriava dentro de Marlon. Ele era, oficialmente, a puta que seu marido queria. E a transgressão era mais deliciosa do que qualquer fantasia que ele já ousara ter.
Robson se foi, mas sua presença permaneceu. Estava no cheiro de suor e sexo que pairava no ar da sala de estar, um fantasma olfativo sobrepondo-se ao aroma caro dos lírios. Estava na sensação pegajosa entre as pernas de Marlon, a prova líquida e quente da transgressão. E estava no eco dos tapas, na memória de sua bunda sendo agarrada, de seu corpo sendo usado como um objeto, um receptáculo.
Marlon não tomou banho. Essa era a primeira regra do novo jogo. Ele apenas vestiu um roupão de seda preta, deixando-o aberto, e foi para o quarto do casal esperar. Sentou-se na beira da cama, o corpo dolorido de uma forma deliciosa, o cu latejando, sensível. Cada pulsar era um lembrete. Ele não era mais apenas o troféu. Era um altar de sacrifício.
O som da chave na porta da frente foi o sinal. O coração de Marlon acelerou, não de medo, mas de uma antecipação performática. Ele ouviu os passos de Carlos no corredor, o barulho familiar de sua pasta sendo deixada no chão.
"Marlon? Amor?", a voz de Carlos o chamou.
Marlon não respondeu. Apenas esperou.
Carlos apareceu na porta do quarto, o cansaço do dia de trabalho em seu rosto. Ele parou ao ver Marlon. Viu o roupão aberto, a expressão sombria, o ar pesado no ambiente.
"O que foi?", perguntou Carlos, a preocupação vincando sua testa.
Marlon levantou o olhar. Ele ensaiara a vulnerabilidade, o tremor na voz, a lágrima contida. Era hora do espetáculo.
"Aconteceu, Carlos", disse ele, a voz calculadamente trêmula, quebrada. "Eu... eu te traí."
A preocupação no rosto de Carlos se desfez. Em seu lugar, algo mais sombrio e febril começou a brilhar. Seus olhos se arregalaram, não de raiva ou de dor, mas de uma excitação pura, incontrolável. Ele deu um passo para dentro do quarto, fechando a porta atrás de si.
"Com quem?", ele sussurrou, a voz ansiosa, faminta. Era a pergunta de um devoto, não de um marido traído.
Marlon baixou o olhar, a mentira pronta na ponta da língua.
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