Um novo começo 9

Da série Um novo começo
Um conto erótico de Muito mais do que apenas sexo
Categoria: Heterossexual
Contém 2648 palavras
Data: 28/07/2025 21:59:57

**Um Novo Começo – Capítulo 9**

**Propriedade de Alberto – 23:35h (Noite anterior)**

“Então você está me dizendo,” Isabela começou, a voz calma, mas cada palavra pesada com escrutínio, “que meu marido não só está acumulando estes remédios, mas também está explorando os trabalhadores e cobrando pelas cestas básicas que são, por direito, deles?”

“Sim,” respondi, mantendo o olhar firme. “Se não acredita em mim, por que não fala com os moradores? Como responsável, você não deveria estar mais presente?”

Uma sombra de irritação passou pelos olhos dela, mas foi contida. “Eu... deleguei a supervisão ao Alberto há muito tempo. Não tenho apenas esta ilha como responsabilidade, tenho outros compromissos na empresa do meu pai. Mas faz muitos anos que não venho pessoalmente.”

“Olha... eu não quero problemas,” insisti, sentindo o tempo passar. “Juro que só queria os remédios certos e eu ia embora. Quanto mais tempo eu demorar aqui, mais...”

“Essa lista na sua mão,” ela me cortou. “Me dá.”

Joguei o papel para ela. Seus olhos baixaram para ler a caligrafia de Carla. Por um segundo, a arma desceu um pouco. Foi a primeira vez que ela se descuidou. A primeira brecha. Ela era sofisticada, bonita e elegante, mas havia uma firmeza nela, uma autoridade que a tornava perigosa.

“Tudo bem...” ela disse, erguendo o olhar. “Vá e pegue três frascos de cada remédio dessa lista. Mas não tente nenhuma gracinha.” Ela me jogou a lista de volta, a arma subindo e mirando firmemente no meu peito de novo. “E não pense que acreditei cegamente em você. Farei questão de averiguar tudo o que disse. Caso seja verdade, tomarei providências. Mas caso seja mentira...” A ameaça ficou suspensa no ar, mais potente do que qualquer grito.

“Eu entendo,” respondi, começando a pegar os frascos. “Pode deixar que não vou decepcionar você.”

“Me diga... como está o seu barco?”

A pergunta me pegou de surpresa. “Está bom.”

“Tem combustível o bastante para voltar?”

“Acho que não... Não tenho certeza, senhora.”

“Kkkk, não me chame de senhora,” ela disse, e um sorriso genuíno surgiu em seus lábios pela primeira vez. Um belo e desarmante sorriso. “Eu não gosto.”

“Peguei tudo o que preciso, senh... Isabela. E nada mais.”

“Muito bem. Saia por onde veio. Não quero que meu marido saiba disso.” Ela fez uma pausa, se virando para uma prateleira. “Mas antes de ir...” Ela pegou um galão de metal. “Toma. Combustível. Se você e a garota ficarem presos nesse rio sem ter como se comunicar, é o fim de vocês.”

Meu sangue gelou. *Como ela sabia sobre a Ana?*

Vendo a minha expressão, ela riu. “Que cara é essa? Antes de vir até aqui, mandei um dos meus homens de confiança averiguar todo o perímetro. Ele me contou sobre a garota escondida no barco. Foi aí que percebi que vocês provavelmente não eram um grupo de saqueadores... Por isso você ainda teve a chance de falar.”

“Eu... agradeço sua generosidade. Posso ter minha arma de volta?”

“Kkk, não. Eu não confio em você,” ela disse, o sorriso sumindo. Ela pegou minha arma do chão, analisando-a. “Você a terá de volta depois que eu checar sua história e seus antecedentes. Um homem armado numa ilha como essa é perigoso.” Ela parou, os dedos traçando algo no cabo da pistola. “Interessante...”

Ela tinha visto. O nome "Kyle" esculpido na madeira.

“Fique tranquilo,” ela continuou, os olhos verdes me estudando de uma forma que me deixou desconfortável. “Se você for uma boa pessoa e estiver falando a verdade... a sua *Kyle* vai voltar pra você.” O duplo sentido foi deliberado. Frio.

Peguei os remédios e o combustível. Ao sair pela janela, vi um homem parado do lado de fora, nas sombras.

“Venha,” ele disse, a voz baixa. “Garanto que ninguém veja você saindo.”

**Casa da Senhora Ivone – 01:45h (Madrugada)**

A casa estava em silêncio, exceto pelo som da respiração difícil de Andrews.

“Não consegue dormir?” a voz de Carla veio do escuro.

Kyle, que estava sentada na cadeira, se assustou. “Não... a preocupação com o Andrews... e ainda tem esse sentimento. O mesmo que eu tinha quando o Gabriel ia pra alguma missão perigosa. Kkkk, quando que não era perigosa, né?”

“O Andrews acordou um pouco, você conseguiu falar com ele. Isso já é um avanço,” Carla a consolou. “Sobre o Gabriel, se ele sobreviveu a essas missões, kkkk, não vai ser o rio Amazonas que vai vencê-lo. Embora...”

“O quê? Embora o quê?”

“O maior problema dessas águas são os piratas. Bandidos que roubam os navegadores. Crimes horríveis.”

“Mas você não vai comprar remédios? Como nunca deu problemas?”

“Quando eu vou, vamos na embarcação de pesca, com alguns homens armados. E mesmo assim, já tivemos situações... complicadas.”

“Então por que você deixou a Ana ir?” a voz de Kyle era quase uma acusação.

“Porque ela é a melhor chance dele. O Gabriel é treinado, e a Ana conhece essas águas e suas rotas de fuga. Por mais que ela negue, eu sei que ela sai com uns amigos pra navegar... Ela não tira um tal plano da cabeça.”

“Que plano?”

“Coisa dela... não vem ao caso. O Gabriel tem uma arma, não tem?”

Kyle riu, um som fraco. “Claro... a Kyle Cuspidora de Fogo.”

“Pera, kkkk, o quê?”

“É o nome da arma dele,” Kyle explicou, um traço de orgulho na voz. “A que ele sempre leva. Um dia, ele voltou pra casa com a primeira arma dele. Eu peguei escondido e esculpa meu nome nela. E assim nasceu a... Kyle Cuspidora de Fogo.”

“Kkkkk, vocês têm muita história juntos... Kyle, seja sincera. Se o Gabriel não tivesse ido pro exército, com tudo o que aconteceu... você e o Andrews estariam juntos hoje?”

Kyle ficou em silêncio por um longo tempo, olhando para a escuridão. “Sinceramente? Não faço a menor ideia. O fato de ele ter se afastado ajudou a sufocar a dúvida que eu tinha. Eu não sei... eu não sei o que aconteceria se ele não tivesse ido embora.”

**Barco – 03:21h (Madrugada)**

“Por que você não falou pra ela que o marido dela que espancou o gringo?” Ana perguntou, enquanto eu reabastecia o motor.

“Porque eu não sei até que ponto ela pode ou quer fazer alguma coisa. Saber dos suprimentos desviados é uma coisa, ela pode averiguar. Mas acusar o marido dela de agressão... isso poderia nos colocar ainda mais na mira do Alberto.”

“Entendo... Acha que ela é uma boa pessoa?”

“Não sei. Temos que esperar pra ver se ela vai averiguar tudo, como falou.”

“Droga...” Ana disse, socando a lateral do barco.

“O que foi? Você parece decepcionada.”

“Eu... Olha, não me julgue, ok? Mas eu tinha um plano.”

“Que plano?”

“Eu e uns amigos... estávamos planejando queimar a casa do Alberto. Mandar tudo pros ares. Deixar ele morrer queimando como o demônio que ele é.”

“Ana...”

“O quê? Isso seria justiça, tá legal?!” ela explodiu, os olhos cheios de lágrimas. “Imagina ver o corpo do seu pai boiando na água com uma faca no coração! Acha que é fácil? Vários dos meus amigos morreram por culpa daquele desgraçado! Agora você me diz que talvez... talvez alguém ‘bom’ more lá. Como eu posso prosseguir com isso?”

Ela começou a chorar, soluços que rasgavam o silêncio da noite. Fui até ela, a envolvendo em um abraço, trazendo seu corpo trêmulo para perto do meu.

“Eu não te julgo,” murmurei em seu cabelo, sentindo o cheiro de rio e de flores. “Mas esse não é o melhor caminho, Ana. Vamos dar um jeito. Eu vou te ajudar. Mas não pode ser assim.”

Ela ficou calada, só chorando baixinho no meu peito. Levei minha mão ao seu queixo, levantando seu rosto para que ela me olhasse. Os olhos dela, molhados de lágrimas, brilhavam sob a luz da lua.

“Promete que não vai fazer nada antes de me falar?”

“Eu... eu prometo.”

Aquele rosto, aquela mistura de força e vulnerabilidade... Aproximei minha boca da dela. Ela não recuou. O beijo começou calmo, um gesto de consolo, salgado pelo gosto das lágrimas dela. Mas algo mudou. A tristeza deu lugar à fome. O beijo se aprofundou, tornando-se mais rápido, mais possessivo. A língua dela invadiu minha boca, não pedindo, mas tomando. Era um beijo de raiva, de desespero. Ela dobrou a aposta, a mão pequena mas firme deslizando pela minha coxa, subindo sem hesitação até encontrar o volume do meu pau já duro.

“Ana...” suspirei na boca dela, o som quase um gemido.

Ela se soltou do beijo, mas não da minha virilha. Ficou de joelhos na minha frente, no chão sujo do barco, os olhos escuros fixos nos meus, faiscando com uma determinação predatória. A tristeza tinha sumido, dando lugar a um desejo selvagem.

“Eu tô muito estressada, Gabriel. Muito revoltada. Muito... fudida,” ela sussurrou, a voz rouca. “Eu preciso disso. Preciso sentir o gosto de alguma coisa que não seja ódio. Abre a porra do zíper.” Era uma ordem. “Não me negue isso. Ouviu?”

“Vá em frente,” respondi, a voz tensa.

Ela abriu meu zíper com um puxão rápido e tirou meu pau para fora. Ele pulsou no ar frio da noite. Um sorriso sombrio, quase cruel, surgiu nos lábios dela.

“Nossa... Bom saber que minha mãe não mente.” *Elas falaram até do tamanho? Caralho...*

“Olha, não me decepciona,” ela continuou, a voz um veludo perigoso, enquanto me encarava. “Sou uma garota jovem que tem mais amigos homens do que mulheres, numa ilha sem porra nenhuma pra fazer. Então... acabei pegando experiência. Eu ainda ser virgem da xoxota é uma prova de força de vontade do caralho, porque vontade de foder... nunca me faltou.”

Antes que eu pudesse processar a crueza da confissão dela, a boca dela envolveu a cabeça do meu pau.

“Porra!” O ar saiu dos meus pulmões num silvo. “Vai com calma, garota... Puta que pariu...”

A boca dela era um inferno de prazer. Que macete, que técnica. Ela sabia exatamente o que estava fazendo. A língua dançava, os lábios sugavam, e ela desceu, engolindo mais, a garganta apertando, me levando a um nível de prazer que eu não sabia que existia. Parecia que ela ia sugar minha alma pelo meu pau.

“Kkkkk, eu avisei...” ela murmurou contra a minha pele, antes de voltar a chupar com mais força, alternando um ritmo lento e torturante com uma velocidade frenética que me fazia ver estrelas.

Era uma loucura, uma sensação alucinante. Minhas mãos foram para seus cabelos, e eu tentei guiar o ritmo, diminuir a velocidade. Se continuasse daquele jeito, eu ia passar a vergonha de gozar em menos de um minuto.

“Não tira o olho do rio,” ela ordenou, a voz abafada contra meu pau, sem parar o movimento.

“Ok... mas tá difícil...”

Ela deu um tapa forte na minha mão, me forçando a soltá-la. Ela me olhou de baixo, o cabelo bagunçado, os lábios brilhando, com um sorriso sádico. “Eu sei o que você tá querendo fazer. Sem pressa. Vai ser no meu ritmo.” Ela lambeu toda a extensão do meu pau, devagar. “Quero ver o quanto você aguenta.”

Ela voltou a acelerar, um ritmo brutal e preciso. Cada músculo do meu corpo estava tenso. Eu agarrei as laterais do barco, os nós dos meus dedos brancos, tentando me controlar.

“Aaaaah, porra... não dá pra segurar mais... Puta que pariu...”

Quando ela ouviu isso, em vez de diminuir, ela intensificou. O foco dela se tornou a cabeça da minha rola, a língua girando, os lábios fazendo uma pressão insuportável. Não deu. Não tinha como aguentar.

“Ana, eu vou gozar... Porraaaa!”

No último segundo, ela segurou minhas mãos, me prendendo, e forçou a própria cabeça para baixo com um grunhido, engolindo meu pau até a base, recebendo todo o meu gozo no fundo da garganta.

Minha vista ficou turva, pontos brancos dançando na escuridão. Meu coração batia tão forte que parecia que ia rasgar meu peito. Foi, sem dúvida, a melhor e mais intensa gozada da minha vida.

Eu estava ofegante, exausto, a cabeça jogada para trás. Ela continuou ajoelhada por um momento, depois se levantou lentamente. Havia um sorriso de canto em seus lábios, e ela não tirava os olhos de mim, um brilho de orgulho e triunfo em seu olhar.

“Kkkkk, não foi ruim,” ela disse, limpando o canto da boca com o polegar. “Até que você durou bastante.”

“Huhuum...” foi tudo que consegui responder, ainda tentando recuperar o fôlego. Ela parecia uma predadora que tinha acabado de devorar sua presa. E, porra, eu tinha amado cada segundo.

*Minutos depois...*

A conversa com Ana, a revelação do seu plano de vingança e o beijo que se seguiu foram um rastilho de pólvora. O boquete que veio depois foi a explosão.

Quando finalmente recuperei o fôlego, o silêncio do rio pareceu dez vezes mais denso. Meu corpo ainda vibrava, mas a adrenalina do prazer começou a dar lugar a outra coisa. A realidade. A imagem de Andrews, quebrado naquela cama improvisada, invadiu minha mente.

Meu semblante deve ter mudado, pois Ana, ainda com um sorriso satisfeito nos lábios, me olhou com mais atenção.

“Ana...” minha voz saiu rouca. “Isso que a gente fez... foi certo? Com o Andrews lá, daquele jeito...”

Ela se moveu, sentando-se na minha frente. Sua mão tocou meu rosto, forçando-me a encará-la. Seus olhos estavam sérios agora. “Gabriel, olha pra mim. Você está arriscando sua vida, navegando num rio perigoso no meio da noite, pra salvar a vida dele. Uma coisa não apaga a outra.” Ela fez uma pausa, a mão dela deslizando pelo meu peito. “O que aconteceu aqui,” ela sussurrou, “foi pra nós. Pra gente não quebrar. Eu precisava disso. E acho que você também. Vivemos uma vida perigosa, Biel. Não se culpe por encontrar um minuto de alívio no meio do inferno.”

As palavras dela, tão diretas e pragmáticas, me atingiram. Ela estava certa. Me inclinei e a beijei de novo, mas desta vez foi diferente. Era um beijo lento, de gratidão, de entendimento. Puxei-a para baixo, para o chão do barco, e ela se aninhou no meu peito. Ficamos ali, deitados, olhando para o céu salpicado de estrelas, o balanço suave do barco nos embalando. Minha mão desceu por suas costas, repousando na curva da sua bunda. Eu a acariciava lentamente, um gesto que era um misto de carinho e da malícia que ainda pulsava em mim.

Ela quebrou o silêncio confortável, a voz um sussurro divertido contra o meu peito. “Bem... kkk, tenho certeza que minha mãe não teve um pós-sexo desses, deitada num barco sob as estrelas.”

Eu ri, sentindo a tensão finalmente se dissipar. “Mas você não teve sexo, querida. Kkkk, boquete não é sexo.”

Ela se ergueu um pouco para me olhar, me dando um soquinho no peito. “Ah, é?” ela disse, com um sorriso desafiador. “Você não aguentou nem minha boca direito e já quer falar de sexo? Se aquieta, soldado.”

Nós dois caímos na risada, um som genuíno e leve que ecoou pela escuridão do rio. Naquele momento, em meio a toda a merda, nós éramos apenas um homem e uma mulher, encontrando um no outro um refúgio.

**Dia Seguinte, 23:09h – Casa da Senhora Ivone**

Batidas na porta ecoaram pela casa silenciosa.

“Quem pode ser a uma hora dessas?” Carla perguntou, tensa.

“O que a gente faz?” Kyle sussurrou.

“Mãe! Sou eu, Ana! Abre aqui!”

Carla correu e abriu a porta. Kyle veio logo atrás.

“Mas não era pra eles terem chegado agora! O que aconteceu?” Kyle olhou para fora, só vendo Ana. O pânico tomou conta dela. “Cadê o Gabriel? O que aconteceu? Ana, aonde ele tá?”

“Calma, professora,” Ana disse, sorrindo, cansada, e ergueu uma bolsa cheia de remédios. “Ele tá guardando o barco. Fica tranquila.”

Carla abraçou a filha com força. “Filha... mas como?”

Ana olhou de Carla para Kyle, um sorriso enigmático nos lábios. “Longa história, mãe. Longa história.”

*Continua no próximo capítulo...*

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Comentários

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Belo boquete qua a Ana fez ao Biel hummm vamos ter mãe e filha com Biel???

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Velho vou ficar chovendo no molhado. Mas a história é muito boa, pena que os capitulos são curtos, mas que beleza de texto. Tem a dose certa de tudo e não fica com aquelas besteiras sexuais sem pé nem cabeça. Parabéns

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Concordo. Estou aqui ansioso pelos próximos capítulos.

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