Capítulo 1 – Café Frio e Shortdoll Preto
Eu tinha acordado cedo, na tola esperança de me sentir produtivo. Engano previsível. Acabei sentado à mesa da cozinha, olhando para a xícara de café como se ela fosse resolver alguma coisa na minha vida sexual — que, diga-se, continuava inexistente.
O café esfriava rápido demais, igual à minha coragem de admitir que estava completamente fodido — emocionalmente, hormonalmente, existencialmente.
O ranger da porta me fez erguer os olhos. Achei que fosse minha mãe, pronta para perguntar se eu já tinha mandado mais currículos. Mas não. Era Manuela.
Ela apareceu como um delírio encarnado nos seus vinte e dois anos de pura contradição — Manuela, minha irmã. Vinte e dois. Uma idade em que o corpo já tem a firmeza de uma mulher e a arrogância de quem sabe disso.
O cabelo castanho-escuro escorria pelos ombros, liso, com uns fios colando na pele por causa do calor da manhã. Eu senti a garganta secar só de ver como a luz batia naquela pele clara, dourada nos pontos onde o sol da praia ainda não tinha sumido.
O shortdoll preto de liganete grudava nela como se o tecido tivesse sido moldado direto na pele. O decote de renda era uma provocação descarada, costurado só pra me humilhar. Eu juro que tive a impressão de que ele ia rasgar com o peso daqueles seios, empinados e comprimidos ali dentro.
O jeito que ela se movia tornava tudo pior. O balanço suave do peito, a ondulação lenta a cada passo — como se ela carregasse duas promessas de perdição sob aquele tecido fino. Minha boca secou, o estômago encolheu, e meu pau começou a pulsar num ritmo que não combinava com nenhuma justificativa fraternal. Quase maternal, quase pornográfico. O biquíni que ela usara dias antes tinha deixado uma marquinha clara, perfeitamente visível acima da renda, delimitando o bronzeado e tornando impossível fingir inocência.
E os shorts... puta que pariu. O cós elástico era só uma formalidade. Não cobria nada que importava. A liganete se moldava às curvas da bunda grande, aquela raba que parecia ter sido desenhada pra quem não queria dormir em paz.
Eu tentei desviar os olhos. Juro por Deus que tentei. Mas ela ergueu os braços num espreguiçar preguiçoso, e o decote se abriu mais um dedo, exibindo a borda interna dos seios, a marquinha de biquíni cruzando a pele firme, e um vislumbre rápido demais pra ser real — mas que ficou gravado na minha retina.
Naquele segundo, entendi que não era só luxúria. Era um tipo de terror excitante. Um medo delicioso de não conseguir parar de olhar.
Ela não disse nada de imediato. Só caminhou até a bancada e se esticou para pegar o pote de açúcar. A curva das costas me pareceu uma piada de mau gosto. O short subiu meio palmo. Vi a marca suave da calcinha. Minha garganta secou.
— Bom dia — ela disse, com aquele tom neutro que eu sempre odiei.
— Se você acha mesmo que é um bom dia, eu queria saber o que andou fumando.
Ela virou de lado, um sorrisinho que dava vontade de bater a cabeça na parede. Ou nela. Ou nos dois.
A boca carnuda se curvou num meio sorriso — quase uma crueldade. Os lábios estavam inchados, úmidos, como se tivesse acabado de morder um deles.
— Você acordou de mau humor?
Eu dei de ombros. Era menos constrangedor do que admitir que meu pau estava começando a latejar por causa de um shortdoll vagabundo.
— Eu acordei consciente da minha mediocridade — respondi. — Não sei se isso conta.
Ela se apoiou na bancada, inclinando o quadril de um jeito que parecia ensaiado. A alça da blusa caiu meio centímetro. Tive certeza de que ela sabia o efeito que causava. Sempre soube.
— Miguel… você já pensou que talvez esteja assim porque… bom, continua virgem?
O jeito como ela disse “virgem” foi como se tivesse cuspido a palavra. Eu olhei para a xícara. Café frio. Eu também.
— Ah, obrigada pelo lembrete — falei. — Estava quase esquecendo essa parte deprimente da minha biografia.
— Eu só acho que devia resolver isso logo. Está começando a ficar… esquisito.
— Esquisito? — ergui uma sobrancelha. — Não sei se você reparou, mas tudo aqui é esquisito.
Ela riu. Uma risada curta, seca, cheia de desprezo velado. Ou de provocação. Talvez das duas coisas.
— Eu posso te apresentar alguém.
— Alguém? — repeti, só para ganhar tempo e tentar não olhar de novo para o decote. — E quem seria a felizarda?
Ela lambeu os lábios antes de responder. Um gesto minúsculo, mas que me destruiu. O elástico do short parecia prestes a estourar.
— A Raquel. Irmã da Rafaela. Lembra dela?
Eu me recostei na cadeira, fingindo tédio. Por dentro, meu coração batia tão rápido que cheguei a sentir a pulsação no pescoço. Rafaela era basicamente uma fantasia ambulante. Raquel… bom, Raquel era a versão menos intimidadora, mas ainda assim fora do meu alcance patético.
— Eu prefiro a Rafaela — falei, só para ver a reação dela.
Manuela virou o rosto, mas não rápido o bastante para esconder o sorriso cínico. Pegou a caneca dela, virou de costas e foi até a geladeira. Quando se abaixou, os shorts se esticaram num convite silencioso. Eu odiei o tanto que desejei.
— Claro que prefere — disse, com a voz abafada pela porta aberta. — Mas muita areia pro seu caminhãozinho.
Aquela frase me atingiu como um tapa. Dei uma risada curta, amarga. Eu sabia que ela tinha razão. Sabia até demais.
— Obrigado pelo voto de confiança — murmurei. — É reconfortante saber que minha própria irmã acha que sou incompetente até pra meter.
Ela fechou a geladeira com força. O som ecoou pela cozinha como uma acusação. Quando virou de novo, estava mais séria. Mas não o bastante pra esconder o divertimento.
— Eu só estou sendo realista. Você demora tanto pra tomar atitude que, se bobear, vai morrer virgem.
Ela se aproximou devagar. O chão gelado não diminuiu o calor que subiu pelo meu peito. Nem a vergonha, nem o desejo idiota.
— Talvez eu goste da ideia — falei. — A castidade tem seu charme.
Manuela se apoiou na mesa. O decote quase encostou no tampo de madeira. Eu juro que senti o cheiro da pele dela — um cheiro limpo, morno, com um resquício de perfume barato. Quase fechei os olhos.
— Você não gosta. Você tem medo.
A voz dela saiu baixa, quase um sussurro. Eu segurei a respiração. Meu pau latejou, traindo qualquer fachada de ironia.
— E você gosta de ficar esfregando isso na minha cara? — perguntei, a voz mais baixa do que eu planejava.
Ela arqueou uma sobrancelha. O silêncio se esticou até doer. Eu quase levantei. Quase.
— Eu gosto de ver como você reage — disse. — De ver como fica... sem saber onde enfiar a cara.
Soltei uma risada curta, estrangulada. Olhei pro café. Frio demais pra disfarçar qualquer coisa.
— Você tem ideia do quão foda é isso? — murmurei. — De quão fácil você faz parecer?
Quando ergueu os olhos, havia uma ternura falsa ali. Ou talvez fosse real, o que tornava tudo pior.
— Uai, quer que eu marque com a Raquel?
— Não.
— Com a Rafaela, então?
Eu respirei fundo. Cada inalação parecia inflar o constrangimento, o desejo, a raiva. Uma mistura nojenta que grudou no fundo da garganta.
— Eu disse que prefiro a Rafaela. Não que quero que você marque nada.
Ela inclinou a cabeça, analisando meu rosto como se fosse um bicho raro. O silêncio voltou, denso. Eu não sabia se queria que ela fosse embora ou que se aproximasse mais. Talvez as duas coisas.
— Mas se mudar de ideia… — Ela passou a ponta do dedo pelo próprio lábio inferior, distraída. — Me avisa.
Eu não consegui responder.
— Eu sou sua irmã mais velha, Miguel. — O jeito que ela disse isso soou menos como um lembrete e mais como um aviso. — Se tem alguém que pode te ajudar… sou eu.
Ela ficou ali parada, me olhando, até que eu precisei piscar e desviar os olhos, porque a vontade de responder qualquer coisa estúpida estava me corroendo.
Ela se levantou. E quando eu digo "levantou", quero dizer que esticou cada centímetro do corpo como se dançasse um tipo de yoga erótica feita pra provocar um incesto involuntário. Alongou os braços, arqueou a coluna, e o top subiu dois dedos revelando a barriga firme. Eu gelei. Literalmente. O suco me pareceu uma gosma congelada na garganta.
Ela passou por trás de mim. Senti seu perfume antes do toque.
— Amo você, viu? Mesmo sendo um completo idiota.
Inclinar-se é pouco. Ela se dobrou por cima de mim, a boca encostando na minha bochecha num beijo forçado, molhado e quente. O decote... era uma fenda interdimensional. Quase um convite para um colapso moral. Não cheguei a ver os mamilos, mas consegui notar a marquinha clara de biquíni, uma lembrança fresca dos dias na praia, delimitando o tom dourado dos seios que quase escapavam do tecido.
— Também te amo — retruquei. — Agora vai vestir uma roupa decente.
Ela sorriu de novo. Um sorriso preguiçoso que fez meu estômago se contrair.
— Até parece que você não gosta de olhar.
Eu não respondi. Não porque não tivesse resposta, mas porque qualquer palavra teria soado como confissão.
— Vou me trocar. A academia me espera — disse, passando as unhas levemente pelo meu ombro como se varresse a última resistência da minha sanidade.
Ela sumiu pelo corredor. Eu continuei sentado. Ereto em dois sentidos.
Meus amigos não têm culpa. Vivem me zoando por ter uma irmã gostosa, e agora eu só podia admitir: sim, ela é. E pior, sabe disso. Usa isso. De manhã cedo. Com short curto. E zero sutiã. Foda.
Eu precisava levantar dali. Não para ir pra academia, claro. Isso seria muito evoluído pra minha realidade. Mas qualquer coisa que me tirasse daquela cozinha com cheiro de café, suor e incesto imaginário.
Subi.
No segundo andar, passei pela porta do quarto dela. Entornada. Instinto, curiosidade, impulso primitivo... chame do que quiser. Eu olhei.
De onde eu estava, não tinha uma visão totalmente livre dela, mas pelo espelho no fundo do quarto vi um espetáculo. Manuela tirava a parte de cima do shortdoll num movimento lento, quase coreografado. Sem nada por baixo, os seios surgiram de imediato: simétricos, empinados, com mais volume na parte inferior e uma transição suave até o topo. Os mamilos apontavam para a frente, centralizados, rosados e rígidos, quase desafiando quem ousasse olhar por mais de dois segundos. No alto, ainda era visível a marquinha clara de biquíni que eu tinha notado minutos antes. O contraste entre a pele clara e a aréola delicada parecia uma pintura erótica viva. Vi tudo, em detalhes obscenos que grudaram na retina.
Ela passou os dedos sob eles, apertou, avaliando o silicone que tinha pago sozinha — estágio, bico, hora extra e sacrifício. Deus já tinha lhe dado aquela raba maravilhosa, não ia entregar tudo de mão beijada. Mas devo dizer: valeu cada centavo. O cirurgião fez um trabalho impecável.
Manuela virou de costas para o espelho, como se quisesse conferir cada ângulo. Empinou a bunda num gesto quase ofensivo de confiança. Então, num só movimento, puxou o cós do short e da calcinha juntos, descendo tudo até os tornozelos. Ficou ali, nua, com a cabeça levemente virada de lado para inspecionar o próprio reflexo.
O reflexo que eu também não consegui parar de olhar.
A bunda dela era absurda. Cheia, alta, firme, do tipo que nenhuma calça jeans consegue conter direito. As laterais arredondadas caíam num desenho suave até as coxas definidas. No centro, a marquinha de biquíni cortava o quadril com uma linha clara que parecia inventada só pra torturar quem ousasse imaginar como seria tocar aquilo. Eu via até a pequena covinha que se formava na base da lombar, como se o corpo dela tivesse sido planejado milimetricamente para humilhar qualquer expectativa.
Me peguei pensando por que ela fazia aquilo com tanto cuidado, tanta encenação. Por que se virar assim? Por que empinar daquele jeito antes de tirar tudo? Talvez só estivesse admirando o próprio corpo, tão talhado na academia que parecia uma provocação ambulante. Ou talvez… soubesse exatamente que eu estava ali, prestando atenção em cada centímetro exposto, e quisesse mostrar.
A pior parte era não ter certeza de nada — só do fato de que eu não conseguia desviar os olhos.
Meu coração ameaçou arritmia.
E eu ali. Parado. Mudo. Duro.
Ela voltou a ficar de frente para o espelho. Se demorou ali, se estudando. Aquilo me deu a chance de ver tudo.
A vulva dela apareceu num relance obsceno, mas claro. Os pelos bem aparados, só uma faixa discreta acima, como se tivesse sido feita sob medida para parecer natural e provocante ao mesmo tempo. Meu coração disparou tão alto que eu temi que ela ouvisse.
Apertei meu pau por cima do short com força. Latejava num ritmo próprio, quente, grosseiro, como se fosse explodir a qualquer momento.
No reflexo, ela soltou um risinho baixo, malicioso. E eu fiquei ali, paralisado, me perguntando se aquele riso era pra mim. Mas quando vi o jeito que ela inclinou a cabeça e apertou os próprios braços em volta do corpo, percebi que parecia mais alguém rindo de si mesma.
Ela caminhou em direção ao banheiro do quarto nua, com a bunda balançando num último insulto. Um passo de cada vez, como se cada um fosse uma pulsação a mais na minha jugular. A porta se fechou com um estalo e me devolveu ao mundo real. Realidade escrota onde irmãos não podem desejar irmãs. Onde você não pode bater uma pensando em algo que já viu ao vivo. Onde você não pode, mas... pode?
Encostei na parede. Respirei fundo. Olhei pra baixo. O short marcava tudo. Como explicar aquilo? Como fingir que não era o que parecia?
"Vai fazer algo da vida, Miguel."
Ou vai se perder nela.
Então fui pro meu quarto, com o pau duro explodindo no short, num estado que eu nunca tinha sentido antes. Nem vergonha, nem orgulho. Só uma certeza suja de que eu nunca mais conseguiria olhar pra ela do mesmo jeito.
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