O CÓDIGO DO PRAZER XI

Um conto erótico de Ryu
Categoria: Heterossexual
Contém 2971 palavras
Data: 04/07/2025 20:22:22
Última revisão: 04/07/2025 20:42:56

11– O Pitch no Jantar

Quando Simone atendeu a porta, fiquei observando de perto. Eles se apresentaram, eram moradores do condomínio, vizinhos do andar de cima, o 12º. O senhor se chamava Eduardo e a jovem loira, Camila.

Nos apresentamos a eles também, e Simone gentilmente os convidou para entrar, explicando que não podíamos oferecer nada naquele momento, pois acabáramos de concluir a mudança.

Eles, então, perceberam o quanto estávamos suados e cansados, e notaram a bagunça que ainda tinha no apartamento — caixas espalhadas por toda parte, a cozinha cheia de embalagens.

Vendo a situação, Eduardo e Camila nos convidaram para jantar com eles. Simone recusou educadamente, dizendo que estávamos mal vestidos e exaustos, mas eles foram tão insistentes que, no final, acabamos aceitando.

Quando a porta do elevador se abriu no décimo segundo andar, fiquei encantado, o apartamento deles era a cobertura, ainda mais luxuoso.

A primeira coisa que notei foi o pé-direito altíssimo e as janelas que iam do chão ao teto, revelando um panorama espetacular da cidade. O piso de madeira escura brilhava sob os lustres modernos, e uma escultura metálica, sem assinatura visível, dominava o. centro da sala como se estivesse viva.

"Uau", deixei escapar sem perceber. A cobertura tinha uma planta completamente diferente da nossa — maior, mais aberta, pensada para impressionar. Ao fundo, uma escada de vidro levava a um mezanino iluminado por luzes indiretas, onde vislumbrei prateleiras com livros e obras de arte, como uma galeria particular.

A mesa era digna de uma revista de arquitetura — tampo de mármore negro com veios dourados, talheres reluzentes, taças de cristal.

Sentamo-nos à mesa: Simone à minha direita, sorrindo polidamente, e, à nossa frente, Eduardo e Camila. O contraste entre os dois era gritante — ele com sua serenidade de homem vivido, ela... ela parecia saída de um sonho perigoso.

Camila era dona de uma beleza envolvente. Cada movimento seu — ajeitar uma mecha de cabelo, cruzar as pernas, girar suavemente a taça entre os dedos — parecia calculado. E o problema era que, por mais que eu tentasse, meus olhos escapavam para ela. Não por vontade, mas por um impulso automático.

Fiz força. Muita força. Simone falava com Eduardo sobre as obras expostas na parede e os detalhes da arquitetura do prédio, e eu tentava acompanhar, responder algo inteligente de vez em quando, manter o olhar em qualquer lugar que não fosse... Camila.

Mas ela me olhava. Bastante. Aquilo não era distração — era intenção. Senti o peso do olhar dela mais de uma vez, como se estivesse me medindo. Avaliando. Como quem analisa uma peça antes de decidir se vale o risco de adquiri-la.

Eu desviava o olhar sempre que percebia, mas mesmo assim, havia algo perturbador em sua expressão. Não era flerte — ou, pelo menos, não era só isso. Era algo mais frio. Estratégico

E o pior: Eduardo parecia não notar. Ou talvez notasse, mas não se importasse. Em algum canto da minha mente, algo acendeu um alerta silencioso.

Aquela mulher não estava apenas nos observando. Ela estava planejando alguma coisa.

A empregada surgiu em silêncio, como se fizesse parte da decoração — discreta, eficiente, quase invisível. Colocou os pratos diante de nós com uma precisão coreografada. Um jantar refinado, com certeza mais elaborado do que qualquer coisa que Simone e eu tivéssemos pedido pelo aplicativo.

Camila foi a primeira a romper o breve silêncio enquanto começávamos a comer.

— Anderson... — disse, com a voz doce demais, quase um sussurro, como se estivesse fazendo uma pergunta inocente — você é descendente de japoneses?

Levantei os olhos e a encarei por um segundo. Ela me olhava de novo, com aquele mesmo olhar atento demais.

— Sou, sim. Japoneses com alemães, por parte de pai — respondi, tentando manter o tom neutro, educado, mas senti um desconforto crescer no peito. Não pela pergunta em si, mas pelo jeito como ela foi feita.

— Que interessante — disse ela, com um sorriso leve, quase imperceptível, antes de voltar os olhos para o prato.

Simone, talvez tentando dissipar o clima estranho, comentou:

— Eduardo também é mestiço, né? Japonês?

— Sim — respondeu ele, com um aceno de cabeça. — Minha mãe era nissei, meu pai era brasileiro, de origem portuguesa.

Houve um breve silêncio. Eu bebia o vinho, concentrado em não parecer tenso demais, quando Simone comentou de forma distraída:

— Sabe... eu acho que já vi vocês dois antes. Em algum lugar.

Eduardo inclinou levemente a cabeça, intrigado.

— Curioso... Eu também tive essa impressão. Desde a hora em que vocês entraram.

— Onde você trabalha, Simone? — perguntou ele em seguida.

— No Hospital São Francisco — respondeu ela. — Sou médica.

— Olha só... Eu sou paciente de lá — disse Eduardo, apoiando os talheres por um instante. — Faço tratamento com o doutor Fernando, cardiologista. Um homem excelente.

Assim que ele disse o nome, Simone abriu um sorriso largo, genuíno, como se tivesse acabado de reencontrar um velho amigo.

— O doutor Fernando! Nossa, ele é maravilhoso! Um dos melhores profissionais com quem já trabalhei. Inteligentíssimo, preciso, calmo... E, olha, como ser humano ele é ainda melhor. Sempre gentil com os pacientes, com os colegas. Ele trata todo mundo com o mesmo respeito, desde o diretor até o pessoal da limpeza. Um verdadeiro exemplo. Eu admiro demais o Fernando — disse ela, com os olhos brilhando.

Ela falava com tanto entusiasmo que nem percebeu o que acontecia comigo. Eu apenas continuei cortando a carne, fingindo normalidade, mas algo no meu estômago apertou — e não era fome. A maneira como ela dizia “Fernando” soava íntima demais, calorosa demais. Quase apaixonada. Eu nunca a tinha visto falar assim de ninguém que não fosse da família.

Camila não disse nada — apenas levou a taça aos lábios com um leve sorriso. Mas eu notei o pequeno arqueamento de sobrancelha que ela fez, como se estivesse se divertindo com a situação.

Simone continuava:

— É tão bom saber que está sendo acompanhado por ele. Você está em ótimas mãos, Eduardo.

Silêncio por um segundo. Um silêncio que, para mim, durou mais do que deveria.

Eduardo sorriu, inclinando-se levemente para frente, com os olhos brilhando de humor.

— Pelo visto, Anderson... você tem concorrência, hein?

A mesa caiu em uma risada leve. Até Simone riu, meio sem jeito, percebendo só então o entusiasmo exagerado. Eu tentei sorrir também, mas o gosto do vinho já estava diferente na boca.

— É... o doutor Fernando é um homem de muitos talentos — disse eu, o mais neutro possível, tentando não parecer um adolescente emburrado.

— Acho que já entendi de onde conheço você, Simone — disse Eduardo, inclinando-se ligeiramente para frente, com um sorriso satisfeito. — Deve ter sido mesmo no hospital. Talvez em alguma consulta ou nos corredores. A memória falha, mas o rosto ficou.

Simone assentiu, ainda sorrindo.

— Sim, deve ter sido isso. Agora tudo faz sentido.

O clima pareceu suavizar por um instante, como se uma peça tivesse se encaixado no quebra-cabeça. Mas, antes que o silêncio tomasse conta da mesa novamente, Eduardo voltou-se para mim.

— E você, Anderson? O que faz da vida?

Limpei os lábios com o guardanapo e respondi, tentando manter o tom descontraído:

— Sou dono de uma empresa de informática. A gente desenvolve soluções de software, automação de processos... esse tipo de coisa.

Antes que eu pudesse continuar, Simone entrou na conversa com o mesmo entusiasmo com que havia falado do doutor Fernando.

— E ele é brilhante, viu? Um verdadeiro gênio da programação. Começou a empresa praticamente do zero, com 2 sócios, e já está crescendo muito rápido. Os clientes adoram o trabalho dele. Eu sempre digo que o Anderson tem um cérebro que funciona diferente — completou, rindo, como quem diz algo com orgulho.

Eu sorri, meio sem jeito. Fiquei feliz com o elogio, claro, mas depois do episódio com o cardiologista encantador, parte de mim sentia que aquilo era quase uma reparação. Um contrapeso. Como se ela estivesse dizendo "está vendo? Eu também te admiro."

Eduardo acenou com a cabeça, impressionado.

— Muito bom. Um homem de negócios e de tecnologia... isso é raro. Hoje em dia, quem entende de código tem o mundo nas mãos.

— É — respondi, tentando manter a voz firme. — A ideia é justamente essa.

Camila me observava de novo. Seus grandes olhos azuis eram encantadores. Impossível não os notar. Mas havia algo em seu olhar que me incomodava. Era um olhar frio, sem alma. Parecia que tudo que ela fazia ou dizia era falso, forçado.

E ao mesmo tempo, ela realmente tinha um jeito de puta. O jeito que falava, se comportava, era como se ela tivesse a palavra “piranha” escrita na testa.

— Um casal de destaque, então — comentou Camila, pousando a taça na mesa. — E estão morando agora logo abaixo da gente. O universo é mesmo eficiente quando quer juntar as pessoas certas, não é?

Houve algo naquela frase que me arrepiou. Não pelo que foi dito, mas pela forma como foi dito. Mais uma vez, tive aquela sensação incômoda: estava sendo avaliado. Pesado. Medido. E, talvez, escolhido.

— Ah, Camila deve estar se referindo ao fato de que eu estou procurando alguém para uma consultoria — disse ele, apoiando os talheres com cuidado ao lado do prato. — Sou dono da Metalúrgica Sato.

Na hora, meu cérebro acendeu. Metalúrgica Sato?

Reconheci o nome imediatamente. Era uma das gigantes do setor, com décadas de história e uma presença sólida na indústria pesada. Uma empresa que qualquer consultoria de tecnologia adoraria ter no portfólio. Um cliente desses poderia abrir portas, atrair novos contratos, validar tudo que eu vinha construindo. Fechar com eles seria ouro puro.

Eduardo continuou, com voz segura:

— A empresa está num ponto em que precisa se reinventar. Automatizar processos, digitalizar, integrar sistemas. E, mais do que isso, começar a trabalhar com inteligência artificial. Sei que está todo mundo falando disso agora, mas acredito que não é mais o futuro — é o presente.

Assenti, já em modo profissional, mas ainda tentando manter a compostura.

— Posso mandar uma equipe até a sua planta para fazer uma avaliação inicial, sem custo. A partir disso, conseguimos montar uma proposta personalizada pra vocês. Algo que respeite a estrutura da empresa, mas que traga inovação de verdade.

Eduardo sorriu, visivelmente satisfeito com minha resposta.

— Excelente. Gosto de gente prática. Vamos combinar isso nos próximos dias.

Por dentro, eu vibrei. Uma gigante como a Sato no radar da minha empresa? Isso era sensacional. Mas não deixei transparecer. Fingi neutralidade, mantive o tom calmo, quase desinteressado — como se fosse apenas mais uma proposta em potencial. Mas a verdade é que meu coração batia um pouco mais rápido.

Simone, sempre perceptiva, olhou de lado pra mim com um sorriso discreto. Ela sabia o que aquilo representava. Conhecia o quanto eu vinha lutando por contratos relevantes. Aquilo era uma oportunidade rara — e inesperada.

Camila então completou, com aquele jeito suave e misterioso:

— Parece que o universo tem mesmo uma mão cuidadosa ao mover as peças, não acha?

Ela falava olhando para mim, como se houvesse algo mais por trás da coincidência.

Eduardo levantou a taça.

— Ao destino — disse ele, brindando com simplicidade, mas com um olhar que mais parecia um convite.

Toquei minha taça na dele, mantendo o olhar firme. Mas por dentro, além do entusiasmo pelo negócio, uma inquietação discreta crescia.

— Parabéns, Eduardo — disse, após alguns segundos de silêncio confortável. — A Metalúrgica Sato é uma referência. Uma empresa com essa longevidade, nesse setor, não chega onde está por sorte. É admirável.

Eduardo inclinou a cabeça em agradecimento, com a serenidade de quem já ouviu elogios antes, mas ainda sabe valorizá-los.

— Agradeço, Anderson. Foram muitos anos de trabalho duro, e um pouco de teimosia também.

Mas antes que mais alguma palavra fosse dita, Camila entrou na conversa com uma mudança súbita de tom, como quem decide soltar algo que já estava guardado.

— Muita gente deve pensar que me casei com o Eduardo só por ele ser rico e bem-sucedido.

A frase caiu na mesa como uma gota de tinta num copo de água limpa.

Simone e eu trocamos um olhar rápido, quase instintivo, e começamos a falar ao mesmo tempo:

— Não, de forma alguma...

— Imagina, a gente nem pensou isso...

Mas Camila levantou levemente a mão, interrompendo com um sorriso calmo, quase divertido.

— Não precisam dizer isso. Eu sei que estão apenas sendo educados. Mas não me ofendo. Acho natural que as pessoas pensem isso. A diferença é que eu não ligo.

Ela pousou a taça, olhou nos olhos de cada um de nós, e completou com uma tranquilidade desconcertante:

— Casei com separação total de bens. Nada está no meu nome. Nada. Com exceção do carro.

— Que carro é? Não deve ser um celta! — perguntei, sorrindo, sem pensar muito.

Simone me cutucou discretamente sob a mesa, como se dissesse "fica quieto, pelo amor de Deus". Mas Camila apenas sorriu, quase satisfeita com minha espontaneidade.

— O Porsche só está no meu nome porque Eduardo fez questão. Foi um presente dele. Mas tirando isso, se um dia nos separarmos, não tenho direito a absolutamente nada. E isso nunca foi um problema pra mim.

Por um instante, o silêncio voltou. Eduardo olhava para ela com algo que parecia admiração — ou cumplicidade. Não era frieza. Era... uma aceitação absoluta das regras que haviam estabelecido entre eles.

Simone então se inclinou levemente, com um olhar firme e a voz serena:

— Camila, de verdade. Nós não pensamos mal de você. E, mesmo se alguém pensasse... ninguém tem nada a ver com isso.

Camila a encarou por alguns segundos e sorriu, como quem escuta algo que já sabia, mas que ainda assim aprecia ouvir.

— Eu sou ex-modelo — disse Camila. — Meu último namorado, o Tiago, também era. Um homem lindo, mas que me tratava muito mal. Nosso relacionamento era tóxico. Ele me fazia sentir como se eu fosse propriedade dele.

Ela continuou:

— Já o Eduardo me respeita. Ele me ama de verdade. É o homem mais carinhoso e amoroso que já conheci.

Enquanto falava, abraçou Eduardo e fez um carinho em seu rosto.

Eduardo retribuiu o gesto. As palavras de Camila soavam ensaiadas, quase forçadas — mas a reação de Eduardo parecia sincera.

Depois de toda aquela conversa, senti que o ambiente precisava de um respiro. Algo mais leve, quase banal. Então, peguei minha taça, dei um gole de vinho e soltei com um sorriso:

— E o condomínio? É bom viver aqui?

Eduardo riu com um ar quase paternal.

— É ótimo. Silencioso, seguro, mais ou menos bem administrado… pelo menos, na maior parte do tempo.

Camila completou com uma leve revirada de olhos:

— A única coisa que incomoda é o síndico.

— Marcondes — disse Eduardo, como quem menciona um nome conhecido por todos, mas não exatamente querido. — Ele mora na outra torre. A gente não se dá mal, mas... digamos que há divergências filosóficas sobre como conduzir um condomínio.

— Na última eleição, Camila concorreu contra ele — continuou, quase se divertindo com a lembrança. — E acredita que terminou empatado? Doze votos pra cada um.

Dei uma risada e pensei em silêncio: “Pra ganhar 12 votos, deve ter dado o cu pra doze moradores”.

— E ele ganhou porque é mais velho — acrescentou Camila, com um sorriso cético. — O regulamento diz que, em caso de empate, o voto de desempate é pela idade. Um detalhe conveniente, não acha?

Camila então olhou para Simone com aquele jeito provocador, mas leve.

— A antiga moradora do apartamento de vocês votou no Marcondes, aliás. Eu lembro bem. Se a eleição fosse hoje...

Ela fez uma pausa intencional, o olhar brincando sobre Simone.

— ...eu teria ganho.

Simone riu, meio surpresa, mas entrou no tom. Eu então comentei:

— Bom, agora fiquei curioso. Se tiver outra eleição, me avisa. Gosto de me informar antes de votar.

— A próxima eleição é daqui a dois meses, em janeiro. Farei questão de te conquistar, então — respondeu Camila, com aquele meio sorriso que nunca era só brincadeira.

O clima na mesa relaxou por alguns instantes. As tensões disfarçadas se dissolveram sob a leveza de uma conversa de vizinhança. Mas, ainda assim, algo permanecia no ar — como uma brisa que insiste em entrar por uma fresta, mesmo com as janelas fechadas.

Depois do jantar, a conversa se estendeu por mais algum tempo. Falamos sobre amenidades — restaurantes próximos, os ruídos discretos das obras na rua de trás.

Trocaram-se sorrisos, brindes ocasionais e, por fim, contatos.

Camila digitou meu número em seu celular com dedos ágeis, depois passou para Simone. Eduardo fez o mesmo comigo, com a elegância de alguém que faz esse tipo de coisa com frequência — com pessoas que podem ser úteis, ou necessárias.

Quando finalmente nos levantamos, já próximos de nos despedir, Eduardo se virou para mim com o mesmo tom tranquilo, mas direto:

— Vou entrar em contato nos próximos dias sobre a visita da sua equipe à metalúrgica.

— Claro — respondi. — É só me dizer o dia e a hora. A gente se adapta.

— Quem vai recebê-los por lá é meu filho, Marcos — disse ele, abrindo levemente os braços como se estivesse apresentando uma peça importante. — Ele está cuidando da maior parte das operações agora. Filho do meu primeiro casamento.

— Ah, entendi — respondi, guardando mentalmente o nome. — Vai ser bom falar diretamente com quem está no dia a dia.

— Fiquei viúvo há alguns anos — continuou Eduardo, com a voz ainda serena, sem pesar — e só depois conheci a Camila. Ela entrou na minha vida numa fase... diferente.

Camila apenas sorriu, não como quem agradece um elogio, mas como quem confirma uma verdade silenciosa.

— Marcos é competente — completou Eduardo. — Mas ainda é muito jovem. E um pouco impulsivo. Tenho certeza de que você vai conseguir entender o que ele precisa, talvez até melhor do que ele mesmo.

Assenti com um sorriso, mantendo a postura profissional.

— Vamos fazer o possível pra ajudar. Pode contar comigo.

Nos despedimos com cordialidade. Abraços contidos, apertos de mão elegantes.

Camila apertou minha mão com força, como se dissesse sem palavras: Algo está começando.

E eu sabia que ela tinha razão. Só não sabia que daquele jantar, ainda que indiretamente, iria resultar em uma morte.

Continua ...

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Comentários

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Ok, um gancho muito ousado dessa vez.

Sinto as tensões mistas no jantar (ciúme, desejo, esperança por novos contratos) vão pressionar o Anderson as decisões erradas.

Isso, mais o prenúncio de morte desenham uma história trágica.

Tá muito maneiro de ler.

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A Loira é bem esperta e falou na cara o que todos pensavam. E pelo visto ela vai atrás do Anderson pois acho que simpatizou com ele.. Essas história tá cheia de segredos

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A história está indo por rumos inesperados.

Bem interessante.

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Concordo plenamente com você!

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Bom que a história surpreende.

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