Continuação...
O beijo entre os dois se prolongou. Felipe sentia a língua de Augusto dominando sua boca, firme, decidida, enquanto as mãos do padre exploravam com precisão o corpo magro do jovem. A cueca já estava úmida pela frente, e o toque forte da mão mais velha em sua bunda fazia sua pele queimar.
— Vem comigo — murmurou Augusto, com a voz mais rouca, os olhos semicerrados pelo desejo.
Felipe apenas assentiu com a cabeça, o coração batendo rápido.
Subiram as escadas rangentes da casa paroquial, passando por quadros religiosos, móveis antigos e o cheiro leve de madeira velha misturado ao calor dos corpos. O quarto de Augusto era grande, mas simples. Havia uma cama de casal com lençóis brancos impecáveis, um crucifixo na parede e uma cômoda antiga com uma vela acesa.
O frio parecia ter ficado lá embaixo. Ali dentro, só existia calor.
Augusto fechou a porta e se virou para Felipe. Sem dizer nada, puxou o rapaz pela cintura, colando os corpos outra vez. Beijou seu pescoço, mordiscando a pele fina, e depois desceu, lambendo o peito do jovem até chegar aos mamilos duros. Os sugou com vontade, girando a língua com movimentos circulares. Felipe jogou a cabeça para trás, os olhos fechados, arfando.
— Padre... — gemeu baixinho.
Augusto se ajoelhou à frente dele e abaixou a cueca devagar. O membro de Felipe saltou, já ereto, pequeno mas pulsando. O mais velho o encarou com um olhar faminto e, sem cerimônia, levou a glande à boca, sugando com força e firmeza. A língua dele sabia exatamente o que fazer: pressionava por baixo, circulava pela cabeça, massageava enquanto os lábios desciam até a base.
Felipe se segurava nos ombros de Augusto, as pernas bambas, a respiração entrecortada.
— Meu Deus... — gemeu de novo, quase sem acreditar na cena diante dele.
Augusto alternava entre o oral e beijos nas coxas e barriga, deixando marcas leves. Depois, se levantou e tirou o pijama por completo.
Felipe o encarou pela primeira vez completamente nu.
O padre era gordo, de barriga grande, com flancos moles e pele clara, marcada por anos de idade e tempo. Tinha poucos pelos brancos no peito e na virilha. Mas o que mais chamava atenção era o membro dele: grosso, muito grosso, com veias marcadas e cabeça larga. Estava completamente ereto, apontando para cima, balançando levemente com o movimento do corpo.
Felipe engoliu seco, hipnotizado.
— Nunca imaginei que fosse assim...
— Nunca imaginei que ia te querer desse jeito — respondeu Augusto, puxando-o pela mão.
Deitaram-se na cama, os lençóis frios logo aquecidos pelos corpos. Augusto se posicionou ao lado de Felipe e começou a beijá-lo de novo, agora com mais intensidade, enquanto sua mão descia até entre as pernas do rapaz, acariciando seu ânus com o dedo molhado de saliva. Passava devagar, circulando, depois empurrava só a pontinha.
Felipe se contorcia, gemendo com a boca entreaberta, mordendo o lábio inferior.
— Você já fez isso antes? — perguntou Augusto, com os dedos trabalhando fundo.
— Já... mas não com alguém como você.
Augusto sorriu, satisfeito.
Pegou um frasco de lubrificante da gaveta ao lado, espalhou com generosidade nos dedos e no próprio membro. Deitou-se entre as pernas de Felipe, que já estava com os joelhos dobrados, o corpo entregue, o olhar vidrado.
O padre encostou a glande na entrada e foi forçando devagar, com cuidado, mas firmeza. Felipe gemeu alto, jogando a cabeça para o lado, agarrando o lençol com força.
— Ai... é muito grande...
— Relaxa... respira comigo... — disse Augusto, acariciando sua barriga.
Milímetros por milímetros, o membro grosso foi entrando, abrindo Felipe, preenchendo-o. O frio da noite parecia não existir mais. O quarto estava tomado por sons abafados, gemidos, respirações pesadas e o barulho molhado do movimento.
Augusto começou a se mover, lento, profundo, sentindo cada contração interna do corpo jovem sob ele. As mãos seguravam as coxas de Felipe, abertas, enquanto o quadril fazia movimentos firmes, ritmados.
Felipe estava em transe. Sentia tudo. A pressão, o prazer, o calor.
— Assim... não para... — sussurrava, olhos revirados.
Augusto inclinou-se e beijou sua boca, sem parar os movimentos. Depois segurou o queixo do rapaz, encarando-o nos olhos.
— Você é meu pecado favorito — murmurou.
O ritmo aumentou. As estocadas ficavam mais fortes, e Felipe gemia mais alto, o corpo se arqueando. O som das peles se chocando ecoava pelo quarto. As mãos entrelaçadas. O prazer era intenso, quase insuportável.
Até que o clímax veio. Felipe gozou primeiro, sem tocar em si, apenas sentindo a fricção interna e a intensidade da penetração. Seu corpo estremeceu inteiro. Logo depois, Augusto grunhiu fundo e encheu o interior do rapaz com tudo o que tinha, enterrado até o fim.
Os dois ficaram ofegantes, abraçados, ainda conectados.
O quarto silenciou. O relógio lá fora marcava 23h. O crucifixo na parede parecia observá-los em silêncio.
Felipe virou-se de lado, aninhado no corpo grande do padre.
— Vai querer que eu confesse isso domingo? — brincou, com um sorriso.
— Não... — respondeu Augusto, acariciando seu cabelo. — Isso é só o começo.
Continua...