A nova semana amanheceu sob o jugo invisível, mas onipresente, de Gabriel. Para Júnior, cada raio de sol que invadia seu quarto era um lembrete da total submissão em que vivia. A esposa, ainda um pouco distante da noite anterior, preparava o café sem saber que a vida do marido era agora um roteiro ditado a quilômetros de distância.
Júnior: Bom dia, Mestre. Acordei às 7h. Posso tomar banho agora? E depois vestir a camisa azul-clara que o senhor aprovou ontem?
Do outro lado da cidade, na concessionária, Gabriel acabava de chegar. Ele sentou-se em sua mesa, folheou alguns papéis e só então, com um sorriso de escárnio, pegou o celular. Viu a mensagem de Júnior, datada de vinte minutos atrás.
Gabriel: Banho, sim. Mas a camisa azul, não. Vista a branca. E quero uma foto do seu café da manhã. Agora. Sem frescura.
Júnior, que já estava em pé ao lado do chuveiro há 20 minutos, lendo e reescrevendo a mensagem, sentiu um arrepio. A demora era o primeiro teste do dia. Ele obedeceu, vestiu a camisa branca e enviou a foto de seu café, sem frescura, como mandado.
O escritório era um ambiente de nervos à flor da pele para Júnior. Cada movimento, cada decisão, dependia da resposta de Gabriel. E Gabriel, ciente da agenda de Júnior (que o contador enviava religiosamente à meia-noite do dia anterior), adorava testar seus limites nos momentos mais inoportunos.
Júnior: Mestre, estou prestes a entrar em uma ligação importante com um cliente potencial. O senhor me autoriza?
Gabriel leu a mensagem enquanto fazia uma venda. Ele observou o cliente assinar os papéis e, com um sorriso satisfeito, pegou o celular. Pensou em demorar, mas decidiu ser rápido.
Gabriel: Ligue. Depois me relate toda conversa. Mas quero detalhes. Não me faça perder tempo.
Júnior suspirou, aliviado. A ligação era urgente, mas Gabriel havia respondido. Ele se preparou para a chamada, mas a necessidade de relatar tudo depois já o deixava tenso.
Pouco depois, enquanto Gabriel atendia outro cliente, seu celular vibrou novamente. Júnior.
Júnior: Mestre, posso ir almoçar agora? São 12:30h e minha equipe já está no refeitório.
Gabriel leu a mensagem, mas não respondeu de imediato. Ele estava fechando a venda e não queria distrações. Minutos se transformaram em 15, depois 30. A equipe de Júnior já tinha voltado do almoço. Ele permaneceu em sua mesa, o estômago roncando, sentindo os olhares curiosos de seus colegas.
Finalmente, Gabriel se afastou do cliente, pegou o celular e digitou.
Gabriel: Almoçar? Não. Não mereceu. Fique com fome. Quero você focado. Me envie 100 reais para o meu almoço agora.
Júnior sentiu a humilhação apertar, mas o prazer da obediência era maior. O PIX foi enviado em segundos.
Júnior: Sim, Mestre! É uma honra! Minha fome é sua glória!
Gabriel, já satisfeito com o almoço pago, pensou em Júnior. Viu pela agenda que o contador estaria em um momento de pico de trabalho, provavelmente resolvendo alguma pendência financeira complexa. Enquanto observava o celular, duas mensagens pipocaram de seu grupo da faculdade. "Gabriel, o trabalho de nutrição para hoje! Esqueceu? O prazo é 18h!" e "Cara, a gente combinou de fazer junto, mas não fizemos nada!". Gabriel, estudante de nutrição, havia se esquecido completamente do trabalho sobre dietas para atletas de alto rendimento. Seus lábios se curvaram em um sorriso diabólico. Perfeito. "Esse cara não tem paz", pensou Gabriel, e a ideia de manter Júnior em constante desconforto, enquanto resolvia seu problema acadêmico, o fez sorrir ainda mais. Ele adorava não dar paz.
Gabriel: Júnior, preciso que você me entregue, em formato de relatório, um estudo completo sobre a relação entre o consumo de proteínas e a recuperação muscular em atletas de levantamento de peso. Quero dados, artigos científicos e uma análise crítica. Prazo de entrega: 18h de hoje. Não me decepcione. E é para o meu trabalho da faculdade.
Júnior, que estava mergulhado em planilhas e cálculos, sentiu a adrenalina correr. Uma tarefa completamente sem sentido para o horário e sua área, que exigia que ele parasse tudo e pesquisasse em fontes que desconhecia. Era um ataque direto à sua produtividade e à sua reputação profissional.
Júnior: Mestre, com todo o respeito, o senhor sabe que minha área é contabilidade. Não tenho familiaridade com esse tipo de pesquisa, e o escritório está em um período muito apertado com fechamentos. Tenho uma reunião importante daqui a pouco e...
Gabriel: Calma, cadela. Não estou pedindo permissão. Estou dando uma ordem. Quer me dizer que não é capaz de me servir?
Júnior: Não é isso, Mestre! É que é um assunto complexo, e preciso de tempo para pesquisar a fundo. Não sei se consigo entregar algo de qualidade até às 18h. Minha agenda está cheia e...
Gabriel: Eu não perguntei sobre a qualidade ou a sua agenda. Perguntei se você é capaz de obedecer. Se você é meu escravo, sua agenda sou eu. Resolva-se. Não me faça perder a fé na sua devoção. 18h. Sem atrasos. Entendeu, cadela?
Júnior: Sim, Mestre. Entendido. Farei como o senhor mandar.
Júnior respirou fundo, largou a caneta e começou a abrir abas no navegador, ignorando os olhares curiosos dos colegas. A "paz" de seu ambiente de trabalho havia sido completamente invadida.
Mais tarde, Gabriel estava no intervalo do trabalho quando uma nova mensagem de Júnior chegou:
Júnior: Mestre, preciso ir ao banheiro novamente. Minha bexiga está bem cheia. Posso ir?
Gabriel riu.
Gabriel: Espere mais 30 minutos. Quero ver você se contorcer. E depois, só se me mandar 20 reais por essa permissão. Entendeu?
Júnior: Entendido, Mestre! Segurarei o quanto for preciso. O PIX será enviado assim que permitido!
Júnior esperou, contorcendo-se na cadeira do escritório. Quando Gabriel finalmente enviou a permissão, o alívio foi quase palpável. Correu ao banheiro e, antes mesmo de aliviar-se completamente, enviou o PIX de 20 reais.
A notificação do PIX de Júnior apareceu na tela de Gabriel. Ele abriu a mensagem com um sorriso irônico. Vinte reais. Vinte reais por uma permissão para usar o banheiro. Era ridículo. Era patético. E era glorioso.
Ele sentiu uma onda de poder invadi-lo. Era tão fácil. Tão absurdamente fácil. Esse homem, um contador bem-sucedido, entregava seu tempo, seu corpo, sua dignidade e seu dinheiro em troca de migalhas de atenção e controle. Aquele vinte reais não valia nada para o bolso de Gabriel, mas valia tudo para seu ego. Ele havia feito Júnior pagar por uma necessidade básica. Gabriel sorriu, satisfeito. O controle era total.
Gabriel havia, de fato, decifrado a mente de Júnior. Ele sabia exatamente o que o contador ansiava, o que o deixava "doido", como o próprio Júnior gostava de dizer. Fotos na academia, exibindo os músculos fortes e suados; imagens dos pés, viris e imponentes; fotos de tênis sujos ou meias jogadas no chão, após um treino; até mesmo uma cueca usada, amassada no canto do quarto. Gabriel sabia que esses vislumbres de sua "masculinidade bruta" e despreocupada eram o ápice da fantasia de Júnior, a recompensa máxima por sua obediência cega. Cada envio era um anzol, fisgando Júnior ainda mais fundo em sua rede de submissão.
Às 17h58, dois minutos antes do prazo final, o celular de Gabriel vibrou com uma nova mensagem. Era Júnior.
Júnior: Mestre, trabalho de nutrição concluído e enviado para seu e-mail. Tudo como o senhor pediu.
Gabriel abriu o arquivo, leu as primeiras linhas e notou a organização impecável, a citação de fontes, a análise bem estruturada – um trabalho de pesquisa digno de um acadêmico, não de um contador esgotado. Ele sorriu. Júnior não havia decepcionado. A obediência era absoluta.
Gabriel: Excelente, Júnior. Você é um bom escravo. Agora, faça o seguinte: inclua o nome de meus dois colegas de grupo no trabalho. São "João Guilherme" e "João Victor". Eles precisam da nota também. Obrigado, cadela.
Júnior, mesmo exausto, sentiu um arrepio. Não apenas havia feito o trabalho, mas agora Gabriel o obrigava a creditar outros. A humilhação era completa, mas o fazia sentir-se ainda mais subserviente.
Mais tarde, na faculdade, Gabriel encontrou João Guilherme e João Victor no corredor, antes da aula.
— E aí, Gabriel! Cara, perdemos o prazo do trabalho, e agora? — Perguntou João Guilherme, com uma ponta de preocupação.
— Vamos tomar bomba nessa matéria. — Completou João Victor, rindo sem graça.
Gabriel balançou a cabeça, com um sorriso de canto — Claro que deu tempo. O trabalho está aqui, pronto para entregarmos.
João Guilherme e João Victor se entreolharam, chocados. — O QUE?! Como você fez isso? A gente não tinha nem começado! —, exclamou João Victor.
— Você é um gênio, mano! Deu um jeito em menos de cinco horas?" — João Guilherme perguntou, boquiaberto.
Gabriel deu de ombros, virando-se para entrar na sala. — Ah, eu tenho meus métodos. Trabalho em equipe, sabe? Uns pesquisam, outros escrevem. No fim, a nota é para todo mundo. — Ele piscou, um brilho divertido nos olhos. Os amigos ainda pareciam confusos, mas aliviados. Gabriel seguiu em frente, com a certeza de que a nota alta estava garantida sem sequer ter suado para isso.
Depois da aula, Gabriel estava em casa, deitado no sofá, relaxando. Ele pegou o celular e pensou em mais uma forma de exercer seu domínio.
Gabriel: Júnior, você está em casa? Quero você ajoelhado agora. Fique de joelhos no chão, onde estiver, e não se levante até eu mandar. E mande uma foto para provar. Não me faça esperar.
Júnior, que havia acabado de chegar em casa por conta do trabalho extra que teve ao longo do dia e tirava os sapatos, sentiu um frio na espinha. Ele estava cansado, as pernas doíam de tanto segurar o xixi mais cedo, e a mente estava exausta de tanta espera e subserviência. Mas a ordem veio. Imediata. Irrefutável.
Ele largou os sapatos, se ajoelhou ali mesmo, no hall de entrada de seu apartamento, sobre o piso frio. Ajoelhou-se rigidamente, os olhos fixos na parede, a respiração pesada. Tirou uma foto e enviou, sabendo que a humilhação era completa.
Júnior: Sim, Mestre. Seu escravo está ajoelhado, aguardando sua próxima ordem. E sua permissão para se levantar.
Gabriel: Bom. Fique aí. Não me chame. Quando eu achar que é a hora, eu mando. E não adianta reclamar que suas pernas doem.
Para Júnior, a dor física era um mero detalhe diante da ausência de controle sobre seu próprio corpo. Para Gabriel, era apenas mais uma linha em seu roteiro de domínio.
Enquanto Júnior permanecia ajoelhado, os minutos se arrastando, uma nova onda de pensamentos o invadiu. Já fazia uma semana que ele não se masturbava, aguardando a permissão de Gabriel. Sua libido, antes ativa, estava agora completamente refém do Mestre. A intimidade com a esposa também havia cessado na noite anterior, pois Gabriel havia negado o contato. A privação sexual era uma camada a mais de seu controle, uma tensão constante que permeava cada fibra de seu ser.
À medida que a noite avançava, e Gabriel já estava se preparando para sair, a frequência das mensagens de Júnior aumentava. O contador, ainda ajoelhado, mas com uma nova ideia fervilhando em sua mente, tentava chamar a atenção de seu Dono.
Júnior: Mestre, a submissão à distância é maravilhosa, mas sinto que não é o suficiente para expressar toda a minha devoção.
Gabriel arqueou uma sobrancelha, curioso.
Júnior: Eu... eu anseio por um contato mais... real. Quero lamber seus pés de verdade, sentir o cheiro do senhor, ser humilhado pessoalmente. Quando o senhor virá a São Paulo? Ou eu posso ir até o senhor? Quero servi-lo de corpo e alma, em pessoa.
Gabriel leu, um brilho de interesse em seus olhos. A ideia era intrigante. O "escravo virtual" queria se tornar um "escravo físico". O teste de poder seria ainda mais intenso.
Gabriel: Hum. Você quer se rastejar na minha frente, é? Quer que eu pise na sua cara de perto?
Gabriel: Podemos pensar nisso. Mas você sabe que isso vai custar muito caro, Júnior. Não é só dinheiro. Vai ser nas minhas regras, no meu tempo. E sua esposa? Ela não pode sonhar com isso. Você aguenta?
Júnior sentiu o coração bater descompassadamente. A promessa de uma humilhação real, tangível, era o ápice de sua fantasia.
Júnior: Sim, Mestre! Aguento tudo! Minha esposa não saberá de nada. É o meu maior desejo. Diga o preço, diga as regras. Eu farei qualquer coisa para merecer estar aos seus pés.
Gabriel sorriu, um sorriso sombrio. Ele tinha um novo plano.
Gabriel: Então tá. Vou pensar no seu caso. Se for pra rolar, vai ser algo que você nunca vai esquecer. Mas tem que valer a pena para mim. Amanhã eu te dou o veredito. E quero um jantar especial por essa ideia. Pode ir preparando 500 reais para isso.
Gabriel: Pode se levantar agora, Júnior. E sonhe comigo.
Júnior, que havia passado horas de joelhos, sentiu as pernas dormentes ao tentar se levantar. A dor era aguda, mas a satisfação de ter obedecido era sublime. Ele se arrastou até o quarto, a mente dominada pela promessa de um encontro real.
Júnior desligou o celular, o corpo em ebulição. A humilhação, a expectativa, o custo. Tudo valia a pena para a chance de estar diante de seu Mestre. O dia terminara, mas a ansiedade por amanhã já era insuportável.